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PF investiga ligação de Vargas com publicidade da Caixa

Nova fase da Operação Lava Jato investiga fraudes em contratos de publicidade do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal

A 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (10) pela Polícia Federal, investiga a existência de um esquema criminoso de fraude em contratos de publicidade do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal. Segundo a PF, as novas investigações revelam que o deputado cassado André Vargas (sem partido-PR) é suspeito de receber propina da agência de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda., responsável pelas contas publicitárias do banco estatal e do Ministério da Saúde.

André Vargas foi um dos sete presos hoje pela PF. Além disso, a Justiça Federal no Paraná decretou o sequestro de uma casa do ex-deputado em Londrina (PR). Além do ex-petista, foram presos preventivamente os também os ex-deputados federais Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) – condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Foram levados ainda para a Superintendência da PF, em Curitiba, Leon Vargas, irmão de André Vargas, Ivan Vernon da Silva Torres, Elia Santos da Hora (secretária de Argôlo) e Ricardo Hoffmann, diretor da agência Borghierh Lowe Propaganda.

“Em síntese, a agência de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda teria contratado serviços das empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes para a realização de serviços de publicidade para as referidas entidades públicas [Caixa e Ministério da Saúde], e as orientado a realizar pagamentos de comissões de bônus de volume nas contas das empresas Limiar e LSI controladas por André Vargas e seus irmãos”, informa trecho do despacho do juiz federal 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava jato.

Deflagrada em março do ano passado para investigar um esquema de corrupção em contratos da Petrobras envolvendo as maiores empreiteiras do país, além de partidos e agentes político, na 11ª fase da Lava Jato, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal passam, agora, a investigar esquemas criminosos em contratos em outros órgãos públicos sem relação direta com a estatal de petróleo. “A partir de agora, os contratos de publicidade passam a ser um dos focos de investigação da Lava Jato”, disse o delegado federal Márcio Anselmo.

Presos hoje, os ex-deputados federais Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) são suspeitos de receber propina do doleiro Alberto Youssef oriunda de fraude em contratos da Petrobras. Argôlo também é apontado pelo MPF e pela PF como sócio de Youssef. O ex-parlamentar baiano foi citado no ano passado, mas, como tinha foro privilegiado, as investigações foram interrompidas e retomadas após ele deixar o Congresso.

O Ministério da Saúde informou que divulgará uma nota sobre o assunto. A Caixa disse que abrirá apuração interna para averiguar os fatos e que encaminhará imediatamente todos os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria-Geral da União, Polícia Federal e ao Ministério Público. A empresa de publicidade Borghierh Lowe Propaganda e Marketing Ltda. não atendeu às ligações da Agência Brasil.

Informações da Agência Brasil.


HSBC E ZELOTES ATINGEM CORAÇÃO DA DIREITA NO PAÍS

Juntos, os escândalos das contas secretas no HSBC (o chamado Swissleaks) e das propinas pagas para aliviar multas tributárias (a Operação Zelotes) fazem um strike em personalidades que alimentam o pensamento conservador no Brasil; na Zelotes, o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, mantenedor do Instituto Millenium, aparece como pagante da maior propina (R$ 50 milhões); nFonte: a mesma operação, está também a RBS, de Eduardo Sirotsky e Armínio Fraga (R$ 15 milhões), que é afiliada da Globo; no Swissleaks, um dos nomes é o de José Roberto Guzzo, diretor da Abril, que é também mantenedora do Millenium; a direita, no Brasil, não gosta de pagar impostos?
 


do site BRASIL 247 - Dois escândalos recentes, batizados como Swissleaks e Zelotes, evidenciam uma realidade brasileira: ricos não gostam de pagar impostos, nem de declarar todo seu patrimônio.

O caso Swissleaks, alvo de uma CPI no Senado, envolve 8.667 brasileiros que mantêm ou mantiveram contas secretas na Suíça, no HSBC de Genebra.

A Operação Zelotes fisgou uma quadrilha especializada em vender facilidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões.

Os dois casos tratam de um mesmo fenômeno: sonegação fiscal. O que une as duas pontas é a presença de nomes ilustres da direita brasileira, que tentam impor uma agenda conservadora à toda sociedade.

Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).

Gerdau é o principal mantenedor do Instituto Millenium, um instituto criado por empresários brasileiros para consolidar um pensamento único no País, alinhado à direita e ao neoconservadorismo.

Na página do Millenium, aparece como "grupo líder" (confira aqui), ao lado da Editora Abril, que publica Veja e cujo conselheiro editorial José Roberto Guzzo, um de seus principais articulistas, publicou artigo sobre como é insuportável viver no Brasil de hoje (leia aqui) – Guzzo, para quem não se lembra, foi um dos jornalistas citados no Swissleaks.

Voltando ao Millenium, abaixo do "grupo líder" aparece o "grupo apoio", onde desponta a RBS, afiliada da Globo naRegião Sul, comandada por Eduardo Sirotsky. O envolmento da RBS, assim como o de Gerdau, é com a Operação Zelotes, onde a empresa teria pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. Um negócio bom para quem gosta de levar vantagem, mas não tão bom quanto o de Gerdau. No caso da RBS, a relação seria de um real pago para cada dez devidos.

Nesta sexta-feira, como lembrou Fernando Brito, editor do Tijolaço, a RBS é sócia de ninguém menos que oeconomista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves (leia mais aqui).

Em sua página, o Instituto Millenium informa trabalhar pela promoção da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da economia de mercado. Mas, e os impostos?

Fontehttp://www.abjornalistas.org/


Erro histórico

Comissão de Constituição e Justiça aprova PEC reduzindo maioridade penal, mas texto ainda vai ser debatido por outras comissões

 

Em sessão que possivelmente ficará para a História como marco no retrocesso de direitos, a CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (31/3) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/1993 que reduz a idade penal de 18 para 16 anos.
 
Para Conectas, trata-se de erro histórico que deve ser revisto nas próximas etapas do trâmite Legislativo. O texto segue agora para uma comissão especial que o analisará durante 40 sessões (aproximadamente três meses). Depois, irá para plenária onde precisa ser aprovado em duas votações por três quintos dos deputados antes de ir ao Senado.
 
“Sob o ponto de vista da segurança pública, os crimes praticados por menores de 18 anos representam uma ínfima participação nas estatísticas do País. E a grande maioria desses crimes não envolvem violência. Os deputados que apoiaram a medida estão legislando com base em exceções, o que é um contra senso quando se trata de tema tão importante e sensível”, afirma Marcos Fuchs, diretor adjunto da Conectas.
 
“É consenso que a questão dos crimes praticados por jovens e adolescentes deve receber atenção especial por parte do Estado, pois se trata de pessoas ainda em formação. A redução da maioridade para 16 anos ignora esse entendimento e ainda parte do pressuposto que leis duras são a resposta para uma sociedade segura, o que é absolutamente falso”, completa Juana Kweitel, diretora de programas.
 
Além de ser cláusula pétrea na Constituição – ou seja, não deveria ser alterada -, uma eventual reforma da idade penal iria contra recomendação da ONU. Esta diz que a medida representa uma ameaça para os direitos de crianças e adolescentes e contraria tendências mundiais na gestão da justiça juvenil. A iniciativa também levou a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) da OEA (Organização dos Estado Americanos) a expressar publicamente sua preocupação com o tema.
 
“Ao contrário do que se pensa, no Brasil os adolescentes infratores já são punidos. E, além disso, os dados não deixam dúvidas de que os jovens são muito mais vítimas do que autores da violência em nosso País”, enfatiza Rafael Custódio, coordenador de Justiça da Conectas. "A criminalidade só se reduz com altos investimentos em prevenção. Um dos caminhos mais importantes no que diz respeito a criminalidade juvenil é o investimento em educação", explica.


Fonte: Conectas 


Ação conjunta apreende 19 armas em Ortigueira

Sete pessoas foram presas durante operação conjunta entre Ministério Público e polícias Civil e Militar de Ortigueira

Sete pessoas foram presas e 19 armas de fogo foram apreendidas em operação conjunta realizada durante o Carnaval em Ortigueira, região dos Campos Gerais. A ação contou com as polícias Civil e Militar da cidade, além da Promotoria de Justiça de Ortigueira. O objetivo da operação foi inibir o porte e a posse ilegal de arma de fogo no município.

Durante a operação, os agentes apreenderam 19 armas de fogo, sendo duas pistolas, dois revólveres e 14 armas de cano longo, como carabinas e espingardas. Entre as armas apreendidas, os policiais identificaram uma espingarda Moissberg calibre 12 semiautomática de alto poder de fogo. A suspeita é que ela tenha sido usado em roubos e arrombamentos de caixas eletrônicos na cidade no início deste ano.

A operação foi resultado de investigações conjuntas entre o Ministério Público e as forças policiais de Ortigueira. Foram expedidos pela Justiça cinco mandados de busca e apreensão. Sete pessoas foram presas em flagrante portando as armas e um veículo roubado foi recuperado pelas autoridades.

Fonte: http://m.arede.info/campos_gerais/acao-conjunta-apreende-19-armas-em-ortigueira/


Secretário admite dificuldades para pagar salários em fevereiro

Mauro Ricardo Costa, afirmou que ainda não há dinheiro suficiente no caixa do estado para o pagamento da folha de fevereiro ao funcionalismo

Após quase acontecer uma tragédia na Assembleia Legislativa na última quinta-feira (12), com o confronto de servidores estaduais e a polícia, o secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, afirmou em entrevista à Gazeta do Povo que ainda não há dinheiro suficiente no caixa do estado para o pagamento da folha de fevereiro ao funcionalismo. “Estamos juntando dinheiro para pagar o funcionalismo”, afirmou Costa à Gazeta.

O governo sofreu uma grande derrota e, pressionado pela reação violenta dos servidores, a maioria professores em greve, teve que recuar e retirar da pauta os dois projetos com medidas que iriam equilibrar o caixa estadual. Isso, segundo o próprio governador Beto Richa, vai trazer mais dificuldades para honrar tanto os pagamentos a vencer quanto as contas em atraso, como o pagamento do terço de férias dos servidores que não foi feito.

Na entrevista, o secretário disse que, apesar da dificuldade, será possível reunir o valor necessário para honrar o pagamento da folha, que seria prioridade. Costa afirmou ainda que a situação financeira do Paraná é crítica. Ele lamentou a retirada do projeto e disse que não há razão para arrependimentos. “Basta olhar situação do estado, situação que só tem dinheiro para mal e porcamente pagar a folha. Se não for feito ajuste, vamos nos transformar em grandes gerentes de recursos humano”, disse o secretário.

Já o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), revelou que não pretende mais usar na Casa o regime de comissão geral, o popular “tratoraço”. O mesmo discurso foi adotado pelo líder do governo na Casa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB). “Enquanto for líder do governo, jamais vou apresentar de novo qualquer projeto em regime de comissão geral aqui na Casa”, afirmou, arrependido.

Acampamento

Enquanto isso, alguns servidores permanecem acampados na Praça Nossa Senhora da Salete, em frente ao Palácio Iguaçu e à Assembleia. Eles dizem que vão permanecer em vigília até a solução definitiva das questões que envolvem os servidores. Os professores permanecem em greve e não há previsão de retorno. Uma reunião com o governo e representantes da APP está marcada para a próxima quinta-feira (19), para tentar por fim à paralisação.

Informações da Rádio Banda B


PF apreende carros e bens pessoais de Eike Batista

Empresário perdeu a fortuna e hoje responde a processos de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crimes contra o mercado financeiro

A Polícia Federal (PF) cumpriu hoje (6) mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal na residência do empresário Eike Batista, na zona sul do Rio de Janeiro. A assessoria da PF informou que, durante a ação, foram apreendidos sete veículos, sendo dois de luxo, um compacto e quatro utilitários. Também foram confiscados R$ 90 mil em dinheiro, computadores, celulares e relógios.

Na quarta-feira (4), a Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de todos os ativos e bens do empresário, dos filhos mais velhos e das ex-mulheres. Os valores superam R$ 3 bilhões.

Há dois anos, Eike Batista foi considerado o homem mais rico do Brasil e um dos mais ricos do mundo. Após a falência de algumas de suas empresas, o empresário perdeu a fortuna e hoje responde a processos de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crimes contra o mercado financeiro.

Até a publicação da matéria, a defesa de Eike Batista não havia se manifestado sobre as apreensões.

Informações da Agência Brasil.


PM flagra adolescentes jogando celulares na cadeia de Guarapuava

Adolescentes foram flagrados atirando celulares no pátio do solário da 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava

Dois adolescentes foram detidos pela Polícia Militar de Guarapuava na manhã desta terça-feira (27) depois de jogarem celulares no pátio do solário da 14ª Subdivisão Policial (14ª SDP). O caso foi registrado por volta das 9h50, depois que policiais abordaram dois suspeitos com características repassadas por agentes de cadeia pública.

Os jovens confessaram que arremessaram embrulhos com objetos dentro do pátio do solário. Eles contaram que foram pagos por um homem alto, branco, careca e forte. O pacote jogado na 14ª SDP continha quatro celulares e os garotos foram levados até a delegacia. No local, outro adolescente já estava detido, também suspeito de jogar o embrulho para os presos.

Informações do portal Rede Sul de Notícias.


Congresso da Fenaspen define lutas sindicais para 2015.

Posted: 17 Jan 2015 05:09 AM PST

ASSUNTOS RELATIVOS À CARREIRA DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS FORAM PAUTA DO 3º CONGRESSO DA FEDERAÇÃO SINDICAL NACIONAL DOS SERVIDORES PENITENCIÁRIOS (FENASPEN).

Sindicatos de vários estados do país estiveram reunidos nos últimos dias 14 e 15 em Brasília a fim de rever o estatuto e a diretoria da Fesnaspen e discutir antigos e novos projetos referentes aos servidores que nortearão as lutas no ano de 2015. Minas Gerais esteve representada pelo SINDASP-MG na figura do presidente Adeilton Rocha de Souza e do diretor executivo Carlos Nogueira.

O primeiro dia do evento foi dedicado à reforma do estatuto da Federação de acordo com as propostas levantadas pela diretoria executiva. Já no segundo dia, na parte da manhã, deu-se continuidade às mudanças da Fenaspen com questões relativas à sua composição administrativa como o preenchimento dos cargos vagos e a criação de novas diretorias. A votação para a ocupação das novas cadeiras foi realizada em seguida. Minas Gerais passou a ter dois representantes na Fenaspen com a eleição de Carlos Nogueira como Diretor de Saúde do Servidor.
Já a terceira e última parte do encontro foi definido o plano de ações para este ano. Primeiro foram levantadas as lutas pela aprovação de projetos que tramitam no Congresso Nacional, com destaque para a PEC 308 (referente à criação da Polícia Penal) que foi a Diretriz mais votada na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg) em 2009 e ainda encontra-se em tramitação no congresso.
Além deste, outras questões colocadas em pauta para acompanhamento e debate no Congresso foram a aprovação dos projetos referentes à aposentadoria especial e adicional noturno, a reforma da LEP (Lei de Execução Penal), que já se encontra em andamento no Senado, e a continuidade dos estudos e atividades do Grupo de Trabalho (GT) dedicado à regulamentação profissional dos Agentes de Segurança Penal.
Já as lutas no contexto da sociedade civil se darão por meio da participação da Fenaspen e dos Sindicatos filiados na 2ª Conferência Nacional e nas Conferencias Estaduais, onde são estabelecidos os delegados e os termos que serão levados ao evento nacional.

O presidente do SINDASP-MG e membro da diretoria da Fenaspen, Adeilton Rocha, destacou a relevância do trabalho conjunto para a conquista da regulamentação da função do Agente Penitenciário em âmbito nacional: “a realização deste congresso é de grande importância em nível de nação, uma forma de firmarmos um pacto de união para conseguirmos a valorização, reconhecimento e profissionalização da atividade do agente em nível nacional”. Adeiton completa ainda: “não queremos que a profissão seja apenas conhecida na prática, mas sim que seja reconhecida e regulamentada, levando para a ordem jurídica”.
Durante o encontro, também ficou acertada a criação de GTs entre os Sindicatos filiados que ficarão responsáveis por cada tema debatido em congresso. A primeira reunião para início dos trabalhos dos GTs está agendada para os dias 24 a 25 de fevereiro, em Brasília.

FONTE:http://www.sindaspmg.org.br/index.php?pag=noti&id=162

FALA ALEXANDRE GUERREIRO!

Posted: 17 Jan 2015 04:02 AM PST

ALEXANDRE GUERREIRO

 
É tão bonitinho ver grupinhos de fanfarrões pseudos "políticos" criticarem a minha figura pública politicamente, profissionalmente e outros moldes operantes... Mas, então, fica assim! A luta continua, pois, nós trabalhamos com técnica, legalidade e alianças políticas... Ei! Você mesmo que saiu ontem das fraldas e querer ser mestre e doutor em tocar sistema prisional é brincadeira. Triunfamos num combinado, isto é, se trabalharmos juntos seremos força total, ou seja, quem caminha conosco vê a realidade e se torna incansável na busca da excelência. Nas entrelinhas somos motivadores, amigos e enxergamos os falsos classistas (profetas), que ao invés de buscar a moralização, se fazem de vítimas e querem a todo momento desmoralizar os bons guerreiros com pensamentos negativos, fictícios, faraônicos e desleais... Quando satiriza quem está a frente é porque é melhor ou tem complexo de inferioridade, quando, cospe no prato que comeu é porque não tem estomago e assim adiante... É para você mesmo, quando pisa na bola nos plantões, você não pisa comigo e sim com os colegas dos plantões que lá estão com seus deveres e direitos constituídos por força de lei, te digo não sou eu quem faço as leis, mas sou obrigado a cumprir... Como melhorar? Me de uma lâmpada mágica ou indique uma formula para mudar a história? kkkkkkk

 
NOTA DE AGRADECIMENTO E FORÇA!

Posted: 17 Jan 2015 03:44 AM PST

Estimados colegas,

 
Percebo o avanço perante a organização solicitada pelos Guerreiros da comissão junto a cada RISP. Mas não posso deixar de relatar a realidade, sendo não existe nada garantido aos excedentes, inúmeras pessoas divulgam que serão chamados mas na realidade não existe nada garantido, portanto aconselho a você que é excedente buscar auxílio junto a comissão pois neste momento não existe opção melhor posso garantir, e sendo assim não quero assustar ninguém mas caso esteja acomodado (a) você pode ter nadado muito e poderá ficar na praia, qualquer dúvida somente através do grupo whatsapp 31 -94927640, você será adicionado no grupo da comissão e redirecionado ao respectivo grupo da sua Risp, desde já agradeço antecipadamente.

 
O blogueiro Alexandre Guerreiro se junta aos camaradas do PCdoB

Posted: 17 Jan 2015 04:13 AM PST


 

Em noite de reunião do Diretório do PCdoB de Minas presidida por Daniel Dias presidente do PC do B de Montes Claros junto com o Presidente do PCdoB do estado de Minas Gerais, Wadson Ribeiro (Deputado Federal), na Câmara Municipal de Montes Claros ao lado de militantes como Lipa Xavier, Hilário Bispo o blogueiro Alexandre Guerreiro militante da moralização do sistema prisional se junta aos "CAMARADAS", filiando ao Partido Comunista do Brasil à convite de Daniel Dias.

 

 
 

MULHER DESTAQUE DO DIA DO ASSISTENTE SOCIAL - RUTHNÉA VIEIRA

Posted: 16 Jan 2015 05:24 PM PST

RELATOS DE UMA EX-SERVIDORA DO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO DE UBERABA-MG (TRIÂNGULO MINEIRO)


 

Amigo Alexandre Guerreiro Moc trabalhei quase 3 anos no Sistema Socioeducativo nunca fui reconhecida meu trabalho como Assistente Social, mais graças a Deus tenho amigas que reconhece meu trabalho minha dedicação do meu trabalho que amo muito, fizeram uma homenagem pelo meu dia do Assistente Social em 2013. Hoje estou fora do Sistema mais tenho certeza em Fé em Deus vou seguir em frente com força de DEUS está preparando uma surpresa pra mim, penso assim o mundo das voltas é tudo na vida é passageiro. Segue o blog: Acesse>http://mulheruberaba.blogspot.com.br


 

Amigas do Mulher Uberaba, com um pouco de atraso, em comemoração ao dia 15 de Maio, dia do Assistente Social, hoje temos uma matéria especial com Ruthnéa Vieira, assistente social, parceira do nosso Projeto Mulher Uberaba e grande profissional de Uberaba, que ama sua profissão e nos contará um pouco de sua vida a seguir:
 

Ruthnéa Vieira - Eu escolhi fazer o Curso Serviço Social, por que trabalhava na Creche Comunitária Nossa Senhora do Rosário há 11 anos, quando comecei a trabalhar a maioria das crianças daquela comunidade ia pra creche para comer e tomar banho.

 

Naquela época todas as mães eram trabalhadoras boia-fria deixavam seus filhos na creche para trabalhar, algumas não tinham emprego levava mesmo para comer. Comecei a trabalhar na creche 1998 a 2009.
 

Depois os anos foi passando começou a melhorar para comunidade, comecei ajudar. Tenho um certificado de Homenagem de Honra Mérito pelos vereadores em 2006 - Câmara Municipal de Uberaba.
 

Comecei os estudos em 2006 na faculdade UNIPAC não foi fácil tinha dia que não tinha dinheiro para ir de ônibus saia do bairro Boa Vista até Senador Pena a pé. Mais não desisti venci todos os obstáculos.

No último ano de faculdade quebrei o pé já era final uma correria tive que sair do emprego para terminar os estágios e meu TCC, tive ajuda da minha mãe e meu noivo Elber e de algumas amigas e professores.
 

Fiz um Curso de extensão na UFTM de 60 horas Drogas e Crack - Quando comecei a trabalhar na minha área tinha que fazer processo seletivo Análise de Curriculum e entrevista, não foi fácil. Mas persisti e aqui estou.

Amo minha profissão adoro trabalhar com os adolescentes e as famílias é minha vida.

Código de Ética:

Código de Ética atualizado e aprovado em 1993 expressa o projeto profissional contemporâneo comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos. 
 

11 princípios do Código de Ética:
 

1.Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; 

2.Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; 
 

3.Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras;
 

4.Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida; 
 

5.Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática; 
 

6.Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças; 
 

7.Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual; 
 

8.Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, etnia e gênero;


 

9.Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores; 
 

10.O Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional; 


 

11.Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar; por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física.

Então esta sou eu, vivendo e amando a profissão que escolhi...


 

Abraços para todos!

Ruthnéa Vieira 


 

O “VIGIAR E PUNIR” DO MONSTRO FISCAL BRASILEIRO

 

Por Leonardo Amorim

no site DESCONFIÔMETRO

A obra Vigiar e punir: nascimento da prisão, do filósofo francês Michel Foucault, costuma despertar as mais variadas interpretações e sem dúvida é uma das mais importantes do século XX.

A filosofia de Foucault é uma forma de reflexão sobre como as elites operam para se manter em evidência na então sociedade moderna, usando a máquina do estado nas micro relações de poder para preservar meios coercitivos centrados no monitoramento e na intimidação, aplicando instrumentos de controle social que segregam e estigmatizam indivíduos, que passam a ser classificados conforme seus delitos, como impróprios ou incapazes de cumprirem as regras estabelecidas, em detrimento dos que são vistos como saudáveis e aptos por se encontrarem em conformidade com o sistema de controle.

Isto me parece bem familiar… Percebo um traço das reflexões de Foucault no âmbito das relações entre o estado brasileiro, hiper burocrático, e os contribuintes, todos apenados e sujeitos a uma vigilância ostensiva e que muito se assemelha a visão circular de monitoramento, o que defino como sendo uma espécie de “Panóptico Fiscal”, onde tudo e todos estão sob o “olhar de lince” digital da autoridade fiscal, munida de supercomputadores, sistemas sofisticados baseados em redes neurais, que gerenciam os procedimentos do ambiente fiscal.

Contágio

Um dos exemplos mais interessantes da filosofia do “vigiar e punir” no âmbito do fisco brasileiro, é um modelo de rastreamento, um sistema chamado ContÁgio; trata-se de uma ferramenta para municiar a auditoria fiscal por meio de sofisticados cruzamentos de dados envolvendo os mais diversos tipos de arquivos e fontes para identificar evidências de sonegação e demais fraudes, partindo da contabilidade, mas envolvendo também a varredura de registros de notas fiscais, extratos bancários e operações no comércio exterior.

Na monografia “Um Novo Paradigma na Auditoria em Meio Digital“, de Gustavo Henrique de Britto Figueiredo, a ferramenta ContÁgio é assim definida:

Trata-se primeiramente de uma ferramenta desenvolvida para agilizar o trabalho do fiscal na identificação de indícios de fraudes e outros elementos que possam subsidiar o seu resultado. Isso é feito através de diversas funcionalidades, começando de uma forma inovadora de se visualizar toda a contabilidade de uma empresa. Em seguida são apresentados outros recursos inéditos, tais como: a utilização de algoritmos otimizados para promover o processamento de análise combinatória sobre os lançamentos contábeis; processamento automatizado de cotejamento entre informações contábeis e fiscais; utilização de teorias matemáticas puramente numéricas no contexto da fiscalização e de forma abrangente; heurísticas que identificam padrões em arquivos de forma automática; mecanismos que agregam grande flexibilidade na manipulação de grandes conjuntos de dados; e um ambiente de compartilhamento de conhecimento coletivo.

Todavia, nem sempre é preciso ir ao extremo da proposta do ContÁgio; muitas vezes basta apenas produzir um efeito psicológico sobre os contribuintes; apenas para ilustrar, em 2014 a SEFAZ-GO publicou uma matéria sobre um tipo de “monitoramento agrícola por meio de imagens de satélite aliado ao uso do geoprocessamento se tornou mecanismo importante nos trabalhos de arrecadação tributária da Secretaria da Fazenda de Goias. O sistema possibilitou ao Estado o conhecimento e controle dos principais produtores rurais e suas sucessivas safras com registros positivos na arrecadação de tributos”.

Sped e eSocial, os monstros vigilantes

Dizem que toda brincadeira tem um fundo de verdade e há quem afirme que o verdadeiro significado da sigla SPED seja Sistema Público de Escravidão Digital. Certamente este gracejo é uma provocação aos defensores de um mundo de sistemas e ambientes de recepção de arquivos dos entes fiscais e claro, das obrigações que tornam o trabalho de prestação de informações desproporcional, injusto e estressante. O modelo de escrituração publica digital no Brasil se configurou para muitos contribuintes e contabilistas, como um fardo quase insuportável.

O Sped é invasivo e nada atraente. Gera alocação indevida de recursos, e em nada tem contribuído para reduzir a impressionante carga de 2.600 horas por ano gastas para o cumprimento das obrigações, como demonstra a apuração feita pelo Banco Mundial & FGV entre 2003 e 2012.

Os planos do fisco consistem em consolida-lo como linguagem única para comunicação com o contribuinte Pessoa Jurídica (PJ), com exceção do Simples Nacional. Esse “Monstro de Vigilância” tem várias cabeças em atividade e outras incubadas. Entre elas se encontram a novíssima Escrituração Contábil Fiscal (ECF), que faz a obrigação acessória que será substituída, a DIPJ, parecer um sisteminha despretensioso, repercutindo todos os detalhes da Lei 12.973/2014, cuja primeira entrega está prevista para 2015 (referente a 2014) e que vai trazer ao mundo digital o Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), com interação com a Escrituração Contábil Digital, o Sped Contábil, a cabeça mais antiga, em termos de Programa Validadores e Assinadores (PVAs), desse monstro fiscal.

Também virá o Bloco K, dentro do Sped Fiscal, tratando sobre a escrituração do Controle da Produção e do Estoque. Em paralelo, vem se avolumando a implantação da Nota Fiscal do Consumidor (NFC-e), um projeto bem mais interessante para os contribuintes. Mas há outros desenvolvimentos que demonstram o quanto o Sped não cessa, tais como a EFD Financeira, com o conjunto de obrigações acessórias a serem prestadas por instituições financeiras e outras similares, além da NFS-e, com o propósito de padronizar as notas de serviços com base de dados única e compartilhada, o que se ocorrer, será muito interessante porque pode acabar com a bagunça com que os sistemas municipais de NFS-e se transformaram, sem padronização, o que eleva ainda mais os custos de quem precisa escriturar no Sped Contribuições, por exemplo. Também há a intenção de se desenvolver a EFD-Retenções, para tratar sobre retenções de tributos, que seriam escrituradas em um outra cabeça: o eSocial.

CONTINUE LENDO AQUI:
http://namiradodesconfiometro.com.br/?p=134


Novos delegados divisionais são anunciados

Anúncio dos novos nomes foi feito na segunda-feira, em reunião com o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini

O delegado-geral da Polícia Civil, Júlio Cezar dos Reis, reuniu nesta segunda-feira (22) os novos delegados divisionais, escolhidos em conversa com o secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Francischini. O objetivo do encontro foi passar aos novos delegados as principais diretrizes da nova gestão da Polícia Civil.

Reis destacou que trocas são naturais dentro da instituição. “Eles foram escolhidos por características e talento e por terem os perfis que mais atendem às novas diretrizes da Secretaria de Estado da Segurança Pública”, afirmou Reis.

O delegado-geral fez questão de ressaltar que a confiança em todos os membros da Polícia Civil segue inabalada, inclusive em relação àqueles delegados que deixaram a titularidade de algumas divisões. “Todos terão capacidade e experiência aproveitadas em outros cargos importantes dentro da instituição”, explicou Reis.

O delegado-geral salientou que trocas de comando em distritos, especializadas e subdivisões ficarão a cargo dos novos divisionais. “Dei um prazo breve aos divisionais para que eles escolham os responsáveis pelas delegacias e me apresentem, para daí analisarmos a possível troca”, explicou Reis.

Grupos especiais

Tanto o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) quanto o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) não terão seus comandos alterados. Luiz Alberto Cartaxo Moura e Sivanei de Almeida Gomes seguem respectivamente nas chefias dos dois grupos.

“Os grupos têm bons trabalhos em andamento e uma troca poderia causar prejuízos para a instituição”, destacou Reis.

 

Confira lista com os novos delegados divisionais:

- Delegado-geral adjunto – Francisco José Batista da Costa

- Corregedor-geral – Jairo Estorilio

- Secretário-executivo – Naylor Gustavo Robert de Lima

- Divisão Policial do Interior (DPI) – Valmir Soccio

- Divisão Policial da Capital (DPCAP) – Maritza Maira Haisi

- Divisão de Polícia Metropolitana (DPMetro) – Hamilton da Paz

- Divisão de Infraestrutura (DIE) – Marco Antônio Lagana

- Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) – Rubens Recalcatti

- Divisão de Polícia Especializada (DPE) – Luiz Gilmar da Silva

-Divisão de Investigações Criminais (DIC), Itiro Hashitani

- Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) – Miguel Stadler

- Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) – Riad Braga Farhat

- Instituto de Identificação – Alcimar de Almeida Garrett

- Escola Superior de Polícia Civil (ESPC), Rogério Antônio Lopes

Informações da AEN.


Homem morre após policial atingí-lo com arma de choque

Um homem foi morto após ser atingido por uma arma de choque de um policial. O incidente ocorreu na In.

Um homem foi morto após ser atingido por uma arma de choque de um policial. O incidente ocorreu no condado de Staffordshire, na Inglaterra.
Segundo os oficiais, um dos membros da corporação descarregou a arma contra a vítima após um chamado de invasão em uma propriedade durante a madrugada. “Durante o incidente, uma Taser foi descarregada pelos oficiais e o homem foi levado para a viatura”, disse um porta-voz da polícia.
O ladrão acabou não demonstrando respostas após ser atingido. Ele foi atendido por paramédicos, mas não resistiu e faleceu. 

O incidente foi relatado à Comissão Independente de Queixas Policiais. Uma investigação está sendo realizada sobre o incidente.

Fonte: Metro


Julio Reis toma posse como delegado-geral da Civil

Julio Reis foi nomeado como delegado geral da Polícia Civil do Paraná, assumindo no lugar de Riad Braga Farhat, que retorna como titular da Denarc

O secretário da Segurança Pública, Fernando Francischini, participou, no fim da tarde desta terça-feira (16), da solenidade na qual foi assinado o decreto 12.784/2014, de nomeação de Julio Cezar dos Reis como delegado-geral da Polícia Civil do Paraná. Reis assume no lugar do delegado Riad Braga Farhat, que retorna como delegado-titular da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc).

“Julio Reis foi uma escolha técnica, pelo seu perfil e pelos serviços prestados. Precisaremos do seu esforço nos próximos anos para contribuir no combate às drogas, no combate aos crimes de fronteira e para reduzir os índices de criminalidade”, afirmou Francischini.

O secretário da Segurança Pública também destacou a parceria entre as polícias Civil e Militar. “O policial que trabalhar bem terá o nosso respaldo, com estrutura e incentivo. Mas atuaremos sem perdão para quem se envolver em corrupção ou com o crime organizado”, acrescentou Francischini.

Em seu discurso, o novo delegado-geral relembrou os avanços obtidos pela classe policial durante a gestão do governador Beto Richa. “Entendo que estamos iniciando a segunda fase de um audacioso plano de segurança que foi determinado pelo governador Beto Richa no ano de 2011. Vários foram os avanços até aqui, como o início do processo de retirada de presos de delegacias, embora ainda tenhamos muito que avançar nisso. O Governo do Paraná também implantou o almejado subsídio aos policiais que, em alguns casos, gerou acréscimo de mais de 100% nos vencimentos”, lembrou Reis.

O delegado-geral empossado citou o incremento no número de servidores atuando nas delegacias e a aquisição de viaturas modernas. “Isso demostra a força da polícia e o respeito do governo com a classe policial, pois proporciona a todo o grupo mais segurança e rapidez no trabalho”, disse Reis, que acrescentou a criação efetiva da Agência de Inteligência da Polícia Civil, a implantação da Delegacia Eletrônica e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

“Mesmo com tudo isso, uso aqui um lema que sempre repassei aos policiais da minha equipe quando eu assumia uma nova delegacia: ‘temos de avançar ainda mais’, pois é isso que a sociedade espera dos gestores públicos. Vamos alocar mais recursos humanos e de estrutura na Agência de Inteligência, visando o seu incremento para fazer frente às demandas necessárias e priorizaremos a questão de infraestrutura”.

Reis também ressaltou que será dada prioridade à repressão aos crimes contra o patrimônio, destacadamente nos grandes centros urbanos. “Vamos criar forças-tarefas, em parcerias com outros órgãos de segurança, toda vez que determinada modalidade criminosa assim exija. E exigiremos uma Corregedoria que reprima com rigor os desvios de conduta, mas mais do que isso, que atue também de forma orientativa, no sentido de aprimorarmos a qualidade dos nossos inquéritos policiais”, defendeu.

EQUIPE – Sobre a composição de outros nomes da equipe, Reis adiantou que está se reunindo com o seu delegado geral adjunto, Francisco José Batista da Costa, para definir uma relação de nomes para apresentar ao secretário e, no mais tardar até a semana que vem, já devem estar definidos os divisionais, que por sua vez escolherão os chefes de especializadas, titulares de distritos e algumas delegacias do interior.

Participaram da solenidade de posse delegados divisionais, subdivisionais e membros da nova equipe de Francischini, como o coronel Maurício Tortato, que passará a ser o diretor-geral da Secretaria da Segurança Pública, e o delegado Paulo Ernesto, designado para ocupar a Assessoria Civil da Pasta, além do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, do comandante-geral da Polícia Militar, César Vinícius Kogut, e dos deputados estaduais Felipe Francischini, Mauro Moraes e Tiago Amaral.

Informações da Agência Estadual de Notícias


Casal de Londrina é preso suspeito de comprar recém-nascido

Segundo a Polícia Civil, casal pagou R$ 300 pelo bebê e sustentava a mãe da criança desde os três meses de gestação

Um casal de Londrina foi preso em Cascavel (oeste do estado), no último sábado (6), suspeito de comprar um recém-nascido. Segundo o delegado Dênis Merino, a prisão foi feita com a ajuda de uma denúncia feita ao Conselho Tutelar. A Polícia Civil ainda que o casal sustentava a mãe da criança desde os três meses de gestação.

Segundo reportagem do portal Bonde, o casal pagou pela cesariana da mãe da criança, realizada ainda na sexta-feira (5), além de pagar despesas com exames, aluguel, água e comida. O bebê foi vendido por R$ 300, segundo a Polícia.

O homem de 31 anos e a esposa, de 42, foram presos no quando retornavam de Toledo para a cidade de Santa Tereza do Oeste, onde a mãe da criança mora. Eles pagaram fiança de R$ 10 mil e foram liberados. A mulher que vendeu o recém-nascido também foi detida e liberada na sequência.

O delegado afirmou que não se sabe se o casal pretendia ficar com a criança ou se venderia o bebê. O Conselho Tutelar recolheu a criança, que está sob os cuidados de uma família acolhedora desde a prisão do casal.

Fonte: http://arede.info


Aposentada dá exemplo de honestidade em PG

Mulher encontrou carteira com dinheiro em caixa eletrônico e devolveu tudo para dona, que tem uma filha com Síndrome de Down e depende da quantia para viver

Uma aposentada de Ponta Grossa praticou um gesto que deve servir de exemplo para a sociedade. Gilvânia Nara Bueno Nunes encontrou uma carteira e se mobilizou pela internet para devolvê-la a dona.

Na última quarta-feira (3), Gilvânia foi até um caixa eletrônico de um supermercado e encontrou uma carteira contendo cinco cartões, senhas de banco, extratos e R$ 150 em dinheiro. “Eu já estava saindo do caixa [eletrônico] quando percebi. Levei até um susto na hora. Rapidamente eu peguei a carteira e tentei encontrar o dono através da internet”, conta.

A aposentada mobilizou os amigos do Facebook para compartilhar uma postagem contendo fotos dos objetos e o nome de Vera Lucia Prestes – dona da carteira. “Em dez minutos meu telefone já estava tocando. Várias pessoas entraram em contato comigo. Em meia hora eu já tinha devolvido a carteira em mãos”, afirma.

Uma amiga do irmão de Vera Lucia viu a publicação na rede social e avisou a mulher. Vera tem uma filha portadora de necessidades especiais e vive com aproximadamente R$ 700 por mês para sustentá-la. O dinheiro encontrado por Gilvânia era parte desse valor – um benefício que a filha recebe do governo.

Gilvânia explica que Vera estava tão emocionada que mal conseguia digitar o número no celular para entrar em contato. “Uma amiga dela me ligou, porque Vera estava preocupada e não conseguia conversar direito. Rapidamente combinamos de nos encontrar na APAE, onde estava a filha dela, e me comprometi a devolver o dinheiro”.

“Um anjo em minha vida”

Vera ficou muito agradecida com o gesto de Gilvânia. “Graças a Deus a carteira foi encontrada por uma pessoa como ela. É um anjo que apareceu em minha vida. Qualquer um poderia achar esse dinheiro e simplesmente não devolver”, disse. “É sempre importante lembrar que às vezes as pessoas que perderam alguma coisa, precisam muito daquilo”, destaca Vera.

As duas se encontraram e Gilvânia chegou a conhecer a residência da mais nova amiga. “É incrível como às vezes a gente se chateia com tão pouca coisa. Essa mulher é uma guerreira! Passa por tantas dificuldades e está sempre sorrindo. É gratificante encontrar pessoas assim”, ressalta.

fonte: http://arede.info


Juízes Anticorrupção querem convencer EUA a processarem diretores e conselheiros da Petrobras

Posted: 25 Nov 2014 01:50 AM PST


 
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

 
Magistrados e investigadores norte-americanos já calculam que a Petrobras corre o risco de levar uma multa próxima de US$ 5 bilhões, caso seja condenada com base no Foreign Corrupt Practices Act - Lei contra Atos de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês). Caso a condenação se efetive, e o valor não seja pago, a empresa fica sumariamente afastada do acordo de globalização corporativa e impedida de negociar ADRS na Bolsa de Nova York. Se tal condenação for imposta nos EUA, investidores "minoritários" promoverão enxurradas de ações judiciais pedindo ressarcimento de prejuízos.

 
Multas pesadíssimas também podem ser aplicadas, em caso de condenação, aos dirigentes da empresa. Condenados criminalmente lá fora, ficam passíveis de prisão se deixarem o território brasileiro. Integrantes da informal "Associação de Juízes Anticorrupção" esperam convencer especialistas norte-americanos que existe a possibilidade concreta de o Conselho de Administração da Petrobras, do qual fazia parte a presidente Dilma Rousseff, e do Conselho Fiscal, também serem incriminados nos EUA, junto com o corpo de executivos da Petrobras. Esta é a grande dúvida dos processos civis e criminais tocados com apoio do Departamento de Justiça dos EUA contra a  Petrobras.

Ontem, por força legal e de mercado, a Petrobras foi obrigada a informar ter recebido, no dia 21, uma notificação da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, requerendo documentos sobre a operação Lava-Jato. A estatal de economia mista garantiu que eles serão enviados após o trabalho com o escritório nacional Trench, Rossi e Watanabe Advogados e com o americano Gibson, Dunn & Crutcher, já contratados para fazer investigação interna independente.

 
Conforme o Alerta Total revelou ontem, na recente conversa com altos diplomatas dos EUA com Dilma Rousseff, durante o G-20 na Austrália, a Presidenta brasileira foi advertida de que a situação era delicada, porque a Petrobras era alvo de investigações pelo departamento de Justiça e da Securities and Exchange Commission - a SEC. Os norte-americanos reclamam, sobretudo, da "falta de humildade" de Dilma para tratar do assunto que envolve diretamente o nome dele, já que foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras na gestão Lula da Silva. Dilma e outros membros dos conselhos de Administração e Fiscal correm risco de processo. Mesmo risco das empresas de auditoria PriceWatherhouseCoopers e KPMG Auditores Independentes que assinaram balanços da estatal, sem qualquer ressalva, durante o período investigado pela Lava Jato - e agora, também, pelos norte-americanos.

 
O pavor dos corruptos brasileiros aumenta porque os investigadores dos EUA prometem fazer um pente fino em operações de subsidiárias e coligadas. Um alvo direto é a PFICo (Petrobras International Finance). A empresa sofreu uma estranha cisão parcial por decisão da Assembleia Geral da Petrobras, em 16 de dezembro de 2013. Outro "target" é a Petrobras Global Finance B. V. – uma caixa preta sediada em Rotterdam, na Holanda. Por causa da Lava Jato, os investigadores também cuidarão de uma pouco conhecida coligada, situada em um paraíso fiscal: a Cayman Cabiúnas Investment Co.

 
Os norte-americanos têm outros alvos bem definidos. O principal deles é a compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Investigadores acenam com a forte suspeita de que a empresa tenha sido adquirida em uma mera operação de lavagem de dinheiro. Também entram na rigorosa apuração as obras da refinaria de Abreu e Lima (PE) e do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). Nos EUA, gera condenações a prisão ou multas milionárias o pagamento de comissão a funcionários públicos para obtenção de vantagens comerciais ou licenças para construção.

 
Um magistrado brasileiro, membro da "AJA", ironiza: "A Presidenta Dilma tem toda razão. Não vai ficar pedra sobre pedra"...

 
Lindo na teoria...

Ao participar ontem, em São Paulo, do encerramento do XI Seminário Internacional de Normas Contábeis, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, advertiu que não existe mercado de capitais sem a transparência das empresas, dando confiança aos investidores:  


"Os investidores só são capazes de tomar uma decisão se tiverem informações das empresas de como elas serão capazes de sustentar seu negócio. Os investidores precisam se sentir seguros".


Pereira defendeu, em sua palestra, que as empresas de auditoria independente devem ter “eficácia e qualidade”...


Recado da Justiça para a CVM

Uma decisão da juíza Sabrina de Arruda Pinto, da 13a Vara Federal em São Paulo, concedendo tutela antecipada em favor da Associação Nacional das Corretoras de Valores, Câmbio e Mercadorias (Ancor), beneficiando agentes autônomos de investimento, para que não sejam obrigados a seguir a certificação do Programa de Qualificação Operacional da Bolsa de Valores de São Paulo.


A decisão judicial representou uma derrota pessoal para o presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, e foi um duro recado para a Comissão de Valores Mobiliários, que agora passa a se tornar ré ou co-ré em ações na Justiça Federal.


O precedente aberto no processo 0021463-21/2014.4.03.6100 deixa claro que a CVM tem obrigação de fiscalizar o mercado de capitais com mais competência e rigor - inclusive para evitar grandes escândalos como o que agora se verifica na Lava Jato...

 

 
Novo óleo de fritura

 

 
Presidente em Exercício?

 

 
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 


 
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Novembro de 2014.
Magnicídio

Posted: 25 Nov 2014 01:41 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

 

 
 
Os Estados Unidos da América, maior potência mundial, bélica, econômica e industrial já teve quatro Presidentes assassinados durante o exercício do cargo. 

Um quinto tomou tiros mas sobreviveu ao atentado.

Se fosse apenas um caso, poderíamos atribuir a um louco o cometido.

A reiteração do fenômeno nos obriga a refletir.

A grande república do norte não é um mar de rosas.

Teve uma história atribulada. Colonizada por espanhóis, ingleses e franceses incorporou ódios seculares em sua população.

Terra de imigrantes, viu a expansão de organizações criminosas surgidas em outros lugares. Passou por uma guerra civil.

Penso, contudo, que o estopim do magnicídio é a falência no cumprimento da lei.

Desesperado com um executivo truculento, um legislativo subserviente e um  judiciário em decomposição, o indivíduo busca reparo moral pelos agravos sofridos.

Não se importa com o que vai lhe acontecer no momento seguinte. Elimina o canalha símbolo de sua exasperação.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

A Petrobrás e o "Clube da Roubança"

Posted: 25 Nov 2014 01:39 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Hélio Duque

 
“Só tenho um amigo no governo: o Lula”. O empresário Ricardo Pessoa, presidente da Construtora UTC, seria o autor da emblemática frase. Transcrita na revista “Veja”, pg.56 (edição de 19.11.2014). Seria cascata de um boquirroto? Era falsa, usada para impressionar os integrantes do cartel das empreiteiras? O engenheiro era coordenador e sujeito ativo na orientação do cartel, operava com desenvoltura na Petrobrás, garantindo o abastecimento das propinas. Estaria utilizando o nome do ex-presidente irresponsavelmente?  A figura pública do cidadão Luiz Inácio Lula da Silva é colocada no contexto dos mal feitos, sem nenhuma reação de contestação da vítima, até agora.
Em respeito à vida pessoal do líder sindicalista do passado, homem público que exerceu a Presidência da República, com indiscutível apoio popular, Lula não pode ficar calado. É conhecido o chavão “quem cala consente”. Sua reação deveria ser contundente não só em palavras, mas buscando o judiciário para lavar a sua honra que estaria sendo agredida. Ou pela revista ou por um empresário leviano. Ante a gravidade do que foi publicado, o silêncio não é o melhor caminho. Reagir e desmentir, ao que se lhe atribui, é o que a sociedade brasileira espera. Em nome da dignidade de um ex-presidente da República.
Figura marcante na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pessoa, segundo as manifestações, era o “presidente do clube”, cartelizado pelas grandes empreiteiras brasileiras. O estatuto “informal” estabelecia que somente grandes empresas poderiam participar com o objetivo de alavancar o super faturamento das obras da Petrobrás. O “clube” de corruptor tinha duas categorias de associados. Os empresários eram os sócios fundadores. Os sócios efetivos eram os diretores da estatal e as várias dezenas de políticos oportunistas integrantes da base aliada do governo. O “clube” se fundamentava no objetivo de ganhar dinheiro fácil, operacionalizando o maior esquema de corrupção da história brasileira.
A prisão na operação do juízo final, dos principais executivos das maiores empreiteiras do país, inaugurou um novo tempo na vida nacional. O juiz Sérgio Moro, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal escreveram páginas indeléveis: todos são iguais perante a lei. Os corruptores, até então, sujeito oculto na dilapidação do patrimônio público se consideravam intocáveis. Eram fiéis discípulos de Al Capone. Agora provaram  na própria carne que a Justiça não pode, como acreditavam, ser um braço omisso e contemplativo no enfrentamento de corruptores e corruptos.
Em tempo: é oportuno lembrar que em 2009, na “Operação Castelo de Areia”, a Polícia Federal enquadrou a construtora Camargo Corrêa em procedimentos onde a fronteira das ilicitudes não tinha barreiras. As evidências e provas elencadas eram arrasadoras. Em 2011, o processo foi anulado, sob a alegação de ter se baseado em denúncia anônima. O autor da anulação: O STJ (Superior Tribunal de Justiça). O jornalista Mario César Conti traduziu a decisão: “A empreiteira continuou castelo e a polícia virou areia”.   Agora o “castelo” de um gerente-executivo da Petrobrás, o engenheiro naval Pedro Barusco, propôs delação premiada para devolver US$ 97 milhões, equivalente a R$ 252 milhões, aos cofres públicos. Pode-se imaginar qual o  foi o montante de recursos drenados da estatal para o cartel.
Agora, observem a coincidência: a UTC Engenharia, presidida pelo Ricardo Pessoa, coordenador do clube das 13 empreiteiras, em relação à Petrobrás, tem posição de notável privilégio. Os seus principais projetos são: a) Complexo de Refino do Rio de Janeiro (Comperj); b) Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul; c) Refinaria Presidente Vargas, no Paraná; d) Refinaria Henrique Lage, em São Paulo; e, e) Refinaria da Paulínia, em São Paulo. Ou o seu “corpo técnico operacional” é único e altamente especializado em refinarias de petróleo ou foi “favorecido pela cartelização”, com a conivência de diretores da estatal.
A rigor, a “Lava a Jato” desenvolveu processo fadado a não deixar pedra sobre pedra, onde blindagens não beneficiarão os envolvidos nos fatos delituosos que afloram a todo instante. E o mais importante: os fios soltos que vão aparecendo, envolvendo áreas fundamentais da infraestrutura nacional, determinarão a abertura de novas investigações. Na área política, pela existência do foro privilegiado, o Supremo Tribunal Federal, em pouco tempo oficializará os nomes dos políticos do legislativo federal e do executivo que se locupletaram com os milionários recursos originados na petroroubalheira.
O roubança na Petrobrás, envolvendo o cartel das empreiteiras, agentes públicos da área política em todos os níveis e diretores da estatal é resultado da “ética da ganância”. Presente na vida brasileira em vários segmentos da sociedade. Agora atropelada pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e pela notável ação do juiz Sérgio Moro. A “ética republicana” demonstrou ser mais forte e poderosa. Nela reside a esperança dos brasileiros decentes, desejosos de deixar para filhos e netos, um Brasil onde ninguém possa se considerar acima das leis.

 
Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.
O Diálogo Interamericano e as Forças Armadas dos países periféricos

Posted: 25 Nov 2014 01:37 AM PST

“Se tudo isso falhar, abolir as Forças Armadas”.(Samuel Huntington)

 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

 
Desde algum tempo, referências vêm sendo feitas por publicações diversas, nacionais e internacionais, ao Diálogo Interamericano. Todavia, somente poucas pessoas têm conhecimento pleno do que venha a ser isso.

 
Sem a pretensão de querer esgotar o assunto, é interessante conhecer um breve resumo do que se convencionou denominar Diálogo Interamericano.
Aproveitando o aparente caos político e institucional na América Latina em seguida à guerra das Malvinas e à crise da dívida externa, ambas em 1982, interesses internacionais moveram-se rapidamente buscando manter seu domínio político e econômico na região. Desse esforço surgiu o que se convencionou chamar Diálogo Interamericano.

 
Em junho, julho e agosto de 1982 foram organizados três seminários para debater as repercussões da guerra das Malvinas nas relações interamericanas, sob os auspícios do Centro Woodrow Wilson, uma espécie de banco de cérebros, com sede em Washington. O Centro Woodrow Wilson foi criado em 1968 pelo Congresso dos EUA, como “um centro privado de investigação e documentação política”. O Centro é dirigido por uma junta composta por 8 funcionários oficiais, dentre os quais o Secretário de Estado, e outras 11 personalidades do setor privado, porém nomeadas pelo governo. Entre essas personalidades figuram luminares das finanças, como John Reed, presidente do Citibank, Max Kampelman, presidente honorário daLiga Antidifamação B’nai B’rith, e Dwayne O. Andreas, presidente do gigantesco cartel graneleiro Archer Daniels Midland.

 
No primeiro dos três seminários realizados após o término da guerra das Malvinas, Heraldo Muñoz, então professor da Universidade do Chile, argumentou que o intento de recuperar a soberania sobre as ilhas Malvinas “só foi possível porque não havia um governo democrático na Argentina”. Muñoz, posteriormente, foi nomeado embaixador do Chile perante a OEA (Organização dos Estados Americanos).
No segundo seminário, Viron Varky, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, e Nicolas Ardito Barleta, arquiteto do sistema financeiro do Panamá e então vice-presidente do Banco Mundial, chegaram à conclusão que a crise oferecia a oportunidade de se criar “um sistema de governo hemisférico mais forte”.

 
No terceiro seminário, o ex-embaixador norte-americano William Luers opinou ser necessária uma maior comunicação entre os EUA e a América Latina.

 
Desses seminários surgiu a idéia do Diálogo Intermaricano e, de outubro de 1982 a março de 1983, o Centro Woodrow Wilson patrocinou uma série de reuniões já dentro dessa idéia, nas quais 48 delegados da América Latina e dos EUA, a título pessoal, debateram um longo temário. Todavia, é certo que o apoio oficial do governo norte-americano a esse esforço foi mais além dos auspícios do Centro Woodrow Wilson, considerando-se que a reunião de fundação do Diálogo, em 15 de outubro de 1982, contou com a presença do então Secretário de Estado George Shultz e do Subsecretário de Estado para Assuntos Interamericanos, Thomas Enders.

 
A fundação do Diálogo Interamericano reuniu a nata do establishment norte-americano. Membros da Comissão Trilateral eram maioria no grupo que fundou o Diálogo (a Comissão Trilateral é uma entidade fundada em 1973 por David Rockefeller, Zbigniew Brzezinski e cerca de 200 personalidades do setor econômico, principalmente banqueiros, dos EUA, Europa Ocidental e Japão, intitulada “uma iniciativa provada da América do Norte, Europa e Japão para assuntos de interesse comum”).

 
A partir de 1973 e até a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, e o desaparecimento da União Soviética, em dezembro de 1991, viu-se um Primeiro Mundo unido em torno daComissão Trilateral, um Segundo Mundo agrupado em torno da falida ideologia socialista e umTerceiro Mundo subdesenvolvido, praticamente à mercê dos ditames dos outros dois mundos no que diz respeito à proliferação da energia nuclear, terrorismo, direitos humanos, desmatamento e venda de armas convencionais.

 
Abraham Lowental, do Centro Woodrow Wilson, é uma espécie de diretor-executivo doDiálogo Interamericano. Desde sua fundação, o Diálogo passou a propor a criação de estruturas supranacionais para monitorar as atividades militares no hemisfério. Em um de seus primeiros documentos, “As Américas na Encruzilhada”, foi apresentada a proposta de encarregar a OEA da vigilância de ditas atividades militares, e que os direitos humanos servissem de pretexto para a intervenção da Organização dos Estados Americanos, adiantando-se ao que viria a se transformar em uma campanha que vem sendo desenvolvida nos bastidores da ONU.

 
O documento “As Américas na Encruzilhada” afirmava que a “a ação multilateral cuidadosamente considerada, para proteger direitos humanos fundamentais, não é uma intervenção e sim uma obrigação internacional”. O documento instava também a um diálogo dos governos de El Salvador, Nicarágua e Guatemala com os respectivos “movimentos de oposição” (expressão usada para denominar a guerrilha e a luta armada nesses países) para encontrar uma forma de resolver as “controvérsias” sobre uma base que reconhecesse “os interesses vitais de cada parte”, ou seja, dos governos e da guerrilha, definindo a luta armada como “uma controvérsia”.

 
Em abril de 1986 o Diálogo emitiu um novo documento, descrevendo os três temas principais possíveis de controlar os acontecimentos políticos no hemisfério:

 
- que se formalizasse o “direito” da União Soviética - já em estado terminal - de expressar-se nos assuntos do hemisfério;

 
- que as drogas estupefacientes fossem legalizadas;

 
- que se construísse uma “rede democrática” com poderes suficientes para opor-se “aos comunistas e aos militares”, colocados, assim, em pé de igualdade.

 
Para lograr este último objetivo, o documento do Diálogo considerou ser urgente reduzir a participação militar em “assuntos civis”.

 
Em fins desse ano de 1986, o Diálogo pôs em marcha um projeto que culminou com a publicação, em 1990, do chamado “Manual Bush”, uma obra anti-militar editada em espanhol com o título “Los Militares y la Democracia: El Futuro de las Relaciones Cívico-Militares en América Latina”, que sugeria o desencadeamento de uma guerra econômicacontra os militares latino-americanos, assinalando que “o nível de recursos a ser destinado aos militares”  deveria ser questionado e mudado, como uma das formas mais efetivas de“conter a influência das Forças Armadas dos países ao sul do Rio Bravo”. O flanco econômico transformar-se-ia, assim, rapidamente, no ponto forte da guerra contra os militares da América Latina.

 
Em 17 de junho de 1990, o “Jornal de Brasília” publicou matéria segundo a qual, em Washington, a Comissão Trilateral, em uma reunião, defendera a substituição das Forças Armadas dos países subdesenvolvidos, notadamente da América Latina, por forças regionais de defesa, uma Força Interamericana de Defesa. Na mesma reunião, o expertespanhol Julio Feo condenou o excessivo crescimento populacional nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, pois “o excesso populacional agride a natureza e provoca o aquecimento da Terra”. Foram também recomendados pactos mundiais para forçar as nações atrasadas ao cumprimento de rigorosas medidas protecionistas do meio ambiente, em troca da promessa de redução de suas dívidas externas.

 
Ao propor a criação de forças regionais de defesa, foi assinalado que a Guerra Fria acabara e que não havia mais riscos de comunismo na América Latina. Sobre a eliminação das Forças Armadas nacionais, a conclusão da Trilateral é a de que em muitos países da América Latina elas tendem a “ser promotoras institucionais vigorosas de comportamentos nacionalistas”.

 
Por fim, a reunião da Comissão Trilateral apontou outra vantagem para a substituição das Forças Armadas tradicionais por uma Força Regional de Defesa: os militares da América Latina teriam uma ocupação “mais útil, reduzindo-se sua propensão histórica ao envolvimento nos assuntos políticos de seus países”.
Em dezembro de 1990, durante uma visita ao Cone Sul, o então presidente George Bush batizou esse projeto global da era pós-Guerra Fria (o Muro de Berlim já havia caído, em 9 de novembro do ano anterior) com o pomposo nome de “Nova Ordem Mundial”, projeto que deveria ser imposto através da democracia. Aduziu, todavia, que esse “novo amanhecer” não surgiria sem uma quota de sofrimento: “A mudança não será fácil. As economias que agora dependem da proteção e da regulamentação do Estado deverão abrir-se à competitividade. Por um tempo a transição será penosa (...) Tais mudanças ajudarão a eliminar as falsas distinções entre o Primeiro Mundo e o Terceiro Mundo, que por demasiado tempo já limitaram as relações políticas e econômicas nas Américas”.

 
Recorde-se que nesse mesmo mês, em 4 de dezembro, um dia após a revolta militar na Argentina comandada pelo coronel Mohamed Ali Seineldin, o embaixador da Argentina no Brasil, José Manoel de La Sota, propôs a formação de “uma aliança no Cone Sul em defesa da democracia”, a qual utilizaria sanções econômicas e, inclusive, intervenções armadas contra qualquer país-membro que não mantenha “um sistema democrático”. Essa proposta foi formulada em um almoço onde se encontravam o então presidente Collor e 21 embaixadores latino-americanos, durante uma visita do presidente Bush ao Brasil. O “Financial Times”, de Londres, de 11 de janeiro de 1991, referindo-se a esse fato, expressou que o Ministro da Fazenda argentino Domingo Cavallo, “está tratando de interessar seus vizinhos em um pacto de segurança regional que manterá os generais fora da política e ocupados com deveres não ameaçadores, como proteger o meio ambiente e erradicar o narcotráfico”.

 
Prosseguindo, em 15 de abril de 1991, Luigi Einaudi, então homem-chave do Departamento de Estado no projeto anti-militar denominado “Manual Bush”, e na época também embaixador dos EUA junto à OEA, disse, em um seminário sobre “O Futuro da OEA e a Segurança Hemisférica”, realizado no Centro Woodrow Wilson, que as atuais estruturas da OEA e da Junta Interamericana de Defesa (JID) “são inadequadas para garantir a segurança hemisférica”. Expressou sua “grande frustração pela incapacidade de reunir a OEA e a JID - a autoridade política e a autoridade militar institucional -. Está claro que é hora de que traduzamos a solidariedade democrática que temos logrado no hemisfério em uma definição e papel para os militares”.

 
Posteriormente, ainda em abril de 1991, um dos membros fundadores do Diálogo Interamericano, o ex-Secretártio de Defesa dos EUA, Robert McNamara, em discurso durante a reunião anual do Banco Mundial, entidade da qual foi presidente, exigiu que as instituições financeiras internacionais condicionassem suas ajudas a drásticas reduções dos orçamentos militares das nações que recebiam ditos benefícios. Essas reduções, segundo McNamara, acelerariam o processo de substituição das instituições militares nacionais por forças supranacionais da ONU. 

 
A doutrina de segurança da Nova Ordem Mundial deveria ser a “ação coletiva” de conformidade com a intervenção da ONU no Iraque. McNamara instou que a OEA também se transformasse: “Um acordo do Conselho de Segurança da ONU de que os conflitos regionais que coloquem em perigo a integridade territorial sejam enfrentados com a aplicação de sanções econômicas e, se necessário, ações militares impostas por decisões coletivas e utilizando forças multinacionais (...) Um mundo assim necessitaria de um líder e não vejo alternativa a que o papel de liderança seja cumprido pelos EUA (...) Organizações como a OEA e a Organização de Unidade Africana (OUA) devem funcionar como braços regionais do Conselho de Segurança”.

 
Em fins de novembro de 1991, Guillermo Kenning Voss, importante empresário boliviano, na época presidente da Corte Eleitoral de Santa Cruz de la Sierra, definiu que a Bolívia já não precisava de Forças Armadas. Logo em seguida, em 1 de dezembro, o jornal boliviano “Última Hora”, analisando essa declaração, transcreveu trechos do “Manual Bush”.

 
Quando ficou claro que os militares e civis bolivianos levavam a sério a existência desse Manual, a embaixada dos EUA em La Paz difundiu, em 7 de dezembro, um comunicado à imprensa esclarecendo que o chamado “Manual Bush” é o livro “Os Militares e a Democracia”, mas que ele, todavia, “não tem qualquer relação com o governo norte-americano”, o que não é verdade, pois o prefácio do livro assinala que o governo dos EUA custeou o projeto e que o Exército, o Departamento de Defesa e o Departamento de Estado deram assessoria e apoio logístico para realizá-lo.

 
Em maio de 1992, os uruguaios Juan Rial e Carina Perelli, membros de uma sociedade de análise política uruguaia, denominada “PEITHO”, considerada o braço latino-americano do Diálogo, entrevistados no programa de rádio “En Perspectiva”, entrevista posteriormente publicada na revista “Círculo Militar”, do Uruguai, argumentaram que as mudanças nas Forças Armadas são necessárias; disseram que as nações necessitam de Forças Armadas, mas elas devem ser “reestruturadas” segundo as normas fixadas pela “Nova Ordem Mundial”: cortes orçamentários, redução de efetivos, abandono da missão histórica de defender o Estado Nacional, participação em forças multinacionais, etc. “As Forças Armadas terão que aceitar que as coisas não podem continuar como até agora; que certas mudanças terão que ser feitas, porque há uma mudança muito forte em nível mundial que indica que as grandes organizações de tipo estatal estão em crise (...) 

 
As Forças Armadas, como uma instituição estatal, sofrem o mesmo destino que todos os demais organismos do Estado: perdem Poder, perdem dinheiro e perdem lugar”. Perguntados sobre qual o papel das Forças Armadas latino-americanas, hoje, Juan Rial e Carina Perelli responderam: “Fundamentalmente, sobreviver”.
Posteriormente, em um simpósio de três dias realizado no Centro Woodrow Wilson, em Washington, no período de 19 a 21 de outubro de 1992, sob o título “Ensinamentos da Experiência Venezuelana”, dedicado a analisar as conseqüências, tanto na Venezuela como em toda a região, do levante militar ocorrido naquele país em 4 de fevereiro de 1992 contra o então presidente Carlos Andrés Perez, os participantes foram mais francos do que de costume e apontaram os militares como um dos grandes fatores que mantêm viva na América Latina “a cultura do nacionalismo econômico” e, com isso, as possibilidades de rebelião.

 
Registre-se que, desse seminário participou o analista militar brasileiro Alexandre Barros - foi assessor do comando da Escola Superior de Guerra em 1973 e 1974 e posteriormente passou a preparar análises de risco para investidores estrangeiros no Brasil -. Em 30 de outubro de 1988, em uma dessas análises de risco, declarou ao jornal “O Estado de São Paulo” que o Brasil “está caminhando para um golpe de Estado”, pois o governo Sarney “é fraco, hesitante e indeciso, portanto perigoso para o capital estrangeiro”. 

 
Encabeçou os ataques contra os militares, jactando-se, com arrogância, de que o desmoronamento de seus salários e do seu prestígio criaram uma “profunda crise de identidade entre os militares no continente”, assegurou que “está crescendo a brecha entre gerações novas e velhas” na instituição militar, e que “a geração mais jovem está imbuída do ponto de vista da sociedade civil (..) Ao ir-se ajustando as novas democracias ao neoliberalismo, os militares tendem a uma visão retrospectiva de buscar o nacionalismo e de regressar à política antiga. Porém, isso mudará, pois a profissão de militar está a ponto de converter-se em uma profissão como qualquer outra”.

 
Em 14 de dezembro de 1992, o boletim do FMI, “IMF Survey”, referiu-se a um Foro realizado na sede do órgão, em Washington, para discutir o tema de se as instituições financeiras internacionais “têm responsabilidade e recursos para pressionar os países (...) a reduzir o nível de seus gastos militares”.
Nesse Foro, Russel Kincaid, então chefe da Divisão de Facilidades e Emissões Especiais do FMI, fazendo eco da tese central do discurso de McNamara, em 1991, argumentou que o objetivo a ser buscado é “a segurança coletiva (...) que suplante os mecanismos de segurança individual”, acrescentando que alguém ainda terá que “fazer o papel de gendarme mundial”.

 
O projeto anti-militar busca, sem dúvida, implementar mudanças na Carta da OEA, como já foi exposto. Foram propostas duas mudanças principais: a primeira, objetivando estabelecer mecanismos para suspender ou expulsar da OEA qualquer país cujo governo seja considerado“não-democrático”; a segunda, colocar a Junta Interamericana de Defesa sob a autoridade direta da OEA. Atualmente as atividades da JID limitam-se às de um corpo consultivo dos representantes dos Estados-membros. Caso a Carta da OEA venha a ser emendada, a JID poderia ser transformada em uma força militar supranacional dirigida pela OEA, da mesma forma que são os capacetes azuis da ONU.

 
Em 27 de outubro de 1992, em uma teleconferência sobre o tema “Relações Cívico-Militares”, organizada pelo Serviço de Informações dos EUA (USIA), o general John Galvin, ex-comandante do Comando Sul dos EUA, explicou que uma aliança como a OTAN, neste hemisfério, poderia levar à redução do tamanho das forças militares: “Poderíamos evitar a necessidade de pensar em uma Força Aérea, Naval e Exército tão grandes para proteger-nos de países vizinhos”.

 
Robert Pastor Jr., assessor para assuntos de América Latina do Conselho de Segurança Nacional do ex-presidente Jimmy Carter e assessor da equipe de transição do presidente Bill Clinton, escreveu um artigo na influente revista trimestral “Foreign Policy”, da FundaçãoCarnegie para a Paz Internacional, no outono de 1992, apontando quatro motivos para a criação de uma força militar regional: a necessidade de “uma força da OEA contra o narcotráfico; uma força para supervisionar as tréguas; uma força de paz internacional para restaurar a democracia; e o emprego de “uma pequena força interamericana” para defender o Canal do Panamá, agora que o Panamá já não tem Forças Armadas. Pastor propôs ainda que se estabelecesse na região “um centro independente com autoridade para reunir informação detalhada sobre todas as vendas de armas, dando-se o prazo de um ano aos governos para planejar reduções de 50% em suas compras de armas e gastos de defesa, com exceção dos EUA, que tem responsabilidades globais”.

 
Observou que haveria resistência das lideranças militares, “mas isso poderia ser contido, porque a melhor forma de incentivá-los na nova ordem democrática é empregá-los, em forma moderna e legítima, como guardiões da paz internacional”, ou seja, integrando Forças de Paz da ONU. Segundo Pastor, as disputas fronteiriças deveriam também ser submetidas a um controle supranacional, enumerando as disputas territoriais entre El Salvador e Honduras, Peru e Equador, Bolívia e seus vizinhos do Pacífico, e Venezuela e Colômbia, entre outras.

 
Outro perigoso movimento destinado a fragmentar as nações latino-americanas é o chamado “Movimento pelos Direitos Indígenas”, grupos que operam em quase todos os países do continente. Onde não há indígenas nativos, missionários e antropólogos estrangeiros os constituem ou reconstituem. Esse movimento é financiado, dirigido e promovido desde o exterior como uma força dirigida explicitamente contra o Estado Nacional. Observe-se que em fevereiro de 1993, o Diálogo Interamericano constituiu um grupo de trabalho encarregado de“Divisões Étnicas e a Consolidação da Democracia nas Américas”, com o objetivo expresso de “estimular o debate entre os povos do hemisfério sobre a relação entre os governos e os povos indígenas” e se propôs emitir aos governos da região “recomendações programáticas práticas”sobre a matéria.

 
Finalmente, nos dias 24, 25 e 26 de julho de 1995, em Williamsburg, Virgínia, EUA, foi realizada uma conferência com a presença dos Ministros da Defesa dos países da América, à exceção de Cuba. A agenda dessa conferência foi a seguinte: transparência e medidas de confiança mútua; cooperação defensiva pós-Guerra Fria; Forças Armadas nas democracias do século XXI. O jornal “Gazeta Mercantil” de 25 de julho, comentando a conferência, escreveu que “os Exércitos das Américas receberão uma lição coletiva e interativa sobre os direitos humanos na primeira reunião da história dos ministros da Defesa da região (...) uma disciplina que o Pentágono introduziu recentemente na controvertida Escola das Américas, em Fort Benning, Geórgia”.

 
Essas foram, em resumo, as proposições de personalidades, organizações governamentais e não-governamentais dos países do chamado Primeiro Mundo, após o fim da Guerra Fria e do socialismo real, para a estruturação de uma Nova Ordem Mundial que preencha o vazio deixado pelo fim das preocupações estratégicas de lideranças de todo o mundo, das contradições Leste-Oeste, e anteponha-se a antigos problemas que, embora dados como sepultados, ressurgem, como o racismo, o nacionalismo extremado e a religião como fatores aglutinadores de povos, redefinindo unilateralmente conceitos de segurança, estabilidade, ordem e democracia, invadindo áreas da exclusiva competência dos Estados nacionais, notadamente na América Latina, como o tamanho e a finalidade das Forças Armadas, definidas pelas constituições de cada Estado Nacional soberano.

 
Finalmente, observamos, então, que a Comissão Trilateral e o Diálogo Interamericano buscam os seguintes objetivos:

 
- manter a hegemonia econômica, militar, política e social dos EUA no mundo;

 
- evitar o desgaste dos chamados países centrais, seja pela concorrência entre si, seja por intromissão em áreas de influência alheias;

 
- impor aos países em desenvolvimento e ao chamado Terceiro Mundo um sistema de divisão de trabalho, onde lhes caiba fornecer produtos agrícolas, matérias-primas e mão-de-obra de baixo custo;

 
- garantir o fluxo de matérias-primas e insumos energéticos - especialmente petróleo - para os países centrais;

 
- agir no sentido de que, no futuro, as fontes de energia do planeta estejam sobre o controle exclusivo dos países centrais;

 
- impedir que os países periféricos consigam dominar o ciclo completo de geração de energia nuclear, utilizando para isso o argumento da não-proliferação de armas nucleares;

 
- manter algumas áreas, ricas em matérias-primas e minerais, sob controle internacional, para uma futura exploração, em benefício próprio;

 
- estrangular economicamente os países periféricos que se recusarem a aceitar a divisão de trabalho estabelecida;

 
- intervir militarmente nas áreas onde houver o que for considerado uma grave ameaça aos interesses dos países centrais, rateando entre si os ônus financeiros dessas atividades.

 
As Forças Armadas e os Órgãos de Inteligência dos países-alvo são encarados, como revelam os dados aqui transcritos, “os maiores inimigos dessas atividades” e, portanto, devem ser desmantelados, desmoralizados, oprimidos economicamente, transformados em órgãos policialescos e, se necessário, eliminados. Recordamos a intensa campanha desenvolvida em passado recente por determinados órgãos da mídia visando ridicularizar os membros dos Órgãos de Inteligência - “arapongas” - , minimizar a importância das Forças Armadas e desmantelar a indústria bélica “numa era em que a ameaça comunista deixou de existir”.

 
Esta matéria é concluída com um trecho do livro “A Terceira Onda - A Democracia no Final do Século XX”, de Samuel Huntington, considerado o ideólogo da Comissão Trilateral, professor da Universidade de Harvard, especialista em assuntos de segurança e governo desde 1957:

 
“Deve-se reduzir drasticamente o número de tropas sediadas na capital e arredores. Elas devem ser deslocadas para as fronteiras e outros lugares despovoados e relativamente remotos.

 
"Deve-se dar-lhes brinquedos. Isto é, proporcionar-lhes tanques novos e bonitos, aviões, veículos blindados, artilharia e equipamentos eletrônicos sofisticados. O equipamento novo os manterá contentes e ocupados, tratando de aprender a manejá-lo (...) Os militares devem ser advertidos de que só continuarão recebendo seus brinquedos se tiverem bom comportamento, porque os legisladores norte-americanos não vêem com bons olhos a intervenção dos militares na política.
Já que aos militares lhes encanta o reconhecimento (...) assistir às cerimônias militares, outorgando-lhes medalhas (...) Alcançar e manter um grau de organização política capaz de mobilizar apoio nas ruas da capital, em caso de tentativa de golpe militar".

 
"Se tudo isso falhar, abolir as Forças Armadas”.

 
Dados Bibliográficos: 

 
- “El Complot para Aniquilar a las Fuerzas Armadas y a las Naciones de Iberoamérica”, de autoria deExecutive Intelligence Review, Washington, 1993
- noticiário da imprensa nacional e internacional.

 
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

 


Entrevista com a Escritora Luciana Born

 


EUA: LEGALIZAÇÃO DA MACONHA É A SOLUÇÃO?

01. Nos EUA 1/3 da população já usou maconha; 4% a usa frequentemente; de 3 a 5% da população mundial sempre se drogou (diz a ONU); no Brasil o álcool e o tabaco criaram 40 milhões de dependentes; outras drogas, 7 milhões; Suécia tem menos dependentes que Portugal; milhares de pessoas morrem anualmente por causa das drogas no nosso país etc. Todos esses números foram citados no debate organizado pelo Instituto Crack Nem Pensar e Ajuris (RS), do qual participaram o deputado Osmar Terra, a antropóloga Alba Zaluar e eu (sob a presidência de Luiz Matias Flach). O problema é grave, mas não é novo (quase 3 milênios antes de Cristo o imperador chinês Shen Nung já fazia uso de droga). O problema tem, pelo menos, 5 mil anos de vida. O recurso retórico da emergência, da epidemia avassaladora, da peste corrosiva etc. Se desfaz com a perspectiva histórica. Nenhuma sociedade nunca ficou livre das drogas. Nem ficará (enquanto os humanos habitarem a Terra). A questão central que coloquei foi a seguinte: de um lado da margem do rio há um gravíssimo problema humano e social; do outro, todos queremos a drástica redução no número de usuários de drogas assim como o seu controle. Daí a pergunta: qual é a ponte que permite isso?

02. A Europa (inteira, praticamente) encontrou a ponte da “redução de danos” (usuário não é um problema de polícia e Justiça; é uma questão de saúde; jamais se deve prender o usuário de drogas; prisão não é solução). Os EUA desencadearam em 1971 a política da repressão e da prisão (todos à cadeia). Encheu seus presídios (hoje com mais de 2 milhões de presos) e não diminuiu nem o consumo nem a oferta das drogas. O Brasil sempre foi adepto dessa corrente (polícia, prisão, cadeia – é o “tiro, porrada e bomba”, da Popozuda). Agora os norte-americanos estão mudando sua polícia, para legalizar a maconha. Essa legalização, para fins recreativos, nos EUA, se deu, primeiramente, nos estados de Colorado e Washington (6/11/12). Uruguai seguiu a mesma linha (2014), mas ainda não regulamentou a produção e a venda da droga (prometida para 2015). Para fins medicinais referido entorpecente já está autorizado (nos EUA) em 23 estados mais o Distrito de Columbia (capital federal). A simples posse de maconha para uso pessoal já foi despenalizada em 18 estados (neles a maconha passou a ser problema de saúde pública, deixando o status de questão criminal). Califórnia aderiu a esse grupo no dia 4/11/14, quando Oregon, Alasca e o Distrito de Colúmbia (capital federal) também aprovaram o uso recreativo da maconha. Na Flórida, apesar de 58% terem aprovado seu uso medicinal, o plebiscito não valerá porque eram necessários 60% dos votos. Na capital americana as pessoas maiores de 21 anos podem portar até 56 gramas de maconha e cultivarem até 6 plantas.

03. Os conservadores (nos EUA) acham tudo isso o apocalipse; para os reformadores, é o alvorecer de uma nova era. No Colorado a maconha é vendida desde o princípio do ano de 2014 e o apocalipse não veio. O povo sufragou o partido Republicano, conservador, nas últimas eleições, mas, ao mesmo tempo votou pela legalização da maconha em mais 2 estados e o Distrito Federal, porque sabe que a política de guerra contra as drogas produziu resultados nefastos: fomentou a violência e encheu os presídios (sem reduzir o consumo ou a oferta). De qualquer modo, não se tem provas sobre se a legalização aumentou ou diminuiu o número de usuários. Os efeitos da legalização estão sendo estudados. O mundo todo está esperando por esses resultados. O que se sabe por ora é que os capitalistas que entraram nesse ramo estão ganhando muito dinheiro e que o poder público está arrecadando muita receita com os impostos.

03. Independentemente do posicionamento de cada um (favorável ou não à legalização), um aspecto que chama muito atenção, na denominada revolução da cannabis, nos EUA, diz respeito ao como se chegou a essa revolução. Trata-se de uma das mais renhidas vitórias da participação cidadã na vida política norte-americana; a cidadania participativa é um dos combustíveis que dão vida e brilho à democracia direta (participação direta do povo nas decisões do País por meio de plebiscito, referendo ou iniciativa popular). Em 1970, o Congresso norte-americano aprovou uma lei federal que adequou a ordem jurídica interna à Convenção Única das Nações Unidas (sobre drogas). No mesmo ano a cidadania participativa (membros da sociedade civil) aprovou a NORML (Organização Nacional pela Legalização da Maconha) (veja Mathus Ruiz e Piquer, Los legalizadores). Como se vê, a luta cidadã de 1970 somente começou a colher vitórias muitos anos depois (mas nunca desistiu da luta). “A guerra às drogas [decretada por Nixon, em 1971] começou em Washington (D. C.), e a proibição da maconha foi o motor dessa guerra. Hoje acabamos com esse motor” (disse o diretor da ONG Drug Policy Alliance, Malik Burnett – Folha 6/11/14: A11). A “ponte” da repressão fracassou miseravelmente; tudo leva a crer que a ênfase deve ser dada à educação (conscientização).

04. Seguindo a narrativa de Mathus Ruiz e Piquer (citados), sabe-se que os movimentos cidadãos norte-americanos começaram defendendo a despenalização do uso pessoal da maconha (retirada do assunto do campo policial/judicial, levando-o para o campo da saúde pública), na década de 70 (essa política foi respaldada por Jimmy Carter). A partir de Reagan (anos 80) voltou o conservadorismo (tanto na economia, com o neoliberalismo, como na área penal, com o populismo penal). Em 1996 aconteceu a primeira vitória dos movimentos pró-legalização: Califórnia, por meio de plebiscito (de iniciativa popular), aprovou o uso da maconha (55,6%) para fins medicinais. O plebiscito (como instrumento da democracia direta, usado nos EUA desde 1904, em Oregon) se mostrou hábil para o sucesso dos movimentos cidadãos. É importante que se diga que a cannabis saiu do armário por força da cidadania participativa (porque os políticos não têm tido coragem, até hoje, de sustentar essa bandeira). Trata-se de um produto Made in [populus] USA. Não é verdade que os plebiscitos são os instrumentos preferidos e exclusivos dos ditadores. A democracia norte-americana e a Suíça os utilizam para fins democráticos há mais de um século. Do plebiscito (tal qual o carro, o álcool, o açúcar, a internet etc.) pode-se fazer bom uso ou mau uso. O humano é capaz de todas as coisas.

05. Mesmo sem o respaldo dos políticos, os movimentos Drug Policy Alliance e Marijuana Policy Project (apoiados por George Soros e Peter Lewis) vêm obtendo vitórias em todas as eleições gerais (desde 1996), voto a voto. Foi feita uma pausa a partir de 11/9/01 (destruição das Torres Gêmeas, por ataque terrorista), mas o movimento voltou com força com Obama presidente (que nunca concordou com o foco policial/judicial frente ao usuário). Para ele, em relação ao usuário deve preponderar o enfoque da “saúde pública e privada”. A política repressiva fracassou. Desde 1996, mais de 20 estados legalizaram a maconha para fins medicinais. O desafio é legalizar referida droga em todos os EUA. Historicamente, todos os grandes movimentos sociais alcançam vitórias depois de longos anos de luta (veja-se a história do voto para a mulher). A primeira batalha reside dentro da opinião pública: hoje 54% dos norte-americanos entendem que a cannabis deveria ser legal (Centro de Investigações Pew). Para o Gallup, o apoio nacional seria de 58% (Folha 6/11/14: A11), mesmo que a liberação possa aumentar o número de usuários (no princípio). A maconha é menos perigosa que o álcool (pensam os americanos).

06. Quatro informações (algumas discutíveis) que hoje todos os americanos sabem abundantemente (veja Mathus Ruiz e Pirquer): (a) a maconha não é mortífera; (b) é menos aditiva que o álcool, o cigarro e as drogas duras; (c) não provoca overdose e (d) seu principal componente ativo é o tetrahidrocannabinol (descoberto em 1964 por Mechoulam). Nos anos 70, os americanos achavam (a) que a maconha era a “porta de entrada” no mundo das drogas e (b) que era uma imoralidade usá-la (essas duas opiniões hoje são bastante minoritárias nos EUA). A cannabis ganhou nova identidade (por meio do conhecimento). Quais são os protagonistas principais de toda essa mudança social? Ethan Nadelmann (diretor executivo da Drug Policy Alliance), Joy Strickland (que nunca fumou maconha, mas teve um filho assassinado pelos narcotraficantes), K. Khalatbari (que se converteu em um empresário do ramo), A. Holcomb, que foi a responsável pela aprovação da proposta de legalização da maconha em Washington, N. Franklin (ex-policial, que reconheceu desde logo o fracasso da política repressiva), M. Kleiman (professor universitário crítico da guerra contra as drogas), B. Kennedy (criador de um fundo capitalista que investe na área), S. DeAngelo (o maior distribuidor de maconha para fins medicinais), R. Paul (crítico do tema há mais de 30 anos), Fernando Henrique Cardoso, C. Gavíria, E. Zedillo e Vargas LLosa (lutam em toda a América Latina pela legalização da maconha); J. Mujica (presidente do Uruguai), Otto Pérez Molina (presidente da Guatemala) e Juan Manuel Santos (Colômbia) etc.

07. Os novos consensos legalizadores em torno da cannabis estão deixando para trás o “consenso proibicionista” (que vem do princípio do século XX e que recrudesceu a partir de 1970). Em 1969 (seguindo ainda Mathus Ruiz e Piquer, citados), com efeito, apenas 12% (dos norte-americanos) apoiavam os movimentos liberalizadores; por altura de 1980, o respaldo popular já havia dobrado (24%); com a chegada do novo milênio, a parcela favorável chegou a 30%; em 2010, esse patamar alcançou 41%; quatro anos depois, o posicionamento favorável se tornou majoritário em todo País (entre 54 e 58%). As duas razões centrais para essa significativa mudança na opinião pública são: (a) o fracasso absoluto da política repressiva contra as drogas (os EUA, para 82% da população, perderam a guerra contra as drogas) e (b) o êxito do uso da maconha para fins medicinais (apoio de 90%, nesse caso). Os críticos (conservadores, saudosistas, populistas) acham que essa onda avassaladora vai mudar. Todos estão aguardando os efeitos concretos da liberação em Washington e Colorado. Ocorre que agora o povo está muito mais informado sobre as drogas em geral (e sobre a maconha, em particular). Perderam espaço (nessas sociedades avançadas) as políticas públicas populistas e demagógicas, que prometem o paraíso com suas proibições e entregam o inferno. Onde o povo continua desinformado, os traficantes vendem drogas, enquanto os legisladores vendem o entorpecente do endurecimento da legislação assim como do encarceramento massivo aloprado dos pobres e pequenos traficantes. O que já está sendo aposentado nos países avançados (veja Daniel N. Do Prado, Aliás), continua sendo bandeira no Brasil: triste país, tão longe do conhecimento (da educação, da ciência e da cidadania) e tão perto dos líderes conservadores que se aproveitam da e disseminam a ignorância. Foi um ponto fora da curva a aprovação na CCJ do Senado (em 29.10.14), com apoio de FHC, do projeto (a) que permite importação de derivados da maconha para uso medicinal, (b) que distingue com maior clareza o usuário do traficante e (c) que fixa critério para a internação voluntária.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Uma imprensa sem cérebro, um leitor que… nem tanto

Por Fernando Brito

no site TIJOLAÇO

A matéria mais acessada na página de economia do site da Folha, neste momento, é a que noticia que o Brasil bateu, pelo quarto mês consecutivo, o recorde de produção de petróleo e gás natural, extraindo  quase 3 milhões de barris entre petróleo e gás natural em cada dia de setembro deste ano, 12,6% a mais do que um ano antes.

Um acréscimo que deverá subir para perto de 15% a mais quando se divulgarem os dados oficiais de outubro e o pré-sal estiver se aproximando dos 700 mil barris de petróleo e gás, o  que aqui já se anunciou, faz tempo.

No entanto, não há sequer uma mísera chamada para esta notícia na capa da Folha.

Mas há para o fato da Aneel ter aprovado a geração de energia usando força humana.

Será que o leitor vai pensar no sacrifício de centenas de homens e mulheres rodando manivelas, como num destes filmes “B”,  para gerar energia no meio de uma crise generalizada? Uma legião de escravos energéticos?

Que nada, é só um projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro,para adaptar academias públicas de ginástica, instaladas nas ruas, para produzirem energia elétrica a partir da energia cinética gerada pelas pessoas que usarem os aparelhos…

Em termos de saúde, uma coisa legal. Do ponto de vista energético, uma bobagem, claro.

E lugar de bobagem é nas chamadas dos jornais, não é?


Alegria, decepções, eleições e o ano se foi...

João Carlos da Costa 

Parece que o ano passa mais rápido quando existem muitos eventos.  Dois mil e quatorze  foi e está sendo assim. A começar pelo Carnaval, que terminou mais tarde, em março. O País ainda estava no embalo das festas e do recesso normal de fim e início de ano. E, nos meses de abril e maio quando tudo começava a funcionar o brasileiro já estava em ritmo de Copa do Mundo. Em junho houve a abertura e o desenrolar dos primeiros jogos, que deram mostras de que haveria surpresa, tal o destaque de algumas seleções já no início. Como o povo brasileiro é sentimentalista, gastou bastante em fantasias e adereços e a emoção tomou conta naquele momento e as ruas e cidades ficaram tingidas de verde e amarelo num patriotismo futebolesco. Havia uma grande expectativa de que a Seleção Brasileira fosse a campeã.  E era o que o povo esperava, apesar de já nas partidas iniciais mostrar que ela não estava apta ao título. Deu no que deu. A seleção alemã, numa demonstração de que tudo que é bem planejado dá certo, há alguns meses antes da realização da copa adquiriram uma área na Baía Cabrália, na Bahia e construíram um centro de treinamento com estruturas modernas, utilizando a mão-de-obra local, num prazo e custo compatíveis (sem desvios de recursos) e quando chegaram, semanas antes para a realização dos treinamentos, tudo estava preparado. Foi possível perceber que tecnicamente os jogadores já vinham se preparando há algum tempo sem perder o foco. É de triste lembrança, mas além de a Seleção Alemã  ganhar a Copa ainda aplicou uma sonora e vergonhosa goleada por 7x1 na Seleção Brasileira. Um fato que, acredito, enquanto se ouvir falar de futebol, sempre será lembrado. Ao menos por nós brasileiros, mesmo que quiséssemos esquecer.

Esperava-se também que o comércio principalmente, e a economia fossem  crescer devido os altos investimentos oficiais e da iniciativa privada. Em muitos casos ocorreu o contrário: houve quem tivesse prejuízo. É o caso de alguns  hotéis, restaurantes, bares e outros tipos de comércio  que haviam se preparado exclusivamente para a Copa  acreditando que teriam um lucro fácil e no entanto, arcaram com grandes prejuízos.

Passadas as lamentações, o clima começou a mudar, voltado às eleições para escolha dos “novos” componentes das Assembléias Legislativas, da Câmara Federal, do Senado e da Presidência da República. Novamente a euforia tomou conta, mas mesmo com descrédito na política e o desejo de mudança de boa parte da população, mais uma vez a demonstração de força  dos poderes hereditários,  econômico e midiático e a comoção social deram o ar  da  graça e arrebataram  todas as cadeiras, sem que houvesse qualquer mudança na essência, em desdém à verdadeira democracia. Pelo perfil da maioria dos eleitos, não foi possível distinguir alguém do povo que tenha sido eleito democraticamente por boas propostas apresentadas e pelo voto dito consciente.

O futuro do Brasil somente a Deus pertence. Assim seja...! Pois sabe-se que  que este é um dos anos em que o País não foi muito produtivo. A inflação está voltando e só não percebe isso quem não vai ao supermercado fazer compras. A inadimplência aumentou e a indústria, de forma geral,  não consegue  vender seus produtos conforme esperado. Exemplo disso são as montadoras  montadoras de veículos que estão com os pátios abarrotados, apesar das promoções, IPI reduzido e  até deram férias coletivas fora de época aos seus funcionários.

O índice de crescimento ficou bem abaixo do previsto, com taxa até este período de 0,3%, extremamente baixa para um país considerado dos mais ricos do mundo. Possivelmente é também o menor índice de crescimento da América Latina, pois até a Bolívia, do Evo Morales e um dos mais pobres, conseguiu 5%.

O País precisa retomar o crescimento. Quem assumir essa grande responsabilidade terá que ter coragem  para combater a corrupção em todos os níveis de governo e pulsos fortes para  reconduzir a economia aos rumos certos através de uma visão aguçada, boa vontade e competência suficientes para não prejudicar projetos sociais e para atacar os principais problemas que afetam o bem-estar da população, como as deficiências nas áreas da educação, segurança, infraestrutura e outras que já foram e estão sendo motivos de manifestações populares.  É um grande desafio, que  para ter bons resultados deve contar com o trabalho de bons assessores, mais técnicos que políticos. Mas o apoio maior quem deve dar é o povo, que deve participar e estar atento às ações governamentais de forma consciente e inteligente, em constante  cobrança aos seus representantes eleitos, para não se julgar abandonado pelos interesses governamentais e desprezar a política por conta disso.

Por enquanto tudo são sonhos porque o ano ainda não findou. 2015 já está aí, batendo à porta, mas se for para trazer um futuro melhor, mais alegria e menos decepções, ...que a arrombe. Estamos precisando!

João Carlos da Costa –  Bacharel em Direito, Bel. Químico, Professor e Escrivão de Polícia.  Contato: joao_22@terra.com.br, F. 9967-3295


Aos mestres, carinho e respeito!

João Carlos da Costa 

É difícil quem não se lembra da primeira professora. Por incrível que pareça é uma das pessoas que sempre  marca a vida da gente. Por isso  que quando alguém pergunta o que quer ser quando crescer, uma das respostas  é: professor ou professora. Apesar de ser hoje uma das profissões relegadas ao descaso e desestimulante por falta de valorização salarial, dignidade e insegurança no local de trabalho, entre outros...,os professores são, além dos pais, também os nossos primeiros heróis e ídolos.

Os primeiros passos para a transformação de um ser humano são dados em casa, através da educação familiar, ou de berço, conforme é conhecida. Essa forma tradicional de disciplina traz no seu bojo o ensino do respeito pelas pessoas, a cortesia e outros atributos essenciais para a formação do caráter e da personalidade. 

Todas as profissões são nobres, mas convenhamos que ser professor requer dom, paciência,  determinação,  boa vontade e outros atributos que nem todos possuem. A arte de ensinar transforma as pessoas e o mundo para melhor. Na escola, onde se dá o desenvolvimento de todo o processo sócioeducacional, se obtém o conhecimento, a cultura e o preparo para a vida como um todo na sociedade, principalmente as primeiras noções de direitos e deveres dos cidadãos. Infelizmente, esses conceitos acabam  confundidos quando se criticam  as falhas na educação dos dias atuais. A realidade mostra que muitos pais se iludem quando, por necessidade de sobrevivência, por comodidade, despreocupação ou por achar que colocando uma criança na creche ou na escolinha já nos primeiros meses ou ano de vida,  se livram do processo educacional quase que por completo. E que a partir de então, a responsabilidade passa a ser das “tias” ou professoras do ensino fundamental habilitadas para serem educadoras, professoras e não  babás ou mãe de outrem, como querem alguns pais. Com isso, muitos educadores ficam expostos e à mercê de ataques, às vezes irascíveis, de pessoas mal-educadas ou grosseiras, que mesmo quando percebem um comportamento incondizente do filho, o mau aprendizado,  preferem, antes de admitir a própria culpa, repassá-la à escola ou ao professor ou professora. Daí, generalizam dizendo que a educação no Brasil é falha e, paradoxalmente,  não admitem a interferência do professor na educação dos seus filhos, principalmente quanto a postura em relação à hierarquia nas salas de aula, quando notas baixas, reprovação por não ter entendido direito uma ou outra matéria são motivos de ameaças e atos de violência contra os mestres.

No contexto atual, o exercício desta honrosa profissão está cada vez mais difícil. Seja nas escolas privadas ou públicas. A maioria dos professores são vítimas de uma sociedade na qual impera o desrespeito, a insegurança interna e externa às salas de aulas, cuja vulnerabilidade os torna frágeis perante o desinteresse do Estado, que impõe (quando o faz)  políticas públicas para a área da educação visando mais a quantidade de público atingido, do que a própria qualidade de ensino, que passa pelo estímulo e valorização dos professores e não somente pela demagogia em dizer que tantos alunos foram beneficiados através de uma ou outra medida, mais com objetivo eleitoral que social.

A falta de apoio, insegurança, valorização salarial  e de maior atenção está provocando carência de professores  em regiões inóspitas, bairros afastados, porque poucos se dispõem a lecionar em horários noturnos onde tenham a sua tranquilidade e incolumidade comprometidas.  Contribuem para isso também a  ausência infraestrutura de boa parte das escolas públicas, ocasionadas pela falta ou desvio de recursos públicos destinados à manutenção ao transporte de alunos, à  merenda escolar, problemas gravíssimos que repercutem drasticamente na qualidade do ensino, cada vez mais em baixa.  Tudo isso o faz dos professores atuais heróis involuntários e também mártires da hipocrisia e dos descasos que sofrem em relação à sua dignidade e condições de trabalho. Mais ainda nessas épocas em que perduram a inversão de valores e os altos índices de corrupção. Existe esperança. E é sabido que tudo pode ser mudado através da educação e da cultura. E os principais   propulsionadores dessa mudança são os professores, molas-mestras da sociedade.

Daí se concluir que esta profissão, possivelmente, seja a mais nobre de todas. Ninguém é médico, advogado, dentista, juiz, psicólogo ou qualquer outro profissional  sem que tenha passado pelas mãos de um professor. Por este e outros motivos o professor deve ter  o devido reconhecimento do seu trabalho, que é essencial para o desenvolvimento consciente e  retilíneo de uma nação.

João Carlos da Costa – Bel. em Direito, Bel. Químico, Professor e Escrivão de Polícia. Contatos:  joao_22@terra.com.br, f. 9967-3295


DEPUTADO PEDE MORDAÇA CONTRA JUIZ

O deputado Henrique Alves, presidente da Câmara, se irritou e pediu abertura de processo (junto ao CNJ) contra o juiz Marlon Reis, um dos responsáveis pela iniciativa popular da ficha limpa (MCCE), porque teria praticado “ilícitos”, ofendendo a classe política inteira, com seu livro Nobre Deputado (editora Leya). Juridicamente seu pedido deveria ser arquivado de plano; politicamente, vejo equívoco na iniciativa.

No livro (de leitura imprescindível, desde o segundo grau) narram-se minuciosamente todas as tramoias e maracutaias que alguns (alguns!) parlamentares (ou candidatos) praticam para conquistar ou manter o mandato eletivo. Em nenhum momento acusou-se de corruptos “todos os políticos”. O picaretômetro do Lula, em setembro/93, falava em 300 congressistas! Nunca vamos saber ao certo, mas existem (daí a indignação popular).

O livro detalha os métodos mafiosos e criminosos empregados por alguns candidatos ou políticos moralmente não ilibados (cobrança de propina na liberação de emendas ao Orçamento, uso de ONGs fraudulentas para seu enriquecimento, caixa dois, caixa três etc.) para chegarem ao poder (ou para mantê-lo, se possível eternamente).

As afirmações do livro foram reiteradas em entrevista ao Fantástico (“Há entre os deputados pessoas que alcançaram seus mandatos por vias ilícitas”). O CNJ deu prazo de 15 dias para o juiz se defender. Do ponto de vista jurídico, o “processo disciplinar” deveria ser arquivado prontamente. Por quê?

Porque a CF/88 protege exaustivamente a liberdade de expressão, ou seja, a liberdade de informação, de imprensa e de manifestação do pensamento intelectual, artístico, científico etc. (veja CF, art. 5º, IV, IX, XIV e art. 220 e §§). Veda-se o anonimato assim como a censura prévia ou a posteriori. Providências “disciplinares” contra um livro configuram censura posterior.

Sabe-se que as liberdades não são absolutas. Encontram limites nos direitos de personalidade (direito à vida, ao próprio corpo, ao cadáver, à honra, à imagem, à privacidade etc.). O entrechoque conduz à ponderação (princípio da proporcionalidade). Qual deve preponderar? Tudo depende da análise do caso concreto, guiada por vários critérios.

Quais critérios? O ministro Luís Barroso os sintetizou: veracidade (subjetiva) do fato ou da opinião, licitude do meio empregado para a obtenção da informação, personalidade pública ou privada da pessoa afetada, local e natureza do fato ou da opinião, interesse público na divulgação da ideia, eventuais sanções a posteriori etc. Todos favorecem e amparam a publicação do livro Nobre Deputado (que se fosse exorbitante ensejaria reparação civil, nunca punição ao autor).

O juiz não é um eunuco intelectual. Pertence a uma instituição, mas tem liberdade científica, artística e intelectual. Quem exerce um direito (que se transforma em dever cívico quando se trata de criticar os políticos corruptos) não gera risco proibido (Roxin). Logo, não há nenhum ilícito a ser censurado ou punido.

A conduta permitida por uma norma (sobretudo constitucional) não pode ser proibida por outra (Zaffaroni, tipicidade conglobante). O regime democrático é um “mercado” de livre circulação de fatos, ideias e opiniões. Quando houver abuso, cabe indenização (como asseverou Ayres Britto na ADPF 130, que declarou não recepcionada a Lei de Imprensa). Opino pelo arquivamento imediato do procedimento disciplinar que tramita no CNJ contra o juiz Marlon Reis (um guerreiro do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


PM MATA CAMELÔ – MARCADO PARA MATAR OU MORRER

O Estado brasileiro (um simulacro de Estado, na verdade), comprado vergonhosamente pelos fraudadores-financiadores das campanhas eleitorais, nada ou pouco faz contra os criminosos de cima.

Um PM executou sumariamente um camelô, em SP. As imagens não mostram situação de legítima defesa (porque o camelô não avançou contra o policial, sim, tentou retirar-lhe o “spray”). Ele foi preso em flagrante. Qual o significado social e político dessa execução sumária? Nenhum. Pobre quando mata pobre faz a alegria do nobre. Todos deveríamos ser “animais domesticados” (Nietzsche). Os pobres, no entanto, para nossa elite dirigente, devem ser menos domesticados (a escola pública que temos é a prova maior dessa assertiva; a falta de bom treinamento dos policiais antes de saírem para as ruas, armados, constitui outro exemplo – veja o estudo realizado com 21.101 policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, bombeiros e peritos criminais de todos os Estados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, pelo Centro de Pesquisas Jurídicas Aplicadas da Fundação Getúlio Vargas e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (veja UOL).

Seja quando um PM mata um pobre, seja quando um pobre mata um PM (dizem que para cada 4 civis mortos, assassina-se um PM – veja recente matéria da BBC), nenhuma diferença faz para a política estatal genocida, fundada no segregacionismo, na discriminação, na desigualdade e no total desrespeito aos direitos dos pobres e dos policiais. Todos eles no Brasil são homo sacer (pessoas que podem ser exterminadas, em regra impunemente, – veja Agamben).

De acordo com a ótica deplorável da nossa elite aristocrática, a morte do pobre significa um “animalzinho” a menos. Só um a menos (no grupo dos pobres ou nas fileiras da PM), e a vida segue. A relevância, em 2014, do assassinato de um pobre ou de um PM (para a elite dirigente) é a mesma da morte dada a um escravo pelo seu senhor de engenho na época colonial. Tudo caminha de acordo com a tradição. A elite está ignorando que por detrás dos ratos mortos há uma grande peste, que mata todo mundo (veja A peste, de Albert Camus). Historicamente, toda indignação insuportável sempre chegou a uma revolta (que um dia poderá unir o pobre e a polícia). Quando, onde, de que modo? É sempre difícil saber.

Vários jornais noticiaram o enorme desfalque que a pirataria vem causando aos cofres públicos e aos fabricantes legalizados (R$ 782 bilhões por ano – Valor 17/9/14: A2). Vejamos a descrição dessa roubalheira pirata (a pesquisa é da FGV e do Etco): a indústria e o fisco perderam mais R$ 30 bilhões em 2013, com contrabando, sonegação, pirataria e falsificação; indústria de óculos: R$ 8 bilhões; produtos de limpeza: R$ 2,24 bilhões; perfumes: R$ 2,5 bilhões; cigarros: R$ 4,8 bilhões; TV por assinatura: R$ 1,8 bilhões. A ilegalidade está diretamente ligada à sonegação fiscal, perda de empregos formais e riscos ao consumidor. O contrabando paraguaio seria responsável por mais de R$ 20 milhões de sonegação.

Na Escandinávia, pelo grau da sua civilização, o fisco partiria devassadoramente para cima dos sonegadores e fraudadores; no Brasilquistão, a PM sai matando os camelôs nas ruas fora da situação de legítima defesa. Os camelôs são, no entanto, a ponta final da fraude, que conta com a conivência de 68% dos adultos brasileiros, que compram produtos pirateados – veja Datafolha.

O Estado brasileiro (um simulacro de Estado, na verdade), comprado vergonhosamente pelos fraudadores-financiadores das campanhas eleitorais, nada ou pouco faz contra os criminosos de cima. Porque se trata de uma roubalheira de gente grande (que integra e comanda o Estado, formando um enorme crime organizado). A PM não chega nessa elite (porque ela foi programada para cuidar da patuleia).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


JUÍZES PEDEM R$ 7 MIL MENSAIS PARA PAGAREM ESTUDOS DOS FILHOS

A presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro enviou para a Assembleia Legislativa um projeto para conceder auxílio-educação para os filhos de juízes e servidores do Tribunal. Para os magistrados, o auxílio mensal seria de até R$7.250,00 e para os servidores de até R$3.000,00. Segundo Adriana Cruz (O Dia), a proposta ainda prevê R$ 20 mil por ano aos juízes para investirem em estudo. Os servidores receberiam mais R$ 500. O auxílio-educação postulado pode chegar a R$9 mil, se passarem os novos vencimentos dos ministros do Supremo (para R$ 35 mil). A Associação dos Juízes ainda quer mais R$ 1.100 como auxílio-transporte.

Antes das eleições todas essas propostas (nitidamente indecorosas) não serão votadas (porque os deputados estaduais estão em campanha). “A Justiça parece que não entendeu o recado das ruas, no ano passado, com as manifestações que caracterizaram falta de representatividade. Nenhum professor do estado ganha o que os magistrados querem de auxílio-educação”, criticou o deputado estadual Marcelo Freixo, do Psol. No ano passado os deputados já aprovaram o auxílio-moradia para magistrados e membros do Ministério Público sem questionamentos. Atualmente, os valores giram em torno de R$ 5 mil, segundo desembargadores ouvidos pelo jornal O Dia.

É uma incongruência manifesta os tribunais afirmarem que não há verbas para contratar novos juízes ou para melhorar o serviço público da Justiça (reconhecidamente moroso) e, ao mesmo tempo, pedirem mais benefícios mensais que driblam o teto salarial dos desembargadores. A proposta auxílio-educação é indecorosa em todos os seus aspectos, mas existe no seu seio outra aberração inominável, que faria corar qualquer aristocrata racista: o valor distinto para magistrados e servidores significa o quê? Que o filho do magistrado tem que estudar em um lugar melhor do que o do servidor, fazendo preponderar a histórica desigualdade de classes? No tempo do Brasil colonial e imperial o sonho de todo fidalgo era colocar o filho na “folha do Estado”. Esse sonho cultural não acabou; a diferença é que agora já se pretende que o filho vá para a “folha do Estado” desde o jardim da infância.

Depois de alguns anos de vida e de muitos estudos, nada mais natural que os humanos conquistarem incontáveis e díspares ideias e visões do mundo (Weltanschauung). Para transformá-las em algo valioso e útil na vida terrena, antes de tudo devemos combiná-las e submetê-las à moral e às virtudes. A primeira categoria a se dissipar, diante desse acurado exame, é a da vulgaridade (todo esforço do mundo para contê-la será pouco diante dos nefastos efeitos que ela produz ao longo das nossas transitórias existências). Sobretudo quando governamos interesses coletivos, não há como deixar de cultivar a moral e as virtudes, não somente porque dos dirigentes sempre se espera exemplaridade, senão também porque são elas que conferem ao espírito o senso do justo em sua mais profunda extensão e ao caráter a devida elevação assim como a necessária firmeza.

Todos os humanos que assumem o destino das coisas públicas, incluindo os juízes, evidentemente (sobremaneira quando assumem cargos administrativos de governança), deveriam ser obrigados a se submeterem a um curso intensivo, se não de geometria (como postulava o espírito exigente de Platão), ao menos de moderação, tal como pugnava Aristóteles, para afiar a personalidade do administrador e distanciá-lo dos vícios mais deploráveis que podem rondar o exercício do poder, nutrindo sua alma e seu espírito de um conteúdo substancialmente sólido (apesar da sociedade líquida que vivemos, como diz Bauman), de forma a evitar-lhe ao menos os deslizes mais canhestros ou as tentações mais extravagantes, tal como sugeria Stuart Mill).

Por força do princípio da moderação de Aristóteles, para cada virtude existem ao menos dois vícios. Se queremos promover o bem, se queremos ser exemplares para nossos filhos e concidadãos (“Age de tal forma que a máxima do teu querer possa valer em todo o tempo também como princípio de uma legislação geral” – Kant), o primeiro que temos que fazer consiste sempre em evitar o cálice dos excessos, dos vícios e das extravagâncias. A lição aristotélica nos ensina que a coragem desdenha a covardia e a temeridade; a justiça se afasta tanto da fraqueza como do rigor; a temperança é inimiga da devassidão bem como da austeridade; a religião ergue-se entre a impiedade e a superstição; a liberdade se ancora entre a escravidão e a licença e assim vai.

Cai em desgraça infernal (tal como a narrada por Dante) quem, fazendo uso da liberdade, sucumbe à vulgaridade e se concede a soberba licença para promover o escatológico, o estrambólico, o desregrado, o nauseabundo, o asqueroso, o repelente, o repugnante, o bestial, o inconveniente, o abjeto, o sórdido, o torpe, o nefando, o execrável, o obnóxio, o vil, o desprezível, o ignóbil ou o esquálido. Não faltam no mundo, no entanto, pretextos e motivos para se negar a aplicação das doutrinas mais nobres e elevadas, de quantas o humano civilizado já produziu. Mas todas as propostas frívolas e levianas devem ser refutadas de plano, ou seja, devem ser abandonadas à sua própria nulidade, mesmo correndo o risco de o desprezo ser interpretado como uma hostilidade pessoal. Toda proposta que viola a regra da moderação (de Aristóteles) em nada edifica quem aspira deixar um nome respeitado e glorioso. Tendo em vista o que já ganham os juízes, a razoabilidade assim como a imperiosidade da moderação aristotélica, somos pelo NÃO ao citado auxílio-educação.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


BRASIL É VICE-CAMPEÃO MUNDIAL NA
VIOLÊNCIA CONTRA JOVENS

De acordo com relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, divulgação em 4/9/14) o Brasil é o vice-campeão mundial no número de homicídios de jovens de zero a 19 anos: mais de 11 mil foram assassinados no nosso país em 2012 (ano em que o Brasil teve quase 57 mil óbitos intencionais). Nesse item só perdemos para Nigéria. Quanto à taxa por 100 mil habitantes, o Brasil é o 6º colocado (17 para 100 mil). Na sua frente estão El Salvador (27), Guatemala (22), Venezuela (20), Haiti (19) e Lesoto (18). No planeta, 95 mil crianças e adolescentes foram assassinados em 2012 (12% no território brasileiro); 90% das mortes globais ocorreram em países com renda média ou baixa (América Latina, Caribe e África). Causas: alta da criminalidade, o crescimento da desigualdade, acesso fácil a armas de fogo, maior consumo de drogas e aumento da população jovem; o jovem negro tem três vezes mais chance de ser morto que um branco.

Por que somos como somos? O Estado brasileiro (imperial), criado em 1822, nasceu geneticamente contaminado, posto que reprodutor do totalitarismo e absolutismo colonial, guiado pela coerção dos excluídos e segregados do Estado de direito, que permitia e sempre permitiu o genocídio herdado da metrópole parasita e sanguinária, criadora de uma filosofia e de uma máquina mortífera até hoje em pleno vigor no Brasil (e, a rigor, em toda a América Latina).

Não é por acaso que o Brasil é o 12º país mais violento do planeta (29 assassinatos para cada 100 mil pessoas) e vice-campeão mundial (em números absolutos) na violência contra os jovens (sobretudo negros e pardos). Há uma verdade histórica que parece incontestável: não se implanta um país violento e corrupto da noite para o dia; não se constrói um país subdesenvolvido (composto em quase sua totalidade – ¾ da população – de analfabetos funcionais) com uma só canetada. Mesmo depois da independência, os donos do poder (sectários do parasitismo e da malevolência) não rechaçaram a “normalidade” da escravidão e da servidão, que acabou justificada pela teoria de que o crescimento econômico do país (sempre do país, nunca dos donos do poder) dependia do parasitismo fulcrado no trabalho escravo.

Foi dessa maneira que elaboramos nossa primeira Constituição (1824), que era, ao mesmo tempo e paradoxalmente, liberal e escravocrata. Tratava-se de uma doutrina nitidamente retrógrada, ultrapassada, espoliadora e sanguessuga, que não apresentava nenhuma dissonância com o que ocorria na colônia extrativista nem com o que se passa hoje no nosso país (ainda sob o império do neocolonialismo).

A estrutura do poder colonial, sob o mando dos senhores de engenho, tirânico, absolutista e indiscutivelmente despótico, sofreu um processo de transubstanciação (como diz Foucault) ano momento em que se converteu em poder imperial (veja Luís Mir, Guerra civil, p. 46), depois em poder republicano e, desde 1985, em poder da falida e corroída redemocracia (que ainda retrata a era contemporânea brasileira, já exaurida e exangue, indicando a carência de uma nova era). Da sociedade imoral escravocrata e disciplinadora colonial (sobre a transição das sociedades disciplinares para as de controle veja Foucault, Vigiar e punir) passamos para a sociedade de controle dos segregados e excluídos, regido pela coerção e o genocídio, desses que são considerados homo sacers (veja Agamben), ou seja, gente inimiga que pode ser destruída (exterminada) impunemente (em regra impunemente), consoante o diabólico funcionamento da máquina de moer carne e ossos.

Não existe solução de continuidade (interrupção) entre o exercício do poder de controle colonial e imperial. Tampouco desapareceu a lógica e filosofia do genocídio com a república (1889) ou mesmo com a redemocratização (1985). A relação de todos os poderes com os marginalizados (negros, índios, brancos pobres etc.) sempre foi estabelecida sobre as bases da mortífera violência. A mão disciplinadora e controladora do senhor de engenho é a mesma dos posteriores agentes de segurança: “quando não anulam a resistência do indivíduo que somente pode ocupar uma única posição, a de servil e submisso, o abatem como inimigo (como homo sacer), com o máximo de letalidade imaginável” (Luís Mir, citado, p. 46).

O extermínio criminoso, ignominioso e massivo dos jovens (especialmente quando a cor da pele é preta ou parda), em pleno século XXI, nada mais representa que a continuidade operativa da máquina da escravocracia, devidamente planejada, calibrada e dominada pelos donos do poder, que controlam não somente os lugares onde os excluídos devem permanecer senão também o grau de escolaridade e de desenvolvimento econômico dos quais eles podem desfrutar. “A máquina de dominação dos senhores de escravos foi absorvida pelo poder imperial [depois pelo poder republicano e, hoje, pelo poder da redemocracia]: a consequência disso [até hoje] é que este tem que enfrentar e reprimir um crepitar permanente de rebeliões e desordens sociais [geradas muitas vezes pela própria irresignação dos rebelados frente ao exercício totalitário e desigual do poder de controle dos dominantes], que antes [na colônia] era de competência e custo dos senhores de escravos” (Luís Mir, citado, p. 47). É nisso que reside a castração ab initio, por meio da violência, da (ainda hoje impossível) pluralidade existencial ou mesmo da pacificação. Se hodiernamente o Brasil é um dos países mais violentos do planeta, é preciso reconhecer que essa realidade não representa nada mais que fruto do que sempre plantamos. Quem planta mal, como se sabe, colhe o amargo (a violência, o genocídio estatal, o extermínio). “Combata fogo com fogo e tudo que restará serão cinzas” (Abigasil van Buren, americana, colunista). “A segurança só para alguns é, de fato, a insegurança para todos” (Nelson Mandela, sul-africano, político).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Declaração de Garotinho sobre milícia vira arma de Pezão para 2º turno

ITALO NOGUEIRA RIO DE JANEIRO, RJ - A equipe de campanha do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, pretende usar uma declaração dada pelo deputado Anthony Garotinho (PR) sobre milícias no debate realizado na terça-feira (2) pela Rede TV! e o portal iG. Ele sugeriu que esses grupos criminosos seriam menos danosos à sociedade que deputados corruptos.

A avaliação é que a fala pode ser usada para vincular o candidato do PR aos grupos criminosos, como tentou fazer Pezão durante o debate. A arma, contudo, só será usada no segundo turno, em caso de confronto direto.

A declaração de Garotinho ocorreu após questionamento do jornalista Tales Faria, do portal iG, sobre a proposta do candidato de liberar as vans. A cobrança de taxas sobre o transporte alternativo é uma das fontes de renda de milícias.

"Tem miliciano que dirige van? Pode ter. Mas quem é mais nocivo à sociedade? Um miliciano que dirige van ou um deputado que tem conta na Suíça e até pouco tempo era secretário da Prefeitura do Rio, do PMDB?", questionou o candidato do PR, referindo ao deputado Rodrigo Bethlem (PMDB).

Durante o debate, Pezão afirmou que "a ligação da milícia com o ex-governador foi notória". Os dois trocaram acusações sobre o tema no debate.

Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo na segunda-feira (1°) mostrou que houve aumento na atuação desses grupos criminosos desde 2004. Segunda dados da Secretaria de Segurança, há dez anos apenas seis regiões da capital tinham a atuação de miliciano. Esse número subiu para 148. O governo afirma não ser conivente com as quadrilhas e diz ter prendido mais 600 milicianos desde 2007.

A campanha de Pezão só deve usar os ataques no segundo turno. Neste primeiro momento, o objetivo é assegurar a vaga na disputa defendendo as bandeiras da gestão peemedebista a frente do Estado. Apenas após 5 de outubro a estratégia principal será de comparação com as administrações anteriores, de Garotinho e sua mulher, Rosinha Matheus. A fala pode ser usada em momento de disputa acirrada.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (4), Pezão está em empate técnico com Garotinho no primeiro turno, mas ainda disputa a vaga no segundo turno com o senador Marcelo Crivella (PRB). Na simulação do cenário de disputa entre os candidatos do PMDB e do PR, o governador seria seria eleito com 45% dos votos, contra 36% de Garotinho. 

Fonte: http://www.tnonline.com.br


FAB bombardeou o Vale do Ribeira com Napalm durante a ditadura

Documentos, destroços e relatos dos moradores contam uma história obscura da ditadura: em 1970 a FAB bombardeou região rural próxima a São Paulo com bombas incendiárias

Pedro Passos, o seu Pedrico, tem os causos de vida e a memória coalhados de bombas. São os resquícios dos bombardeios realizados em 1970 pela ditadura militar nas matas onde nasceu e se criou, no município de Cajati, Vale do Ribeira, a 200 quilômetros de São Paulo. Ao longo dos anos, encontrou muitos pedaços dessa história que não está nos livros didáticos; da última vez, há cerca de 20 anos, achou uma carcaça da bomba incendiária enquanto roçava um sítio que margeia o Rio do Aleixo: uma chapa de aço, colorida pela ferrugem e pelo musgo, de cerca de 60 x 40 centímetros, em cujo centro um cilindro maciço de metal, de cerca de 5 centímetros de diâmetro, traz o número 528. Em julho deste ano ele guiou a reportagem da Agência Pública até o lugar, onde havia ainda outros achados: pedaços de aço enferrujados, vermelhos, cintas de alumínio contorcidas, mais um cilindro de metal, esse com o número 543. É a primeira vez destroços das bombas de Napalm atiradas pela Força Aérea Brasileira são recolhidos no local. “Eu nunca tinha visto nada parecido”, diz seu Pedrico, com a data da megaoperação militar ainda na cabeça: final de abril até início de maio, 1970.

A “Operação Registro” foi a maior mobilização da história do II Exército. Foram empregados 2954 homens, entre membros do Centro de Informações do Exército, regimentos de infantaria e pára-quedistas das forças especiais, policias da Policia Militar e Rodoviária de São Paulo e do Dops, além da Marinha para vasculhar a área e capturar 9 integrantes da organização VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) comandados pelo Capitão Carlos Lamarca, que instalou dois centros de treinamento de guerrilha na área.

Como os pedaços de metal esquecidos nas matas do Vale do Ribeira, os pedaços dessa história foram propositalmente relegados ao esquecimento. A Agência Pública encontrou seu Pedrico – e a bomba – enquanto percorria o vale buscando encontrar vestígios do uso de armas químicas após localizar documentos franceses relatando bombardeios de Napalm na região. Encontrou 12 testemunhas dos bombardeios e foi levada por moradores a locais onde ainda se vê crateras feitas pelas bombas atiradas na área.

Procurada pela reportagem, a Força Aérea Brasileira limitou-se a dizer, através de sua assessoria de imprensa: “não temos registros sobre os fatos em tela”.

Segundo o relatório escrito pelo comandante do II Exército, general José Canavarro Pereira – e mantido em segredo até o ano passado – a FAB participou ativamente da “Operação Registro” através da 1ª Força Aerotática comandada pelo Brigadeiro Hipólito. No dia 20 de abril foram enviados 4 helicópteros, dois deles com poder de fogo, e 4 aviões T-6 “armados”. O relatório menciona ainda aviões B-26, sem especificar o número. Foram eles que se realizaram os bombardeios na região, sem dar nenhuma proteção aos camponeses. A única medida de segurança adotada foi proibi-los de entrar na floresta onde estavam os roçados, a caça e o palmito. “O Exército, eles vieram de carro primeiro”, lembra o sitiante Nelson Vieira, hoje com 68 anos, que ajudou a guiar os soldados pelas trilhas na mata. “Então pra nós aqui eles falaram: ‘Ninguém vai pro sítio. Não vão pra lá que o negócio nós vamos queimar esse mundo aí, porque nos vamos pegar esse povo. Se vocês tiverem lá também vocês vão morrer’”.

“Foi uma guerra mesmo”

Adilson Vieira Alves tinha 8 anos quando aconteceu a “Operação Registro”. Lembra com exatidão impressionante da primeira vez que viu os monomotores da FAB: “A gente tava carpindo uma roça de alho bem em cima do morro, meus pais trabalhando e eu brincando. Ai comecei a observar no horizonte uma formação, parecia que era urubu mas não era. Comecei a escutar o barulho do helicóptero, tu tu tu tu, aí comecei a falar pra eles, ‘olha aquelas coisas lá, não é passarinho não’; e o barulho diferente que a gente não era acostumado. Aí veio essa formação do helicóptero, sobrevoou, passou por cima da gente, meu pai falou ‘acho que é coisa grave, é da polícia, acho melhor nós ir embora’. Passaram bem baixinho e logo em seguida vieram os aviões. Aí os aviões fizeram já esse rasante, e já começaram a jogar bomba, nesse mesmo dia. A gente via que eles faziam assim e começavam a descer. Parecia ovo que eles soltavam… Aí a gente escutava o barulho do estrondo… E não foi um dia só, foi mais de um dia, depois teve outras vezes que eles vieram de novo.”

Seu irmão mais velho, Oscar – que tinha na época 20 anos – completa: “Era um botijão grande que caía, explodia. Era perigoso aquilo, fazia um estrago, cortava árvore dessa grossura, arrancava… Você tá vendo negócio vindo lá de cima, que não tem um lugar certo de cair, aí nos passemos muito medo daquilo, que se um avião deles joga um tanto de coisa lá de cima quem vai saber onde vai cair né? Aí foi a pior parte que nós passemos”, diz. “Era uma guerra mesmo”.

A história que está escrita

É difícil precisar exatamente durante quantos dias as áreas vizinhas ao rancho dos Vieira Alves foram bombardeadas, ou a quantidade exata de bombas que foram lançadas ali.

O mesmo relatório secreto do II Exército relata que a missão maior da FAB era a “inquietação do inimigo através de bombardeios e tiros demetralhadoras”. Mas é econômico ao detalhar os ataques aéreos: no dia 30 de abril de 1970 relata apenas que “a partir de 1030 horas iniciou-se o bombardeio da área com os T6 e B26”; no dia 4 de maio registra que “a partir das 1200 a I FAT bombardeou o centro da área”.

Já no dia 28 de abril, porém, uma terça-feira, o Jornal do Brasil estampava a manchete: “Exército fecha cerco a reduto da guerrilha”. Na reportagem da página 19 relatava: “Desde sexta-feira, aviões da FAB estão lançando bombas incendiárias sobre pontos da floresta na região do Vale do Ribeira onde estariam cerca de 20 guerrilheiros pertencentes à Vanguarda Popular Revolucionária (…). Nos bombardeios, realizados principalmente na área onde se localizam jazidas deminérios, em Cajati, distrito de Jacupiranga, aviões da FAB estariam despejando grande quantidade de Napalm, gasolina gelatinosa incendiária. Os bombardeios começaram na tarde de sexta-feira [dia 24], depois que as forças governamentais conseguiram determinar a área provável da localização dos guerrilheiros, levantada por grupos de reconhecimento dos quais estariam participando civis conhecedores da floresta. A utilização de bombas incendiárias seria a única fórmula encontrada pelos militares para fazer com que os guerrilheiros deixem os seus refúgios, que são de acesso difícil”.

A reportagem repercutiu internacionalmente e no dia seguinte o jornal americano Los Angeles Times publicou a matéria: “Napalm usado em local de esconderijo de rebeldes brasileiros”, dizia o título. O que rendeu queixas dos militares no “Relatório Sucinto da Operação”: “O sigilo das operações foi mantido, impedindo-se a imprensa de penetrar na área, o que não impediu que alguns jornais publicassem informações sobre as operações, mas o DST [destacamento] não tinha atribuição para censurar artigos de jornais em São Paulo, Paraná e Guanabara [Rio de Janeiro]”.

Do outro lado da caçada, o sargento José Araújo Nóbrega, um dos 8 comandados de Lamarca que procuravam escapar do cerco militar, observava de longe as bombas destinadas a eles. “Eu não sei qual era o critério deles. Acho que eles que a imaginavam que gente tava homiziado numa região e eles bombardearam aquela região por suposição, mas a gente havia mesmo passado por ela. Houve um local lá próximo à região ali da capelinha, depois de Cajati, tem um vilarejo lá em cima no alto do morro, que próximo dele eles bombardearam. Eles imaginaram que a gente tivesse lá”.

A região da Capelinha seguiu sendo vasculhada até o dia 9 de maio, quando terminou a primeira fase da Operação Registro. Durante esse período, os militares bloquearam estradas e controlaram vilarejos inteiros, impondo um rígido toque recolher. Também prenderam dezenas de pessoas, entre elas apenas 2 guerrilheiros, o sargento Darcy Rodrigues e José Lavecchia, torturados diante dos agricultores da região (clique aqui para ler mais). Depois, as forças militares seguiram o rastro dos remanescentes até o município de Sete Barras, ao sul do rio Quilombo, região habitada por diversas comunidades quilombolas no limite da atual Reserva Florestal Carlos Botelho. O relatório do II Exército aponta que “as patrulhas foram retiradas da área e a I FAT metralhou e bombardeou a área no dia 29 de maio”.

Desavisados

“Na verdade o povo tava desavisado”, resume Jonas Braz de Oliveira, então presidente da Câmara de Deputados de Sete Barras. “O caso da bomba foi entre a Formosa e a reserva florestal [Carlos Botelho]. Lá sim foi despejado bomba mesmo. Me parece que era para intimidar só, porque numa área de terras de 300 alqueires você ficar jogando bomba, não vai pegar ninguém. Todos nós vimos. Tremia o solo lá”, lembra.

Outros dois guerrilheiros que foram presos na operação, Edmauro Gopfert e o sargento Nóbrega, perderam-se do grupo e foram apanhados nos dias 10 e 11 de maio, bem antes do último bombardeio registrado. No dia 31 daquele mês os 5 membros da VPR que sobraram chegaram à estrada que liga Sete Barras a São Miguel Arcanjo, onde renderam um caminhão do Exército e conseguiram escapar do cerco fugindo em direção a São Paulo – antes, eles mataram um policial, o tenente Alberto Mendes Júnior, num episódio que ficou tristemente notório. Lamarca só seria encontrado – e executado – no ano seguinte, no interior da Bahia.

Mas, apesar do fiasco da “Operação Registro”, o general José Canavarro Pereira escreveu no relatório final: “Conseguimos, de modo magnífico, realizar uma positiva integração do Exército, Aeronáutica e Marinha, reforçando a confiança mútua já existente entre nós. Parece-nos que a Operação Registro deixou um saldo francamente favorável”.

O adido militar francês sabia de tudo

Os adidos militares franceses participavam das reuniões do Estado Maior do Exército e tinham acesso privilegiado às operações militares, segundo arquivos secretos abertos depois de 30 anos na França. Eram amigos e conselheiros dos militares brasileiros, principalmente durante os anos mais duros da repressão – o caso mais notório é do general e instrutor de tortura Paul Aussaresses, conhecido como “o carrasco de Argel”.

Assim, enquanto o II Exército tentava distanciar os jornalistas brasileiros do palco dos acontecimentos, o adido Yves Boulnois tinha acesso livre e acompanhou a Operação Registro com muito interesse durante um mês. Em seu informe ao Ministério de Defesa francês, escrito em maio de 1970, descreve tudo o que pôde observar no terreno, incluindo técnicas militares e o material utilizado, já que um dos objetivos dos adidos era vender material bélico da indústria francesa.

No documento secreto de 1970, ele descreve: “Unidades do Exército fecharam a zona entre as cidades de Cananeia, Eldorado Paulista, Registro e Iguape (cerca de 2500 km2) para realizar buscas enquanto as unidades aeronavais bombardeavam com explosivos e napalm as zonas menos accessíveis e ajudavam as tropas terrestres com helicópteros equipados com armamentos. A costa estava monitorada pela Marinha enquanto a Polícia Militar controlava todos os veículos e verificava a identidade das pessoas”.

Antes das operações reais, presenciadas por Boulnois, pelo menos 25 adidos militares estrangeiros assistiram, a bordo do Porta-Aviões “Minas Gerais”, uma demonstração do 1º Grupo de Aviação Embarcada com bombardeios de napalm feitos por sete aviões P-16, bimotores destinados à ação anti-submarina, no trajeto entre Rio de Janeiro e Cabo Frio, de acordo com o Jornal do Brasil.

FAB exibia nossas bombas de Napalm

Mas não foi essa a primeira demonstração de uso napalm pelos militares brasileiros; na verdade, as bombas incendiárias eram usadas em diversas exibições aéreas levadas a cabo pela Aeronáutica. Assim, no dia 24 de março de 1970, em cerimônia presidida pelo Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Márcio de Souza e Melo, na abertura das atividades da 2ª Força Aerotática, na base de Santa Cruz (RJ), aviões de caça tipo F-8, TF-7 e TF-33 fizeram bombardeios com tiros terrestres e bombas de napalm, segundo outra reportagem do Jornal do Brasil. Em 19 de outubro do mesmo ano, a FAB fez um “show aéreo” que incluiu um bombardeio simulado na Base Aérea de Fortaleza em comemoração à “Semana da Asa”, atingindo as praias de Mucuripe, Náutico e Diários.

Em 1971, discutia-se abertamente o uso de napalm pela Polícia Federal para erradicar plantações de maconha, segundo informações passadas por fontes militares ao Jornal do Brasil. O caso virou polêmica. Em junho, o diretor-geral da Polícia Federal, o general Nilo Canepa, afirmou em entrevista coletiva que “a destruição maciça das plantações seria um grande passo para a erradicação do mal”. Porém, disse, haveria a dificuldade de serem localizadas com exatidão as plantações. O debate inspirou até mesmo um quadrinho de Henfil.

Meses depois, em outubro de 1971, o JB noticiava que aviões da base aérea de Santa Cruz, no Rio, apoiaram uma operação da policia militar fluminense à caça de uma quadrilha de assaltantes. A “movimentada caçada contou com a utilização de aviões da FAB da Base Aérea de Santa Cruz, que lançaram bombas napalm onde eles estavam escondidos”, dizia a reportagem de 16 de outubro.

O uso de Napalm, naquela época, estavam em voga, segundo levantamento do pesquisador americano Robert Neer no livro “Napalm, an American Biography” (Napalm, uma Biografia americana) publicado pela Universidade de Harvard. Bombardeios de Napalm foram feitos em setembro de 1975 contra guerrilhas no Peru, e em março de 1967 contra a guerrilha de Che Guevara na selva boliviana (pelo menos 150 bombas de 100 e 50 quilos foram fornecidas pelo governo argentino,segundo um informe secreto do Centro de Informações do Exterior, o CIEX ).

Foi apenas em 9 de junho de 1972 que a legendária foto de crianças queimadas por Napalm no Vietnam correu o mundo, gerando uma reação mundial.

No mesmo ano, segundo documentos revelados pela Comissão Nacional da Verdade, a Força Aérea Brasileira bombardeara três áreas com Napalm em repressão à guerrilha do Araguaia. A denúncia já havia sido feita pelo jornalista Luiz Maklouf Carvalho.

Questionada sobre como eram obtidas as bombas usadas pela FAB e quem as fabricava, a assessoria de imprensa respondeu que “por questão de segurança nacional, as informações sobre arsenal são classificadas e, portanto, não podem ser disponibilizadas”.

“O napalm não é muito difícil de produzir, pode ser feito de gasolina ou outra substância baseada em petróleo transformada em gel por diversos químicos diferentes”, explica Robert Neer. O incêndio é provocado pela mistura do napalm com fósforo branco, detonada por um explosivo no interior da bomba. “Nos anos 70 os Estados Unidos haviam tornado pública a fórmula, e portanto muitos exércitos a usavam. Mesmo assim, a fabricação de napalm estava sujeita à patente, que pertence ao governo americano”. A pressão internacional levou – apenas em 1980 – à proibição do uso dessas bombas em áreas civis pela Convenção da ONU sobre Armas Convencionais. O Brasil só assinou a convenção em 1995. Em áreas de combate, elas ainda são permitidas pela legislação internacional.

Como se trata de um petroquímico, explica Robert Neer, o napalm queima prolongadamente e a altas temperaturas – fazendo um grande estrago imediato, mas deixando poucos vestígios com o passar do tempo. “A maior parte do material é queimado, então não há uma contaminação ambiental. Mas para as pessoas que são afetadas diretamente, os efeitos são terríveis, porque o napalm queima até os ossos”.

“Esses fragmentos das bombas confirmam o que sempre foi dito, houve bombardeio em uma região tão perto de São Paulo, fizeram um bombardeio indiscriminado, contra a população local, inclusive”, diz Ivan Seixas, coordenador da Comissão da Verdade Estadual da Assembleia Legislativa de São Paulo. “Para nós que estamos reparando a verdade é muito importante contar essa história, por mais crua que seja”.

De volta ao Vale

No vale do Ribeira, sem um reconhecimento oficial do Estado brasileiro, os moradores continuam no escuro sobre o perigo a que foram expostos – e sobre o teatro de guerra do qual involuntariamente fizeram parte. Até alguns anos atrás, bombas encontradas no meio da floresta ainda eram usadas pela população desavisada. Uma delas acabou virando enfeite ao lado da cama de Silvio Moreira, o Silvinho: “Ela tava bem enferrujada, não dava pra saber a cor, só a cor do ferro; e tinha um pó branco, parecido com calcário… Peguei aquele material que tava dentro, coloquei fogo para ver se não explodia. Daí de lá eu tinha um carrinho velho, ai trouxe ate em casa, ai eu guardei acho que uns 2 meses, pessoal fala que guardei debaixo da cama, mas deixei num canto, no quarto mesmo”, lembra.

Quem conta sobre outra bomba, que durante meses virou banco à beira do caminho, é Zé Vieira, o melhor contador da Capelinha. “Foi achado duas ali na virada do seu Mané, que ia pro Aleixo. Eles puxaram bem pra a beira da estrada assim, arrastaram, e aí passava nego que ia trabalhar pra lá, sentavam-se nela, na beira da estrada. E nego bêbo, sabe? Chegava lá sentava em cima e acendia um cigarro pra ver se pegava fogo aquilo ali, se pegava fogo aquela desgraça e não pegava, ia embora, êeh!”. A mesma bomba teria sido detonada “pelas autoridades”, mas ninguém sabe precisar direito quando ou por quem. E assim, a História vai virando causo, mais um dos muitos causos da região.

Lembranças do cerco

“Maltrataram” muita gente. “Judiaram” do seu Maneco. Com essas palavras os moradores da Capelinha lembram da atuação do Exército durante o cerco militar que mobilizou quase 3 mil homens para capturar militantes da VPR. “A gente ficou com medo, um pouco. E o pior que ficou com medo que a polícia prendeu a gente, não deixou a gente sair”, conta Oscar Vieira, de 65 anos, cuja história não está registrada em nenhum documento oficial. Ele foi uma das dezenas de pessoas detidas pelos militares durante a primeira fase da operação. Ali, os militares implantaram um verdadeiro estado de exceção. Impediram os moradores de circular livremente pela floresta a menos que tivessem autorização por escrito, e decretaram um “toque de recolher” durante a noite. Os que se atreviam a sair sem permissão eram presos. “Eu fui pego na estrada aqui, na rua. Não tava com arma, com nada. Me pegaram como bandido, daí eu fiquei assustado com aquilo. Ficaram instigando, fazendo pergunta. Fizeram desfeita com a gente, né? Humilharam. Chamaram de vagabundo, ladrão, bandido”, lembra seu Oscar, que por dois dias foi cativo do Exército no acampamento militar montado na Vila Tatu. “Quando eles pegavam a pessoa, eles punham um guarda e não deixavam ela sair. Eram três guardas, dois de um lado e um de outro, tudo armado”. Antes de chegar até o acampamento, na beira da estrada ele sofreu mais “humilhação”: “Apontavam a arma e mandavam calar a boca, atiraram por cima de mim, pra ver se intimidavam. Deram mais ou menos uns 60 tiros de pistola por cima da minha cabeça pra ver se me intimidavam. A casca da bala caia em mim”.

A ação dos militares sobre a população é ainda hoje um dos maiores fantasmas que rondam a história do cerco militar. Para não deixar escapar os guerrilheiros, as detenções eram indiscriminadas, como bem relatou o Jornal do Brasil no dia 5 de maio: “no 17º dia de operações, destinadas a prender os terroristas que pretendiam treinar guerrilhas no vale da Ribeira, já foram detidas mais de 120 pessoas, das quais apenas 23 continuam presas”. Um dos presos era o ex-prefeito de Jacupiranga, Manoel de Lima, proprietário do terreno adquirido pela VPR para implantar campos de treinamento. Figura muito querida na região, seu “Maneco” foi submetido a sessões de tortura durante vários dias. Mas, além dele, não existem mais informações sobre as prisões realizadas, nem sobre quem foi mantido preso. Àquela altura, apenas dois dos guerrilheiros, o sargento Darcy Rodrigues e José Lavecchia, haviam sido efetivamente capturados.

Nelson Vieira, que chegou a ser mateiro do Exército na busca, ainda se lembra do dia em que os dois prisioneiros chegaram ao acampamento militar. “Eles chegavam aqui no pátio, tudo rasgado, aí ponhavam eles no chão assim algemado, com a cara no cascaio ali, ‘ó peguemos mais um aqui’. E iam lá as polícia, pegavam sanduíche e vinham do lado do cara e falavam pra ele, ‘quer um lanche?’, ele virava a cara, chacoalhava a cabeça assim, e falavam ‘táqui o lanche docê’, e péeim com aquela botinona na cara dele. Ai eles comiam o lanche. Dava dó. Era demais a judiação. Batiam demais. Não sei se deram um fim nesse povo”.

As torturas sofridas diante dos moradores foram relatas pelo sargento Darcy Rodrigues no livro “Sargento Darcy, Lugar Tenente da Lamarca”. Antes de chegar à Capelinha, conta, os dois presos foram desfilados nas ruas de Jacupiranga. “Nos fizeram desfilar uns 200 metros pela cidadezinha, sendo que íamos praticamente nus, de ceroulas e os corpos repletos de marcas, visíveis a olho nu, das torturas que havíamos sofrido, em uma cena grotesca e indigna”. No acampamento militar a tortura prosseguiu. “Éramos mantidos amarrados, deitados ao relento, com os braços e as pernas abertos, estaqueados pelos tornozelos e pelos pulsos. (…) Claro que não podíamos nos mover e nem ao menos virar o corpo. Nessa condição humilhante, degradante para o ser humano, passamos dias imobilizados, sob sol e chuva – na região chove muito, quase que diariamente – expostos aos insetos e a todas as variações de temperaturas”.

Depois de 20 dias, o Exército levantou o acampamento e foi embora de repente, sem dar nenhuma explicação. Seu Nelson resume bem a sensação que ficou pra quem é de lá. “O prefeito sofreu… Ih, deram choque elétrico para ele contar, mas ele não sabia de nada. Ninguém sabia, porque como vai saber o que eles (a guerrilha) queriam fazer aqui né? Agora o Exército soube direitinho que era outro país que tava tentando entrar aqui e ia atropelar nós daqui”. Ali na Capelinha, a história do Brasil ainda é aquela dos idos de 1970.

* Matéria de Anne Vigna, Luciano Onça, Natalia Viana

Napalm no Vale do Ribeira

Fonte: http://www.fatoexpresso.com.br


MÉDICO ABDELMASSIH: IRÁ CUMPRIR
30 ANOS DE PRISÃO?

Roger Abdelmassih foi condenado (por ora) a 278 anos de prisão, por ter cometido 52 estupros e atentados ao pudor contra suas pacientes. O ex-médico era um famoso especialista em reprodução assistida. Uma ex-funcionária foi a primeira que o denunciou. Diversas pacientes dele confirmaram os delitos e afirmam que eram atacadas quando estavam sozinhas ou sedadas. Fugiu do país em 2011 e acaba de ser preso em Assunção (Paraguai).

Mesmo que sua condenação esteja em grau de recurso, a prisão preventiva nesse caso é absolutamente necessária e constitucionalmente legítima. Nenhum juiz do país deixará de manter essa prisão preventiva (certamente), depois de ele ter fugido do país. O risco de nova fuga é evidente e patente. Caso típico de prisão cautelar.

Sua pena total pode ter alguma redução nos julgamentos dos recursos (ou na vara das execuções criminais). De qualquer modo, a pena total ainda será muito alta (em virtude da enorme quantidade de crimes). Tendo em vista a exorbitância da pena, estamos diante de um caso que poderá eventualmente significar o cumprimento do máximo previsto no Brasil: 30 anos (em regime fechado, para se evitar nova fuga).

Levando em conta o total de 278 anos, ele não terá direito a nenhum benefício penal. Quando a pena passa de 30 anos, na vara das execuções se faz a unificação delas para 30. Mas essa unificação, de acordo com a jurisprudência do STF (Súmula 715), só serve para se saber a data máxima da execução, não sendo considerada para a concessão de outros benefícios, como livramento condicional ou progressão de regime.

Qualquer tipo de benefício penal, portanto, deve ser computado (de acordo com o STF) pelo total da pena (não em cima dos 30 anos). Os crimes cometidos, de outro lado, são hediondos (estupro e atentado violento ao pudor).

Nos crimes hediondos o réu deve cumprir 40% da pena, para conquistar o direito de progressão. Mas 40% de 278 anos significam 111 anos (há impossibilidade física e jurídica desse cumprimento). Mesmo que haja redução do total, a pena ainda será muito alta (40% sobre uma pena alta significa muito tempo).

O caso, portanto, é de um possível cumprimento efetivo dos 30 anos, se a natureza permitir isso ao réu (que já conta com 70 anos de idade). Não terá direito de saídas temporárias, que são válidas para o regime semiaberto e depois do cumprimento de 1/6 da pena. Não tem direito à prisão domiciliar, porque o regime fechado não a permite (somente o regime aberto).

Até mesmo os indultos natalinos exigem o cumprimento de uma boa parte da pena. Qualquer que seja o percentual exigido no decreto presidencial, será sempre muito alto (em razão do total do castigo).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Motorista dirige por toda a cidade sem perceber que levava gato preso no motor de seu carro

Steven Goldstraw dirigiu por toda a cidade de Macclesfield, na Inglaterra, sem perceber que levava gato no motor de seu carro.

Um gato pegou uma carona e andou por toda a cidade dentro do motor de um carro. Steven Goldstraw estava dirigindo de volta para casa, depois de passear com seu cachorro, quando ouviu um barulho estranho vindo do seu carro.

Após puxar o capô para investigar o barulho, ele descobriu um gatinho aninhado no motor.

Goldstraw disse que não tem idéia de como o gato tinha conseguido encontrar o caminho para seu motor. O homem de 55 anos, de Macclesfield, Cheshire, na Inglaterra, disse: "Eu estava no parque por cerca de uma hora, e depois, quando estava dirigindo para casa, continuei a escutar o grito estranho - eu pensei que era um pássaro em primeiro momento.” 

Ele continua: "Depois eu parei, já que os gritos não cessaram. Eu levantei o capô e lá estava o gatinho, sentado na borda do chassi ao lado de onde o radiador estava girando.”

"Eles dizem que os gatos têm sete vidas, bem, eu acho que ele definitivamente usou uma delas," relatou o homem.

Depois de dar ao gatinho um pouco de comida e água, um dos vizinhos de Goldstraw, Rose Mitchell, disse que iria ficar com o animal.

Goldstraw acrescentou: "Ele realmente não comeu muito, por isso eu acho que estava em choque. Eu não posso cuidar dele, já que Cassie (sua esposa) não é a favor de gatos, então eu o levei para Rose.”

Fonte: http://www.techmestre.com


Homem mata irmão por causa de
herança de família

Do Imitante

Um homem matou o irmão na tarde desta sexta-feira (1º), no povoado Tajaçoaba, zona rural de São Luís.

Segundo a polícia, Máximo José Rocha Santos foi assassinado pelo irmão dele, Manoel Messias Gomes Rocha. O crime teria sido motivado por causa de terras deixadas como herança de família.

Máximo José foi morto com um tiro de garrucha, arma de fabricação caseira, e a facadas. Manoel Messias foi preso pela Polícia Militar logo depois do crime.
 

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Maioridade penal e criminalidade precoce 

João Carlos da Costa

Inúmeros são os crimes classificados como atos infracionais que envolvem jovens  e crianças como autores. Por serem considerados vulneráveis estes, invariavelmente, são induzidos por marginais adultos a cometerem delitos de furtos e roubos, principalmente, e outros crimes violentos. O fato de  estarem sob a proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente, quando apreendidos,  por mais grave que seja a infração, a maior pena que sofrem  é o recolhimento em estabelecimentos socioeducativos, cuja internação, de acordo com o art. 121, § 3.º do Estatuto, não permite a permanência por mais de três anos, e também, conforme o § 5º do mesmo artigo, quando completa 21 anos de idade, a liberação é compulsória.

Diante dessa análise, muita gente acredita que a inimputabilidade proporciona o abuso e favorece o avanço da criminalidade. O pensamento de alguns legisladores e de boa parte da população é que se baixar a idade punitiva, a incidência criminal se reduzirá. A ilusão é a de que se, principalmente, um menor de 16 anos já pode votar, também pode responder criminalmente pelos seus atos. Ledo engano. Esquecem que essa situação subsiste  somente  porque há interesse político por trás disso. O lado bom disso é que desde cedo os jovens eleitores assumem um compromisso  e aprendem a desenvolver o instituto  da cidadania. O ruim, é que a maioria dos políticos os vêem  como ótimos instrumentos  para aumentar os seus currais eleitorais, aproveitando-se da oportunidade para influenciá-los e torná-los multiplicadores de votos através da persuasão.

Não acredito que a redução da idade punitiva seja o caminho. Primeiramente, porque da mesma forma que crianças e adolescentes são infratores, também são vítimas de um sistema corrompido pela falta de maior conscientização em relação aos tratamentos priorizados e atenção que devem ser dadas ao público infanto-juvenil. A começar por maior avaliação do meio em que vivem, a condição familiar, acompanhamento sócio-educacional e comportamental. E,  em cima disso, desenvolver programas que surtam efeitos imediatos, desde que mantidos  como metas a médio e longo prazos. Caso contrário, aqueles que são favoráveis à redução da idade exigirão, com o decorrer do tempo, que crianças e até mesmo bebês sejam punidos criminalmente.

  A cooptação para o crime começa cedo  porque a maioria das crianças e adolescentes vive em  áreas pobres e em condição de miséria e, pela situação de necessidade se tornam alvos de maior visibilidade para os marginais adultos, que  buscam nelas  o escudo para escapar de punições e também o terreno fértil para disseminar as experiências criminosas, o uso e também o tráfico de drogas. 

Alguns fatores que também influenciam o envolvimento de crianças e adolescentes com a criminalidade é a ociosidade em que se encontram durante o dia, enquanto os pais trabalham; o abandono quando são relegadas  ao próprio destino, como é o caso de muitas que não possuem um lar e perambulam pelas ruas em busca de atenção, carinho e atividades que lhes dêem prazer e ostentação, como forma de suprimento de desejos.

É fácil perceber também que crianças e adolescentes carecem de espaços para pôr em prática a criatividade e realizar atividades mais atrativas que os incentivos ao envolvimento com o crime e que as façam ocupar seu tempo ocioso a todo instante, pois é notório que também a  falta de oportunidades é um mal que afeta diretamente  os seus  comportamentos.

Houve um tempo em que as áreas abandonadas eram campos férteis para a prática de futebol com bolas de meias e as ruas eram apenas pistas de rolimãs, onde se brincava, caía, se ralava e, no final batia-se o pó e se fazia tudo de novo. Isso faz falta, pois as crianças precisam ocupar espaços e a mente com coisas boas.

A realidade nos mostra que  a modernidade ao mesmo tempo em que proporcionou um mundo mais ágil  e cheio de comodidades, tirou das crianças e dos adolescentes boa parte da criatividade, inerente aos  que vivem a infância e a adolescência com maior intensidade.

O índice de crianças e adolescentes mortos por envolvimento com a criminalidade e, principalmente com as drogas, é cada vez mais alarmante, numa visível demonstração  de que alguns preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente estão  ultrapassados e precisam ser revistos.

As políticas sociais básicas relativas às crianças e adolescentes, como saúde, educação e segurança,  ainda não estão bem definidas, pois carecem de objetividade e maiores estudos, pois é muito complexa porque envolvem  fatores sociais, econômicos e educacionais.  Sobre este foco, observa-se a existência de  uma lacuna pela falta de programas permanentes de assistência a essas faixas etárias e que muitas vezes acaba sendo preenchida da pior maneira possível. Por vontade própria ou pela  de outrem, como objetos da facilitação criminosa.

Essa realidade pode mudar  quando houver mais investimentos em áreas que atraiam para o lazer e outras atividades onde crianças e adolescentes possam colocar em prática os seus dons, através também do aprendizado profissional, com possibilidades de ganhos financeiros  que os desviem dos maus caminhos.

É necessária uma revisão no Estatuto do Adolescente, no sentido de que a legislação seja um pouco mais rígida, no caso de menores que cometem crimes violentos e que os educandários e estabelecimentos para recuperação de menores infratores tenham melhor infraestrutura e com profissionais capacitados e com qualificação suficiente para acompanhá-los durante e após o período de internamento e recuperação.  Mas, para que isso se torne realidade é preciso atitude positiva em relação à elaboração de políticas públicas eficientes e eficazes, para combater as causas e não os efeitos.

João Carlos da Costa

Bel. Em Direito, Bel. Químico, Professor e
Policial Civil. E-mail: João_22@terra.com.br



POLÍCIA FEDERAL - EM PARCERIA COM A POLÍCIA AUSTRALIANA – PRENDE SUSPEITO DE PEDOFILIA

CURITIBA/PR – Após investigações realizadas no Paraná, a Polícia Federal em Belo Horizonte prendeu na manhã de hoje, um almoxarife de 26 anos, responsável pelo abuso de dezenas de crianças.

As investigações sobre o caso foram iniciadas há uma semana, a partir de imagens (fotos e vídeos) de crianças brasileiras em situação de abuso, enviados pela polícia australiana à Polícia Federal de Curitiba.

A Polícia Federal mantém acordos de Cooperação Internacional com polícias de diversos países para investigação de crimes desta natureza, uma vez que normalmente esses delitos ultrapassam as fronteiras nacionais.

Após análise do material recebido, a Polícia Federal em Curitiba conseguiu chegar à identificação do abusador, residente na cidade de Belo Horizonte. As informações foram repassadas imediatamente à Polícia Federal na capital mineira, que realizou a prisão do suspeito e a busca em sua residência.

Além de ter a prisão temporária decretada, o homem também foi preso em flagrante por posse de material pornográfico infantojuvenil. O suspeito não só abusava das crianças (meninos e meninas), como também registrava as cenas em vídeo e as enviava para contatos no Brasil e no exterior.

As investigações sobre o caso continuam e todo o material recolhido na casa do suspeito passará por perícia técnica a fim de identificar as vítimas e outros possíveis criminosos. Até o momento, a Polícia Federal em Belo Horizonte já identificou duas das crianças abusadas.

Comunicação Social da Polícia Federal no Estado do Paraná

Curitiba, 11 de julho de 2014.

Tels. 45 3576 5515

www.twitter.com/CSPFPR

www.facebook.com/imprensapf

http://www.facebook.com/pages/Imprensa-PF-II/148179008692637


Furto de receituário

A empresa NEWMEDT MEDICINA OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO LTDA ME, inscrita no CNPJ 07.507.997/0001-10, CRM/PR 4409, vem por intermédio deste tornar público à quem interessar possa que:

- no dia 30.06.2014 foi furtado, em suas dependências, um bloco com 50 folhas de receituários carimbados com a autenticação do Dr. Fábio Knopp de Araújo.

Com isso, procuramos atentar todas as empresas e farmacêuticos que, antes de acatar um afastamento e/ou uma medicação duvidosa, entrem em contato com a mesma através do telefone (41) 3233.0804, para a validação e comprovação da emissão legal do mesmo. 
Evitando assim, fraudes e prejuízos.

Já foi  feito boletim de ocorrência.

" Hoje rouba-se tudo, só não permita que roubem sua integridade."

Fonte: http://absurdamentesemnexo.blogspot.com.br


Para ouvidor das polícias, tática usada pela PM em São Paulo cerceia direito
de manifestação

‘É inadmissível’, afirma Fernandes Neves. ‘A polícia só pode agir a partir do momento que acontece crime’. Ouvidor reclama de falta de punição e sugere sanção aos comandantes

 

São Paulo – O ouvidor das polícias do estado de São Paulo, Júlio César Fernandes Neves, disse hoje (24) à RBA que a nova tática utilizada pela PM para reprimir a passeata ocorrida no centro da capital no último sábado (22) é “inadmissível e inaceitável”, pois se trata de um “cerceamento ao direito de manifestação”. O ouvidor disse ainda que a falta de punição aos policiais que reiteradamente cometem abusos em protestos é uma mostra de politização das polícias e sugere que os comandantes sejam processados por prevaricação.

“Eles agiram antes de acontecer qualquer depredação, qualquer ilegalidade por parte dos manifestantes. Isso é inadmissível, inaceitável. A polícia só pode agir a partir do momento em que acontece o crime e não porque imagina que acontecerá um crime”, explica Fernandes Neves, cuja equipe está compilando as denúncias que chegam à Ouvidoria e as que foram publicadas pela imprensa. O próximo passo será encaminhá-las às corregedorias das polícias Civil e Militar. “Nós provocamos e cobramos, mas quem investiga e julga é a própria corporação. Vamos torcer para que haja punição”.

O ouvidor lamentou, porém, que excessos cometidos pela PM contra manifestantes jamais tenham redundado em sanções aos agentes envolvidos. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar de São Paulo, nenhum policial recebeu punições por abusos cometidos em protestos na capital entre 2000 e 2013. Dados obtidos pela BBC por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que a PM ainda não julgou ou condenou nenhum membro da corporação pela série de irregularidades cometidas em manifestações desde o último mês de junho.

“Por que não há punição? Porque quem chefia essas instituições está alinhado com o governo”, revela Fernandes Neves, propondo que os comandantes sejam cobrados na Justiça por não exercerem devidamente suas funções públicas. “Eles teriam que ser processados em algum momento por prevaricação.” Para o ouvidor, a polícia erra ao continuar tolerando arbitrariedades. “O perigo de não haver punição é a quebra da legalidade, uma sombra do fim da democracia. Num estado democrático, isso não pode acontecer. Temos lei e a polícia não pode querer garantir a lei quebrando a lei. Fica caracterizado o abuso.”

Com um efetivo de 2,3 mil homens deslocado para monitorar um protesto contra a Copa do Mundo que reuniu aproximadamente 1,5 mil pessoas, a polícia resolveu cercar os manifestantes uma hora depois do início da passeata – e sem que tivesse ocorrido qualquer ato de vandalismo ou violência. Aos gritos de “senta! senta!” e ameaçando as pessoas com cassetetes, os soldados colocaram todos no chão e começaram a revistá-los aleatoriamente. Muitos foram agredidos com enforcamentos e chaves de braço, e passaram por revistas humilhantes. Uma jovem (ver foto) teve a camiseta arrancada, foi colocada de joelhos e ficou com a calcinha à mostra.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 262 pessoas foram presas e conduzidas a distritos policiais da região. Como não tinham acusações, foram liberadas logo em seguida. A chamada “condução para averiguação” também tem sido criticada por advogados, porque é inconstitucional. Movimentos sociais acreditam que, ao registrar os manifestantes, a polícia tenta dissuadi-los da ideia de frequentar protestos públicos. Na semana passada, muitas pessoas receberam intimações para comparecer à delegacia na mesma hora e data do protesto de sábado.

Durante a manifestação, como de costume, havia também policiais sem identificação, numa atitude que, apesar de ferir as normas da Polícia Militar, não tem sido punida pela corporação. “Tal conduta (não usar identificação no uniforme) é uma das transgressões previstas no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (RDPM), Lei Estadual Complementar 893/01. Está tipificada no inciso 119 do artigo 13 da referida norma”, explica a assessoria de imprensa da PM, afirmando que é impossível saber se algum policial já recebeu sanções internas por apresentar-se anonimante em manifestações.

O ouvidor comentou ainda a agressão aos jornalistas da mídia tradicional e independente, que cobriam o protesto. De acordo com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ao menos 14 repórteres foram impedidos de trabalhar por policiais no último sábado. “É um abuso, é uma afronta ao direito do jornalista de relatar um fato que está acontecendo, de exercer sua profissão. Não é a primeira vez. É recorrente e também não tem punição.”

Fernandes Neves afirmou ainda que, ao contrário do secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não avalia o operativo policial como um êxito. “O ouvidor quer que se assegure o direito de manifestação e não que a polícia, antes de qualquer quebra de ordem, aja e ainda machuque os manifestantes”, pontua. “Houve abuso de autoridade.” Em sua conta no Twitter, Alckmin disse: “a PM agiu com rapidez e inteligência e cercou os vândalos organizados antes que se espalhassem e provocassem depredações”, assumindo a ação preventiva da corporação.

 

Confira a ação da PM numa série de vídeos publicada no YouTube:

 

 

 

Leia mais em - www.fatoexpresso.com.br


DILMA (PT) MANDA INFORMANTE PARA CURITIBA

NO DIA DO JOGO DO IRAN x NIGÉRIA EM CURITIBA, INFORMANTE DA DILMA (PT) ESTAVA NA BOCA MALDITA.  A presidente DILMA (PT), ao ser informada que haveria manifestação  contra a COPA DAS COPAS DO PT, mandou para Curitiba um informante seu para “ver as coisas de perto”.  No dia deste jogo da COPA e do quebra – quebra (16/6/14 – 2a. feira).  

A MANIFESTAÇÃO E O INFORMANTE.  No final da tarde, fui a Boca Maldita ao saber que  300 manifestantes prometiam um protesto contra a Copa do PT, o que realmente aconteceu com quebra de portas de bancos etc, e com críticas a gastança da DILMA (PT) nos estádios da Copa.  Logo encontrei com um ex-petista no Café da Boca, o qual me relatou que um  ex-colega do PT (de Brasília),  que ele conhecia, esteve na BOCA sondando a movimentação dos manifestantes.   Segundo ele, o referido gajo do PT do Planalto   trabalha em Brasília na cúpula do PT.  O gajo  era um emissário da presidente DILMA, e estava na BOCA para acompanhar as manifestações, obviamente para informar de primeira mão o que acontecia em Curitiba com o protesto ANTI  COPA DAS COPAS DO PT…..

(Foto jornal A gazeta do Povo)

Fonte: http://lintomass.wordpress.com


QUAIS SÃO NOSSAS CRIATURAS MALIGNAS?

Tudo levava a crer, no princípio do século XXI, que poderosas energias estavam nos conduzindo ao sucesso mundial (taxa de crescimento maior que a média mundial, baixo desemprego, moeda estável, fortes exportações etc.). Novamente, no entanto, os anos de opulência econômica, consumista e especulativa não significaram opulência cultural e educacional. Ficamos na superfície e esquecemos da essência do progresso humano consistente. Rapidamente todo o futuro vai de desmantelando, como se fosse um castelo de areia. Somos um país sem futuro que só vive do presente, mas ancorado no passado medonho que o persegue: selvagerismo, teocratismo, autoritarismo, segregacionismo, ignorantismo, parasitismo e desigualitarismo. São essas, dentre outras, as criaturas malignas que habitam nosso subsolo, salpicado de fanatismo e populismo de todo tipo. O cenário trágico se fecha quando agregamos a tudo isso a ignorância auto-satisfeita (veja R. Argullol, El País de 10/5/14, p. 35), que contempla, década após década, a derrocada do país e apaticamente nada faz contra a destruição dos jovens talentos que sempre foram nossa esperança (quem não aprende com a sua história, tende a repetir os mesmos erros).

Não usufruímos nada do Renascentismo (séculos XV e XVI) porque fomos colonizados sob o império da cultura feudal da Idade Média. Não nos modernizamos e muito menos nos emancipamos com o Iluminismo (dos séculos XVII e XVIII), porque a elite dominante deliberou manter a cultura colonialista precedente, mesmo após a independência do Brasil, que se deu em 1822 (ano em que nos tornamos liberais e escravagistas ao mesmo tempo; sendo duas coisas que se excluem, protagonizamos um paradoxo inigualável em todo planeta). Nunca desfrutamos de liberdade plena, porque na maior parte da nossa existência fomos conduzidos por regimes de exceção (militares). E agora não estamos navegando na onda da globalização do mercado porque a ignorância da massa (veja Ortega y Gasset: edição de 2013) controlada pelas elites não nos permite ser competitivos internacionalmente. De outro lado, fica cada vez mais evidente que as benesses da globalização não foram feitas para todos (os super-ricos globais estão acumulando a quase totalidade da riqueza gerada pelos mercados mundializados – veja Bauman: 2014).

O problema seria nossa colonização teocrática e autoritária, nossas elites parasitárias, o capitalismo concentrador mundial, os políticos, a corrupção, a ditadura, o ignorantismo, o segregacionismo? Minha primeira conclusão: não podemos ser complacentes com os donos do poder, seja o interno, seja o internacional. A postura desavergonhada se generalizou como grama daninha e a economia consolidou sua apropriação da política e da justiça (embora existam alguns conflitos em certos momentos). Estamos arruinando, de novo, as possibilidades de construir uma sociedade moderna, culta, honesta e competitiva. Em lugar da escandinavização (melhora da qualidade de vida, da escolaridade e da renda per capita, tal qual a elite “escandinavizada”: Noruega, Finlândia, Islândia, Holanda, Coreia do Sul etc.), o que o horizonte nos mostra é a africanização (mais miséria, menos escolaridade, mais desorganização social, menos esperança, menos empregos, menos exportações, mais indignação, mais populismo e, sobretudo, mais violência, incluindo-se a fascista).

Fonte: Visão Panorâmica


Bolsonaro quer ser Presidente da República

Jair Bolsonaro coloca o nome à disposição do partido para disputar a Presidência da República. Admiradores do deputado lançaram campanha em apoio a sua candidatura

Admiradores do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) lançaram no Facebook uma campanha em apoio a sua candidatura à presidência da República. A fanpage, que leva o título de “Jair Bolsonaro Presidente da República – 2014” já conta com mais de 12 mil apoiadores. O deputado colocou o seu nome à disposição do partido para disputar o cargo, embora diga não saber se será referendado pela legenda.

Na descrição da página, lê-se que o espaço foi criado por “militantes de direita, admiradores de Jair Bolsonaro, com o intuito de estimular sua candidatura a Presidente da República nas Eleições 2014”. As postagens mais recentes são todas direcionada à aprovação do Marco Civil da Internet, nas quais a lei aprovada é classificada como “mordaça petista na rede”. Nem a Rede Globo escapou e é chamada de “globalista” e criticada por ter supostamente apoiado a aprovação do Marco Civil.

Postagens contra a militância LGBT também não faltam. O vídeo “Deus Salve as Crianças”, onde ativistas gays são chamados de “pedófilos”, se faz presente. A filósofa Marilena Chauí também é vítima de deboche em um post onde a página afirma que ela vai doar o seu salário e “viver como proletária”.

Uma coisa é fato: as ações de Jair Bolsonaro conseguiram aglutinar uma “militância” coerente com o ideário. Agora,fazer com que o PP abra mão de um ministério e sair da base governista para lançar o deputado à presidência da República parece ser algo distante, já que nem mesmo sua candidatura à presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDHM) o seu partido bancou.

Revista Fórum

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br


JORNALISTAS SÃO MICROEMPREENDEDORES
FALTA RECONHECIMENTO LEGAL

Ilmo Ministro Guilherme Afif Domingos

Prezado Afif,

Ficamos muito satisfeitos ao saber que o amigo assumiu o ministério da MPE, pois sabemos que está luta tem em sua pessoa a maior referencia nacional,  infelizmente por motivos de saúde não pude estar presente em sua posse em Brasilia.

Em 1989 já não tínhamos duvida quando fomos trabalhar em Brasilia voluntariamente com nosso falecido companheiro Nuri Andraus em sua campanha para presidente, pois reconhecíamos em sua pessoa alguém com capacidade de mudar o Brasil

Desde 1983 quando fundei a FLUPEME juntamente com outros companheiro liderados por Benito Paret, já lutávamos pelos direitos dos pequenos empreendedores e ao longo do tempo presidimos associações de microempresas, federação e associações comerciais em varias cidades do Brasil

SOMOS PARTE DESTA SUA GRANDE LUTA NACIONAL A VÁRIAS DÉCADAS !!!

Depois de quase 10 anos de lutas em defesa dos jornalistas sem diploma conseguimos em 2009 a vitoria no STF e com isso o fim da exigência de diploma para o exercício profissional no Brasil,  logo em seguida fundamos junto com centenas de jornalistas a ABJ - Associação Brasileira dos jornalistas a qual presido a 5 anos.

A realidade que convivemos é muito bem expressa pela frase abaixo:

"O mais importante nenhuma entidade corporativa defendeu nem pensou: uma seguridade nova para os freelancers, os precários, aqueles que não têm e nunca terão carteira assinada. Essas são as novas lutas no capitalismo. A ideia de que para ter direitos é preciso se “assujeitar” a uma relação de patrão-empregado, de “assalariamento”, é francamente conservadora".

IVANA BENTES, diretora da Escola de Comunicação da UFRJ

A grande maioria dos jornalistas profissionais não tem vinculo empregatício e tomamos conhecimento que depois da lei da MEI muitos começaram a se enquadrar nas atividades permitidas pela legislação conforme abaixo:

• EDITOR(A) DE JORNAIS
• EDITOR(A) DE LISTA DE DADOS E DE OUTRAS INFORMAÇÕES
• EDITOR(A) DE LIVROS
• EDITOR(A) DE REVISTAS
• EDITOR(A) DE VÍDEO

Por está razão resolvemos recorrer ao ministério para solicitar formalmente uma análise sobre se os jornalistas freelancers podem legalmente se enquadrarem nestas atividades em especial na mais genérica:

• EDITOR(A) DE LISTA DE DADOS E DE OUTRAS INFORMAÇÕES

Além disto solicitamos que seja priorizado o enquadramento da profissão de jornalista especificamente como aconteceu no caso de contador e técnico contábil na legislação da MEI na próxima alteração já em pauta em seu ministério.

Sei que é conhecedor da situação da mídia brasileira e já por varias vezes tem apoiado ações nesta área, lembro bem quando era Vice-presidente da ABRAJORI - Associação Brasileira dos Jornais do Interior, quando esteve presente em nosso evento em Brasilia e defendeu uma ação dos pequenos jornais do interior na busca de mais informação ao Brasil e aos brasileiros, quase que fazendo uma guerrilha e um forte contraponto aos grandes meios de comunicação. 

Estou ouvindo a chamada de atenção da professora Ivana pois sei que tem completa razão e os jornalistas precisam de uma seguridade como a proporcionada pela lei da MEI  e cabe a nossa entidade articular para resolver está grave situação

Tenho certeza que dará atenção a este nosso pedido de ajuda e orientação que muito mais que dar legalidade a milhares de jornalistas freelancers vai contribuir e muito com a liberdade de expressão em nosso Brasil.

Tenho muito orgulho e honra em saber que sou seu companheiro de muitas lutas e tenho fé que muita coisa vai mudar neste pais graças a soma de pequenos esforços de milhares de idealistas que buscam apenas a melhora das condições de trabalho no Brasil
 

Atenciosamente

Antonio Vieira

Presidente da ABJ


O país dos calças-curtas

Dos dois grandes eventos que Brasil se ofereceu para sediar e que se tornaram exemplos sintéticos dos governantes calças-curtas que passaram a administrar o o Brasil.

Será o nosso país administrado por uma cambada de pirralhos irresponsáveis e inconsequentes? A resposta a essa pergunta demanda uma série de conjecturas. Não tão pirralhos – se fossem pirralhos teríamos que creditar os desacertos a imaturidade e até a respeitar o caráter lúdico da infância –, por outro lado não temos como fugir da irresponsabilidade ou da inconsequência. Nem iremos falar nos últimos escândalos envolvendo a corrupção generalizada e uso político das empresas e recursos públicos, como o caso da Petrobras que a cada dia, a cada pequena investigação, um autêntico mar de lama aflora revelando o uso de dinheiro público por partidos, políticos, empresários sem nenhum escrúpulos e paraísos fiscais; nem falemos na nosso política econômica, que nos últimos dez anos, graças à sua heterodoxia canhestra, tem se tornado motivo de piada mundo a fora, afugentado investidores e corroído a economia que estava se solidificando, devolvendo ao país o fantasma da inflação que pensávamos ter ficado no passado de triste memória; nem falemos na nossa política externa conduzida ideologicamente, tão solidária a ditadores e tão leniente às violações dos direitos humanos nas ditaduras amigas.

Vamos falar apenas, neste momento, dos dois grandes eventos que Brasil se ofereceu para sediar e que se tornaram exemplos sintéticos dos governantes calças-curtas que passaram a administrar o o Brasil.

O resumo da história é este: Tanto a FIFA quanto o COI passaram a tutelar o país nas coisas mais elementares, não me recordo de ter visto em lugar nenhum no mundo um povo ser tão humilhado e achincalhado perante a população mundial quanto o nosso povo tem sido. O vexame é tamanho que os governantes, se tivessem um mínimo de vergonha na cara pediriam para sair.

A verdade, apesar da campanha midiatica favorável aos eventos, é que o Brasil não tem conseguido dá conta dos compromissos assumidos, o chamado legado da copa será representado pelos rombos nas contas públicas, gastou-se fortunas na construção dos estádios – e nem estes estão prontos, já ouvi até falar que alguns não atendem as exigências mínimas para receberem o “habite-se” – e nada ou quase nada nas obras de infraestrutura que o país necessita e que faziam parte do compromisso assumido.

O país teve sete anos para se preparar para a copa e até os locais da competição – nem se fale nos seus entornos –, serão entregues inacabadas, além do seus prazos limites.
A FIFA exigiu e foi atendida as condições mais humilhantes para a realização do evento que já lhe rendeu e vai lhe render alguns bilhões de dólares. Gastou o que não podia para construção de estádios em lugares onde nunca terão utilidade para o fim a que se destinavam, para nada.

O que indago é: Terá valido a pena o Brasil ter se candidatado para sediar essa copa e a olimpíada de 2016? Passar o vexame que vem passando?

Todo dia há uma cobrança da FIFA, uma “puxada de orelha”, uma piadinha, já teve até dirigente da entidade dizendo que país “merecia levar um chute no traseiro”.
É isso mesmo, viramos a nação merecedora de chutes no traseiro. Outro dia foi a vez da piadinha infame de dizer “que deixamos tudo para última hora, até os estádios. Tudo isso dito, não na solidão de um quarto ou sala, dito para o mundo inteiro. Tendo toda a população municia como testemunha. As autoridade cínica, covarde ou corruptas, fingem que não ouvem, pegam as descomposturas e fingem que não é com elas, fingem que não acontece nada. São autoridades incapazes de honrar compromissos, incompetentes a ponto de nem estádios de futebol conseguirem entregar no prazo, quando se teve mais tempo que outras nações. Já somos o país com mais mortes em obras para copa (oito, se não me falha a memória), na Africa do Sul morreram apenas dois operários, na Alemanha não morreu nenhum. Os empreiteiros que sugaram o que não podiam remanchando as obras e agora correm para conseguir cumprir os prazo ignorando a segurança dos trabalhadores e contando com a complacência das autoridades. E ainda tem gente, como o nosso Pelé, que vem fazer coro a esse tipo de absurdo e dizer que é normal que operários morram nas obras. Endoidaram.

O COI (Comitê Olímpico Internacional), acredito que vendo o que vem acontecendo com a copa do mundo, já reclamou do ritmo das obras para a olimpíada Rio 2016, já criou uma comissão de tutela para acompanhar os serviços, cobrar as providências. Não lhe tiro a razão, o exemplo da copa é inquestionável e, faltando pouco mais de dois anos para os jogos, na forma como veem trabalhando, arrisco dizer que dificilmente as elas ficarão prontas no tempo exigido. Já alertei aqui, num texto anterior, sobre o vexame olímpico que se avizinha. Querem apenas um exemplo de obra que não será entregue, não como o ideal ou minimamente desejado? A despoluição da Baia de Guanabara para os esportes náuticos. Não há como, no tempo que resta e considerando o pouco que fizeram, que façam o trabalho de despoluição a ponto de deixarem o espaço propício as modalidades esportivas. No máximo conseguirão tirar o “grosso”, talvez recolher o lixo ou cadáveres que vez ou outra aparecem por lá.

Atentem para o que vem acontecendo, os eventos que serviriam para “alavancar” a boa imagem do Brasil perante o mundo e por isso mesmo um dos motivos para justificar os investimentos que retiram recursos de áreas estratégicas, estão tendo justamente o efeito inverso. Ainda mais quando o país leva “pitos” públicos em escala mundial, serão dez anos de achincalhe, de propaganda negativa, graças a incompetência dos nossos governantes. O Brasil já aparece ao mundo com a nação dos incompetentes, da falta de profissionalismo, que não consegue sediar eventos, que consegue não controlar ou reduzir seus indicadores sociais negativos. Os dois eventos que serviriam um pouco para “limpar” nossa imagem fazem é colocar o nosso país na vitrine da pior forma possível.
Apenas para ilustrar, lembro que quando meu pai me chamava atenção por algo que fiz de errado, sempre em particular, ficava dias envergonhado, triste e na maioria das vezes sem querer comer. Tinha vergonha, não dos outros mas de mim mesmo.

O Brasil – não como uma nação soberana mas como um moleque travesso – é admoestado dia e noite por entidades privadas, repito, que lucrarão rios de dinheiro às custas das finanças públicas, é chamado atenção, é ameaçado com “chutes no traseiro”, é vítima de piadinhas infames e tal qual um moleque, é como se passasse “sabão na cara de jumento” ou seja, as autoridades não estão nem aí. Perderam totalmente a vergonha na cara. Os ministros a quem perecem o setor e a responsabilidade e das relações exteriores diante de tanta incompetência e cinismo deveriam ser postos para fora dos seus cargos, estes sim, a pontapés. E não só eles mas também a presidente da República e todos os demais responsáveis pelo vexame que o país vem atravessando e que atravessará, pelo menos, até 2016.

Se não postos para fora pela incompetência com que gerem as obras ou pelo vexame a que submetem o país, que o seja por admitir que o Brasil seja esculhambado por cidadãos que não possuem investidura de qualquer autoridade. Os dirigentes das entidades que tratam o país como uma nação de moleques.

Não me recordo, se bem que sou novo, de ver um país ser tratado por entidades privadas, como estas duas vem tratando o Brasil, pior que isso não me lembro de ter visto governos tão covardes a ponto de aceitarem essas descomposturas públicas com risonhas caras. O cidadão lá da FIFA esculhamba o Brasil e as nossas autoridades fazem é rir, riem como moleques vagabundos que todos os dias são presos pelas autoridades policiais e agem como se não tivesse acontecido nada.

Por todo isso que vem acontecendo nos últimos tempos é que não posso deixar de sentir vergonha. Uma profunda vergonha por toda essa submissão, incompetência e humilhação Se existir mesmos essa tal de vergonha alheia de que tanto se fala, essa é a que venho sentido do Brasil. Podemos ganhar copa, podemos até não fazer tão feio nas olimpíadas, mas nada, nada mesmo, vai suplantar a vergonha temos passado.

Abdon Marinho é advogado eleitoral.

Fonte: http://www.netoferreira.com.br


Respeitosamente vândala

IVANA BENTES É BENEMÉRITA NA ABJ POR SER UMA DAS PRINCIPAIS DEFENSORAS DO FIM DA OBRIGAÇÃO DO DIPLOMA MUITO ANTES DA DECISÃO DO STF EM 2009

“Inocente, pura e besta”. É assim que a ensaísta e professora Ivana Bentes diz ter chegado ao Rio de Janeiro, em 1980, família de comerciantes, sem sobrenome para ostentar, nascida em Parintins, no Amazonas, e tendo passado a juventude em Rio Branco, no Acre. Foi a entrada em uma universidade pública, a Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que mudou sua trajetória.

Segundo ela, frequentar um espaço que ainda forma uma elite não foi uma inclusão, mas uma intrusão social, daquelas que fazem uma pessoa dar um salto astronômico. Foi naquele ambiente universitário borbulhante de oportunidades e desafios que Ivana foi traçando sua carreira profissional. Primeiro como redatora e ensaísta no Caderno Ideias, do Jornal do Brasil, onde teve a oportunidade de se conectar com centenas de escritores, intelectuais e pensadores. E antes escrevendo sobre cinema na revista TABU,do Grupo Estação Botafogo, o icônico cinema carioca, que deu a ela a chance de se formar cinematográfica e culturalmente e mais tarde protagonizar polêmicas como a que lançou em torno do filme Cidade de Deus e sua “cosmética da fome”. No Jornal do Brasil, entendeu o jogo de influência cultural, política e de intervenção no mercado da mídia e suas engrenagens.

No início dos anos 1990, engatou um mestrado e um doutorado na ECO, mas foi com a formação em grupos de estudo de filosofia, onde mergulhou no pensamento de Gilles Deleuze, Michel Foucault e mais recentemente Antonio Negri, que pôde perceber o poder de mobilização dos conceitos. Na ECO, onde entrou como aluna, se tornou professora da pós-graduação e diretora, tendo como professores e depois colegas Muniz Sodré, Márcio Tavares d’Amaral, Emanoel Carneiro Leão, Heloísa Buarque de Hollanda. Percebeu rapidamente que a Universidade só faria diferença se fosse o ambiente para o surgimento de formadores de opinião, críticos, pensadores e agentes de transformação e não formar o profissional fordista substituível das redações. Entre 2006 e 2013, ela assumiu a direção da ECO decidida a usar o grande laboratório universitário para radicalizar práticas democráticas, estimulando os alunos a participarem de ações de ativismo, movimentos culturais e sociais da cidade, redes de mídia e cultura.

Nesta entrevista, Ivana Bentes discute as novas diretrizes para os cursos de jornalismo, política e comunicação, o midialivrismo, a sociedade em rede e as mutações pós-mídiasdigitais. Para ela, se o capitalismo é comunicacional, a revolução terá que ser também midiática. Ciente da importância do campo das Comunicações nos dias de hoje, para muito além dos bancos universitários, a professora afirma que há momentos em que é preciso sair do figurino acadêmico para poder se comunicar e falar para o público fora da academia. Talvez por isso a jovem “inocente, pura e besta” topou posar para a foto dessa reportagem numa pose que ela chama de “respeitosamente vândala”.

Qual a sua avaliação sobre os parâmetros curriculares recém-instituídos pelo Conselho Nacional de Educação para os cursos de jornalismo?

Um retrocesso e uma quase tragédia. Surge na contramão do entendimento de pensadores e teóricos da comunicação que fizeram o movimento opostodécadas atrás, procurando incluir o jornalismo como parte de uma formação mais ampla.Foge ao contexto atual de convergência das mídias e de produção da informação nas redes sociais que exige um profissional com múltiplas habilidades, um analista simbólico, um ensaísta, um ativador e produtor de desejos. Esse perfil não tem nada a ver com o profissional adestrado por uma formação fordista e extremamente limitada, do “quê, quem, como, onde”, e que passa longe de todos os clichês que construímos em torno desse personagem.

As novas diretrizes respondem a uma crise de mediação. Mas o jornalista não é mais o mediador privilegiado, o “gatekeeper”, o guardião do que é ou não é notícia, do que é ou não noticiável. As corporações de mídia e o jornalismo nunca foram tão questionados e buscam manter de pé uma mística da excepcionalidade da atividade jornalística. Com ou sem formação especializada, a mídia somos nós. O que não acaba com a necessidade de formação, mas a estende para toda a sociedade. Ojornalismo é importante demais para ficar na mão de corporações, cartórios e especialistas.

A sra. começou afirmando que vê um retrocesso e uma quase tragédia…

É uma quase tragédia porque acredito que o paradigma das redes, do midialivrismo, do jornalismo-cidadão, a comunicação pós-mídias digitais, os estudantes, professores, ativistas e teóricos que lutam por uma formação desengessada, todos eles vão canibalizar as diretrizes (do CNE) e subvertê-las. Pode ter retrocesso, mas não tem volta. As novas diretrizes são fruto de uma disputa por poder de um grupo de professores e especialistas a quemchamo de “as viúvas de Gutemberg”, extremamente corporativos e que funcionam no campo da Comunicação como a “vanguarda da retaguarda”, para sermos gentis. O que está em curso é a tentativa de manter uma excepcionalidade para a atividade jornalística e também uma manobra para a volta da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão, que foi derrubado em 2009 e até agora não fez a menor falta.

A sra.é contra o diploma de jornalista?

Sempre fui contra. O fim da obrigatoriedade não acabou com os cursos de Comunicação, nem diminuiu a busca pela habilitação em Jornalismo, campos que nunca foram tão valorizados. Os jornais sempre burlaram a exigência de diploma pagando muitas vezes os maiores salários aos não-jornalistas, cronistas, articulistas, vindos de diferentes campos. As universidades não precisam formar os “peões” diplomados, mas jovens capazes de exercer sua autonomia, liberdade e singularidade, dentro e fora das corporações. Não precisamos de profissionais “para o mercado”, mas capazes de “criar” novos mercados, jornalismo público, pós-corporações, produção colaborativa em rede.

O mais importante nenhuma entidade corporativa defendeu nem pensou: uma seguridade nova para os freelancers, os precários, aqueles que não têm e nunca terão carteira assinada. Essas são as novas lutas no capitalismo.Aideia de que para ter direitos é preciso se “assujeitar” a uma relação de patrão-empregado, de “assalariamento”, é francamente conservadora.

Sem a obrigatoriedade do diploma, qual o sentido de um jovem ingressar em uma faculdade de Comunicação?

O capitalismo, as revoluções dentro do capitalismo e as ações anti-capitalistas, a publicidade, a economia imaterial, tudo isso depende desse domínio midiático e da posse dessas linguagens. O capital já entendeu isso faz tempo. E se quisermos pensar jornalismo público, jornalismo do comum, a produção de um midiativismo capaz de ativar os desejos por mudanças sociais, tudo isso passa por um outro tipo de formação. A comunicação é central na sociedade de redes. Se o capitalismo é comunicacional, a revolução terá que ser também midiática. É um campo fascinante, que não para de mobilizar os jovens.

Há duas décadas, a sra. iniciou sua vida acadêmica. Já formoucentenas de jornalistas que estão no mercado. Eles estão cumprindo seu papel social?

A Escola de Comunicação da UFRJ formou e forma desde a Fátima Bernardes, que até pouco tempo atrás dividia a bancada do Jornal Nacional com William Bonner, até o Rafucko, que acabou de lançar um vídeo com mais de 800 mil visualizações. Esse vídeo desconstruía, criticava e escrachava um editorial da Globo sobre as manifestações e a liberdade de expressão. Formamos a elite que reproduz o poder e os que lutam por mudanças radicais e se arriscam e inovam. Essa disputa é feita dentro da universidade.Somos criticados por formarmos editorialistas, jornalistas que colocam sua inteligência a serviço do capital ou nos entretendo com perfumaria. E, ao mesmo tempo, um blog da Veja, me acusou de ser uma “blackblocteacher”, de formadora de blackblocs e ativistas radicais, em um texto ressentido e equivocado, mas que não deixa de ser um elogio.

Quais são as implicações do surgimento da chamada nova classe média do ponto de vista comunicacional?

As periferias são laboratórios de mundos e a riqueza do Brasil. Não mais os pobres assujeitados e excluídos de certo imaginário e discurso, mas uma ciberperiferia, a riqueza da pobreza (disputada pela Nike, pela Globo, pelo Estado) que transforma as favelas, quilombos urbanos conectados, em laboratórios de produção subjetiva. A carne negra das favelas, os corpos potentes e desejantes, a cooperação sem mando, inventando espaços e tempos outros (na rua, nos bailes, lanhouses e lajes), estão sujeitos a todos os tipos de apropriação.É que as favelas e periferias são o maior capital nas bolsas de valores simbólicas do país, pois converteram as forças hostis máximas (pobreza, violência, Estado de exceção) em processo de criação e invenção cultural.Além disso, o midialivrismo ganha força na periferias, em projetos como a ESPOCC, Escola Popular de Comunicação Crítica da Maré, Viva Favela, Agência Redes Para a Juventude, que formam comunicadores populares e midiativistas.

Isso tudo é muito novo no Brasil.

O Rio de Janeiro serve de exemplo. É um termômetro da difícil e paradoxal tarefa de calibrar essa euforia pós-Lula, do presidente Macunaíma que turbinou a periferia, e os retrocessos no governo Dilma, que trouxe os “gestores de subjetividade”, que revertem e monetizam a potência das favelas e periferias para o turismo, corporações, bancos e para o consumo.O que vemos na publicidade das UPPs, da Copa do Mundo e dos shoppings é o que chamo de inclusão visual dos jovens negros ou da cultura da periferia. Mas os mesmos jovens são mortos pela polícia como elementos “suspeitos” nas favelas ou impedidos de entrar nos shoppings para dar um rolezinho.

A ascensão social de jovens das periferias tem deixado parte da sociedade em transe. Eles estão no centro da profunda transformação social…

Aí vem a reação da Casa Grande, e a mídia em geral amplifica esse discurso, colocando travas e controle na mobilidade urbana e no direito de ir e vir da juventude popular. A juventude negra e periférica vira uma “classe ameaçadora”, que não é bem-vinda nos espaços de consumo da classe média branca. Ao estado de exceção e à violência contra os pobres se acrescenta uma polícia que reprime o funk e osrolezinhos. Essa incapacidade de entender as novas formas de sociabilidade e mobilidade dos jovens traz à cena o velho horror das classes populares e o apartheid racial, social e cultural.A ascensão social expôs a crise das cidades, a privatização dos espaços públicos e o desinvestimento nos equipamentos de lazer. O esquema de segurança dos shoppings, revistando e controlando os pobres, é a ostentação do fracasso do Estado e da sociedade na partilha da cidade.

As maiores publicações do país, como Veja, Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, TV Globo, vieram a público explicitar seus critérios editoriais. Trata-se de uma resposta às inúmeras críticas que a imprensa vem recebendo da população?

A mídia no Brasil parece querer substituir o Estado de direito, se vê como braço do Estado, podendo, inclusive, colocá-lo em crisea qualquer momento. Negocia denúncias, pessimismo e otimismo, reputações.Mal disfarça a editorialização dos fatos. Mas o mais preocupante é quando infundem o medo das ruas, da política, dos pobres, da juventude, da “esquerda”. Interferem e direcionam fatos e investigações, produzem histeria coletiva e ódio a grupos e movimentos sociais inteiros. Ao mesmo tempo são espaços de controvérsias e disputas necessárias e estratégicas, por isso repito sempre, critica a mídia? Odeia a mídia? Torne-se mídia!

A morte do cinegrafista Santiago Andrade e a posterior perseguição de parte da imprensa aos blackblocs são um sintoma de um discurso midiático perdido ou, ao contrário, posicionado estrategicamente?

Já vimos essa historia da construção de inimigos: os comunistas, os subversivos, maconheiros e agora os blackblocs, a ameaça que vai destruir a democracia, a Copa, a moral e os bons costumes. É redutor demais. Vidas são demolidas nesse jogo de demonização, como vimos na repressão brutal da polícia aos manifestantes, nas prisões arbitrárias e mortes, nas capas sensacionalistas da Veja e primeiras páginas e editoriais de jornais e televisões.O nível de manipulação dos fatos foi grosseiro depois da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes. A lei que tipifica terrorismo, que querem votar a toque de caixa, e a pauta do medo buscam esvaziar e mudar foco das justas reivindicações para o comportamento dos manifestantes. E a mídia vem legitimando a desproporcional repressão policial, pouco questionada nos noticiários corporativos.Temos uma polarização das ruas contra a associação Mídia-Estado-Polícia, um confronto que produz avanços e retrocessos.

A Mídia Ninja, que podemos chamar de filha pródiga do movimento Fora do Eixo, nasceu e ganhou muita evidência durante as manifestações de junho de 2013. A sra. vê a Mídia Ninja e suas derivações como o futuro da comunicação?

Um dos efeitos dos protestos de 2013 no Brasil foi a explosão das ações midiativistas. A Mídia Ninja fez essa disputa de forma admirável, amplificando a potência da multidão nas ruas. Ela passou a pautar a mídia corporativa e os telejornais ao filmar e obter as imagens do enfrentamento dos manifestantes com a polícia, a brutalidade e o regime de exceção. O papel dos midialivristas e dos coletivos e redes de mídias autônomas não pode ser reduzido ao campo do jornalismo, mas aponta para um novo fenômeno de participação social e de midiativismo (que usa diferentes linguagens, escrachos, vídeos, memes, para mobilizar). A cobertura colaborativa obtém picos demilhares de pessoas online, algo inédito para uma mídia independente. Nesse sentindo a comunicação é a própria forma de mobilização.

E o Fora do Eixo?

O Fora do Eixo é um laboratório de experiências culturais e de invenção de tecnologias sociais radicais, que conseguiu transformar precariedade em autonomia. Ele inventou uma forma de viver coletiva e restituir o tempo que o capital nos rouba de uma forma que me toca e mobiliza. As causas políticas que defendem são as minhas e as de muitos: mídia livre, governança, democracia direta, combate a desigualdade e aos preconceitos, defesa da vida, potencialização da autonomia, da liberdade, economia colaborativa, invenção de mundos.

O Fora do Eixo possibilita que jovens dispensem empregos “escravos” ou precários na mídia tradicional, em produtoras comerciais, agências de publicidade, ou qualquer emprego fordista, e passem a inventar a sua própria ocupação. Conheço o Fora do Eixo desde 2011. Na prática,são uma rede de mais de mil jovens que revertem seu tempo e vida para um projeto comum com um caixa coletivo único que paga comida, roupa e casa coletiva, sem salário individual e um projeto comum. Eles não têm medo de dialogar com os poderes instituídos, ao contrário de um certo discurso midiático que procura criar um grande horror à política, que só afasta os jovens e muitos de nós das disputas.

E isso tem muito a ver com as suas pesquisas não se intimidam em enxergar novos dispositivos, conceitos e instrumentais, redes sociais. Qual é a resposta que a sra.procura?

Antes de tudo, viver e lutar por uma vida não fascista,no sentido colocado por Michel Foucault, de lutar contra o “fascismo que nos faz amar o poder, desejar esta coisa que nos domina e nos explora”. Quero experimentar uma vida menos “normopata”, uma erótica do contato que restitua o prazer de vivermos juntos.Sou fascinada pelos dispositivos e a forma como coevoluímos com eles, reinventando o social, produzindo novos prazeres e angústias, sem deixar de perceber como também expropriam o nosso tempo, nossa libido, nossa energia e nos colocam para trabalhar num novo regime de exploração da vida, brutal.

Tudo isso está provocando uma mutação antropológica. Acompanho e vivo de dentro esses atravessamentos.Recuso transformar os conceitos em juízes das experiências, o intelectual “justiceiro” que se vê ao largo, acima, distante dos fenômenos que analisa e estuda. Não tenho mais objetos de estudo, mas parceiros que me estimulam. Fiz a passagem para o que chamo deteoriativismo ou o tédio da erudição. No que faço está implicado todo o meu corpo e a minha vida. Como diria Nietzsche, ignoro o que sejam problemas puramente intelectuais.

Não lhe preocupa a difusão generalizada de manifestações rancorosas, preconceituosas, de baixíssima qualidade nas redes sociais?

As redes sociais têm tudo o que a sociedade tem: discursos de ódio, racismo, preconceito, desinformação, mas trazem a possibilidade veloz e massiva de combate e de embate. Não vejo os jornais e a mídia supereditorializada como “mais qualificada”. Ao contrário, um erro, uma distorção de análise, a manipulação de fatos, o sensacionalismo são questionados nas redes e não nas redações… Se esse novo ambiente produz venenos, ele cria com a mesma velocidade os anticorpos.

Há pouco, a sra. tangenciou o tema da Copa do Mundo no Brasil. Qual a sua opinião sobre esse tema? #NãoVaiTerCopa é algo a ser defendido?

O #NãoVaiTerCopadeixa irada a direita, a esquerda clássica e o governo ao seu simples enunciado. Eles e a mídia corporativa vão errar de novo, como erraram feio no inicio das manifestações em junho de 2013, com a histeria repressora e condenatória. O #NãoVaiTerCopaalarga o campo da democracia ao explicitar o dissenso, ao arriscar pensar diante de um fato consumado e de um processo que colocou os interesses empresariais, lobbystas e midiáticos acima dos direitos básicos. Vai ter Copa sim, mas não vai ter a Copa sonhada pela polícia de ordenamento e pelo ufanismo e desenvolvimentismo ultrapassado.

Os “idiotas da objetividade”, como dizia Nelson Rodrigues, são os que não conseguem ver que pós-junho de 2013 o Brasil provou que não existe incompatibilidade entre torcer pelo Brasil no futebol e fazer política. Ou seja,Vai Ter Copa e Não Vai Ter Copa. Particularmente vou torcer e participar para que ocorram manifestações e vou torcer pelo Brasil em campo. Essa é uma das formas de consolidar e aprofundar a jovem e provocativa democracia brasileira.

Tivemos um beijo gay numa novela global, casamento entre homossexuais é defendido abertamente por jornais, novas formações familiares passaram a ser aceitas. Já podemos comemorar ou ainda falta muito para termos uma sociedade mais tolerante?

O beijo gay na novela global faz parte das expressões da luta por direitos e narrativas afetivas novas. Em terra de Marco Feliciano, o beijo gay é político, é “fashion”, mas ainda estamos muito aquém de uma cultura não homofóbica, não racista, menos patriarcal e machista, ou que aceite a autonomia e liberdade das mulheres.O gay família, a lésbica fashion, o traveco amigo, os homens, as mulheres, os jovens, só têm um destino: o amor romântico em casal. Tabu é ter um relacionamento livre e autônomo.Está faltando um Nelson Rodrigues, mas um Lars von Trier também serviria, para fazer a narrativa dos novos tempos e nos atualizar de nós mesmos.

A sra. citou a necessidade de uma sociedade menos patriarcal e machista. A mulher continua tendo muito mais obrigações do que direitos.

Os homens continuam em pânico com a autonomia das mulheres. Um dia sexo vai ser considerado modalidade esportiva e prostituição (masculina e feminina), serviço e profissão de utilidade pública. Essa era uma das causas da Gabriela Leite, mulher e ativista admirável que criou a ONGDavida e a grife Daspu e morreu aos 62 anos. Moça de classe média que escolheu ser puta.O deputado Jean Wyllys apresentou no Congresso o projeto dela, que regulamenta a atividade dos profissionais do sexo. Uma causa que vale uma vida. E além dos evangélicos e cristãos ainda tem feminista que é contra regulamentar a profissão.

Tomo esse exemplo para dizer que as lutas das mulheres passam por aceitar essas diferenças. Admiro as meninas do funk que ressignificaram o feminismo nas favelas, ao fazerem a crônica sexual a quente da periferia de forma explícita, como Tati Quebra Barraco, que considero uma Leila Diniz dos novos tempos. Há os que pensam que ao se colocarem como protagonistas da cena sexual, as meninas do funk só ocupam o lugar de poder dos homens. Na verdade, é um discurso radical de autonomia e de liberdade que, vindo das mulheres, subvertendo o sentido de “cachorras” e “popozudas”, coloca o preconceito e o machismo de ponta cabeça. Vivemos um tempo difícil, mas apaixonante.

A educação no Brasil melhorou ou piorou durante a administração petista?

Melhorou e muito. Não tem comparação os investimentos que foram feitos na educação pública e nas universidades públicas no governo do PSDB e na administração do PT. Fiz concurso público e comecei a dar aulas na UFRJ no governo de FHC e foram 8 anos de sucateamento com as universidades à míngua. O governo Lula reinvestiu nasuniversidades públicas criando 14 novas universidades federais e 100 campi pelo interior do país e também investiu fortemente nas Escolas Técnicas e Institutos Federais. O programa do Reuni de reestruturação do espaço físico, expansão das vagas e criação de novos cursos foi vital para as universidades federais. Só a Escola de Comunicação ampliou em mais de 30 o número de professores por concurso público, ampliou vagas, contratou-se técnicos etc. Claro que existem problemas nessa expansão, mas foi decisiva e mudou o cenário radicalmente.

Outras duas ações decisivas foram o Prouni (que abriu 700 mil vagas para jovens nas universidades particulares) e as cotas raciais e sociais, que trouxeram novos sujeitos sociais, vindos das camadas populares, para dentro da universidade. Ao contrário dos que temiam os defensores de uma abstrata “meritocracia”, que o nível de ensino iria “cair”, que iria se “nivelar por baixo” para atender aos pobres, os cotistas surpreenderam e o que estamos vendo é o contrário. Adisputa na produção do conhecimento feita por novos sujeitos políticos. Poderia ainda falar do Enem que articulou a entrada unificada para a rede de universidades públicas. Hoje recebemos na ECO estudantes de todo o Brasil.

Sobre o ensino básico e fundamental acompanhei alguns debates e desafios enormes que precisam ser enfrentados, entre eles o fato da escola fordista e disciplinar, a “creche da tia Teteca”, o ensino sem corpo, sem desejo, sem participação dos estudantes ter se tornado obsoleto e ineficaz. O desafio de diminuir drasticamente o analfabetismo no país passa não só por mais investimento na carreira e salário dos professores, mas por uma mudança de mentalidade, não dá mais pra insistir no modelo da decoreba e do “vovô viu a uva” num contexto de ampliação de repertórios e de universalização da cultura digital, em que oralistas dominam, sem passar pelo letramento, a cultura audiovisual e digital.

A sra. votou em Dilma Rousseff? Qual a sua avaliação do primeiro governo dela?

Votei na presidenta Dilma esperando uma radicalização e aprofundamento das políticas iniciadas no governo Lula, mas o círculo virtuoso se rompeu em diferentes pontos. Tivemos retrocessos absurdos nas políticas culturais, enfraquecimento do Programa Cultura Viva, que deu protagonismo à produção dos Pontos de Cultura, vinda das bordas e periferias, retrocesso no diálogo com os movimentos sociais e culturais. O Brasil que estava na vanguarda de alguns processos, com a estabilidade econômica e emergência de novos sujeitos sociais e políticos pós-redistribuição de renda, apresenta uma reconfiguração do campo conservador, minando todo um capital simbólico e real construído.

Estou falando de projetos engavetados como a Reforma da Lei dos Direitos Autorais, os retrocessos no Marco Civil para a Internet, a Lei Geral das Comunicações, obsoleta e concentracionista, que continua intocável, o plano de barateamento e universalização da Banda Larga pífio, o retrocesso no Código Florestal, a inexistência de propostas para a legalização do aborto e legalização das drogas.

O projeto nacional-desenvolvimentista, fordista, da presidenta Dilma, que investe em automóvel, hidrelétrica, petróleo, passando por cima da maior riqueza brasileira, que é seu capital cultural, ferindo direitos, destruindo o meio-ambiente, é insustentável. O maior paradoxo do desenvolvimentismo é querer transformar a cosmovisão indígena, a produção da periferia, em “commodities”, faturar a riqueza cultural, vender as favelas e sua cultura como pitoresco, os indígenas como exóticos, a carne negra como produto desejável e fashion, mas deixar isolados e sem autonomia esses mesmos sujeitos políticos, destituídos dos seus direitos, assujeitados, ou tornados corpos dóceis.

Nesse momento, continuo filiada ao PT, partido para onde entrei em 2011, no auge da crise do Ministério da Cultura, com a nomeação catastrófica da ministra Ana de Hollanda. Entrei para criticar e disputar de dentro avanços nas políticas públicas e para discutir as novas relações de poder nas cidades, a emergência do trabalho informal e do precariado em diferentes campos, a produção social que é a nova força de transformação dentro do próprio capitalismo e para pensar a cidade e a sociedade que queremos.

O governo Dilma é sustentado hoje por uma coalizão conservadora. Então oscilo entre o hiperativismo pessimista (não vai avançar, mas vamos tensionar ao máximo) e o otimismo crítico, que vai guinar para esquerda, sob a pressão das ruas.

É com angústia que vejo o PT, partido com a maior base social do Brasil, abandonar pautas e avanços históricos. Por isso, estou no PT criticando de dentro, mas, ao mesmo tempo, faço parte do conselho do mandato do deputado Jean Wyllys, parlamentar extraordinário. E votei em Marcelo Freixo, ambos do PSOL. Acredito cada vez mais em frentes suprapartidárias em torno das pautas e questões que nos interessam e na transformação dos partidos e do Estado em redes de colaboração e num Estado-Rede, co-gerido pela sociedade.

Vejo a democracia direta e participativa como horizonte da política, mas enquanto isso, luto para que o atual sistema partidário, inclusive o governo Dilma, incorpore as pautas e questões urgentes que emergiram nas ruas. Temos que sair do infantilismo político e purista que é o compromisso atávico com o inviável, pois a governança e a democracia direta vão brotar da remediação e ruptura com o atual sistema partidário. Votando ou não votando no PT, as ruas são ingovernáveis e temos que lutar contra a financeirização da vida.


Agentes penitenciários acampados
causam pressão no governo

Categoria continua acampada até a próxima segunda-feira (09) e não descarta
a possibilidade de greve geral no Sistema Prisional do Paraná

O acampamento dos agentes penitenciários do Paraná causou pressão no governo. Após o presidente do SINDARSPEN, José Roberto Neves, protocolar o pedido de audiência com o governador Beto Richa, na presença de mais de 200 servidores e da imprensa, o chefe da Casa Civil, Reynolds Stephanie, a secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), Maria Tereza Uille Gomes, e o diretor geral da SEJU, Leonildo Grotta, receberam os representantes dos servidores.

Durante a reunião, a categoria expos a pauta de reivindicação aos membros do governo. Um dos itens em destaque para os agentes foi sobre o reajuste de 23,37%. O chefe da Casa Civil falou apenas o que a categoria já havia escutado: o governo está no limite prudencial.  Entretanto, os agentes penitenciários não vão aceitar novamente essa resposta.

“Reajuste pode ser negociado sim. No entanto, o que foi acordado deve ser cumprido! O governo já havia aprovado o índice de 23,37% no mês de abril e não vamos abrir mão. A falta de investimento no Sistema Prisional está afetando diretamente a vida do servidor e, consequentemente, aumentando o custo de vida”, afirma Neves. 

Por questões de segurança, muitos trabalhadores estão mudando seus hábitos. Vários agentes saíram do bairro e foram morar no centro em busca de mais segurança por conta das constantes ameaças; agentes transferindo os estudos dos filhos para escolas particulares; aquisição de equipamentos de segurança para uso pessoal, entre outros.

Por esses e outros motivos que os agentes penitenciários vão continuar acampados em frente ao Palácio Iguaçu. A previsão é que os servidores fiquem acampados até a próxima segunda-feira (09) para a Assembleia Geral da categoria. “Vamos aguardar o governador do estado, Beto Richa, nos receber e esperamos um posicionamento positivo sobre os 23,37%. Caso contrário, não descartamos a possibilidade de greve geral no Sistema Prisional do Paraná. Enquanto isso, os agentes vão continuar trabalhando com a operação-padrão dentro das unidades penais”, diz Neves. 

Fonte: Sindarspen


Jornal da CIC‏

 

 

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Agosto de 2013

 


Piloto da FAB é punido por levar na poltrona Urso de 2 metros de altura que Dilma ganhou de presente

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão
serrao@alertatotal.net

Um mimo gigante presenteado por empresários paulistas à Presidenta Dilma Rousseff da Silva, na semana em que a profusão de magapasseatas apavorava o governo, ajudou a alimentar uma crise na relação com as Forças Armadas. Um oficial da FAB acabou punido por ter aberto a enorme embalagem que continha um pesado urso de pelúcia, com dois metros de altura, ganho pela chefona-em-comando dos militares.

O caso do “Ursão da Dilma” alimentava ontem as piadas sérias entre oficiais generais acerca do governo. Também foi razão para muito mais tensão no Gabinete de Segurança Institucional – de onde a suposta revelação sobre o presentão pode ter vazado para os meios militares. Na Força Aérea, virou motivo de revolta, apenas porque o piloto, obrigado a levar o bichão de São Paulo até Brasília, teve a criativa ideia de desembalar o ursão para transportá-lo sentado, como um passageiro ilustre, em um dos jatos que serve à Presidência da República.

Para que pode servir um Urso de pelúcia com dois metros de altura? Embora o animalzão de pelúcia tenha o tamanho do abraço que a sociedade em protesto está dando no governo, a serventia prática de tal brinquedo para uma Presidenta da República parece nenhuma. Até para Dilma repassar o Ursão para seu netinho a coisa parece o exagero. De concreto, o presente para Dilma se transformou em um problema logístico para o GSI – que zela pela segurança da Presidenta.

Nas galhofas indiscretas de oficiais generais da ativa, rolava uma perguntinha irônica, com resposta previsível: qual seria o recheio de um ursão daquela dimensão? Ao saber da inusitada ocorrência, um militar até ensaiou uma resposta condigna: “Vai ver é brinquedo, não – como dizia a personagem de uma novela da Rede Globo”. A Ordem no Palácio do Planalto é não falar do assunto. Mas, agora, o medo é que vazem fotografias do bichão sendo transportado – o que pode alimentar a oposição e a turma das passeatas sem fim.

Também não parece brincadeira outra bomba que pode explodir na onda de desmoralização contra o governo. Um dossiê – cuja ameaça de divulgação pairava ontem sobre o Congresso – pode confirmar mais um grave vício de parte da classe política. A mania de promover orgias em festinhas de embalo, antes da tomada de importantes decisões, em Brasília.

O dossiê – que estaria nas mãos de um megaempresário transnacional – compromete, diretamente, a imagem de pelo menos 7 senadores e mais de 30 deputados federais - todos usuários diários de drogas pesadas. O caso pode revelar um obscuro tráfico de drogas no Congresso Nacional. Os políticos viciados costumam comprar e usar os entorpecentes em programas sexuais particulares e bacanais para classe A, em mansões de Brasília.

A maioria dos políticos que participam de tais orgias regadas a drogas e sexo costumam traficar mais que a costumeira influência. Nas farras, costumam ser decididos grandes negócios que rendem polpudos “mensalões”. Alguns participantes mais carentes até cometem o erro primário de se apaixonar pelas caríssimas garotas de programa que lhe servem sexualmente. No clima de paixão, bebedeira e doideira, acabam revelando o que não deveriam. Os segredos de alcova, que se transformam em recheios dos dossiês, também os torna alvo constante de extorsões.

A estranha estória do ursão presidencial e a droga dos políticos em Brasília (perdão pela redundância da expressão) são apenas alguns componentes do sério anedotário da mais grave crise institucional vivida pelo Brasil. Ainda seremos obrigados a assistir a coisas inimagináveis de agora até a sucessão presidencial em 2014...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 29 de Junho de 2013.


DILMA ROUSSEFF UMA IRONIA 

 

Os governantes e a mídia chinfrim procuram divulgar diversas teses com diferentes objetivos, para promover o conflito interno entre os grupos até então exilados pelo sistema. É preciso analisar a nossa realidade, não importa os diversos discursos alienantes, os quais não solucionam os conflitos sociais do nosso país, mas novamente silencia a voz de um "povo" que por décadas foram bestializados.

Tenho ORGULHO em dizer que sou Dilma Rousseff, é a nossa presidente, uma mulher REVOLUCIONÁRIA que LUTA pela sociedade brasileira.

A MELHOR presidente que já existiu no Brasil!

Dilma uma mulher que é contra a corrupção, agente político que REPRESENTA o “povo”.

Ela é a “senhora do programa Fome Zero”, radicando por completo a fome, miséria, desigualdade da nossa sociedade brasileira.

Quantas famílias alimentam deste projeto, os PROBLEMAS do país, já não existem mais!

A FOME é “zero”!

As rodovias federais e estaduais não têm BURACOS e todas estão SINALIZADAS.

A distribuição de renda é a MELHOR do mundo!

Os corruptos foram todos CAÇADOS pela presidente.

Você conhece a Dilma, a famosa Rousseff?

A presidente POPULISTA, o numero dela é 13.

Os professores do Brasil são gratos ao salário que é o MELHOR do mundo.

Viva a nossa Dilma Rousseff!

Uma mulher TRANSPARENTE, REVOLUCIONÁRIA e que TRABALHA para o “povo”.

Não podemos deixar de pautar a área da saúde (SUS - Sistema Único de Saúde), que é considerado uma das MELHORES do mundo!

O que SERIA do “povo” brasileiro sem a presidente Dilma Rousseff?

Existe um Brasil ANTES e DEPOIS da nossa presidente Dilma.

Você já OUVIU falar da bendita Dilma?

Da Rousseff, aquela que SALVOU o Brasil!

Dilma é GENTE da gente!

Uma líder que VALORIZA os professores, a educação de primeiro mundo no Brasil.

Dilma a BARONESA do Brasil.

A líder PREOCUPADA com a saúde, educação, trabalho, economia, justiça, a “DITADORA” de uma organização igualitária no Brasil.

O que SERIA do “povo” Brasileiro sem a famosa Dilma Rousseff?

O nosso VOTO é seu Dilma!

“Coragem Brasil, coragem, porque isto pode ser apenas o começo de algo grandioso!”

Que país é este? Em nome da “ordem e do progresso” gritemos por uma nação igualitária, humanitária; por um Brasil, rico e sem miséria.

Desperta Brasil, eliminemos a alienação, vamos a luta, pelos os nossos direitos, pagamos e temos o direto de ter acesso a educação, saúde, saneamento básico etc. Enquanto, não desmistificarmos a visão que no Brasil tudo acaba em futebol, carnaval e mulher bonita, as nossas crianças designadas pelos os órgãos governamentais como a esperança de um futuro melhor; continuaram fazendo parte de uma grande maioria que estão presente nos gráficos de índice de analfabetismo, de usuários de drogas, de mortes causadas pelo tráfico, pelo crime, pela bestialização social; junto com eles se esvai a esperança de um Brasil para todos os brasileiros.

 

Dhiogo José Caetano Professor, escritor e jornalista 

Comendador da Academia de Letras de Goiás.  Senador da FEBACLA Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes 

Membro das Academias:  ALB (Brasil/Suíça), ACLAC (RJ),  ACLA (MG), CACL (ES), ARTPOP(RJ) e OsConfradesdaPoesia (Portugal)


Brasil volta a ser um dos 10 países mais perigosos para jornalistas

O Brasil caiu uma posição no ranking de Impunidade do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) e entrou para o grupo dos dez países mais perigosos para jornalistas. O cálculo leva em consideração o número de casos de morte de jornalistas por conta da profissão que não foram solucionados entre 1º de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de 2012 e o total da população.

O país chegou a sair da lista da CPJ em 2010, mas voltou após o crescente número de assassinatos de jornalistas e blogueiros no interior do país sem registro de nenhuma nova condenação desde então.O país ocupa agora a 10ª posição no índice, uma piora em relação ao ano passado, quando ocupava a 11ª posição.

De acordo com a consultora da Abraji, Veridiana Sedeh, o envolvimento de autoridades nos assassinatos agrava a situação."Policiais e membros do poder judiciário, especialmente em cidades pequenas, são altamente vulneráveis à pressão de poderosos grupos locais", disse. "Há ainda casos em que as próprias autoridades policiais cometem os crimes e, posteriormente, dificultam a investigação."

É o caso das execuções dos jornalistas Rodrigo Neto e Walgney Carvalho no Vale do Aço, ocorridas em março e abril deste ano. Os dois foram assassinados em circunstâncias semelhantes após uma série de ameaças sofridas por Neto, que era repórter policial na Rádio Vanguarda. Até o momento, cinco policiais, quatro civis e um militar, foram presos provisoriamente em meio as investigações.

Atualmente o país conta com nove casos não solucionados, de acordo com o CPJ. Quatro jornalistas foram assassinados em 2012, o maior número de casos anual visto em uma década. Três das quatro vítimas trabalhavam em publicações digitais. Entre elas, está o editor Mario Randolfo Marques Lopes, que havia coberto incisivamente casos de corrupção no Rio de Janeiro e a má conduta policial.

Fonte: http://www.abraji.org.br


Tortura de 52 presos no Espírito Santo: organizações cobram ações concretas

Homens dizem que foram obrigados a passa 2 horas, sentados, nus, em piso fervendo. Fotos mostram queimaduras graves

Conectas recebeu na semana passada a grave denúncia de que 52 detentos da Penitenciária Estadual de Vila Velha III (PEVV III) foram obrigados a sentar, nus, durante duas horas - das 12h às 14h -, sobre o piso de uma quadra escaldante. Fotos recebidas pela organização mostram três deles com queimaduras extensivas de terceiro grau nas nádegas. De acordo com a denúncia, o fato ocorreu no dia 2 de janeiro, mas os presos foram mantidos sem contato com seus advogados, médicos ou familiares até o dia 10.

Conectas – que em 2010 denunciou na ONU a prisão de pessoas em contêineres, além de assassinato de presos e esquartejamento de corpos no sistema prisional capixaba – uniu-se agora à Nota Pública abaixo, que denuncia o ocorrido em janeiro em Vila Velha e lamenta que fatos como esse voltem a acontecer num Estado tão marcado pelas violações dos direitos humanos em presídios.

“Precisamos ir além das denúncias. É preciso que cada órgão público responsável, desde o governo capixaba ao governo federal, se encarregue de tomar medidas efetivas para que os culpados por esse e outros episódios de tortura sejam exemplarmente responsabilizados. Não é possível que estejamos periodicamente fazendo denúncias sobre um contexto que simplesmente não apresenta melhoras substantivas”, questionou Lucia Nader, diretora executiva da Conectas.


NOTA PÚBLICA

As entidades signatárias vem a público manifestar repúdio aos fatos ocorridos na Penitenciária Estadual de Vila Velha III (PEVV III), onde 52 apenados sofreram lesões corporais graves decorrentes da permanência durante horas, sentados no piso de cimento quente da quadra de esportes da citada unidade prisional. O fato desses presos terem relatado que ficaram, após terem submetido a tortura, por uma semana em isolamento, sem receber assistência médica e sem contato com seus advogados, ou defensores, e com as suas famílias torna a situação ainda mais grave.

Essa indignação se firma no artigo 1º da Constituição Federal de 1988, segundo o qual a República Federativa do Brasil tem como fundamento a dignidade da pessoa humana, assegurando-se a todos a proteção contra a tortura e o tratamento desumano e degradante (art. 5º, inciso III) e contra a aplicação de penas cruéis (art. 5º, inciso XLVII).

O Estado deve proporcionar ao apenado o cumprimento de sua pena privativa de liberdade com o devido respeito e zelo à dignidade da sua pessoa e, episódios como esse, somente evidenciam a ineficácia do próprio Estado, face à falência de sua política penitenciária.

É necessária a rápida e eficiente apuração de tais fatos, para que episódios semelhantes sejam evitados, bem como os seus responsáveis sejam devidamente e adequadamente responsabilizados.

Esperamos que os órgãos públicos, a começar pelo Governador do Estado, mas também o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Polícia, o Conselho Nacional de Justiça, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, o Poder Judiciário, a Secretaria de Justiça do Estado conduzam as investigações e os procedimentos cabíveis de modo transparente, ágil, eficiente e isento. Que essas condutas não variem em função da repercussão pública do caso, e que todas as denúncias de tortura e maus tratos sejam consideradas graves e recebam respostas enérgicas do poder público. Sendo assim, esperamos que todos atuem no sentido de colocar um fim nas práticas de tortura no Estado do Espírito Santo e que suas ações sejam efetivas nesse sentido.

Vitória-ES, 16 de Janeiro de 2013.

Conselho Estadual dos Direitos Humanos
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH/ES
Conectas Direitos Humanos
Justiça Global
Coletivo Fazendo Direito
Centro de Apoio aos Direitos Humanos – CADH
Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra
Centro de Defesa dos Direitos Humanos D. Tomás Balduíno
Centro de Defesa dos Direitos Humanos Pedro Reis
Fórum Estadual de Juventude Negra – FEJUNES
CJP - Comissao Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitoria ES

Fonte: http://www.conectas.org


Conectas e ONGs parceiras pedem reunião com Alckmin e cobram solução de problemas 'medievais' em presídios

Tortura, maus tratos e encarceramento em massa estão entre 10 pontos
que precisam ser resolvidos com urgência

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu hoje um pedido urgente de reunião enviado por um grupo de três organizações de direitos humanos que trabalham diretamente com o sistema prisional no Brasil.

O grupo considera o governador responsável por adotar as medidas cabíveis para reverter a realidade medieval dos presídios de São Paulo - Estado onde estão cerca de 40% dos presos do País, e onde a população carcerária dobrou de 2001 até 2012.

"Todas as instâncias do governo estadual devem abrir com urgência canais de comunicação com a sociedade civil, adotando como norma uma postura mais transparente e pró-ativa que possibilite a prestação regular de contas sobre as violações a direitos no sistema penitenciário paulista, o atual recrudescimento da violência e a relação entre eles", diz a carta, assinada por Conectas, IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) e ARP (Associação pela Reforma Prisional).

No dia 27 de novembro Conectas havia entregue à Câmara Federal, em Brasília, durante o seminário "Avaliações e propostas para o sistema penitenciário", um documento com 10 passos para resolver as violaçõe de direitos humanos que tornam o sistema penitenciário brasileiro 'medieval', como reconheceu o próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

"Nunca se prendeu tanto no estado quanto agora em São Paulo. Segundo a própria Secretaria de Administração Penitenciária, somente no exercício de 2011 o aumento foi na ordem de 9.504 presos em relação ao ano anterior. Só nos primeiros quatro meses de 2012, a população carcerária aumentou em mais 8.185 pessoas", disse Rafael Custódio, coordenador de Justiça da Conectas.

"Os altíssimos índices de encarceramento do país, bem como as condições de reclusão em geral, têm evidenciado, à prova de qualquer argumento em contrário, que o Estado está longe de alcançar, ainda que timidamente, um de seus fundamentos previstos na Constituição federal de 1988: a dignidade da pessoa humana", completou.

O documento com os 10 passos - mencionado na carta entregue a Alckmin - diz ainda que "com uma população carcerária que não para de crescer e com a inegável omissão estatal e falta de controle social do sistema penitenciário, são rotineiros dentro das unidades prisionais os casos de tortura e violência, de extorsão e corrupção dos agentes do Estado, aumento do poder exercido pelas facções criminosas, precariedade da assistência médica, entre outras graves violações de direitos humanos."

Fonte: http://www.conectas.org


Faltam itens de higiene nas prisões brasileiras

Absorvente íntimo, papel higiênico, pasta de dente e preservativo estão entre itens insuficientes. Organizações discutem ações em Audiência Pública

O quadro não é novo. Já é sabido que muitas prisões não disponibilizam todos os produtos básicos e itens de higiene para os presos. Há anos, por exemplo, sabe-se que mulheres presas que não tem familiares que possam disponibilizar o produto, passam o mês acumulando miolo de pão para improvisar absorventes durante o período menstrual. O governo federal confirmou tal prática em relatório interministerial, publicado em 2007, e a descreveu como “um frontal desrespeito ao preceituado na Lei de Execução Penal”.

Cinco anos depois, relatos similares e dados alarmantes foram apresentados em Audiência Pública realizada ontem (22/11) em São Paulo pela Defensoria Pública do Estado, por meio do Núcleo Especializado de Situação Carcerária.  

Os dados apresentados pela Defensoria Pública durante a audiência mostram, por exemplo, que nos Centros de Ressocialização de Rio Claro Feminino, Itapetininga Feminino e Sumaré Feminino não há registro de compra de absorventes. Em diversos presídios, o Estado sequer fornece roupa íntima para as presas. Faltam também lençóis, meias, toalha e cobertores, entre outros itens básicos de vestuário.

“Infelizmente, faltam produtos básicos e materiais de higiene nas prisões de São Paulo. A situação é ainda mais drástica no caso das mulheres, pois as prisões são locais pensados por homens, para abrigar homens", diz Lucia Nader, diretora executiva da Conectas. Muitas mulheres presas dependem, assim, de doações feitas pela igreja ou ajuda de familiares, que, muitas vezes, acabam assumindo uma parcela de gastos muito maior que a do Estado nos custos com assistência material às pessoas encarceradas.

Conectas, que atua há anos no sistema prisional paulista e esteve presente na audiência pública, lembra que a responsabilidade pelo fornecimento de produtos básicos e condições prisionais recai primariamente sobre o governo estadual. "Os dados e os relatos que ouvimos durante a audiência reforçam o quanto o governo de São Paulo é negligente em relação à dignidade e à saúde das mulheres presas", conclui Lucia Nader.

Diagnóstico

No Brasil, 66% das mulheres presas estão nessa condição por crimes que se relacionam diretamente a sua vulnerabilidade social, como crimes patrimoniais e de entorpecentes; há apenas 16 médicos ginecologistas para atender todo o sistema prisional feminino do país, de acordo com dados do Infopen.

No Estado de São Paulo, são 2 ginecologistas, que exercem jornada semanal de 20 horas, e supostamente atendem todas as cerca de 9 mil presas do estado. Além disso, as prisões apresentam-se como locais totalmente inadequados à gestante e ao seu filho recém-nascido. Além disso, foram denunciados e documentos partos de mulheres algemadas. 

Por fim, enquanto, muitas vezes, os homens podem receber visitas íntimas livremente, as mulheres precisam provar que têm uma 'relação estável' com o visitante.

Fonte: http://www.conectas.org


S.O.S. Litoral

João Carlos da Costa

Nosso Estado é um dos mais belos do País. Possui belezas naturais inexploradas e de grande atração turística. Desde a mais famosa, como as Cataratas, em Foz do Iguaçu até as estâncias hidrominerais, termas, hotéis fazendas, cachoeiras maravilhosas em quase todas as regiões, além das festas tradicionais, que são atrativos à parte.

O potencial turístico do Paraná é muito grande, mas carece de mais investimentos e melhor atenção por parte dos entes estatais, principalmente quanto à infra-estrutura, projetos de urbanismos e planejamentos estratégicos de escoamento de tráfego.

O litoral paranaense, sazonalmente e especialmente no período de Carnaval, feriadões e temporada de férias, entre o final e início de cada ano triplica a sua população devido a afluência de pessoas provenientes da Capital e Interior do Estado. Todo esse povo, veranistas ou freqüentadores ocasionais lotam as rodovias em direção às praias, onde buscam o descanso e o lazer. Os acessos são realizados pela Rodovia 277, que começa em Paranaguá e termina em Foz do Iguaçu, cujo pedágio, um dos mais caros do Brasil é causa de muitas polêmicas, apesar da boa manutenção prestada pelas concessionárias e pela Estrada da Graciosa, bastante sinuosa, mas que possui uma paisagem maravilhosa, que são um colírio para os olhos de qualquer visitante , apesar da dificuldade de tráfego, pois há trechos que permitem a passagem de um único veículo, mas vale à pena.

Ao pé da serra, as oportunidades para conhecer as bucólicas cidades de Antonina, Morretes e Guaraqueçaba, com as suas culturas caiçaras, as reservas ecológicas da Mata Atlântica e de Superagui e o jeito interiorano de ser e Paranaguá, a mais antiga cidade do nosso Estado, que cultiva sua formosura como berço da colonização paranaense. A Ilha do Mel, conhecida pelos seus encantos e as praias de Matinhos, Caiobá e Guaratuba e seus balneários, com aproximadamente 8,5 km de extensão, são das mais belas do litoral brasileiro.

Todas essas maravilhas são, com todo mérito, cantadas em prosas e versos de poetas de outrora e de cantores contemporâneos. Tornam-se música e poesias fáceis, principalmente porque nós, paranaenses, somos privilegiados de podermos apreciar de perto esse presente que Deus nos deu.

Ao acaso

Mas, como nem tudo é alegria, o encanto se perde quando deparamos com o descaso a que está relegada a nossa orla litorânea. Não existem critérios para preservação do patrimônio natural, nem ações objetivas para melhorar a infra-estrutura dessa região. Os municípios que fazem parte do nosso litoral estão em situações estruturais bastante calamitosas. A começar pelas estradas que ligam aos balneários, quase todas possuem pista única e são desprovidas de acostamento e o deslocamento de uma localidade a outra, embora com curtas distâncias tornam-se demorados e, sem passarelas, dificultam a transposição de pedestres, um lado a outro das localidades, já que a maioria desses balneários é dividida por rodovias.

As cidades mais movimentadas dessa região não têm um planejamento que contemple urbanismo e sustentabilidade suficientes que dêem suporte à população flutuante que desce ocasionalmente ao Litoral. Basta circular por qualquer uma dessas cidades ou praias para ver que inexistem necessidades básicas, segurança, calçamento decente, banheiros públicos, farmácias, postos de saúde que atendam a contento ou hospitais para atendimento público emergencial ou com especialistas. Faltam profissionais que prestem informações turísticas ou que interajam com veranistas para incentivar as atividades de cultura e lazer. Alguns desses problemas somente são sanados , paliativamente, com o advento da Operação Verão, realizada no período de temporada, que une diversos entes estatais e municipais, e quando termina tudo volta ao normal.

Essas necessidades estão fazendo com que haja a evasão – é incrível a quantidade de imóveis à beira-mar que estão sendo colocados à venda ou à disposição para alugar - e migração. Muitos veranistas famosos, que inclusive possuem propriedades nas praias do Paraná estão migrando para praias de Santa Catarina ou dando preferência a outros Estados.

Deixar que a decadência e o descaso tomem conta de um dos nossos maiores bens naturais e culturais que é o nosso litoral é um crime impagável. Fica o alerta para nossas autoridades estadual, municipais e a sociedade civil em geral para que unam forças, criem e incentivem e reativem projetos como o da construção de uma ponte que ligue Caiobá a Guaratuba e tirem de circulação um ferryboat, que há muito tempo tem sido alvo de denúncias, cuja concessionária somente agora está tomando providências para a sua manutenção por imposição do poder público. Muita coisa precisa ser feita para evitar o pior. Salvemos o nosso Litoral!

João Carlos da Costa 
Bel. Químico, Bel. Direito, Professor e Policial Civil. Contatos: João_22@terra.com.br, F. 9967-3295.


SC reforça policiamento para enfrentar ataques de criminosos

O governo de Santa Catarina decidiu reforçar o policiamento em áreas identificadas como possíveis alvos de atentados na nova onda de violência, que registra 13 ocorrências desde quarta-feira (30), com ataques a unidades policiais e sete ônibus incendiados.

Duas pessoas foram detidas e o Comando Geral da Polícia Militar ativou a sala de situação para mobilizar efetivos em todo o Estado com mais rapidez.

Em Florianópolis, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nazareno Marcineiro, disse que a corporação irá fazer a escolta dos ônibus para impedir novos ataques e que unidades como batalhões de Bope (Operações Especiais), Cavalaria, Batalhão de Choque e Canil estão de prontidão para agir quando necessário.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, os ataques são uma resposta dos criminosos ao recrudescimento do trabalho policial, principalmente no combate ao tráfico de drogas. Outro fator, segundo as autoridades, é o endurecimento de ações dentro do sistema prisional, como o corte de regalias, as prisões efetuadas no curso das investigações da morte da agente penitenciária Deise Alves e cumprimento da Lei de Execuções Penais.

O delegado Geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila, confirmou que há indícios de que a ordem para os novos atentados partiu de lideranças de uma facção criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional.

O diretor do Deap (Departamento de Administração Prisional), Leandro Lima, disse que a rotina do sistema não foi alterada. Ele não acredita que os ataques tenham sido praticados após a transferência de um preso do Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara para Criciúma. "Fazemos uma média de 20 transferências por dia em todo o sistema. Quero crer que não tenha sido este o motivo para a nova onda de atentados".

Lima citou um relatório que mostra que o índice de evasão de presos de Santa Catarina é o menor do país. "Apenas 4,3%, dos cerca de 1,2 mil presos que cumprem pena em São Pedro de Alcântara, não retornaram dos seus benefícios de regalia", disse o diretor.

Fonte: folha.uol.com.br


Brasil responderá perante Comissão Interamericana por abusos contra presos

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, sediada em Washington-DC, pediu ao Brasil para prestar esclarecimentos em audiência, a ocorrer no dia 01 de Novembro próximo, solicitada pela Pastoral Carcerária e pela Associação para a Prevenção da Tortura sobre violações de direitos humanos dos presos.

O Brasil tem usado sistematicamente o confinamento solitário em unidades de segurança máxima como RDD e Penitenciárias Federais para isolar presos permanentemente, levando à deterioração de sua saúde mental. Além disso, a revista vexatória e invasiva em familiares de preso continua como prática corriqueira na maioria das unidades prisionais do país. Por fim, as entidades denunciaram a tortura e a falta de medidas eficazes para coibi-la. A criação do Mecanismo Preventivo Nacional, obrigação assumida pelo Brasil perante a comunidade internacional há mais de cinco anos, permanece no papel.

Nota Patoral Carcerária – SP



Crime de Tortura não exige do réu
condição de agente público

Confira a decisão tomada por turma do Superior Tribunal de Justiça

A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação de uma babá a três anos e dois meses de reclusão por violência praticada contra duas crianças. A tortura teria sido praticada com mordidas e golpes de pau, enquanto a mãe trabalhava.
Contrariando a alegação da defesa, o ministro Sebastião Reis Junior disse que, a lei que define o crime de tortura exige apenas que o agente tenha a vítima sob sua guarda, poder ou autoridade, não especificando que o poder tenha de ser estatal. O Ministério Público havia denunciado a babá por tentativa de homicídio duplamente qualificado, mas a juíza da causa desclassificou a conduta para tortura. Em recurso do MP, o Tribunal de Justiça reconheceu a forma qualificada desse delito, mas não restaurou a denunciação original.
Para a defesa, a tortura é crime que só poderia ser praticado por funcionário público ou agente estatal. Mas o ministro Sebastião Reis Júnior divergiu. Segundo o relator, é indubitável que o ato foi praticado por quem detinha sob guarda os menores, conduta que se enquadra no tipo penal previsto no artigo 1º, inciso II, parágrafo 4º, II, da Lei 9.455/1997. Segundo o ministro, a lei não exige para o reconhecimento do crime de tortura, que o agente tenha a vítima sob sua guarda, poder ou autoridade estatal. O inciso II do parágrafo 4º prevê aumento da pena quando o crime é cometido contra criança, adolescente, gestante, portador de deficiência ou maior de 60 anos.
Quanto à classificação para a forma qualificada de tortura feita pelo TJ, a defesa afirmou que configuraria julgamento além do pedido, na medida em que o MP pretendeu apenas restaurar o homicídio tentado. Mas o relator também discordou. Para o ministro Sebastião Reis Júnior, se tivessem surgido durante o processo novas provas sobre circunstância elementar não descrita na denúncia, seria o caso de devolvê-la ao MP para aditamento. Nessa hipótese, caberia manifestação da defesa sobre a nova imputação.
Entretanto, a denúncia registrou expressamente que o crime foi cometido contra crianças de três e quatro anos. Assim, não houve imputação de fato novo, foi apenas atribuída definição jurídica diversa, com a inclusão da causa de aumento da pena, com base nos fatos já narrados na peça acusatória, circunstância que configura emendatio libelli, razão por que se afasta o alegado prejuízo advindo à defesa, concluiu.

Fonte: paraibaemqap.com.br


Vídeo: “Não haverá Copa do Mundo sem
uma greve nacional no sistema penitenciário”

Agentes querem porte de arma nacional. Lobby contrário insiste em perseguir profissionais da área. Deveriam assumir de uma vez o sistema prisional

 

O Brasil pode realizar, de fato, uma Copa do Mundo para ficar ‘marcada’ na história. Na história do sistema penitenciário.

Os trabalhadores que passam parte de suas vidas bem ao lado de criminosos os mais diversos querem o direito de porte de arma em todo território nacional. O projeto seria votado esta semana, mas a decisão foi adiada.

Há fortes indícios de que o lobby de grupos ligados a igrejas e comissões de “direitos humanos” fazendo pressão para que os agentes não sejam contemplados com essa medida.

Os agentes, por sua vez, avisam: se a proposta não for aprovada, a Copa do Mundo no Brasil poderá entrar para a história. Agora é pagar pra ver.

Temos dito repetidas vezes: se não é necessário ao agente penitenciário se proteger com uma arma (e outras formas) para ‘ressocializar’ presos, então o sistema prisional deveria ser administrado por pessoas ligadas aos “direitos humanos”, e não pelos agentes. Da forma como está NUNCA haverá ressocialização.

Fonte: paraibaemqap.com.br


JURISPRUDÊNCIA: STF RECONHECE DIREITO DE GREVE EM ESTÁGIO PROBATÓRIO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 226.966/RS

DIREITO A GREVE DURANTE O ESTADO PROBATÓRIO
SE LIGA AI "ASP NOVINHO" (VC TEM DIREITOS)

Por 3 votos a 2, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o cargo de servidor público que, durante o estágio probatório, aderiu a movimento de greve e faltou ao trabalho por mais de 30 dias. A greve ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, antes de o STF determinar a aplicação da Lei de Greve do setor privado ao serviço público. -

A tese vencedora foi a de que a falta por motivo de greve não pode gerar demissão. “A inassiduidade decorrente de greve não legitima o ato demissório”, disse o ministro Carlos Ayres Britto. Para ele, a inassiduidade que justifica a demissão “obedece a uma outra inspiração: é o servidor que não gosta de trabalhar”. -

A matéria chegou ao STF por meio de um Recurso Extraordinário (RE 226966) de autoria do governo do Rio Grande do Sul, que exonerou o servidor grevista. Este, por sua vez, voltou ao cargo por força de um mandado de segurança concedido pela Justiça estadual gaúcha. -

Trata-se de uma decisão proferida após análise de um caso concreto, ou seja, que se aplica somente “àquele” servidor que impetrou o mandado de segurança.
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POSIÇÃO DO STF:
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"“A simples circunstância de o público estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período superior a trinta dias. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas.” (RE 226.966, Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 11-11-08, 1ª Turma, DJE de 21-8-09)"

Colaborador: Ênio Carvalho enio-carvalho@hotmail.com

Fonte: http://blogapoeira.blogspot.com.br


 

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA POLÍCIA FEDERAL 

 


PF EM CURITIBA FAZ NOVAS

APREENSÕES DE DROGAS

 

 A PF em Curitiba, em ação conjunta com a Polícia Militar, realizou nesta madrugada ações que impediram a entrega de duas remessas de drogas, oriundas da fronteira com o Paraguai.

Na primeira ação, ocorrida em um posto de combustível nas imediações do Contorno Sul, em São José dos Pinhais, policiais militares e federais abordaram os dois ocupantes de um veículo, em atitude suspeita, com os quais foi encontrada uma pistola cal. 9mm com três carregadores municiados. Prosseguindo nas diligências, foi descoberta a ligação destes suspeitos com motoristas ali estacionados e uma carga de maconha oculta nos estepes de dois caminhões com placas paraguaias. Foram desmontados quatro pneus, nos quais acondicionada a quantia de 268 kg de maconha. Foram presos os quatro traficantes e conduzidos à sede regional da PF, onde apreendida a droga, os caminhões, arma e munições, celulares e dinheiro em espécie.

Em outra ação, na Estação Rodoviária de Curitiba, em fiscalização de rotina, foi realizada a prisão de uma moradora da Capital que regressava da fronteira com 623 gramas de cocaína, acondicionada em uma faixa que a mantinha presa ao corpo. Da mesma forma foi trazida à PF para autuação em flagrante e apreensão da droga.   

Comunicação Social da Polícia Federal no Estado do Paraná

Curitiba, 13 de julho de 2012

Tels. 41-3251.7809/10/13

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Homens de branco

João Carlos da Costa

No Brasil a prevenção de doenças infecto contagiosas têm sido destaque no mundo todo. Exemplo disso são as campanhas frequentes do Ministério da Saúde e outros órgãos federação em relação aos cuidados de contaminação por infecção hospitalar, as vacinações anuais contra os vírus de gripes e também as permanentes de controle da dengue. Inclusive com imposição de multas e sanções para quem descumprir regulamentos básicos de prevenção.
A Portaria n.º 2.616/98 do Ministério da Saúde regulamenta as atribuições do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à assistência de promoção, proteção e recuperação da saúde com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas”.
A Portaria também prevê, no art. 2.º “as ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares, que compõem o Programa de Controle de Infecções Hospitalares.
Um dos tópicos principais desta Portaria é a obrigatoriedade da existência nos hospitais, de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), que visa a redução máxima possível da incidência e gravidade das infecções nosocomiais. Esta Portaria traz também orientações sobre a lavagem de mãos e o uso de germicidas, possivelmente um dos tópicos mais importantes, pois se identifica essa ação como a mais importante no combate às infecções hospitalares, pois é o meio mais vulnerável ao ataque de vírus e bactéricas que são transmitidos através de contatos com as mucosas, secreções, excretas e sangue ou outros fluidos corpóreos. É um procedimento obrigatoriamente recomendável para os profissionais que mantém contatos diretos com pessoas possuidoras de doenças críticas transmissíveis ou feridas e até mesmo com instrumentos utilizados em tratamentos invasivos.
Este procedimento deve ser obrigatório a título de prevenção e é exigível tanto para as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público e privado, dentro do território nacional, envolvidas nas atividades hospitalares de assistência à saúde.
O não cumprimento das normas estabelecidas nesta Portaria sujeitarão os infratores ao processo e às penalidades previstas na Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977, com o encaminhamento dos casos ou ocorrências ao Ministério Público e órgãos de defesa do consumidor.
Embora esta Portaria já exista há mais de 10 anos, muito ainda tem que ser feito para que ela seja efetivamente aplicada  nos setores que cuidam da saúde pública ou fazem a manipulação de medicamentos e outros itens inerentes.
A desobediência por parte desses tipos de estabelecimentos e também de muitos dos  profissionais a eles relacionados é muito grande e com muita frequência, em total desrespeito com a saúde pública e principalmente com as pessoas que necessitam de cuidados.
Além dessa Portaria existem diversas regras e regulamentos, alguns implantados particularmente, que falam sobre os cuidados de higiene necessária para  preservar a saúde.
Fala-se muito no cuidado com a lavagem de mãos, esterilização de material, mas algo que chama bastante à atenção está relacionado às vestimentas.
O número de pessoas que trabalham em estabelecimentos que usam apenas um único uniforme durante um bom tempo é preocupante. Nas ruas observam-se estudantes de medicina, enfermagem ou outro curso da área de saúde, que usam uniformes indiscriminadamente como se fossem trajes de gala nas ruas, onde o índice de contaminação é muito grande. Ás vezes até mesmo para mostrar o orgulho de fazer parte de uma elite de extrema importância para a saúde pública, como é o caso dos médicos, enfermeiros, e outros.
O problema é que ao sair para as ruas com um guarda-pó, principalmente branco, que fica amarelado com o uso e vulnerável a todo tipo de vírus ou bactéria acaba se tornando uma porta de entrada para doenças infecto-contagiosas de alto grau, como o caso da aids, gripe e outras. Sob este aspecto a Portaria deixa a desejar e põe em risco  toda uma comunidade.
 O traje branco é bonito e, realmente  transmite paz e quem o veste demonstra isso com bastante orgulho por ser típicos de profissionais que cuidam do maior bem que existe, que é a vida! No entanto, o rigor deveria ser maior quanto ao uso fora do ambiente de trabalho, principalmente, pois sinaliza o respeito que essas pessoas têm que ter com o seu próximo em relação aos cuidados com  a saúde.

João Carlos da Costa

Bel. em Direito (aprovado na OAB), Bel. Químico, Professor e Escrivão de Polícia.
E-mail: joao_22@terra.com.br


Corte da OEA renova determinação para que Estado brasileiro proteja a vida de adolescentes no Espírito Santo

Corte Interamericana renova medidas provisórias em relação à UNIS até dezembro de 2012. Para a Corte “os graves atos de automutilação e tentativas de suicídio, continuam representando uma situação de extrema gravidade, urgência e de risco iminente, os quais podem afetar a vida e a integridade pessoal dos beneficiários das medidas provisórias”, o que demonstra  falha do estado brasileiro em cumprir suas determinações.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) manteve as medidas provisórias que determinam a obrigação do Estado em garantir a vida e a integridade pessoal dos adolescentes internados na Unidade de Internação Socioeducativa (Unis) – localizada no município de Cariacica, região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo. Desde fevereiro de 2011, essa é a terceira resolução emitida pela Corte da (OEA) em relação a Unis.

A primeira denúncia internacional em relação à situação da unidade foi encaminhada em 2009, após sucessivas rebeliões e homicídios de adolescentes praticados dentro do local. A denúncia foi enviada ao sistema interamericano de direitos humanos pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra (CDDH/Serra) e pela Justiça Global, em parceria com a Pastoral do Menor e apoio da Clínica Internacional de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard.

Na resolução de 26 de abril de 2012, e enviada ontem aos peticionários, a Corte informa sobre a renovação das medidas provisórias de proteção apesar do pedido do Estado de suspensão das mesmas. A Corte afirma que “persistiram denúncias sobre fatos violentos dentro da UNIS”, fazendo referência a casos recentes de torturas e demais agressões apresentados pelos peticionários por meio de relatórios. Para a Corte, esses novos casos representam uma situação de risco iminente para a vida e a integridade pessoal dos adolescentes, e ordenou que o Estado garantisse a proteção desses jovens.

No documento de 13 páginas, a Corte recorda ao Estado que “considera que o Estado deve erradicar concretamente os riscos de atentados contra a vida e a integridade pessoal dos internos, tanto em suas relações entre si como por parte dos agentes estatais e garantir que o regime disciplinar respeite seus direitos humanos”.

O Estado tem o prazo de três meses para emitir suas considerações em relação a nova Resolução da Corte, que tem validade até 31 de dezembro de 2012.

Fonte: http://global.org.br


Propinas e saúde pública

João Carlos da Costa

Este  ano  a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil propôs  como tema  para a Campanha da Fraternidade “Fraternidade e Saúde Pública”. A intenção foi alertar para os cuidados com a saúde e, ao mesmo tempo chamar à atenção dos governantes para as dificuldades e obstáculos que o setor vem enfrentando no Brasil, não só nos municípios de interior dos Estados, mas também nas grandes cidades, por falta de maior atenção dos órgãos competentes.  Enquanto isso, denúncias gravadas de atos de corrupção para  exigência de propinas na área da saúde são divulgadas pelos meios de comunicação.

Infelizmente, o que se observa é que embora nem sempre alardeados, os casos de exigências de privilégios  e favoritismos para a obtenção de lucro fácil através da administração pública  são corriqueiros e, invariavelmente, tem como agentes passivos e em algumas circunstâncias ativos, servidores públicos.

As movimentações financeiras proporcionadas pelas arrecadações ou os recursos advindos de outras fontes com a finalidade de investimentos  atraem pessoas  de má índole  da sociedade civil,  empresários que buscam facilidades nas negociações através das influências políticas e econômicas.

A ganância pelo lucro exacerbado, com combinações de percentuais, com empresas inidôneas,   em média   de 15%  de propina, conforme divulgação. É o caso das empresas  das empresas Bella Vista, Locanti, Toesa e Ruffolo, que no Rio de Janeiro, que tiveram seus responsáveis denunciados nos casos de aluguéis de ambulâncias, manutenção de veículos destinados ao combate à dengue, contratação de 30 carros por mês durante um ano, para uso oficial da Prefeitura de Duque de Caxias,  com valores superfaturados,  mas que não apareceram , mesmo tendo o presidente da Câmara Municipal daquele município afirmado que os carros foram alugados, mas os contratos foram cancelados. Porém ninguém mostrou documentos comprovando a rescisão.

 Em todos esses casos, os gestores dos recursos foram acusados de estar  recebendo “por fora” para garantir propostas apresentadas com valores de até 42% acima do previsto no mercado.  Esse esquema, pelo que se tem ouvido,  teve desvios de recursos públicos na ordem de um milhão de reais, aproximadamente e alguns gestores corruptos foram regiamente “premiados”. Este caso de denúncia não é único no Brasil. Todo dia surgem novos.

Em tudo isso, o que se vê é que  o interesse público é o que menos importa. A obtenção do lucro fácil é o principal objetivo, a qualquer custo. Sem a preocupação em saber que muitas pessoas estão morrendo em filas de hospitais por falta de leitos e de  medicamentos caros, inacessíveis para grande parte da população brasileira. Faltam profissionais especializados nos postos de saúde nas grandes capitais e muitos municípios, em pleno século XXI, ainda sem condições de prestar melhor atendimento, principalmente às pessoas carentes.  Faltam programas efetivos para combate à dengue e outros que, inclusive, reduzam a mortalidade infantil e de idosos.

Para algumas pessoas, a propina é um mal institucionalizado e tido como ética do Estado. E só vai diminuir, a partir do momento em que a sociedade começar a acompanhar mais de perto as licitações, principalmente pela internet, para punição e responsabilização de agentes corruptos.  O esforço é difícil e exige o esforço de cada cidadão, pois a corrupção só existe porque também existe o corruptor. Enquanto se  estiver  oferecendo propina para o guarda de trânsito ou policial rodoviário para que não seja emitida multa; furar fila de ônibus ou outra qualquer, como exemplos de pequenos erros cometidos quase todo dia por aqueles que mais  reclamam de corrupção e deixam de cumprir a sua parte.

É preciso rever conceitos e mudar atitudes, principalmente quando o principal objetivo é o bem-estar de toda a sociedade. O serviço público deve ser  invulnerável às facilidades de desvio de recursos, pois é sabido que ele existe, mas não tem a qualidade que se espera dele. Por isso, tudo o que for destinado a  investimentos nas necessidades básicas para a sociedade devem  estar sob a égide da ética administrativa e do respeito ao cidadão.

João Carlos da Costa

Bacharel em Direito (aprovado na OAB), Bel. Químico, Professor e Policial Civil. Contatos: João_22@terra.com.brou (41) 9967-3295.


Procurador pede prisão de Geraldo Alckmin
e Naji Nahas por crimes no Pinheirinho

O procurador do Estado de São Paulo Marcio Sotelo Felippe afirma que o governador Geraldo Alckmin, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ivan Sartori, e Naji Nahas devem ser presos pelos crimes cometidos contra a humanidade no Pinheirinho, em São José dos Campos, interior de São Paulo

Durante quinze dias, o jurista Márcio Sotero  se debruçou na documentação da área do Pinheirinho, onde foram expulsas pela tropa de choque da Polícia Militar, no dia 22 de janeiro, milhares de pessoas pobres.

A reintegração de posse foi requerida pela massa falida da Selecta, empresa do especulador Naji Nahas. Ao pesquisar toda a papelada do processo de falência o procurado do Estado fez algumas descobertas até agora não divulgadas por autoridades que tinham este conhecimento.

Márcio Sotero Felipe também é professor de Filosofia do Direito da Escola Superior da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e exerceu o cargo de Procurador Geral do Estado na gestão Mário Covas.

Abaixo, a íntegra da entrevista de Márcio Sotero Felipe à repórter Marilu Cabañas

Dr. Márcio, o que que o senhor constatou na sua pesquisa sobre a massa falida da Selecta?

M.S.F.: Constatei algumas ações que a sociedade deve saber, que as pessoas devem entender. A massa falida da Selecta a rigor hoje não é mais massa falida. Todos os créditos que eles tinham contra a massa falida já foram pagos ou satisfeitos. De que modo foram pagos ou satisfeitos? O que eu sei, pelo processo de falência, é que a própria falida, o próprio Naji Nahas comprou estes créditos. Não existem empregados para receber créditos trabalhistas. Não existe qualquer contrato privado pra ser destinado. Existem dívidas tributárias do município e da União. As dívidas tributárias, elas independem da falência, elas podem ser cobradas a parte. A falência está materialmente finda, de tal modo que existe um despacho de um juiz da falência de cinco anos atrás dizendo literalmente o seguinte a falência está finda e todo o numerário arrecadado será destinado à falida. Não à massa falida, que é outro conceito. À falida. Quem é a falida? É a empresa do senhor Naji Nahas. Ou seja, por que que isto é importante ressaltar? Porque tudo que aconteceu no Pinheirinho, toda esta tragédia, ela resulta no seguinte: beneficia apenas o maior especulador do País, um dos maiores escroques deste País que é o senhor Naji Nahas. Então a pergunta que eu quero fazer é a seguinte: O que que a máquina do Estado de São Paulo, o executivo pela Polícia Militar, o presidente do Tribunal de Justiça, que se empenhou violentamente pra isso? Por que que toda esta máquina foi movimentada pra beneficiar o falida Naji Nahas? E apenas o falido Naji Nahas. Nenhum crédito trabalhista. Nenhum credor de contrato privado. Nada! O único beneficiário desta ação é o senhor Naji Nahas. Eu quero apenas entender. Eu quero apenas fazer esta pergunta ao senhor Governador e ao Presidente do Tribunal de Justiça: Por que esta ação foi realizada desta forma? Por que ação deste porte, que beneficia apenas o senhor Naji Nahas, foi realizada violentando, brutalizando, desgraçando a vida de seis mil pessoas?

Gostaria que o senhor explicasse qual que é também a participação do síndico da massa falida? Por que ele estava presente na tentativa de acordo, pra dar quinze dias, pra não ocorrer a reintegração de posse juntamente com o juiz Luiz Beetwoven Giffoni Ferreira. E o síndico da massa falida estava presente. Então, qual seria o papel deste síndico também já que não existe praticamente a massa falida?

M.S.F.: Olha, isto tudo foge da rotina. Isto tudo foge do padrão de operação de um processo de falência. Na medida em que o síndico da massa falida, que é uma pessoa que não tem relação com a falida, ele é (pode ser) um dos credores, ou alguém nomeado livremente pelo juiz. Mas ele é o representante da massa falida, ele é quem postula pela massa falida, e não o falido que perdeu a capacidade de gerir os seus negócios. Então, ele fez um acordo, ele representa a massa falida, o acordo foi homologado. Por uma razão misteriosa, que ninguém consegue entender, o acordo é esquecido. E dois mil policiais militares fazem esta operação extraordinariamente violenta. Ou seja, há uma série de irregularidades. Eu não vou nem me estender nas irregularidades jurídicas. Havia uma determinação da justiça federal, mil coisas que caracterizam completa ilegalidade disso. No que espanta é que uma certa natureza, uma decisão judicial incondicional, com problemas processuais, em que a única pessoa que representava a massa falida, que era o síndico, tinha concordado com a desocupação (sic: decisão). Não haveria possibilidade de outra decisão. Espanta aqui que a coisa toda tenha acontecido.

Tinha concordado em dar quinze dias, não é isto?

M.S.F.: Havia um acordo em que a massa falida, o síndico da massa falida, concordava com o adiamento da desocupação por quinze dias. E este acordo foi feito na quinta feira, antes de domingo, 22 de janeiro, e no domingo, não obstante o acordo, foi feita a operação.

Este juiz que tava fazendo esta intermediação com os deputados, parlamentares, e também com o advogado e síndico da massa falida, o juiz Luiz Betwooven Giffori Ferreira, este juiz já sabia que não existia a massa falida, não é isto?

M.S.F.: Já sabia. Formalmente há ainda um processo de falência. Formalmente há ainda uma massa falida. Mas eu tenho um despacho, e isto está digitalizado em meu computador, tenho um despacho de cinco anos atrás do juiz Betwooven, Dr. Betwooven, dizendo: todos os credores da falida estão pagos, portanto tudo que for arrecadado, veja, é sim em favor da falida. Ou seja, reverte-se em favor, explicamos, reverte-se em favor do senhor Naji Nahas.

Agora com qual interesse, Dr. Márcio?

M.S.F.: Olha, Marilu, eu não tenho a resposta pra isto. Eu tenho só a minha perplexidade. Eu não vou ser leviano, inconsequente, irresponsável de fazer acusação a altas autoridades. Mas eu como cidadão tenho o direito de fazer uma pergunta. Apenas uma pergunta. Por que o senhor Governador lança a PM com aquela violência extraordinária? Por que o presidente do tribunal de justiça se empenha pessoalmente a ponto de mandar o seu principal acessor pra lá, pra uma ação com esta brutalidade, com esta selvageria, pra favorecer um único escroque? chamado Naji Nahas. É só isso que estas pessoas precisam responder para o povo do Estado de São Paulo. Eu não estou fazendo acusação nenhuma. Eu quero saber por que que a PM vai trabalhar pra Naji Nahas? Por que que presidente do Tribunal de Justiça se empenha desta maneira pra beneficiar o senhor Naji Nahas?

É como o senhor falou, se ainda existessem funcionários, empregados precisando receber os salários. Seria diferente.

M.S.F.: Perfeitamente, houve uma desinformação muito grande, Marilu. A secretária de justiça deu uma entrevista para O Estado de São Paulo, alguns dias depois dos fatos, dizendo:

- Ah, existem créditos trabalhistas que têm que ser respeitados.

Não existem! Não existem créditos trabalhistas. Não existe nenhum empregado miserável passando fome pra receber dinheiro da massa falida. Não existe nenhum credor que vendeu alguma coisa em algum momento que tenha um crédito contra a Selecta pra ser ressarcido. Não existe ninguém. É isso que eu quero ressaltar. Mentira, não é pra pagar crédito trabalhistas, não é pra pagar ninguém. Tudo isto que foi feito só tem um beneficiário, o senhor Naji Nahas.

Que inclusive é impedido de entrar em vários países, não é Dr. Márcio?

M.S.F.: Olha Marilu eu acho o seguinte, sabe? Eu acho que o que aconteceu em Pinheirinho, eu vou mais adiante do que o que você está falando. O que aconteceu no Pinheirinho é crime contra a humanidade. Crime contra a humanidade, segundo o Direito Penal Internacional, Estatuto de Roma, deve ser julgado no Tribunal Penal Internacional. Eu não vejo nenhuma diferença disto que aconteceu ao que fazia um Milesovic. Que é um réu do Tribunal Penal Internacional. Ou não é crime contra a humanidade, às cinco horas da madrugada, invadir, uma força policial armada, helicópteros, uma área onde residiam seis mil pessoas. Simplesmente jogadas no nada. Crianças. Velhos. Doentes. Seis mil pessoas. Se isto não é crime contra a humanidade. O que é crime contra a humanidade? Então, é crime contra a humanidade. Sabe o que eu acho, Marilu?

Sim?

M.S.F.: O senhor Alckmim, o senhor Naji Nahas, e o presidente do Tribunal de Justiça. Pelo princípio da jurisdição universal, eles têm que ser presos em qualquer aeroporto do mundo em que puserem os pés. É isto o Júlio (sic: Baltasar) Garzon fez, por exemplo. Julio (sic. Baltasar) Gárzon que foi punido agora injustamente, lamentavelmente. Pinochet estava em Londres, ele expediu um mandato de prisão contra Pinochet. O Tribunal Penal Internacional tem que expedir um mandato de prisão contra estas pessoas. Contra as autoridades responsáveis por este ato.

Dr. Márcio, mesmo que tivessem problemas trabalhistas, indenizações a serem pagas, mesmo assim, não se justificaria, não é mesmo, este tipo de reintegração?

M.S.F.: Não se justificaria. Absolutamente não. Você lembrou muito bem um aspecto. Em primeiro lugar, é inconstitucional. Por que que é inconstitucional? Porque existe, pela nossa Constituição, uma hierarquia de princípios. O primeiro princípio, que é fundamento da república, isto não é uma questão retórica, é um fundamento da República. Ou seja, tudo que se faz na estrutura jurídica e institucional do País deve está em função disto. Qual é este princípio? O princípio da dignidade humana. Embora existam outros princípios. O princípio da propriedade privada. A Constituição também protege. Nós temos uma Constituição pro sistema capitalista. Nossa estrutura social é capitalista. A propriedade privada é protegida. Mas nós temos uma Constituição social. Então, a propriedade tem que ter uma função social. S seis mil pessoas que estavam lá, estavam dando função social à propriedade. Segunda coisa, o princípio da dignidade humana prevalece sobre o princípio da defesa da propriedade privada. Então, estes dois aspectos fulminam, sem qualquer sombra de dúvida, a decisão da juíza de São José dos Campos. Ela é inconstitucional. Ela não é abrigada pelo nosso ordenamento jurídico. Então, muito bem lembrado, Marilu, podia ter credor trabalhista, podia ter outra espécie de credor. Seis mil pessoas não podem ser jogadas na miséria, colocadas no nada, de uma hora para outra, pra defender um, ou pra garantir um suposto, porque também há dúvidas, direito de propriedade do senhor Naji Nanas.

Exato, mesmo porque houve casos semelhantes que foram decididos de forma diferente, NE?

Márcio Sotelo.: Sim. Há muitos casos. Muitos casos. O desembargador hoje aposentado tem uma decisão clássica sobre isto. Um caso semelhante. Muito menos grave do que este. Uma área que havia pessoas residindo, que ele diz, uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, o mesmo Tribunal de Justiça de São Paulo, em que ele diz que o princípio da moradia digna, da dignidade humana prevalece sobre o da propriedade. Então, nega a reintegração de posse. Nega a desocupação das pessoas. Então, esta é a decisão constitucional.

Muito obrigada pela entrevista, ao Dr. Márcio. Um grande abraço pro senhor.

Márcio Sotelo.: Outro pra você, também. Obrigado.

Fonte: Pragmatismo Político


Presa algemada no parto é caso de "tortura", diz advogado da Pastoral Carcerária de São Paulo

São Paulo – "A ação mostra claramente o crime de tortura." A constatação é do advogado da Pastoral Carcerária, Rodolfo Valente, a respeito da maneira com que mulheres em presídios paulistas são tratadas antes e após darem à luz: algemadas pelas pernas e pelas mãos. Um vídeo divulgado pela TV Record na terça-feira (31 de janeiro) provocou polêmicas e críticas ao sistema prisional e à conduta de agentes penitenciários.

O caso aconteceu em Francisco Morato, na Grande São Paulo, com a detenta Elisângela Pereira da Silva. Depois de realizado o parto, ela foi algemada pela perna e pelo braço à cama por funcionários da Santa Casa da cidade. De acordo com Valente, esse não é o primeiro caso do tipo em presídios paulistas. Em novembro do ano passado, outras detentas já haviam relatado que nos procedimentos pré e pós parto elas também foram mantidas algemadas.

Na quinta-feira (2), a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da Presidência da República, pediu providências "imediatas" ao governo de São Paulo sobre o ocorrido. No ofício, a SPM pede rigorosa punição aos responsáveis. Outros quatro ofícios também foram entregues ao secretário de Segurança Pública, ao procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira; ao secretário de administração penitenciária, Lourival Gomes; e à procuradora-chefe da Procuradoria da República no Estado, Anamara Osório Silva.

Segundo o advogado da Pastoral Carcerária, o governo paulista já deveria ter normatizado disciplinas sobre a conduta de agentes penitenciários, agentes policiais e de médicos antes, durante e após o parto de presidiárias. Ele cita ainda um documento internacional, acordado pela Organização das Nações Unidas (ONU), para o tratamento de mulheres encarceradas, chamadas "Regras de Bangkok", das quais o Brasil é signatário. O documento determina a proibição do uso de algemas e outros métodos durante os procedimentos do parto.

De acordo com a ONG de direitos humanos Conectas, o Censo Penitenciário de São Paulo mostra que 86% das mulheres presas no Estado são mães. Ainda segundo a ONG, há casos em que mãe e criança são separadas de modo repentino e as mulheres sequer podem opinar sobre o destino de seus filhos.

"No Brasil, há aspectos existentes na legislação que deveriam ser observados. A lei de execução penal já contém artigos sobre a construção de creches e locais para que a mulher possa amamentar. Estabelece ainda que em prisões femininas só podem trabalhar agentes femininas. Mas quase nenhuma desses determinações são aplicadas", criticou Valente.

Fonte: http://blogapoeira.blogspot.com


Somos um país racista ou um país com racistas?

Casos como o do restaurante Nonno Paolo são manifestações individuais ou sinais representativos da sociedade? Por Felipe Varne

“Como ter preconceito no Brasil?”, perguntou Camila Pereira, 22, uma das sócias do restaurante Nonno Paolo. O restaurante, no bairro do Paraíso, na Zona Sul de São Paulo, foi acusado por um casal de espanhóis de expulsar, no dia 30 de dezembro, o filho deles, um menino negro de seis anos, adotado na Etiópia. Segundo os pais, ele foi segurado pelo braço e levado até o lado de fora do restaurante, onde foi encontrado, aos prantos, pelo casal.

Existem muitas versões para o caso do Nonno Paolo. Não se sabe se o – agora afastado – funcionário que tirou o menino do restaurante de fato o segurou pelo braço (a versão de Camila conta que a criança, que não fala português, teria se assustado ao ser abordada, e saído por conta própria). De acordo com o delegado Márcio de Castro, da 36ª DP (Vila Mariana), tudo indica que a expulsão foi “em decorrência das características da criança, configurando em tese o delito de preconceito de raça, pois impediram o acesso da criança ao local por causa da sua cor”. Segundo a polícia, na ocasião, um homem que se apresentou como gerente teria confirmado que tirou a criança do local, alegando que a confundiu com um morador de rua.

O caso, e a frase da sócia do restaurante, reabriram a discussão sobre o racismo no Brasil. Apesar de questões como as cotas raciais nas universidades, e as infelizes declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (que afirma ter entendido mal uma pergunta da cantora Preta Gil no programa CQC da Rede Bandeirantes) trazerem o assunto à tona de tempos em tempos, o Brasil ainda é visto como uma nação onde a miscigenação conseguiu evitar que o racismo se instalasse de maneira marcante na sociedade (o que não evitaria as eventuais manifestações individuais de racismo que todos conhecemos).

É verdade que no Brasil não há grupos de extrema-direita pregando reduções dos direitos dos negros; que os neonazistas do país não passam de meia dúzia de acéfalos com um bocado de tempo livre; e que, nos anos 1960, quando Martin Luther King falava sobre seu “sonho”, as crianças brasileiras nos mais variados tons de peles já iam à escola juntas há décadas. Diferentemente de locais como o sul dos Estados Unidos, no Brasil nunca houve assentos especiais para negros nos ônibus, ou estabelecimentos com placas proibindo a entrada de negros, ou nada próximo do que se viu no regime do apartheid sul-africano.

É verdade também, segundo pesquisas anuais, que os negros no Brasil recebem salários menores, e formam a maior parte dos desempregados do país. No entanto, esses dados são contestados pela afirmação de que isso acontece não por motivos étnicos, mas sim porque os negros formam a maior parte das classes D e E, e, portanto, são menos escolarizados e menos qualificados para o mercado de trabalho, o que nos levaria de volta ao velho argumento de que o preconceito no Brasil não seria racial, e sim social. Essa afirmação, por sua vez, também é contestada: que motivo – senão o racismo – haveria para que negros formassem a maior parte das camadas menos favorecidas da sociedade?

Ontem, hoje e amanhã existirão pessoas racistas, em todo e qualquer segmento de toda e qualquer sociedade. A pergunta que não quer calar é se casos como o do restaurante Nonno Paolo são expressões individuais de racismo ou se são, de fato, representações significativas da sociedade brasileira. E não há momento melhor para se fazer essa pergunta, do que o atual: o Brasil, esse enorme país povoado por gente de todas as cores, pela primeira vez na história tem uma maioria de negros e pardos, de acordo com o censo oficial. Se somos, de fato, uma sociedade racista, o momento para reverter esse cenário, e criar anticorpos para o futuro, é este.

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br


Com o pé no freio

João Carlos da Costa

 

O fim de ano chega e a paciência, nem sempre presente durante o ano todo, desaparece quase que totalmente. Parece que as  pessoas ficam mais estressadas e agitadas  para tentar  cumprir  agendas ou promessas decididas no início do ano, mas que foram deixadas para trás. A correria proporcionada pelas festas de formaturas, confraternizações de empresas e a procura por presentes é tradicional. As ruas sempre cheias e o corre-corre para encontrar um presente adequado e em conta para um parente ou amigo e que caiba no orçamento, o que  em algumas  vezes não acontece e pessoas ansiosas em satisfazer a sua vontade ou a de outrem já começam um novo ano endividadas.

Os momentos de alegria e de estresse inerentes à essa época  são  preciosos porque traduzem uma  imagem festiva e de uma aparente convivência feliz  entre os seres humanos. É uma época em que a solidariedade aflora e faz com que as pessoas tenham um sentimento de bondade inigualável,  se comparados  a outros períodos do ano,  quando o egoísmo prevalece e, na maior parte das vezes as aparências e atitudes, exceções à parte,  são mais sisudas e anti-sociais.

O que marca bastante esta época são também os enfeites das cidades, cada vez mais lindas e iluminadas para as festas de Natal. As propagandas incentivam as pessoas a competir e, inclusive promover concursos de enfeites natalinos, o  que atrai sempre visitantes locais e turistas e ainda contribui com o comércio, porque incentivam os passeios noturnos e faz com que as ruas e avenidas fiquem repletas de pedestres.

A alegria contagiante desta breve fração do ano ameniza os sentimentos de ódio, vingança e faz transparecer o desejo de paz e felicidade, principal busca de todos.   As receitas saborosas, são sempre procuradas para uma refeição especial nas costumeiras ceias familiares e o sorriso no rosto de adultos e crianças à espera do presente pedido ou de uma surpresa agradável.  Os mais abastados têm quase certeza que irão receber, porém os que mais esperam são os  desprovidos de melhores condições sociais e financeiras, que às vezes não têm o que comer nem   vestir e contam com a ajuda do próximo para ser o seu Papai Noel.

Nesse período  não se vive só da alegria proporcionada, mas também da tristeza e depressões causadas pelas preocupações com a saúde  daqueles que se encontram hospitalizados,  doentes terminais ou não ou  com  a ausência de um ente querido.

 É tempo de desacelerar, celebrar o Natal e viver esses momentos com os pensamentos voltados para a reflexão e perdão sobre os erros e atitudes ofensivas  que cometemos e que podem ter afetado negativamente a nossa vida ou magoado outras pessoas. Natal não é só  comilança, ingestão de bebidas alcoólicas, excessos de gastos. O verdadeiro sentido  desta data magna  é o nascimento do Grande Criador e Salvador, Cristo, que mesmo sendo o principal aniversariante nem sempre é convidado para a festa.  É hora de conciliação com o próximo e com Ele. Fica o convite. Então, BOAS FESTAS! FELIZ E ABENÇOADO NATAL A TODOS!

João Carlos da Costa

Bel. Químico, Bel. em Direito (aprovado pela OAB), Professor e Policial Civil.  Contatos: João_22@terra.com.br F. (41) 9967-3295.


Pressão Popular Impede Votação de Projeto

 

 da OAB para  Enfraquecer Defensoria

 

 Pública de São Paulo


 

O projeto de lei complementar 65/2011, do Deputado Estadual Campos Machado, que visava  a transferência, para a Secretaria Estadual de Justiça, da administração do convênio existente entre Defensoria e OAB/SP e do FAJ (Fundo de Assistência Judiciária), cuja utilização é essencial à existência da própria Defensoria Pública, teve sua votação adiada ontem, dia 13, na ALESP após pressão popular. 

O Projeto foi apresentado após a Defensoria, zelando pelo dinheiro público, promover a análise da regularidade de todas as certidões que geram pagamentos aos/às advogados/às inscritos/às no convênio, o que revela representar não os interesses da população carente do Estado, mas os interesses corporativistas da OAB/SP.
Um projeto inconstitucional, não apenas por vício de iniciativa, mas porque implica em violação à autonomia da Defensoria e, assim, no enfraquecimento do órgão que tem a função de efetivar os direitos das pessoas necessitadas e que, para tanto, certamente precisa ser forte e autônomo.


Leia Manifesto da Arquidiocese de São Paulo


Programa de assistência a presos visita

 manicômio no Paraná

 

Um esforço  conjunto de vários profissionais da Justiça e da saúde viabilizou o levantamento de medidas de segurança de 54 pacientes judiciários internados no Complexo Médico Penal do Paraná, em Pinhais/PR. Foi a primeira vez que o Programa Justiça no Bairro – que presta assistência aos presos e seus familiares – visitou o antigo manicômio judiciário. Determinada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), a visita está de acordo com a Recomendação n. 35 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que incentiva a adoção da Política Antimanicomial pelo Poder Judiciário. 

Impressionada com o que constatou no hospital, que considerou "um depósito humano", a desembargadora Joeci Camargo, coordenadora do programa, afirmou que entre os 420 pacientes internados no local por transtornos mentais, existem pessoas internadas há mais de 30 anos sem contato algum com a família de origem. Ao todo, o hospital atende cerca de 700 detentos de todo o sistema penal do Estado; desses, 380 são presos comuns recebendo tratamento de saúde. 

Vínculo - Apesar de os peritos médicos-psiquiatras terem considerado aptos a viverem em liberdade 54 pacientes judiciários, apenas seis voltaram para suas antigas casas. "Eles obtiveram liberdade, mas perderam o vínculo com suas famílias e como não têm para onde ir, terão de ser mantidos, por enquanto, na Casa de Passagem (construída no antigo refeitório do manicômio) até que possam ser transferidos para outro local", explicou o juiz Moacir Antônio Dala Costa, da 1ª Vara de Execução Penal (VEP), que conduziu o levantamento das medidas.

O coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF), Luciano Losekann, elogiou a iniciativa do Tribunal de Justiça do Paraná. "Isso é o ideal:que cada Estado realize seus próprios mutirões, imprimindo regularidade ao funcionamento da Justiça criminal. Quando constatarem a necessidade, os tribunais não devem ficar no aguardo da visita do Conselho. Sem contar que é fundamental os juízes criminais conhecerem a realidade sobre a qual trabalham", disse. 

Benefícios - Além da avaliação clínica dos pacientes, o programa contou com uma equipe do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – parceira no programa –, destacada para analisar a possibilidade de concessão de benefício previdenciário (de até um salário mínimo) aos portadores de transtorno mental. De início, 62 pacientes foram interditados civilmente e encaminhados à Previdência Social a fim de terem seus casos analisados.

Dois deles já receberam permissão de benefício previdenciário. No próximo ano, mais processos serão encaminhados aos peritos do INSS, beneficiando outros internos.  A desinternalização dos pacientes com a aplicação do benefício visa reduzir a reação negativa dos familiares em relação aos pacientes com transtornos mentais e possibilitar o pagamento das casas lares, para o caso daqueles que não possuem mais famílias.

Política Antimanicomial - A recomendação do CNJ, aprovada  dia 12 de julho deste ano, sugere, entre outras iniciativas, a adoção das medidas de segurança em meio aberto, sempre que possível. E, ainda, que a internação deve ocorrer em hospitais da rede pública de saúde, somente em casos de extrema necessidade e revista no prazo máximo de um ano.

Os tribunais são orientados a mobilizar a sociedade civil com parcerias, compartilhando responsabilidades e estratégias que possam contribuir com o tratamento da saúde mental de forma humanizada. Devem, também, criar um núcleo interdisciplinar para auxiliar os juízes nos casos que envolvam pessoas com transtornos mentais. Os apenados com medidas de segurança devem ter acompanhamento psicossocial, de modo contínuo, durante o tempo de tratamento.

(Fonte: CNJ)


Brasil ocupa 73ª posição em relatório
sobre corrupção

Na América do Sul, o Brasil está atrás, por exemplo, do Chile e do Uruguai
no índice que mede a percepção da corrupção

Um relatório divulgado nesta quinta-feira, 1º, pela Ong Transparência Internacional mostrou que o Brasil caiu quatro posições no índice que mede a percepção da corrupção elaborado pela organização. Em 2010, o Brasil ocupava a 69ª posição e agora está em 73º lugar de um total de 183 países avaliados.

Na América do Sul, o Brasil está atrás, por exemplo, do Chile e do Uruguai, que ocupam a 22ª e a 25ª posições, respectivamente, no chamado Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional.

A avaliação do Brasil, que recebeu nota 3,8 no índice deste ano, melhorou ligeiramente em relação à nota de 2010, que foi de 3,7 pontos. A escala vai de 0 (muito corrupto) a 10 (livre de corrupção).

Mais de 130 países reprovados

A primeira posição do ranking é ocupada pela Nova Zelândia, seguida de Dinamarca e Finlândia. Já Somália e Coreia do Norte estão empatadas no fim da lista. A Venezuela, que ocupa o 172º lugar do ranking, é o pior país na América do Sul.

O Índice de Percepção da Corrupção é elaborado com base em documentos e programas de combate à corrupção, além de entrevistas com empresários locais e estrangeiros e também analistas.

De acordo com a Ong Transparência Internacional, dos 183 países avaliados, 134 receberam notas abaixo de 5 e foram reprovados, sendo identificados com sérios problemas de corrupção.

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br


Educação, solução e problema

 

João Carlos da Costa

 

Alguns Estados do Brasil estão se manifestando ou programando – inclusive pelos meios de comunicação com apoio de sindicatos – greves de professores na reivindicação de melhoras salariais. Conclamam e incitam à luta pelos direitos salariais como o piso nacional, por exemplo, que muitos Estados não cumprem.

Enquanto isso, o IBGE divulgou os índices de pesquisas feitas sobre analfabetismo e constatou que está relativamente alto para um país em desenvolvimento, como o Brasil, apresentando os menores índices nas regiões do Sudeste e Sul, principalmente.

Há um paradoxo quando se exige melhor educação sem qualificar professores e sequer lhes proporcionar condições de trabalho adequada. Isso inclui os espaços físicos dos estabelecimentos, locomoção de alunos e professores.

Nas áreas rurais, muitas têm sido as denúncias sobre escolas municipais e estaduais que recebera recursos para construção e reformas e o dinheiro teve outras finalidades, nem sempre honestas, mas para engordar bolsos de corruptos que, sem ética, moral e senso humanístico se utilizam do dinheiro público para engordar suas contas bancárias. Alunos e professores sobrem com esse tipo de comportamento, que envergonham a dão maus exemplos àqueles que acreditam qualidade de vida só se adquire com ações incorretas, na base da vantagem.

Diversos comentários surgem quando a palavra greve soa. Muitos inclusive, maldosos sob a alegação de que “professor não quer saber de trabalhar e só quer receber e ter folga”.

O trabalho de professor, sem desmerecimento a qualquer outra profissão é um dos mais dignos e que devem ser valorizados. Desde o engenheiro, o médico, a enfermeira, o advogado e qualquer outra profissão, para exercê-las o primeiro passo foi passar pelas mãos do professor.

Ensinar não requer apenas conhecimento. Depende também de talento, boa vontade e reconhecimento.

Nos dias atuais o professor exerce funções múltiplas. Pais que simplesmente não fazem o seu pape em casa acham que a Escola deve suprir essas deficiências até mesmo melhor que eles. Alegam falta de tempo para se dedicar aos filhos e quando um professor se dedica demais, na busca de uma melhor educação e ensinamento de valores, muitas vezes são criticados e até mesmo agredidos pelos próprios pais.

A rotina de uma sala de aula não se resume apenas àquele espaço. Além de preparar as grades curriculares que devem ser cumpridas dentro de um determinado período. Os professores devem sempre buscar alternativas para o ensinamento correto e objetivo. Nem sempre têm condições de colocar em prática tudo o que sabem porque a platéia das escolas públicas normalmente vêm de um ambiente prejudicado pela ausência de condições sociais, saúde e outros bens constitucionais que deveriam ser proporcionados pelos governantes e não o são. São exigidos tempo para correções de provas e, dependendo do número de alunos de cada turma, o professor perde finais de semana ou feriados para poder cumprir a sua tarefa.

Ademais, a educação nem sempre foi prioridade no Brasil. É vergonhoso ver que países como Cuba, na América Central, Chile e Argentina, na América do Sul, possuem uma educação mais qualificada e profissionais mais valorizados. Aqui, sempre prevaleceu o mote de que “povo analfabeto é mais fácil de ser manipulado”. Se o pensamento continua o mesmo, então é hora, realmente, de virar a mesa, se queremos um futuro melhor.

João Carlos da Costa

Bel. Químico, Professor,
Bel. Direito e Policial Civil 
 E-mail: joao_22@terra.com.br


Ética, decência e ...vergonha na cara

João Carlos da Costa

Ao abrir a página de um jornal de grande circulação vi  a charge de uma lápide com o epitáfio: “ Aqui jaz, ética, decência e vergonha na cara”, numa alusão pessimista  de que esses valores não mais existem. Coincidentemente, no mesmo dia, ao assistir o noticiário de tevê, as primeiras notícias comentadas foram sobre as investigações que estão sendo realizadas para apurar os casos de  corrupção e desvio de verbas públicas no Ministério dos Esportes que envolveu ministros e órgãos não governamentais – ONGs – em situações irregulares.

Na administração pública a prática da ética sugere comportamentos exemplares de autoridades e servidores e se não funciona como deveria é porque fatores como a falta de preparo, de fiscalização e melhores mecanismos de controle interferem de forma objetiva. Isso explica, mas não justifica os casos freqüentes que cansam os ouvidos e abusam da nossa paciência conformista.

Os atos de corrupção na administração pública já viraram rotina e não causam qualquer surpresa. Estranho é passar um dia ao menos sem ouvir  qualquer tipo de comentário a respeito.

 A bola da vez é o Ministério dos Transportes. Em  época de preparação para a Copa do Mundo de Futebol  que  será sediada pelo País em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016  é compreensível que este Ministério, como órgão centralizador dos recursos que estão por  vir, seja o alvo predileto  para a  instigação de falcatruas e malversação. Prenunciam-se muitos escândalos  pela frente. Isto porque o volume de recursos financeiros  a serem  envolvidos tem como destino prioritário a construção de obras  de estádios e preparação de infra-estrutura adequada  para atender  necessidades não só dos  profissionais de áreas distintas,  como também de turistas  de diversas partes do mundo que virão para prestar serviços ou assistir aos jogos. Estes eventos, direta e indiretamente envolverão empresas privadas, públicas e profissionais liberais de várias áreas e projetos que serão apresentados com pretensões sérias e outras nem tanto, com vistas ao lucro fácil e muitas vezes compartilhado de forma desonesta, porque a ganância faz saltar os olhos e estimula a falta de caráter e irresponsabilidade com o bem  público. Sempre haverá  alguém querendo levar vantagem  de uma forma ou outra e o campo estará fértil.

O gerenciamento do dinheiro público exige comportamento ético, decência e vergonha na cara, mas infelizmente o vício da corrupção está tão  arraigado na cultura brasileira e só irá diminuir com investimentos profundos na educação infanto-juvenil, cujos resultados poderão  ter ótimos  reflexos a médio e longo prazos.

A realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil terá recursos financeiros de órgãos internacionais e, em decorrência disso, a atração de muitas empresas interessadas em se instalar definitivamente, o que será ótimo para estimular o desenvolvimento. Será também uma ótima oportunidade para mostrar que ética e decência e vergonha na cara na administração pública brasileira ainda respiram.

João Carlos da Costa

Bel. Químico, Bel. em Direito (aprovado
pela OAB), Professor e Policial Civil. 
Contatos:
João_22@terra.com.br


Falta de reconhecimento é atraso
para administração

João Carlos da Costa

Na campanha à presidência da República, no ano de 1989,  ex-presidente Fernando Collor de Melo tinha como mote principal a “caçada aos marajás”, referindo-se aos funcionários públicos  que recebiam salários altos e desproporcionais. A sua boa-intenção foi tão mal-interpretada, que a partir daquela época o serviço público, já antes sucateado por falta de investimentos e melhor atenção, ficou ainda mais prejudicado pela generalização ocasionada pelos governantes e pela própria população, que passou a ver  os servidores públicos  com maus olhos. Como consequência disso, os salários, de forma geral baixaram, as contratações diminuíram e a qualidade na prestação dos serviços piorou. Corroborando essa situação, em  maio do ano  2000,  a Lei Complementar   101, estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, , que no art. 19, inc. II limita os gastos com a folha de pagamento  de pessoal  em cada ente da Federação , o qual não poderá exceder em 60% da receita líquida.

A função pública atrai candidatos, por algumas vantagens que apresenta, tais como: a estabilidade no emprego e pelos altos vencimentos em algumas carreiras; licença prêmio e, em alguns casos, a paridade salarial em caso de aposentadoria.  Em compensação, não possui  benefícios  como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, participação em dividendos como na iniciativa privada, sendo este um dos fatores que dificulta a negociação salarial e incentiva greves, até porque o Estado não tem como objetivo principal  a geração de lucro e sim a prestação de serviços.

Existe uma visão distorcida da administração pública, tanto dos que pensam em entrar no Estado apenas para  tentar se acomodar e tirar vantagens, como também da população, sujeito direto dos benefícios, que acredita que ser funcionário público é a maior “mamata”. Com exceção das carreiras de nível superior dos poderes Judiciário, Legislativo e algumas do Executivo, as demais, hierarquicamente inferiores, nem sempre são valorizadas ou acompanham os índices inflacionários. Em épocas de crises financeiras, estas são as mais visadas para cortes ou protelação de repasses inflacionários. Com isso, as defasagens seguem ano após ano.

O Estado é falho também na questão de capacitação de profissionais. Grande parte da reclamação da população é a falta de funcionários e mão-de-obra qualificada. Embora pouco se invista, pouco também é cobrado em relação ao bom atendimento.

 Na realidade,  a área pública para funcionar melhor carece de incentivo e valorização dos seus servidores. Nesse aspecto o Estado é pródigo em “estragar” funcionários, pois a falta de  incentivos é um dos obstáculos que minam a boa vontade e a iniciativa de alguns, que entram para a função pública com ímpeto produtivo e, aos poucos, vão se adaptando ao modo de agir de cada gestor, geralmente mais políticos que técnicos, cujas atitudes engessam e impedem o desenvolvimento da administração.

O serviço público é essencial para a população e quem os presta deve ser visto pelos governantes como  a mola mestra do desenvolvimento do Estado ou mesmo como o carro-chefe de qualquer pretendente à uma reeleição a cargo do Executivo, pois o funcionário público valorizado é um dos maiores cabos-eleitorais  e inspiradores da confiança pública. O dia 28 de outubro, instituído como o Dia do Funcionário  Público, seja um momento para reflexão sobre todas as dificuldades encontradas para aqueles que prestam o serviço público e para aqueles que são beneficiados. Todo trabalho apresenta um ótimo resultado quando quem o executa está motivado pelas boas condições proporcionadas  e a devida valorização e respeito à sua dignidade.

João Carlos da Costa

Bel. Em Direito, aprovado na OAB,
Bel. Químico, Professor, Policial Civil. Contatos:
João_22@terra.com.br


Medidas cautelares estarão
nas fichas criminais

A Polícia Civil paulista incluiu em seu sistema de informação um campo específico que mostra as medidas cautelares restritivas aplicadas pela Justiça a cada cidadão. O delegado-geral da Polícia Civil de SP, Marcos Carneiro Lima, recebeu positivamente a proposta da Ordem, encaminhada pelo presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-SP, Arles Gonçalves Júnior.

Entre as medidas cautelares restritivas estão o comparecimento periódico em juízo; proibição de frequentar locais determinados; proibição de manter contato com certa pessoa; suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para infrações penais; e monitoração eletrônica, entre outras.

Originalmente, a proposta foi encaminhada pela advogada Renata Winter Gagliano Lemos, membro da Comissão de Segurança, preocupada com as mudanças trazidas pela Lei 12.403/2011, que, entre outras modificações, alterou as regras para prisão em flagrante ou preventiva e prevê a aplicação de medidas cautelares no lugar de detenção preventiva no caso de crimes com penas de até quatro anos de prisão. Na ocasião, o presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB determinou a instauração do Processo 4.321/2011, convertido em diligência para constatação das informações e falou com o Delegado Geral.

"A inclusão desse campo de informação permitirá à polícia judiciária verificar as medidas cautelares determinadas pelo Judiciário, assim como o próprio advogado, o que certamente vai facilitar o trabalho de ambos", declarou o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.

Fonte: conjur.com.br



Homem invade tribunal para matar juiz e
é contido por policiais

O norte americano do vídeo abaixo se divorciou em 2001, porém, não satisfeito com o fim do seu casamento, que foi autorizado por um juiz, resolveu realizar um atentado, dez anos depois, contra o magistrado. Invadiu (no último dia 13/09) o fórum onde o juiz trabalhava e ao saber que ele não se encontrava, passou a disparar contra os funcionários da comarca. Portanto dois revólveres e uma espingarda, acabou ferindo um homem e sendo atingido por policiais que trabalhavam no fórum. Efeitos colaterais do título de nação mais armada do mundo. Parece cena de vídeo game.

 

Fonte: abordagempolicial.com


O LEGADO DA REBELIÃO NA CCM

 

A Rebelião na Casa de Custódia de Maringá (CCM) trouxe a baila algumas questões que apontam para um descaso do governo do Paraná em relação ao sistema penitenciário do estado. A unidade penal com capacidade para 900 presos, que foi inaugurada há 3 anos, sob a promessa de resolver o problema carcerário de Maringá e região, sucumbiu no último dia 12 (segunda-feira) diante da revolta de presos que, organizados, afrontaram a autoridade de um estado com políticas penitenciárias desorganizadas e desarticuladas das demais políticas de segurança pública do estado. 

O fato é que no decorrer destes 3 anos, esta, como outras unidades penais do estado, vítimas de rebeliões, motins e fugas,  não tem recebido a devida atenção por parte do governo estadual. Em recente pronunciamento, o Governador do Paraná anunciou um pacote de medidas para segurança pública intitulado de Paraná Seguro. Surpreendentemente, foi notada pelos servidores a ausência do sistema penitenciário neste programa de governo.  

A única menção feita pelo governo naquele pronunciamento foi o da promessa de transferência dos 14 mil presos, que ainda estão nas cadeias públicas dos distritos policiais, para o sistema penitenciário, que passariam para a responsabilidade da Secretaria de Justiça e de seus Agentes Penitenciários. Esta intenção do governo pode ter sido motivada, entre outras, pelas recentes declarações públicas da Secretaria de Segurança, de que os Agentes Penitenciários e SEJU estariam numa tal “Zona de Conforto”, referindo à sua realidade carcerária. 

Adventos como este na CCM demonstram claramente que os Agentes Penitenciários não estão na tal “zona de conforto”. Ao contrário, estão certamente na maior zona de risco a que pode se submeter um trabalhador na sua labuta profissional. A realidade dentro dos presídios é de uma categoria profissional desvalorizada, desmotivada e mal remunerada. Mesmo assim, para solucionar o problema carcerário no Paraná, a SEJU tem sugerido apenas iniciativas que busquem a redução dos custos para a construção e reformas de presídios, e da possibilidade de aumento na capacidade de presos por alojamento, visando a ampliação de vagas nos presídios já em funcionamento.   

Quanto à rebelião da CCM, em menos de 24 horas de motim a unidade prisional ficou quase que na sua totalidade destruída, sem as mínimas condições de funcionamento. A Polícia Militar permanece no local fazendo a segurança armada, mas só por alguns dias. O consentimento para a saída da PM, nas condições que hoje se encontra o presídio, será uma inconseqüência da administração penitenciária. 

A Secretária de Justiça fala em reformas. Os trabalhadores pedem a interdição. A preocupação é a de que as medidas paliativas e provisórias passem a ser permanentes e agravem ainda mais as condições de trabalho e de tratamento penal dentro da unidade. Alguns presos já foram transferidos para outras unidades do estado, mas cerca de 600 ainda permanecem na CCM. Todos temem mais uma explosão de violência contra trabalhadores, e também contra os próprios presos, caso o reforço armado saia da unidade antes de uma solução definitiva e concreta para o problema.  

Os agentes penitenciários sugerem, em nome da própria segurança, deixar o presídio caso a PM saia. O clima é de tensão e as autoridades do estado parecem desorientadas na busca de uma solução efetiva. As únicas iniciativas da SEJU/DEPEN por hora foi a exoneração do chefe de segurança da unidade e o anuncio da abertura de sindicância para apurar as responsabilidades. Mais uma vez, a exemplo de outras rebeliões, vão procurar culpar os servidores pelas mazelas do estado.  

É preciso falar nas condições estruturais da unidade; da falta de equipamento de segurança; e da necessidade de reposição do efetivo de agentes penitenciários, cobrada constantemente pelo sindicato da categoria. Antes de tentar responsabilizar os servidores é importante se atentarem, também, para alguns itens da pauta de reivindicação apresentada pelos rebelados: deficiência no atendimento jurídico e qualidade da comida. Estes não são afetos às competências direta dos Agentes Penitenciários!

 

Sindarspen - Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná


Agente penitenciário é preso com 117 kg
de maconha na BR-277

Servidor estava com o filho de cinco anos no carro
 

O agente penitenciário estadual identificado como G.M.S. foi preso na BR-277, na manhã de hoje (30) em Catanduvas.

No Classe A em que viajava com o filho de 5 anos, a Polícia Rodoviária Federal encontrou 117 kg de maconha. A droga estava escondida no bagageiro e dentro de malas. De acordo com a PRF, o preso seguia para Curitiba.

Policiais realizavam fiscalização de rotina quando o veículo foi abordado.

O menino foi entregue ao Conselho Tutelar de Catanduvas, ele ficará em abrigo público até que outra pessoa da família seja localizada.

Enquanto o servidor era preso em flagrante uma carreta com placas de Guaíra foi abordada. E para surpresa dos policiais o caminhão estava completamente carregado com cigarros contrabandeados do paraguai.

O motorista conseguiu fugir. Foram apreendidos 900 mil maços de cigarros. Estima-se que o valor do contrabando chegue a cerca de R$ 400 mil.

Ainda na manhã desta terça-feira (30) outra apreensão foi realizada em Laranjeiras do Sul. Foram apreendidos 186 kg de maconha, dois carros e quatro pessoas presas. Fonte: http://catve.tv/noticia/676


O crime, o Advogado e o Direito

No extenso universo das hipotéticas infrações que um cidadão pode cometer perante o Direito de uma nação, o crime ocupa um lugar especial e reservado.

Qualificam-se como “crimes” apenas aquelas condutas reputadas como gravíssimas, que merecem uma sanção exemplar, segundo critérios fotografados em determinado momento histórico pela comunidade.

Justamente por isto, costuma-se ler nos livros escolares da disciplina de Direito Penal que todo o crime tem por característica uma ofensa que ultrapassa os interesses da vítima. Os crimes, em maior ou menor medida, atingem toda a sociedade.

Neste campo tão singular do ordenamento jurídico, a importância do advogado se mostra peculiar. Se no Direito Penal se encontram as mais graves condutas e as punições mais severas, a presença de um profissional com conhecimento e sensibilidade é a garantia de que todas as circunstâncias do caso serão minudenciadas e sopesadas àqueles que se atribui a difícil função de julgar.

Ao se iniciar a segunda década do século 21, tais premissas podem parecer muito óbvias, piegas, relegadas a um lugar comum ante a solidez da garantia que os tratados internacionais, os princípios constitucionais e o arcabouço legislativo de proteção à ampla defesa sustentam.

A ocorrência de um crime de repercussão exemplar, capaz de ofender particularmente o sentimento de justiça de cada cidadão, no entanto, pode provocar a tentação de se abandonar tais postulados em nome de uma resposta rápida e inclemente.

A acusação de homicídio que pesa sobre ex-deputado Carli Filho é um bom exemplo disto. Dois jovens tiveram a vida ceifada numa colisão envolvendo, a um só tempo, a acusação de uma colossal velocidade (170 km/h), em estado de embriaguês, de um motorista com um histórico de infrações de trânsito. Este acusado, ainda, como homem público, figurava como membro do Poder Legislativo Estadual, ostentando condições de vida para além de satisfatórias, muito melhores do que a suportada pela enorme maior parte da população.

Tudo isso é muito grave. A repulsa é inevitável. O sentimento de que a Lei deve “valer” para todos e que, mais do que nunca, faz-se necessário um basta na guerra tribal revelada no trânsito das grandes cidades impulsiona uma comoção de toda a população.

Soma-se à dor da família daqueles jovens a indignação da população que, num movimento social sem precedentes, produz e divulga adesivos nos automóveis, manifestando o pensamento de que a velocidade de 170 km/h, em si, é um crime.

Se o crime ofende toda a comunidade, é absolutamente lícito que esta mesma comunidade manifeste, pelos mais diferentes meios, o anseio de Justiça. A liberdade de expressão do pensamento, neste caso, é evidente. A família das vítimas não poupa esforços para que a acusação seja conduzida até as últimas consequências.

A sociedade brasileira espera, do Poder Judiciário, uma avaliação e um julgamento célere e cuidadoso deste episódio brutal e esta Gazeta do Povo cumprirá o seu papel de informar, criticar e se posicionar de maneira transparente a respeito do caso. Aquela noite não será esquecida.

Nada disto justifica, no entanto, o menoscabo, que por vezes atinge às raias do ataque pessoal, disparado contra os advogados que aceitaram o patrocínio da defesa do acusado.

As mais recentes manifestações de repúdio ao patrocínio do acusado pelo advogado Renè Ariel Dotti, promovidas por alguns meios de comunicação, indiciam um risco real de, neste caso, se perder de vista aquelas premissas lançadas ao início do texto, sobejamente garantidas pelos tratados internacionais e pela Constituição brasileira.

Faz-se necessário repetir: todo e qualquer réu, seja lá quem ele for, seja lá qual for a medida de gravidade do delito que lhe é imputado, deve ser adequadamente assistido no processo penal.

Isto, obviamente, não permite concluir que é franqueado aos advogados de defesa sustentar o insustentável. Há um código de ética, permeado por regras e princípios, cuja observação é indeclinável.

A constante pertinência entre as alegações e as provas, a coerência entre as teses de defesa e o conhecimento jurídico, o apelo aos precedentes jurisprudenciais de casos similares são elementos cruciais para o ministério da defesa dos acusados e, inclusive, para o regular exercício da liberdade de expressão pelo advogado. Estas balizas parecem estar presentes no difícil patrocínio da defesa de Carli Filho, captaneada por Renè Ariel Dotti.

A história em defesa da democracia, das garantias constitucionais, as décadas de magistério na UFPR, as obras doutrinárias, enfim, tudo aquilo que marca e identifica a carreira do criminalista Renè Ariel Dotti não se mostra contraditório e nem tampouco se diminui ante a decisão de defender um acusado que, por sua própria torpeza, imantizou o desprezo popular.

A decisão de defender Carli Filho é uma aposta na importância da garantia constitucional de que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal” (Constituição da República, art. 5.º, inciso LIV).

Isto não significa dizer, vale destacar, que os argumentos de defesa, tornados públicos pelo Ilustre causídico, devam prevalecer. Da dialética entre as teses de acusação e defesa é que resplandecerá a segurança a respeito de todas as circunstâncias de fato, agravantes ou minorantes, suscitadas ao longo do processo.

Aos advogados cabe sustentar, argumentar, comprovar, tentar convencer. Ao Poder Judiciário compete decidir. O respeito àqueles que atuam na posição de defesa e acusação é indispensável para a construção da Justiça. Fonte: gazetadopovo.com.br


Professor Galdino entrega requerimento
a Richa e Rossoni‏

O vereador Professor Galdino (PSDB) entregou, nesta semana, um requerimento de instalação de uma Delegacia de Proteção Animal ao governador Beto Richa e ao presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni.  

“O Paraná ainda não tem uma delegacia especializada na defesa dos animais, o que temos é a Delegacia do Meio Ambiente que acaba tendo seu trabalho sobrecarregado”, explicou Galdino. O vereador ainda argumenta que a população acaba não conhecendo os serviços da Delegacia do Meio Ambiente e, assim, deixa de denunciar casos de maus tratos. 

A proposta entregue pelo vereador baseou-se no sucesso da Delegacia de Proteção Animal de Campinas que, instalada há pouco mais de um ano, recebe uma média de 20 denúncias por dia. Os casos de maus tratos registrados em Campinas são os mais diversos: espancamento, envenenamento, abandono, acorrentamento, falta de abrigo adequado, dentre outros. 

O vereador Professor Galdino tem um histórico de luta pelos direitos dos animais na Câmara Municipal. Em março de 2009, a Câmara Municipal aprovou e encaminhou à Prefeitura um projeto de Lei de Galdino, que criava punições para casos de maus tratos de animais; no situação a Prefeitura alegou não ter um corpo de fiscalização adequado para fiscalizar. Também em 2009 o vereador encaminhou um projeto de Lei, que ainda tramita na Câmara Municipal, para alterar a composição do Conselho Municipal de Proteção Animal, a fim de que a sociedade possa ter um maior poder de interferência na entidade. Há cerca de um mês, Galdino também esteve na Sociedade Protetora dos Animais onde firmou parcerias, no intuito de avalizar o trabalho desenvolvido pela entidade.

 

Assessoria de Imprensa Prof. Galdino


Deputado Aciolli volta a acusar sem provas‏

 

Justiça. Essa é a única forma de defesa que tenho diante da irresponsabilidade da prática do mau jornalismo. Na manhã de hoje, o deputado estadual José Roberto Aciolli dos Santos (PV) voltou a veicular denúncias vazias e acusações das quais já fui absolvido e declarado inocente pela Justiça. Por tal prática, o mesmo deputado – que há muito despreza as conseqüências que sua atuação apelativa em busca de audiência pode gerar na televisão – já responde judicialmente pelos crimes de calúnia, injúria e difamação, além da acusação de homicídio que responde junto ao Tribunal do Júri.  

É covarde a forma como as acusações – todas sem provas – que Aciolli levanta são anunciadas em um meio de televisão aberta, sem que haja qualquer possibilidade de defesa da minha parte. Talvez seja essa uma conseqüência do exercício da profissão de jornalista sem o devido preparo, já que o deputado Aciolli não cursou a faculdade de jornalismo e não tem mais do que o Ensino Fundamental na sua graduação, conforme consta no seu cadastro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até as últimas eleições.  
Enquanto isso, continuo em contato com a população, caminhando pelos mesmos lugares e esclarecendo de cara lavada e rosto erguido qualquer questionamento que meus eleitores possam ter. Continuo batendo de casa em casa, conhecendo as demandas da população curitibana que me elegeu e espera de mim trabalho, ao invés de apelações por audiência. Já encaminhei, neste semestre, 325 requerimentos de moradores de toda a cidade, foram 2.963 requerimentos ao longo do mandato. Independentemente das acusações vazias e tentativas de me derrubar que possam surgir da imprensa marrom, continuo nos mesmos locais a disposição dos meus eleitores, realizando o trabalho para o qual fui eleito. 

Os processos podem ser consultados no site do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná sob os números 20001913-5 na 1º Vara do Tribunal do Júri de Curitiba e 792940-8 no Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba.

 

Link TSE:

http://divulgacand2010.tse.jus.br/divulgacand2010/jsp/abrirTelaDetalheCandidato.action?sqCand=160000000272&sgUe=PR

 Link TJPR:

http://portal.tjpr.jus.br/web/guest/consulta_1o_grau_criminal



O problema com a terceirização

Às vezes, terceirizar traz mais problemas do que soluções, mas a lógica por trás da estratégia permanece convincente. Da 'Economist'*

A terceirização transformou os negócios globais. Ao longo das últimas décadas, as companhias terceirizaram desde faxinas até a detecção de falhas em sua segurança online. A TPI, uma empresa especializada no setor estima que um total de US$ 100 bilhões em novos contratos são assinados por ano. A Oxford Economics avalia que na Inglaterra, uma das economias mais maduras do mundo, 10% dos trabalhadores têm empregos terceirizados, e empresas gastam US$ 200 bilhões ao ano com terceirizações. Até a guerra está sendo terceirizada: os EUA empregam, no Afeganisão, mais trabalhadores contratados do que tropas regulares.

Pode este boom de terceirização continuar indefinidamente? E esta prática é tão útil quanto afirmam seus defensores, ou a famigerada suspeita de que a terceirização leva a degradação dos serviços esta correta? Há sinais de que a terceirização em geral dá errado, e que empresas estão reconsiderando essa estratégia.

Alguns dos piores desastres corporativos dos últimos anos foram causados ou agravados por conta de terceirizações. Há oito anos, a Boeing, a maior fabricante norte-americana de aviões, decidiu seguir o exemplo das montadoras de carros e deixar que agentes terceirizados fizessem a maior parte do trabalho em seu novo 787 Dreamliner. O resultado foi um pesadelo. Algumas das partes não encaixavam. Alguns dos vários fornecedores não conseguiram entregar suas peças a tempo. A Boeing teve que comprar alguns dos terceirizados para prevenir um colapso.

Terceirizações podem dar errado de muitos jeitos diferentes. Às vezes as companhias contratantes pressionam tanto as contratadas que estas são forçadas a fazer um serviço medíocre. Às vezes prometem-se prazos irrealizáveis a fim de ganhar competições e não se consegue entregar o serviço conforme o prometido. Outras vezes ambas as partes escrevem contratos desleixados.

Quando a terceirização dá errado, é um inferno consertar as coisas. Quando companhias terceirizam uma função, em geral eliminam o departamento que costumava ser responsável por ela. Assim, confundem-se com seus contratados, repassando material de importância estratégica e convidando terceirizados a trabalhar junto à sua própria equipe. Separar-se dessa trama pode ser difícil.

Algumas empresas, como a Boeing, estão trazendo trabalho de volta para casa. Mas a lógica por trás da terceirização permanece convincente, contanto que seja feita corretamente.

*Texto traduzido e adaptado pelo Opinião e Notícia 
Fonte:
opiniaoenoticia.com.br



PR: "FIM DA APOSENTADORIA AOS 25 ANOS", SERÁ???

Está correndo um boato pelos corredores dos batalhões falando sobre o fim da aposentadoria aos 25 anos para a PMPR.

Dizem que a minuta com o estudo para o fim do projeto já está pronta e vai ser levada ao Governador a pedido dele.

Essa história de acabar com a aposentadoria de 25 anos faz tempo que ouço falar, porém acredito ser difícil, devido as condições da tropa, que está nas ruas de madrugada passando frio são os Praças, com a chegada da idade e falta de recurso para a manutenção de atividades físicas, fica difícil passar dos 25 anos de serviço.

Já para os Oficiais isso se torna mais fácil, pois ao alcançar a promoção de 1º Tenente já se torna raros os momentos de rua, esses sim podem ficar até os 35 anos de serviços.

Vou estar buscando mais informações e estarei postando alguma coisa em breve.

Postagem original: wellington willian

Fonte: bodestive.blogspot.com


"Mafia Export" mostra como criminosos colonizaram o mundo

"Mafia Export", escrito pelo italiano Francesco Forgione, analisa o envolvimento político e econômico de redes criminosas --'Ndrangueta, Cosa Nostra e Camorra-- e a sua atuação no mundo.

Sobre a indústria do crime, comenta o autor, "único produto 'Made in Italy' que não conhece crises, mas que nas crises econômicas e sociais e em todas as grandes passagens de época do velho e do novo século teve a capacidade de se renovar, de criar e de afirmar novas marcas, de conquistar novos territórios e novos mercados."

O livro aponta que o faturamento anual dessas organizações aproxima-se de 130 bilhões de euros, número superior ao PIB de alguns países.

De 2006 até a dissolução em 2008, Francesco Forgione foi presidente da Comissão Parlamentar Antimáfia. Elegeu-se deputado na década de 1990 e leciona história e sociologia das organizações criminosas na Università degli Studi dell'Aquila. Fonte: Folha.com


Na esteira da invisibilidade humana

Assuntos  comentados e vividos no nosso dia a dia, a criminalidade e a violência fazem parte do nosso cotidiano de maneira que ninguém gosta, especialmente quando estamos no papel de vítima. É difícil não tocar no tema, pois sentimos na pele a insegurança que nos rodeia tanto fora quanto dentro dos nossos lares. Nestes, principalmente, praticamente ficamos enclausurados e pensando no que pode acontecer a qualquer momento conosco ou com a nossa família. Isso causa transtornos psicológicos que afetam o nosso estado de espírito e nos deixam a mercê do medo e do estresse hodierno, corroborado por outros problemas como a saúde próprios ou de outrem, do inconformismo com as más gestões administrativas dos órgãos governamentais em relação ao bem-estar social e cuidados gerais com os bens públicos; o corre-corre em relação ao trabalho e os engarrafamentos do trânsito nas grandes cidades, que geram a impaciência e descontrole emocional e que, freqüentemente,  resultam em agressões e mortes violentas.  

A ciência explica que o ser humano é mau por natureza, mas que ele é moldado pela sociedade em que vive. O problema é que o desenvolvimento de uma sociedade nem sempre consegue ser acompanhado equitativamente. As pessoas com maior poder aquisitivo são as que possuem maior acesso tanto ao conhecimento quanto a bens materiais. Nesse interstício florescem a ganância e o egoísmo, seja por  “status” ou poder econômico. Assim também surge o desinteresse pelos problemas alheios, salvo se trouxerem algum tipo de lucro.

É fácil observar que o comportamento humano está totalmente mudado. A agressividade e o desrespeito com o próximo são evidentes e despontam como principais características das pessoas nos dias de hoje, com raras exceções. Vidas são tiradas sempre de forma violenta, sem o menor arrependimento ou receio de punição. É um reflexo de que não se vê o próximo como semelhante, mas sim como um objeto descartável, para ser usado apenas em momentos de necessidades. Valores como a moral, a ética e solidariedade estão se extinguindo e boas atitudes apenas são tomadas quando atingem diretamente pessoas muito próximas, como os familiares, por exemplo. A filosofia explica isso como auto-engano. Ou seja, quando mais distantes os acontecimentos, menos preocupação há. Em outras palavras, os sentimentos de caridade e tristeza acontecem mais quando as tragédias estão no nosso meio, entre pessoas do nosso convívio diário. De outro modo, os fatos passam à nossa frente como  rotineiros e normais, mas é fácil constatar que o extinto de solidariedade é mais característico entre pessoas de menor poder aquisitivo, que muitas vezes têm o mesmo tipo de necessidade.

Para ilustrar, li certo dia na internet, a estória de um professor da USP que, para desenvolver seu trabalho de conclusão do curso de doutorado, travestiu-se de gari, para ver  de perto a reação das  pessoas  de diferentes níveis econômicos e  culturais no convívio diário. Enquanto vivia a vida dupla percebeu na rua, a descontração e atos de solidariedade entre “seus novos amigos”, que dividiam até mesmo um pouco de café, tomado em latas de refrigerante ou cerveja cortadas ao meio e improvisadas como xícaras.  Do mesmo modo que compartilhou do companheirismo deles, também sentiu o quanto eram ignorados. Conta, inclusive, que colegas seus, também professores, algumas vezes passaram perto dele e nem mesmo o reconheceram, talvez pela profissão que estivesse exercendo ou pelo traje que estaria usando naquele momento. Nessa pesquisa ele pôde perceber que nos tornamos invisíveis perante outras pessoas dependendo de como estamos vestidos ou da função que exercemos. A experiência para ele foi frutífera, além de uma grande lição de vida, também desenvolveu sua tese de forma bastante elogiável. Demonstrou que a barreira da transparência pessoal desce quando estamos de terno e gravata, mas sobe quando nos mostramos simplórios e subalternos.

O comportamento ignóbil contribui para a banalização da violência e para o aumento da criminalidade, não só em função da impunidade, fator bastante relevante neste contexto, mas também pela descaracterização e despersonalização das pessoas em termos de valores antigamente concebidos nos meios familiares e educacionais. Tudo isso vem em detrimento da boa convivência numa sociedade mais humana.

Diante disso, se pretendemos um mundo melhor, menos violento e mais sociável, já passou da hora de revermos os nossos conceitos em vistas de um comportamento ético e moral e refletir sobre valores como o respeito e amor ao próximo como nosso irmão e à semelhança de Deus. Assim como Ele também quer.

João Carlos da Costa

Bel Químico, Professor,
Bel. Em Direito aprovado pela OAB.


Paraná criará banco de DNA de criminosos contra a pedofilia

Projeto é pioneiro no Brasil. Quando um suspeito for preso,
amostras do DNA virarão dados

As estatísticas revelam: a cada seis horas, uma criança é vítima de violência sexual no estado. Só neste mês, quatro crianças foram assassinadas. Por isso, o governo paranaense decidiu implantar um banco de DNA de criminosos, o primeiro do Brasil. Os dados são da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco em Curitiba e do Sistema de Informação para Infância e Adolescência (Sipia).

Quando um suspeito for preso, amostras do DNA serão transformadas em dados e incluídas em um cadastro. Se a pessoa voltar a cometer um crime e deixar vestígios, bastará comparar com o material genético arquivado.

"A grande vantagem de se ter um banco de DNA com pessoas já previamente catalogadas nesse grande banco seria o fato de poder identificar essa pessoa sem ter um suspeito imediato ou apontado naquele momento", diz Carlos Alonso, do laboratório de genética.

O serviço de investigação de crianças desaparecidas da polícia paranaense já mantém um banco de dados com os criminosos mais procurados. Um dos nomes da lista é o do ex-pastor Jonatas Aurélio Velozo Lourenço. Ele tem mandado de prisão por violentar uma criança de seis anos e é investigado por outros casos envolvendo meninas de nove a 11 anos. A polícia suspeita que ele esteja escondido em São Paulo.

Altair Rodrigues Farias, outro nome da lista, foi condenado por estuprar e matar uma menina de sete anos. Está foragido há dois anos.

Célio dos Santos Vieira violentou um menino e chegou a ser preso, mas conseguiu escapar de dentro do carro da polícia.

A polícia diz que os pedófilos agem de maneira parecida. É comum praticarem o mesmo crime mais de uma vez. Na maioria dos casos, são apanhados e presos. Mas, por bom comportamento na cadeia, recebem benefícios da Justiça e têm a pena reduzida. Aí, quando ganham as ruas, voltam a agir.

"Essa pessoa costuma ser uma pessoa muito inteligente, metódica, que procura estar em ambiente onde haja muitas crianças e sem que ele seja visto. De repente ele se aproxima de uma mulher para ser companheira dele que tenha filhas da idade da preferência dele. Ou então, profissões mesmo, como professor. Pode ser escoteiro, padre, pastor. Ele procura estar próximo a crianças", diz a delegada Ana Cláudia Batista.

Um caso que chocou o país mobiliza até gente que não é da polícia na caça do assassino: uma empresa de segurança convocou os funcionários para examinar 480 horas de imagens de câmeras instaladas nas imediações da rodoviária de Curitiba. A menina Rachel Genofre, de 9 anos, foi encontrada morta no último dia 5, dentro de uma mala na rodoviária. Onze dias depois, a polícia avançou pouco na busca pelo criminoso.

"O criminoso, provavelmente um sujeito astuto, inteligente, preparou o crime e buscou inclusive subterfúgios pra não deixar rastros. É realmente um grande desafio para a polícia", diz o secretário de segurança pública, Luiz Fernando Delazari.

Um homem foi chamado a prestar esclarecimentos e outro foi preso, mas testes de DNA comprovaram que o sêmen encontrado no corpo da menina não é de nenhum deles. Jorge Luiz Pedroso Cunha, de 52 anos, já era procurado por causa de outro crime e vai continuar preso. Ele tinha saído da cadeia no ano passado, depois de ter cumprido 18 anos de sentença por estupro e assassinato. Cunha estava vivendo em um albergue em Itajaí, Santa Catarina.

A polícia encontrou com ele uma roupa de Papai Noel e fios de cabelos compridos que podem ser de uma vítima de pedofilia. Antes de ser preso de novo, ele voltou a atacar: é acusado de ter estuprado um menino de cinco anos de idade.

"Foi no dia 7 de setembro, estava lotado de gente aqui na praia. Tinha um aniversário de uma pessoa na minha casa. Ele aproveitou uma oportunidade e em um descuido que eu dei, ele pegou o menino e carregou para uma casa", relata a mãe da vítima.

"Quero justiça com o que ele fez com meu filho. Quero que ele fique preso para sempre. Só isso que eu quero", diz a mãe. Fonte: gazeta do Povo


Ontem saiu o Professor Galdino,
hoje sai Marina Silva‏

A eminente saída de Marina Silva do PV traz à tona um problema antigo: a falta de democracia da sigla. Foi a mesma problemática que em 2009 acabou por afastar o vereador Professor Galdino – hoje no PSDB – do partido.  

Todos conhecem a origem do Professor Galdino que foi expulso do PV após conflitos internos, resolvidos com pouco diálogo e grande polêmica. A presença de antigos caciques que determinam os rumos do PV não é uma exclusividade do diretório nacional, também aqui em Curitiba vê-se esse drama que cerceia a liberdade dos representantes do povo.  

Agora, assiste-se a mais essa perda que a política de imposições do PV causou. Perder Marina Silva é mais uma consequência que só faz enfraquecer o partido, e evidenciar suas crises estruturais. Aqui em Curitiba, uma nova gestão se apresenta, após duas décadas de mesmice, espera-se que essa nova dança das cadeiras consiga resolver um conflito que alcança todos os setores do partido. 

Mas além da saída do PV – que é evidentemente apoiada, uma vez que já se sabe quais são as condições de debate proporcionadas pelo partido – é preciso parabenizar a ativista política que é Marina Silva, pelo posicionamento frente ao Novo Código Florestal. Não se pode permitir que interesses de ruralistas e grupos isolados deste país culminem no completo desrespeito ao meio ambiente a ao patrimônio natural do país que está em xeque.  

Para tanto, o vereador Professor Galdino se solidariza à causa ambiental levantada por Marina e sempre defendida em sua gestão. No caso do debate em torno do Novo Código Florestal já não está ao alcance de sua legislatura em Curitiba decidir, mas está ao alcance da atuação como cidadão e defensor de políticas sustentáveis. É preciso fazer barulho para que o Senado e a Presidência da República vetem as alterações do Código Florestal.

 

Oséias Filho
Assessoria de Imprensa Professor Galdino


Novo bicicletário é instalado na
Rua Comendador Araújo‏

Depois do requerimento do vereador Professor Galdino (PSDB), foi entregue na última semana o novo bicicletário da Rua Comendador Araújo, no centro de Curitiba. Com equipamentos mais funcionais, o espaço finalmente pode ser utilizado pelos ciclistas da região. 

Em sua primeira instalação, o equipamento não atendia às necessidades dos usuários, devido à proximidade do cano de fixação ao asfalto. A situação motivou dezenas de reclamações de ciclistas que viram o espaço inutilizável.  

O novo equipamento, mais funcional, permite a correta fixação da bicicleta ao paraciclo sem a necessidade de pezinhos ou outros acessórios. O espaço também contribui para uma nova percepção dos curitibanos sobre a necessidade de integração e respeito aos meios de transporte não motorizados. Para isso, já foram requeridas, pelo vereador Professor Galdino – que ficou conhecido em Curitiba pelo uso desse meio de transporte em sua campanha eleitoral – instalações de bicicletários em outras localidades da cidade, que ainda carecem desses espaços. 

O novo bicicletário também foi instalado na Rua Benjamin Constant, o que deve beneficiar ainda mais os estudantes da Embap (Escola de Música e Belas Artes do Paraná) que utilizam a bicicleta como meio de transporte.

 

Oséias Filho
Assessoria de Imprensa Professor Galdino


A polêmica da maconha

A coluna recebeu ontem uma correspondência do deputado federal Fernando Francischini (PSDB) em que justifica a sua posição de consultar a Nação, através de um plebiscito, sobre  o uso da maconha. Abaixo, estão os principais trechos da carta, com os cinco argumentos que o motivam a batalhar pela ideia. Ipsis verbis:

“Primeiro, porque vivemos em uma democracia, onde quem governa e decide é a maioria. Segundo, porque a Maconha é uma droga ilícita que produz danos irreversíveis ao cérebro, memória, coordenação motora, podendo inclusive chegar a esquizofrenia, segundo diversos especialistas renomados internacionalmente.

Terceiro, porque a legalização da Maconha não vai diminuir a criminalidade, pois a droga ligada a violência é a Cocaína e seus derivados Crack e OXI, que geram altos lucros ao Crime Organizado.

Quarto, porque a "taxação" da Maconha não é garantia de se acabar com o tráfico, que obviamente irá transformar-se em Contrabando do Paraguai da pior qualidade, como já ocorre com as bebidas alcoólicas e o cigarro comum.

Finalmente, o dependente químico não deve ser preso e sim tratado com ações de saúde pública. Nossos jovens devem ser atingidos por campanhas de prevenção às Drogas em ambiente escolar, pois pais e mães sofrem diariamente com os filhos escravizados, por vezes presos ou pior mortos.

Portanto, com a realização de um Plebiscito, a população poderá ouvir os argumentos que apresentei contra a legalização, mas também os favoráveis e decidir soberanamente. Tal decisão impactará a vida de todos nós.

Assim, quem tem o mínimo de inteligência sabe que quem pede um Plebiscito não quer a sociedade “silente” ou impedida de “clamar” por mudanças legislativas”.

Nossa opinião

 O plebiscito possui um alto custo para a sua realização. Mesmo que se faça a consulta concomitantemente com as eleições regulares, ela implica na adaptação das urnas eletrônicas e numa campanha de esclarecimento que são extremamente onerosas para os cofres públicos. Além disso, consultar o quê? A população, sabidamente, é contra todo o tipo de drogas, inclusive a maconha. O resultado do pleito – é óbvio – apontaria para um índice elevado, superior certamente a 70% de condenação à descriminalização ao uso do entorpecente. Em síntese: o povo rejeita as drogas, o que torna o plebiscito inútil. Se, mesmo assim, alguém quiser medir a febre do pensamento dos brasileiros, uma pesquisa de opinião seria suficiente, não obstante igualmente desnecessária. É público e notório que a Vox Populi trará resultado zero.

 Ademais...

Numa sociedade livre, com a imprensa sem limitações ou embaraços ao seu exercício como acontece hoje no Brasil, com o funcionamento da Justiça plenamente à vontade para emitir as suas sentenças,  não há nada que segure o amplo debate sobre qualquer tipo de assunto, por mais feio que ele seja. O Supremo Tribunal Federal, nesta discutida decisão de permitir as marchas da maconha, nada mais fez senão repetir os textos constitucionais que garantem a liberdade de expressão e reunião. O melhor caminho é permitir que a voz das ruas fale em todos os sentidos – e para isso não precisa plebiscito. As passeatas contra as drogas serão sempre  imensamente maiores do que a pregação pela legalização.

Fonte: oestadodoparana


Professor Galdino processa deputado Aciolli‏

O vereador Professor Galdino (PSDB) entrou hoje (16.06) na Justiça contra o deputado estadual José Roberto Aciolli dos Santos (PV) pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. Depois de ser declarado inocente pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Galdino processa Aciolli pelas diversas acusações e ataques feitos em seu programa 190, na rede CNT de televisão.

 “Não queremos impedir o exercício do bom jornalismo, nem impedir que se façam denúncias. A imprensa é uma aliada da sociedade e não uma adversária. O que não podemos aceitar é que se façam denúncias infundadas apenas para o aumento da audiência por meio do sensacionalismo. Hoje sou eu a vítima desse indivíduo e amanhã será quem?”, questiona Galdino, que também exige direito de resposta no programa. Ainda segundo o vereador, as acusações feitas por Aciolli em seu programa foram além da ética jornalística e atentaram contra a moral e a dignidade dele, utilizando, inclusive, ofensas pessoais. “Por audiência, ele foge do bom jornalismo, ele cursou uma faculdade de jornalismo? Porque no site do TSE consta apenas ensino fundamental na formação dele”, completa o vereador.

O programa de Aciolli vai ao ar em duas edições diárias, pela manhã e no horário do almoço. Em ambos os horários foram feitas as acusações que atentaram contra a imagem do vereador. Mesmo Galdino sendo inocentado integralmente e por unanimidade pelo TRE, as acusações feitas por Aciolli surtiram um efeito incalculável. “Ainda hoje sou hostilizado muitas vezes nas ruas por crimes que não cometi e dos quais já fui declarado inocente pela Justiça”, afirma.

Se for condenado pelo crime de calúnia, Aciolli – que já reponde judicialmente pela acusação de homicídio no Tribunal do Júri – poderá pegar pena de seis meses a dois anos, mais multa. Pelo crime de difamação, a pena varia entre três meses e um ano de detenção e multa, já o crime de injúria prevê pena de seis meses a um ano de detenção mais multa. Todos os crimes podem ser agravados por terem sido cometidos em um meio que facilitou a divulgação. O aumento das penas pode chegar a até 1/3, dependendo da compreensão do juiz.

Assessoria de Imprensa Prof Galdino


Ofício mais importante da história dos direitos Humanos LGBT no Brasil

FRENTE SUPRAPARTIDÁRIA DO PARANÁ PELA DEMOCRACIA

A sociedade mobilizada na ação política

  Convite:                     

 A Frente Suprapartidária do Paraná convida para Reunião, cf. a seguir:

 Dia: 17 de junho de 2011 – Sexta-feira

Hora: 10h30

Local: Sede API – Rua José Loureiro 464, Sala 44

(Esq. R. Barão do Rio Branco) – Centro.

 PAUTA:

 1. Palestra (A confirmar):

 Fernando Francischini, Deputado Federal PSDB-Pr

“A conjuntura política nacional e o papel das Oposições”

2. Reforma Política: Últimos desdobramentos 

3. Posição sobre a expulsão de Cesare Battisti 

4. Outros Assuntos 

Contando com a presença dos Companheiros,

 Atenciosamente,

 P/ Frente Suprapartidária do Paraná

Rafael de Lala, jornalista,

Coordenador geral

Carlos M.V. Gomes, consultor

Coordenador Adjunto

Contato: (41) 9167-9233 / 4102-6571 (Magda) - api1934@gmail.com


A falência do sistema judicial
penal brasileiro

 

Dia 24 de maio de 2011, condenado em definitivo a cumprir 15 anos de reclusão, o jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, 74 anos, foi preso na sua casa, localizada na zona sul de São Paulo, pelo assassinato da sua namorada Sandra Gomide, como ele, jornalista.

Ambos trabalhavam no jornal O Estado de São Paulo e o homicídio se deu em razão do rompimento de uma relação de quase três anos. Pimenta Neves atingiu a vítima com dois tiros, um na cabeça e o outro nas costas. Nunca negou a autoria.

A tragédia, em princípio, assemelha-se a tantas outras que ocorrem diariamente em nosso enorme território. Um homem, inconformado com o rompimento de um caso amoroso, perde a cabeça e comete um desatino. É o típico criminoso incidental, aquele que não oferece maior risco à sociedade. Mas sua ação é grave o suficiente para ocasionar uma condenação a 15 anos de reclusão.

A peculiaridade do caso, o diferencial, como gostam de afirmar os empresários, é que o delito ocorreu em 20 de agosto de 2000. Exatamente há quase 11 anos. Apesar de o condenado ter permanecido alguns meses na prisão (setembro de 2000 a março de 2001), só agora é que ele foi condenado em definitivo. Seu derradeiro julgamento, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, ocorreu nesta semana.

Aqui há que se abrirem parênteses. A gravidade da demora não é fruto de algo excepcional. Para ficar apenas no crime de homicídio, Brasil afora há milhares de casos em que os julgamentos pelo Tribunal do Júri simplesmente não são feitos. Não apenas porque não se descobriu o autor, o que sucede em qualquer país do mundo, mas também porque os processos se eternizam em atos processuais que se adiam, precatórias, exames periciais, liminares em Habeas Corpus, Embargos de Declaração, recursos intermináveis.

A situação é bem pior do que se imagina. O dia em que alguém se dispuser a fazer esta análise, através de uma dissertação de mestrado, a população verá estarrecida a falta de segurança a que está exposta.

A demora, no caso em análise, não beneficiou ninguém. O acusado permaneceu mais de 10 anos sob expectativa, sempre prestes a ser recolhido ao cárcere. É possível imaginar os problemas psicológicos e físicos disto decorrentes. Os pais da vítima aguardaram a decisão final por todos estes anos. Ninguém pode imaginar o que isto representa em termos de sofrimento. Só vivenciando. O pai, João Gomide, agora com 72 anos de idade, contraiu câncer e está em uma cadeira de rodas, quiçá fruto de seu sofrimento.

E não adianta tentar explicar com a presunção de não culpabilidade (ou de inocência) prevista na Constituição Federal. Ninguém compreende ou aceita. A população não tem raciocínios sofisticados. Para ela, bastam a data do crime e a da condenação final.

Neste panorama que se aproxima do caos, não é o caso de procurar culpados pela demora. O processo tramitou normalmente. O advogado exerceu o direito de defesa até o limite e ninguém pode criticá-lo por isso. Esse é o seu papel. O problema está no sistema. O Brasil, outrora orgulhoso de seu sistema judicial, está caindo em descrédito. A demora dos processos, fruto de 4 instâncias, faz com que nada termine antes de 10 anos. No cível e no crime. Exceto, obviamente, casos de pessoas defendidas por advogados inexperientes, que não sabem manejar os recursos aos Tribunais Superiores.

Não conheço país em que um réu confesso de homicídio espere mais de 10 anos pelo julgamento final. Posso imaginar o riso irônico de um representante dos países do G7, onde o Brasil pretende ter assento. E duvido também que em uma tribo indígena da Amazônia um julgamento demore um terço de 10 anos e 10 meses.

Não adiantam soluções paliativas, como a súmula vinculante, ou filtros como o da repercussão geral. A única solução é voltar-se ao sistema anterior, duas instâncias para todos, uma terceira ou quarta em casos excepcionais e de repercussão nacional.

Logo alguém dirá que nos TJs ou TRFs surgirão decisões injustas, contrárias à jurisprudência predominante ou que em alguns há desembargadores  parciais. Não ignoro que, aqui ou ali, possam existir problemas. Mas, ainda assim, o sistema precisa assumir este risco. Ele é melhor do que permitir a uma população de quase 200 milhões de habitantes que leve seus processos às Cortes Superiores, inclusive na área da Justiça do Trabalho (TST). 

Aos que são favoráveis ao sistema atual, desejo que não tenham um filho vítima de uma violência dessas que a TV exibe diariamente. Se tiverem, entenderão bem o gosto amargo de um sistema judicial que não responde aos anseios mínimos da população brasileira.

A continuar assim, creio que é o caso de se estudar a conversão de Varas Criminais em Juizados Especiais. Afinal, se elas, nem de longe, conseguem cumprir o papel a que se destinam, talvez fosse melhor direcionar a sua cara estrutura para atender os mais necessitados.

Vladimir Passos de Freitas
Desembargador federal aposentado, professor doutor de Direito Ambiental da
PUC-PR e assessor-chefe da Corregedoria Nacional de Justiça.
Artigo publicado originalmente no
Conjur.


Nota: PRESIDENTE DA FOTRAPAR QUE É DIRETOR DA CENTRAL UGT – PR

           PASSA A EXERCER INTERINAMENTE O CARGO DE SECRETARIO

           MUNICIPAL DO TRABALHO DA CIDADE DE PARANAGUÁ.

 

 PORTARIA Nº 1.452

 

O   PREFEITO MUNICIPAL DE PARANAGUÁ, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o contido na lei complementar nº 107, de 04 de dezembro de 2009,

                                                                  

                                     RESOLVE:

 

                          I – Designar o servidor WALTER CÉZAR DOS SANTOS, para responder inteiramente pelo expediente da Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego, ate ulterior deliberação.

 

                          II – Esta portaria entra em vigor a partir desta data.

 

                         PARANAGUÁ Palácio “São Jose” , em 20 de maio de 2011.

                                                

JOSE BAKA FILHO
Prefeito Municipal

  

MÁRIO MARCONDES LOBO FILHO
Secretario do Governo Municipal

          

 

PREZADO (A) COMPANHEIRO (A):

 

No dia 16 de maio, o exemplar sindicalista Ubirajara Maristany, que exerce a titularidade da pasta Municipal de Paranaguá, foi vitima de um “enfarto cardíaco” (estando bem e em recuperação). O Prefeito José Baka, com astúcia e respeito, convidou para exercer a nobre – missão da SEMTRA, em regime de interino o companheiro profº WALTER CÉZAR (F) 8811-0058 / 3420-6099, cuja trajetória de vida tem em seu curriculun ser: TECNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO, Pedagogo especializado em Administração e Magistério, sendo professor de Psicologia e Sociologia da Educação, pós – graduado em Didática de Ensino e na PSICO – SOCIOLOGIA, mestre pela PUC na área da educação com tese “VIOLENCIA SOCIAL” fundador dos sindicatos SINTESPAR E SINDARESPEN e idealizador dos sindicatos SINDESUMIFER E SINTSUMIFER (organizando a classe de empresários e trabalhadores da reciclagem no Paraná), autor de quatorze leis municipais e estaduais, destacando as que criam: o dia do sindicalista em varias cidades, a das SEMPATS no Paraná, o dia cívico comemorativo da cidade industrial de Curitiba, a SEMESS – Semana Estadual  de Segurança e Saúde do Trabalho de Estado do Paraná, alem de ser o mentor idealizador, fundador e instituidor principal do projeto Fundação Força Trabalhista do Paraná – FOTRAPAR.

- Atualmente exerce as atribuições de Diretor da Central UGTUnião Geral dos TrabalhadoresPr e Presidente do Núcleo Trabalhista e Sindical do PMDB-Pr 1º tesoureiro do PMDB SINDICAL NACIONAL e Membro Efetivo do Conselho de ética do PMDB Municipal de Curitiba, implantou e Preside o CONSEG – CIC CONSELHO COMUNITARIO DE SEGURANÇA DA CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA é mentor e autor do evento denominado “HOMENAGEM DE MERITO DOS TRABALHADOPRES DO PARANÁ : PREMIO PERSONALIDADES EMPREENDEDORAS DO PARANÁ” , de realização da Assembléia Legislativa do Paraná e nos últimos anos adotou Paranaguá como a cidade do seu coração.

 
Prof. WALTER CÉZAR
Presidente FOTRAPAR


Pedófilo, criador de sites pornográficos, é preso

 A Polícia Civil prendeu, no fim da tarde de ontem, um homem de 28 anos acusado de crimes relacionados à pedofilia. Daniel dos Santos, conhecido entre os adolescentes por “Til”, foi preso no Jardim Carvalho, bairro onde mora.

Segundo a delegada Tânia Maria Svierkoski, o rapaz é criador das comunidades “No escuro PG sem censuras” e “Sem censuras” no site de relacionamentos Orkut. A investigação começou a partir desse site da internet e durou cerca de um mês. De acordo com a autoridade, as comunidades têm mais de seis mil membros, a maioria menores de idade, e tem extenso conteúdo pornográfico.

Antes de pedir o mandado de prisão contra Daniel, Tânia ouviu depoimentos de vários adolescentes envolvidos com o acusado. Um desses garotos, segundo ela, admitiu ter sido abusado sexualmente. “Essa vítima disse que dormiu e, quando acordou, percebeu que tinha sido abusado”, relatou. “O Daniel promovia festas nas quais fornecia bebidas alcoólicas para os menores. O objetivo era embriagá-los para praticar a violência sexual”, acrescentou. As vítimas potenciais do suspeito eram do sexo masculino, com idades entre 13 e 15 anos.

Segundo a delegada, o acusado costumava reunir-se com os adolescentes na praça de alimentação de um shopping e na saída das escolas. “Ele aproveitava-se do fato de ser ‘popular’ entre os adolescentes e dava ‘cantadas’ nos meninos. Para eles, parecia algo normal, já que o homem era tratado como bissexual”, disse Tânia.

Na casa do suspeito, a polícia apreendeu um notebook repleto de imagens pornográficas. “Há imagens de adolescentes mostrando partes íntimas do corpo”, revelou Tânia. O computador foi encaminhado ao Instituto de Criminalística.

Daniel dos Santos foi preso por força de um mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça. Ele ficará atrás das grades por pelo menos 30 dias, período que a polícia tem para concluir as investigações sobre o caso. A delegada elencou cinco tipos de crimes, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, pelos quais está acusando Daniel, que trabalha como vigilante. Se condenado, o suspeito poderá cumprir pena de até 27 anos de prisão.

A expectativa de Tânia, a partir de agora, é que aumente o número de vítimas do suspeito. “Aguardamos que os pais que tenham filhos adolescentes descubram se eles tinham algum tipo de envolvimento com essa pessoa e nos procurem”, orienta.

A prisão ocorreu um dia depois de ter sido celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Fonte: diariodoscampos.com.br


Juiz encontra alternativas para
acabar com favelas

 

São 10h30 da manhã de uma segunda-feira, quase 30 graus em Ribeirão Preto (SP). O juiz João Gandini, titular da 2ª Vara de Fazenda do município, deixa por algumas horas o conforto do ar-condicionado do gabinete e os 34 mil processos sob sua responsabilidade para acompanhar a última etapa do projeto de urbanização de uma das mais antigas favelas da cidade - agora, o bairro Monte Alegre.

No local, não há mais barracos de madeira, mas casas de alvenaria. As 330 famílias que moram no bairro possuem água encanada e energia elétrica. Com a demolição de 90 barracos, os becos deram passagem a ruas, o que permite a coleta semanal de lixo, algo impensável até então.

A urbanização da favela não foi proposta pelo Poder Executivo - apesar de contar com verbas públicas e implementação técnica da Cohab - mas pelo magistrado, que há quatro anos idealizou o projeto Moradia Legal, responsável pelo encaminhamento de 1,7 mil famílias de Ribeirão Preto que vivem em situação precária.

O magistrado passou parte de sua vida no Jardim Ângela, bairro da zona sul da cidade de São Paulo, que já foi considerado um dos mais violentos do país. Filho de um pequeno agricultor de Adolfo, cidade do interior de São Paulo, Gandini mudou-se com a família para a capital quando tinha dez anos. Para ajudar nas despesas de casa, foi catador de papelão e vendedor de sorvete, mas acabou realizando o grande sonho: aos 21 anos, entrou na faculdade do Largo São Francisco. Gandini, que superou inúmeros obstáculos para chegar à magistratura, diz que gosta de solucionar o drama por trás de cada ação. “O processo é frio, um livro onde há um drama humano. O juiz tem que solucionar esse drama e não apenas o processo”, diz.

Foi com essa motivação e também inspirado em sua história de vida  que Gandini saiu muitas vezes do gabinete para buscar uma solução real para os diversos processos de reintegração de posse de áreas do município, que foram invadidas e já possuíam alguma decisão judicial, mas sem resultado efetivo.

O magistrado, acompanhado pelo também juiz Júlio César Dominguez, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão, mobilizou a sociedade para resolver não só os processos que estavam sob sua mesa, mas também para acabar com as 34 favelas da cidade - mapeadas por ele e um fotógrafo, que sobrevoaram o município por 51 minutos em um helicóptero.

Feito isto, Gandini buscou os governos municipal, estadual e federal, Câmara de Vereadores, Ministério Público, empresários, uniu igrejas e contou com muitos voluntários. Montou um grupo dividido por áreas (financeira, jurídica e físico-territorial) - que deu origem ao Moradia Legal - encarregado de fazer um raio-X das favelas, levantar o número de famílias e a situação de cada uma.

“Cada barraco foi numerado e os nomes das famílias registrados”, afirma. O resultado do “censo” foi a constatação da existência de 4,5 mil famílias, ou 20 mil pessoas nessas comunidades. Em uma segunda etapa do projeto, foram escolhidos os núcleos que deveriam ter prioridade e, a partir daí, buscou-se recursos para a retirada de famílias de áreas de risco e ainda a urbanização das favelas onde a medida fosse viável.

Foi necessário também propor alterações na legislação do município sobre o uso e ocupação do solo, com a criação de áreas de interesse social - o que permite a concessão de isenções tributárias - e normas que coibissem a construção em áreas irregulares, para evitar o surgimento de novas favelas.

Quatro anos após o início do Moradia Legal, os resultados são animadores. Uma das áreas escolhidas pelo programa está no entorno do aeroporto do município. De lá serão retiradas 720 famílias, das quais 29 já estão instaladas em casas construídas pela prefeitura no bairro Paulo Gomes Romeu. As obras estão sendo custeadas pelo município, Estado e União. Segundo Gandini, R$ 47 milhões são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

As demais 692 moradias, que estão em fase de construção da cobertura, devem ser entregues no máximo até o início de 2011. Para o local de transferência, a infraestrutura já está pronta: há creches, escolas e postos de saúde funcionando.

Outra área cujo projeto já foi finalizado é o núcleo de Monte Alegre, hoje um bairro do município, reconhecido por lei aprovada na Câmara. Para a urbanização, 90 barracos foram derrubados para a abertura de ruas, canalização de água, esgoto, instalação de postes de luz e a construção de três praças. As famílias, cujas casas deixaram de existir, foram transferidas para moradias construídas pela Cohab, distantes cerca de um quilômetro da antiga favela. As moradias são subsidiadas e as famílias pagarão R$ 65,00 por mês, ao longo de dez anos, para a aquisição do bem. As 330 casas que permaneceram no núcleo são de alvenaria.

Segundo Gandini, o programa fechou um acordo com a CPFL Energia, que doou para cada casa do Monte Alegre relógios para a medição de energia, geladeiras, postinhos de iluminação, chuveiro e lâmpadas econômicas. Além disso, toda a reforma elétrica interna foi realizada pela companhia.

O gerente de relações com o poder público da CPFL, Luiz Carlos Valli, afirma que, além do aspecto social da medida - que permitirá aos moradores terem contas de energia e forma de comprovação de endereço - , as adulterações na rede elétrica, conhecidas como gatos, foram solucionadas. O programa de desfavelização do Monte Alegre foi custeado pelo município, com uma verba de R$ 3,8 milhões.

Na favela Faiane, distrito de Bonfim Paulista, a solução para a área de risco veio de uma parceria com a iniciativa privada. Gandini explica que 44 famílias serão retiradas para uma área contígua ao longo dos próximos dois anos. As obras são custeadas por uma construtora, que está implantando um grande empreendimento residencial na região.

Outros dois núcleos também estão com programas em andamento. Em Mangueiras, zona oeste de Ribeirão, as obras para a construção de 384 apartamentos estão em fase de licitação pelo governo estadual. A favela de Várzea, zona norte, possui 530 famílias, e passa por estudos geológico e topográfico. “Cerca de 1.700 famílias estão com a situação resolvida ou encaminhada. Meu objetivo é que não existam mais favelas em Ribeirão em alguns anos”, afirma o juiz. Fonte: diariodeumjuiz.com


Paranaense sofre angústia da
espera na Indonésia

O caso do surfista paranaense Rodrigo Gularte, de 36 anos, que foi condenado à morte na Indonésia após ser preso por tráfico de drogas no local em 2005, está sem definição. Mesmo depois de tantos anos preso, não há informações sobre quando ou onde o rapaz seria executado.

Aliás, é essa a principal dúvida dos organismos de direitos humanos - nacionais e internacionais - que vêm defendendo o retorno do rapaz para o Brasil. A família não dá declarações à imprensa, assim como a advogada dele, Lisiane Gularte.

Até agora, o que se sabe é que todo o esforço desses organismos parece ser em vão. A única saída para Gularte, segundo o presidente da Comissão de Relações Internacionais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato - que acompanha o caso e luta pela volta do surfista ao Brasil - seria o indulto da presidência da Indonésia.

“Mas isso é raríssimo”, afirmou Busato. Segundo ele, tudo que se podia fazer para tentar trazer Gularte a sua terra natal está sendo feito. Mas as esperanças são poucas. “O caso dele é muito difícil, de pena de morte. O tráfico de drogas é um crime gravíssimo lá. Mas vamos até as últimas instâncias”, lamenta o advogado.

No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a tratar sobre o caso com o presidente indonésio, que esteve no Brasil, mas até agora não há novidades, como informa o Ministério das Relações Exteriores.

Segundo a assessoria do Ministério, o governo brasileiro também está fazendo de tudo para que Gularte volte, com vários pedidos de clemência, mas ainda não há respostas do governo indonésio.

O ministério também informou que não sabe como anda a situação jurídica de Gularte. No entanto, Busato afirmou que a sentença de morte já existe. “Na parte jurídica já não há muito mais o que fazer”, disse.

A reportagem entrou em contato com o Setor de Assistência aos Brasileiros no Exterior na Indonésia, que não informou sobre uma possível data da execução. Por e-mail, o órgão afirmou que Gularte “está bem de saúde, sendo atendido pela embaixada constantemente”.

O e-mail informou, ainda, que Gularte tem recebido “remessas de alimentos e material de leitura do Brasil” e que familiares dele têm o “visitado e sido atendidos pelo chefe da embaixada”.

A embaixada informou também que o rapaz recebeu a visita do embaixador na prisão e que o Itamaraty tem prestado a assistência jurídica necessária ao rapaz. O e-mail afirma também que os presidente Lula e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, intercederam pessoalmente por Gularte quando estiveram na Indonésia, em 2008.

Gularte tinha seis quilos de cocaína na prancha de surfe

Rodrigo Gularte foi preso em julho de 2004 no aeroporto Internacional de Jacarta (capital da Indonésia) quando tentava passar pelo raio-X com pelo menos seis quilos de cocaína escondidos numa prancha de surfe.

Outros dois amigos de Gularte também foram detidos, mas liberados em seguida, pois ele assumiu sozinho a posse das drogas. Os três estavam indo para Bali, um dos locais preferidos dos surfistas.

Segundo a Embaixada Brasileira na Indonésia, Gularte está em uma prisão de segurança máxima, a SMS Pasir Putih, localizada a dois dias de viagem de Jacarta. Quando foi preso, ele foi levado para a prisão de Cipinang, em Jacarta, mas foi transferido para a SMS em 2007.

Antes de ir para Jacarta, Gularte morava em Florianópolis, Santa Catarina, onde estudava Administração. Naquele dia, ele viajou até Curitiba, de carro, com as pranchas e embarcou no Aeroporto Internacional Afonso Pena. Passou por São Paulo e por Johannesburgo, na África do Sul e, depois, seguiu para Jacarta.

O caso de maior repercussão envolvendo brasileiros e tráfico na Indonésia é o do instrutor de vôo carioca, Marco Archer Cardoso Moreira, 48 anos. Em agosto de 2003 ele também foi flagrado, no aeroporto de Jacarta, com 13 quilos de cocaína escondidos em seu equipamento.

Ele conseguiu fugir, mas foi capturado na Ilha de Sunbawa. Ele também já teve pedidos de clemência negado, e ainda não foi executado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, estima-se que haja cerca de três mil brasileiros presos no exterior.

Fonte: parana-online


Psicoterapia ajudou policiais a se livrarem de trauma após ataques do PCC, diz estudo

 

Foto: Paulo Pinto/AE

Trinta e seis policiais participaram do estudo, que teve início três meses após a onda de ataques

Cinco anos depois do início dos ataques provocados pela facção criminosa PCC contra policiais em São Paulo, um estudo realizado pelo psicólogo clínico e doutor em neurociências e comportamento, Julio Peres, mostra que parte dos agentes de segurança sofreram de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático). Muitos deles conseguiram se recuperar com ajuda da psicoterapia.

A pesquisa teve início em 12 maio de 2006, três meses após os ataques, e contou com 36 policiais que sofreram a primeira onda de ataque, a mais severa, e passaram pelo mesmo trauma de perda de colegas. Os participantes foram divididos em três grupos.

O primeiro com policiais traumatizados submetidos à psicoterapia; o segundo de policiais traumatizados que não foram submetidos à psicoterapia; e o terceiro de policiais não traumatizados (resilientes).

Durante esse intervalo de 40 dias, o Grupo 1 passou por um programa psicoterápico direcionado à superação traumática, chamado de Terapia de Exposição e Reestruturação Cognitiva indicado para pacientes com memórias traumáticas.

A psicoterapia ajudou os policiais a construírem a capacidade de atravessar situações traumáticas e voltar à qualidade satisfatória de vida. “O grupo um apresentou queda em 37% dos sintomas, sem mais preencherem os critérios de TEPT e teve resultados similares ao grupo três em relação às expressões neurais”, diz o estudo.

“Já o grupo dois, sem tratamento, teve piora dos sintomas e apresentou em ambos os exames aumento na atividade da amígdala”, entre outros. Segundo o psicólogo, o estudo mostra a fragilidade humana assim como o potencial de superação dos policias e ensina como os policias submetidos à psicoterapia aprenderam a ter resiliência.

Com isso, é possível compreender a importância da psicoterapia para encurtar o período de sofrimento, evitar que os sintomas piorem e que o transporto de estresse pós-traumático se torne crônico. A pesquisa aponta ainda que as pessoas que inicialmente configuram o Transtorno de Estresse Pós-Traumático parcial podem desenvolver o TEPT crônico, que apresenta risco três vezes maior para problemas como o transtorno depressivo. Fonte: band.com.br


Faltam capacitados para assumir penitenciárias

A iniciativa pioneira de preencher os cargos de diretores das unidades penitenciárias por processo seletivo entre os funcionários de carreira do Departamento Penitenciário pode tornar-se um problema para a Secretaria de Justiça. O número de aprovados pode não ser suficiente para preencher as vagas.

Dos 200 inscritos na seleção, apenas 32 tiveram nota superior a sete e foram aprovados na prova de conhecimentos específicos, a segunda etapa do exame, que irá selecionar os diretores para as 24 unidades do Estado.

O processo é realizado pela Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania, que optou pelo concurso em vez de preencher vagas por indicação política, o que é permitido pela legislação.

Etapas

A terceira etapa, de planos de trabalho, também pode eliminar candidatos. Eles passarão ainda por prova de títulos e análise da história profissional. Depois, os candidatos aprovados serão classificados em lista tríplice para cada uma das 24 vagas, o que pressuporia pelo menos 72 aprovados.

O edital prevê, no entanto, que na inexistência de aprovados em número suficiente poderão ser indicados os candidatos aprovados em segundo e terceiro lugares.  Fonte: parana-online


Escola do crime

As unidades para menores em todo o país sofrem críticas e denúncias constantes não só de torturas e maus tratos mas também por não recuperarem os jovens e não cumprirem o que determina o ECA.

Os serviços de lazer e educação oferecidos aos adolescentes são ruins, isso quando existem. Na maioria das unidades, o “lazer” é um jogo de futebol no pátio. Não há cursos profissionalizantes na maioria das unidades que acabaram se transformando em locais superlotados. Em algumas, há um colchão para cada dois internos e o déficit de vagas é de 3 mil e ganharam o apelido de “escola do crime”, onde os jovens não se recuperam e aprendem, com outros adolescentes, outros tipos de crimes, já que não são separados por idade ou pela natureza do crime cometido. Jovens infratores primários são colocados junto com reincidentes.

Um sistema que privilegia a punição, o medo, a repressão e onde a corrupção e a violência. São amontoados de menores vivendo sem condições de higiene, com atendimento médico e dentário muito precários. O atendimento de psicólogos também é ruim porque a quantidade de profissionais é muito pequena em relação ao número de internos. Ariel de Castro Alves, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, disse em uma entrevista: “A Febem é a réplica autêntica e piorada do sistema prisional”. Conceição Paganele, Presidente da Associação de Mães e Amigos da Criança Adolescente em Risco – AMAR – afirmou que “a Febem virou uma espécie de Carandiru Mirim”.

Uma amostra de como as unidades para menores se parecem com as cadeias comuns aconteceu em 2004, quando, durante uma rebelião, os jovens escreveram no pátio da unidade Franco da Rocha, em São Paulo: “PCC”. A facção criminosa dos adultos conseguiu se infiltrar entre os menores e nas unidades paulistas existe o “PCC MIRIM”, que funciona como o dos adultos, com chefes e responsáveis pelo tráfico de drogas dentro das instituições. Maconha e cocaína são drogas comuns dentro das unidades para menores, como também acontece nas cadeias dos maiores.


Agência Estado
O slogan do PCC escrito durante uma rebelião na Febem

Em cada unidade há o voz, que é o chefe. Em cada ala da unidade, há um líder e os faxinas. O voz passa as ordens para os líderes que as repassam aos faxinas que são os que fazem o “trabalho sujo”, executando a ordem ou o castigo imposto que pode ser de abuso sexual a mortes.

Os celulares também são uma realidade dentro das unidades para menores. Com os aparelhos (como fazem os presos adultos) eles comandam o tráfico de drogas de dentro das celas, planejam fugas e rebeliões ao mesmo tempo em diferentes unidades. Em 2006, por exemplo, durante revistas nas unidades da Febem em São Paulo, foram encontrados e apreendidos 92 celulares e 45 carregadores de celular. Também foram encontradas 32 “terezas” (cordas feitas de pedaços de lençol usadas nas fugas) e 1600 “naifas” (facas artesanais feitas com pedaços de ferro). A exemplo dos adultos as rebeliões e fugas também são planejadas e acontecem com muita freqüência.

Em São Paulo, em 24 de Dezembro de 2006, o governo Estadual mudou o nome da Febem – Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor para Fundação CASA – Fundação Centro de Atendimento Sócio-Educativo ao Adolescente. No final de 2007, um ano após a alteração, pouco havia mudado além do nome. Ainda ocorriam fugas, como a que aconteceu em 19 de novembro de 2007, quando 15 menores considerados “perigosos” fugiram de suas celas e pularam o muro (de sete metros) da Unidade Vila Maria, na Zona Leste de São Paulo. Na mesma unidade, em 17 de dezembro, após uma revista nas celas, foram encontradas, com os menores, 15 barras de ferro e um revólver. A Fundação Casa é ainda uma instituição alvo de muitas denúncias e continua com o estigma “de não recuperar ninguém”. Uma instituição que não reeduca e nem socializa, onde as denúncias de torturas são rotina.

Champinha e a falta de tratamento

A história chocou o país: dois jovens, Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Caffé, de 18, foram acampar na cidade de Juquitiba, interior de São Paulo. Dias depois seus corpos foram encontrados na mata. Foram brutalmente assassinados. O acusado pela barbárie, um jovem de 16 anos, R.A.C., conhecido pelo apelido de Champinha. O crime aconteceu em 2003 e Champinha, detido, foi para a Febem. No dia 2 de maio de 2007, apesar da periculosidade do rapaz, a vigilância falhou e ele fugiu.

Recapturado voltou para a Febem e passou a ser um problema para o Estado e a Justiça. Ocorre que o prazo máximo de internação previsto pelo ECA é de três anos. Este prazo já passou, Champinha agora é maior, mas uma junta de psiquiatras e psicólogos concluiu que ele não está recuperado, que não tem condições de voltar ao convívio social porque pode voltar a matar. O problema é que não há para onde mandar o rapaz porque não há hospitais adequados para atender os jovens que tem problemas mentais e psicológicos e terminaram de cumprir suas penas. Como Champinha, há na Fundação Casa (antiga Febem) outros 60 jovens com doença mental grave, que terminaram de cumprir suas punições mas que foram considerados “não recuperados”.

O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que eles deveriam liberados ser tratados em locais adequados e especializados, mas estes locais não existem, e todos continuam detidos na Fundação Casa. O levantamento destes casos foi feito pelo DEIJ – Departamento de Execuções da Infância e da Juventude. Os jovens cometeram ao todo 14 homicídios, 6 tentativas de assassinato, 5 estupros e atentados violentos ao pudor, 33 assaltos à mão armada, 26 furtos, 4 seqüestros e 14 casos de uso ou tráfico de drogas. Fonte: pessoas.hsw.uol.com.br


Como funcionou o AI-5

Não era proibido proibir. Na contramão dos ideais libertários dos anos 60, um ato do grupo político e militar que governava o Brasil no final do emblemático ano de 1968 mergulhou o país em um período de censura, repressão e medo. Com ele, proibir era a praxe oficial do governo. Proibir a expressão de opiniões contrárias ao regime, proibir que as pessoas exercessem seus direitos políticos, proibir os cidadãos de se defenderem legalmente dos atos abusivos dos governantes.


Agência Estado
O AI-5 deu carta branca para a fase mais violenta da repressão durante a ditadura militar no Brasil

E tudo começou no ano em que os movimentos libertários da década de 60 atingiram seu clímax em várias partes do mundo. Em 1968, até países que viviam sob regimes totalitários assistiram a radicais manifestações políticas, comportamentais e artísticas que reivindicaram liberdade e direitos. Em países democráticos, como a França e os Estados Unidos, a rebeldia daquele ano fez eco no sistema educacional francês e na mobilização popular dos americanos contra a Guerra do Vietnã. Mas, nas ditaduras as reações foram violentas e endureceram ainda mais os mecanismos repressivos já instalados. A “Primavera de Praga”, como ficou conhecida a rebelião popular numa então Tchecoslováquia sob controle da União Soviética, foi sufocada por soldados e tanques mandados por Moscou. No Brasil, sob uma ditadura militar desde o golpe de 1964, a contestação ao regime foi silenciada com a implantação do Ato Institucional n.º 5, o AI-5.

Com ele o pouco de liberdade que restava após o golpe militar se foi. O Ato foi assinado e promulgado pelo marechal Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968. Seu conteúdo havia sido aprovado pelo Conselho de Segurança Nacional, com a solitária discordância do vice-presidente Pedro Aleixo. O AI-5 foi uma reação imediata do governo à recusa do Congresso Nacional em permitir que fossem processados dois deputados da oposição, que haviam criticado a falta de liberdade e o regime opressivo em vigor no país. Mas, os 12 artigos do AI-5, que impuseram definitivamente uma ditadura no país, foram principalmente uma resposta do governo à versão brasileira das rebeliões e reivindicações que tomaram conta do mundo em 1968. Nos dez anos em que vigorou ele “legitimou” a censura, a repressão, a tortura, o medo, os mandos e desmandos de uma ditadura militar que, apoiada por grupos políticos e econômicos, ficou no poder até 1985.

Carta branca para reprimir

Deter o avanço do comunismo era um dos principais ideais que nortearam o golpe de 1964 e boa parte da ditadura militar no Brasil. Em 1968, os militares e seus apoiadores civis no governo e na sociedade enxergavam em qualquer ato de rebeldia estudantil, dos trabalhadores ou de parlamentares a ameaça vermelha. Sob o pretexto das ações “subversivas” que eclodiram em 1968, a ala linha dura do governo pressionou no final daquele ano o presidente Costa e Silva a dar carta branca à repressão. Com o temor de um “golpe dentro do golpe”, ele cedeu. Inspirados no argumento de que “ou a revolução continua ou a revolução se desagrega”, os integrantes do Conselho de Segurança Nacional, entre eles os então ministros Magalhães Pinto, Delfim Netto e Jarbas Passarinho, aprovaram os 12 artigos do AI-5. Assim, a partir de 13 de dezembro de 1968, restringiram-se radicalmente os direitos dos cidadãos brasileiros. O presidente da República ficou autorizado a fazer a intervenção em governos estaduais e municipais, decretar o recesso do Congresso Nacional, cassar direitos políticos, suspender habeas corpus, legislar por decreto-lei, demitir ou aposentar juízes e funcionários públicos, proibir manifestações políticas e fazer o confisco de bens considerados ilícitos. Tudo isso sem a necessidade de nenhuma apreciação judicial.

Fonte: pessoas.hsw.uol.com.br


Consilux Tecnologia abre as portas para deputados estaduais

Empresa recebeu parlamentares da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação

 O presidente da Consilux Tecnologia, Aldo Vendramin, recebeu na manhã desta terça-feira (12/04) deputados da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação. O objetivo do encontro foi tirar dúvidas dos parlamentares sobre o funcionamento dos controladores de velocidade e lombadas eletrônicas instalados em Curitiba. Participaram do encontro os deputados Marcelo Rangel (PPS), Tadeu Veneri (PT), Adelino Ribeiro (PSL) e Edson Praczyk (PRB).

Dentre os pontos esclarecidos durante o encontro, estavam detalhes sobre o funcionamento dos equipamentos e o modo como as infrações são registradas e enviadas para os órgãos de trânsito. O convite da empresa aos deputados foi uma resposta à solicitação de esclarecimentos realizada pelos parlamentares no mês de março.

Segundo o deputado Édson Praczyk (PRB), a visita foi muito positiva. "Acredito que a forma como fomos recebidos esclareceu uma infinidade de dúvidas. A receptividade foi sensacional e a forma como a empresa não se omitiu em momento nenhum, aberta aos questionamentos, me deixou mais tranquilo. Além disso, me deixa entusiasmado como a Consilux se abriu para qualquer tipo de auditoria em seu sistema. Trata-se de uma empresa paranaense, que utiliza softwares livres, com uma tecnologia invejável e que gera empregos”", disse.


Deputado Francischini visita o SINDARSPEN‏

Após uma VITÓRIA histórica, com a derrubada do VETO do ex-governador Requião, o Dep. Federal e Delegado da Policia Federal Francischini, veio até a sede do SINDARSPEN para comemorar  e consolidar o apoio a classe dos AGENTES PENITENCIÁRIOS DO PARANÁ.

 Na ocasião a rádio CBN Curitiba esteve presente e entrevistou o deputado que declarou ser a maior derrubada de um veto no estado do Paraná, nunca houve uma votação tão expressiva, e corrigiu algumas informações que estão sendo veiculas erroneamente na imprensa, que o porte ao qual os agentes tem direito agora, é para uso pessoal, e fora das unidades prisionais, extra-muros, servirá para segurança pessoal do servidor e de sua família. Era uma necessidade, como alguém que trabalha direto com a criminalidade, com o crime organizado, não tinha esse direito assegurado, não tinha como ser passivo a esta causa.

Parabenizou todo o trabalho feito pelo SINDARSPEN, trabalho de bastidores, de ter sempre conversado com os órgão do governo, esclarecendo a Lei e o que ela realmente dizia. Reiterou o apoio a classe e que estará sempre a disposição.

 Nós também conversamos com a CBN e esclarecemos alguns pontos que a sociedade esta questionando, como será o uso desse porte? que será para segurança pessoal do agente, fora dos muros da penitenciária que deverá ser usado discretamente, como  que a classe recebeu essa notícia?, comentamos que, com muito alívio e felicidade pois era uma briga antiga com a gestão do governo anterior.

 Agora vamos na próxima reunião com a SEJU, pedir a implementação, o registro na funcional, vamos levar um projeto de uma nova funcional e achar um caminho mais rápido para a efetivação deste direito.

 A LUTA CONTINUA

 Johnson


 NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

 Diante das notícias dando conta da intenção de cancelamento de contrato para operação dos radares, a Consilux Tecnologia esclarece:

- A empresa aguarda com tranquilidade o desenrolar dos fatos.

 - Há 23 anos no mercado, com tecnologia e equipamentos avaliados por algumas das melhores equipes técnicas do Brasil, a Consilux reafirma a idoneidade do sistema instalado em Curitiba, conforme notas de esclarecimento anteriormente emitidas.

 - A Consilux, proprietária do sistema e dos equipamentos, mantém a operação normalmente até que seja comunicada oficialmente sobre esta decisão, quando, através de seu departamento jurídico, decidirá que procedimentos devem ser tomados, já que não há qualquer suspeição sobre os contratos vigentes.

 A Empresa

Com sede em Curitiba, a Consilux atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas nos setores de Engenharia de Trânsito, Engenharia Ambiental, Construção Civil e Engenharia Elétrica. Fundada em 1988, a empresa é uma das líderes na área de segurança e engenharia de trânsito e tem a qualidade de seus produtos também atestada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), órgão ligado à Universidade de São Paulo (USP). O instituto foi contratado pela Secretaria Municipal de Transportes (SMT) de São Paulo para avaliar o desempenho técnico das empresas que participaram das concorrências para a instalação de radares em São Paulo e nestas a Consilux foi avaliada em primeiro lugar.

A empresa já esta presente na capital paulista onde opera com 103 pontos de equipamentos (lombadas eletrônicas e radares fixos discretos para fiscalização de infrações por excesso de velocidade, rodízio municipal, invasão de faixa exclusiva para ônibus, dentre outras).

A tecnologia e os equipamentos são desenvolvidos em Curitiba por técnicos e especialistas da própria empresa.

 

Assessoria de Imprensa da Consilux Tecnologia

Tel.: 41 3078-4086

Cel.: 41 8873-5829

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

Tendo em vista a veiculação de matéria no Fantástico, a Consilux Tecnologia esclarece os seguintes fatos:

 - A Consilux não se responsabiliza pelas declarações de seu funcionário.

 - O funcionário Heterley Richter Jr, que aparece nas gravações, foi afastado de suas funções.

 - Nenhum contrato pode ser viabilizado sem a aprovação da diretoria da empresa.

- Não existe possibilidade alguma de apagar multas do sistema. Cada infração detectada pelos controladores de velocidade é automaticamente enviada do radar para o sistema da contratante, no caso de Curitiba, a URBS. Quem opera o sistema, portanto, é a URBS.

 - A única ressalva é para veículos especiais, como ambulâncias e viaturas policiais.  Mas, de qualquer forma, o registro fica armazenado no sistema da URBS.

 - O próprio denunciado, Heterley Richter Jr, está com a carteira ameaçada de suspensão devido às multas de trânsito aplicadas pelos radares da Consilux.

 - A Consilux tem cinco contratos em operação. Em todos eles a empresa concedeu descontos de em média 40%, fruto da disputa acirrada com outras empresas, inclusive na licitação realizada em Curitiba. Isto mostra a lisura de todos estes processos. Nas licitações em que há acusação de fraude por direcionamento, a empresa beneficiada não apresenta desconto (sempre preço cheio).

  

Assessoria de Imprensa da Consilux Tecnologia

Tel.: 41 3078-4086

Cel.: 41 8873-5829

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

Tendo em vista a repercussão dos temas abordados na matéria do Fantástico, a Consilux Tecnologia esclarece:

 - Os dados dos radares são criptografados no momento de sua geração e enviados digitalmente, sem intervenção humana, diretamente aos órgãos de trânsito. Operações no sistema de processamento de imagens são registradas e disponíveis para auditoria. Não há qualquer possibilidade técnica de apagar as infrações registradas pelos radares.

 - Os radares e lombadas eletrônicas da empresa são homologados pelo Inmetro e aferidos por suas regionais credenciadas (IPEMs).

 - Durante as gravações exibidas pelo Fantástico, quando Heterley Richter Jr. falou em “apagar multas” não se expressou de forma adequada. Estava se referindo ao episódio ocorrido em Curitiba, quando, por determinação dos então diretores da URBS, as multas aplicadas aos ônibus de transporte coletivo urbano passaram a ser rejeitadas. Esta prática foi suspensa e questionada na justiça. Tanto que estes ex-diretores ainda respondem processo por renúncia de receita.

 - Mesmo não havendo autuação, os registros das infrações permaneceram no sistema, pois o sistema da Consilux não permite a exclusão dos registros.

 - Em todos os contratos operados pela Consilux, a vitória se deu por proposta técnica e preço. A parte técnica foi avaliada por institutos renomados do Brasil, como o IPT (SP) e Tecpar (PR), em um processo transparente e com metodologias de avaliação coerentes e rígidas. Em tempo, na licitação da capital paranaense, o processo de avaliação técnica contou com a presença de um auditor do Tribunal de Contas do Paraná, que pode comprovar a seriedade do processo.

 - A Consilux Tecnologia está aberta, e apóia, toda e qualquer investigação relativa ao seu sistema e aos contratos que mantêm.

 A Empresa

Com sede em Curitiba, a Consilux atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas nos setores de Engenharia de Trânsito, Engenharia Ambiental, Construção Civil e Engenharia Elétrica. Fundada em 1988, a empresa é uma das líderes na área de segurança e engenharia de trânsito e tem a qualidade de seus produtos também atestada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), órgão ligado à Universidade de São Paulo (USP). O instituto foi contratado pela Secretaria Municipal de Transportes (SMT) de São Paulo para avaliar o desempenho técnico das empresas que participaram das concorrências para a instalação de radares em São Paulo e nestas a Consilux foi avaliada em primeiro lugar.

A empresa já esta presente na capital paulista onde opera com 103 pontos de equipamentos (lombadas eletrônicas e radares fixos discretos para fiscalização de infrações por excesso de velocidade, rodízio municipal, invasão de faixa exclusiva para ônibus, dentre outras).

A tecnologia e os equipamentos são desenvolvidos em Curitiba por técnicos e especialistas da própria empresa.

 

Assessoria de Imprensa da Consilux Tecnologia

Tel.: 41 3078-4086

Cel.: 41 8873-5829


Dados da justiça mostram padrastos e pais como maiores abusadores de crianças

 

A 1ª VIJ (Vara da Infância e da Juventude) do Distrito Federal divulgou estatística dos atendimentos psicossociais de crianças e adolescentes em situação de violência sexual, efetuados em 2010 pelo CEREVS (Centro de Referência para Violência Sexual). No ano passado, o CEREVS atendeu 87 crianças e adolescentes. O público foi em sua maioria feminino (86%), mantendo-se o padrão de 2009, cujo percentual de meninas chegou a quase 80%.

 A violência foi eminentemente intrafamiliar, aspecto predominante no universo dos dados colhidos pelo CEREVS, pois o abuso ocorrido no seio da família requer medidas que somente a Justiça pode aplicar, como por exemplo o afastamento do agressor do lar, a alteração da guarda/tutela, a suspensão de visitas ou a regulamentação de visitas supervisionadas. Outras medidas podem ser aplicadas pelo Conselho Tutelar às vítimas quando não estão em situação de risco e a violência é de natureza extrafamiliar.

Os entes familiares costumam liderar as estatísticas como abusadores. De acordo com o levantamento, os agressores eram os padrastos (34%), seguidos dos pais (22%). A relação parental explica por que a violência normalmente acontece dentro dos lares. A residência da vítima foi o local de maior incidência do abuso (52%); e a casa do autor aparece em quase 29% dos casos, geralmente quando as crianças visitam seus pais.

Segundo a supervisora Viviane Amaral, do CEREVS, a atitude abusadora dos agressores raramente está associada a alguma patologia, como a pedofilia. Trata-se de pessoas que se aproveitam da proximidade e da ingenuidade da criança ou do adolescente e ignoram a vontade ou o processo de desenvolvimento da vítima, pois, para o autor da violência, o que está em jogo é a satisfação do seu desejo.

Os atendimentos psicossociais mostraram que as ameaças de caráter emocional perpetradas contra as vítimas representaram 33% dos casos, e as de caráter físico giraram em torno de 29%. Em alguns casos, esses dois tipos de ameaça foram praticados cumulativamente. Porém, em 39% das situações abusivas, registrou-se ausência de ameaças, o que denota a ligação emocional do agressor com a criança, que habitualmente não distingue entre o certo e o errado, entre o toque bom e o malicioso.

A maior parte das denúncias se originou da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) (34%), do Conselho Tutelar (17%) e da 1ª VIJ  (1ª Vara da Infância e da Juventude) (14%). Os demais casos em que a 1ª VIJ atuou tiveram como portas de entrada os hospitais, as delegacias circunscricionais, as escolas, entre outras.

A DPCA registra mais denúncias de abuso que outras delegacias porque é órgão especializado, dotado de pessoal treinado para atender esse tipo de ocorrência. As demais portas de entrada relacionam-se à facilidade de acesso e à proximidade para o denunciante. Conforme a supervisora do CEREVS, a escola se apresenta como importante meio de denúncia. As marcas de violência deixadas na criança ou a confiança que ela deposita no professor e nos colegas podem levar à revelação do abuso.

A supervisora alerta para as diversas consequências decorrentes do abuso. A vítima costuma apresentar retração ou agressividade, medo de ficar sozinha, baixa autoestima, choro fácil, alto nível de ansiedade, terror noturno, entre outros comportamentos. Entretanto, Viviane ressalta que os especialistas no assunto são unânimes em concordar que a exacerbação da sexualidade é o único sintoma que está intimamente interligado ao abuso. "O despertar precoce para uma sexualidade para a qual a criança não está preparada está correlacionado com o sintoma emocional decorrente da violência sexual", afirma Viviane.

O atendimento às vítimas de violência sexual pelo CEREVS revela que o abuso causa prejuízos em todos os aspectos da criança e do adolescente, sejam físicos, emocionais, sociais ou comportamentais.


Ex-diretor diz que falcatruas
no porto são antigas

Campos: “Denunciei fraudes, comportamentos fraudulentos, tudo visando o lucro.
Até propina da cantina cobravam”.

Exonerado da Diretoria Técnica do porto de Paranaguá pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB) após denunciar irregularidades no terminal marítimo, o engenheiro Leopoldo Campos disse ontem que os esquemas desvendados pela Operação Dallas já ocorriam antes mesmo de Daniel Lúcio de Oliveira Souza assumir a superintendência do Porto, em 2008.

Campos disse que muitos dos crimes cometidos foram denunciados por ele a Requião, à Polícia Federal e ao Ministério Público (MP) em 2007, durante a gestão de Eduardo Requião.

“De tudo isso, a única coisa diferente é a compra da draga, que ocorreu depois que eu já saí. Mas o resto, já acontecia tudo antes e foram denunciados por mim à Polícia Federal e ao Ministério Público”, disse Campos que aponta Eduardo com líder do esquema. “Denunciei fraudes em licitações, cobrança de propina, comportamentos inadequados, fraudulentos, tudo visando o lucro. Até propina da cantina eles cobravam”, disse. “E tem gente que continua lá que era cérebro desse esquema”, alertou.

Leopoldo Campos disse que no dossiê que entregou a Requião e, posteriormente ao MP alertava para o desvio de cargas, fraudes nas licitações, irregularidades nos procedimentos de dragagem, empresas construindo em áreas públicas após pagar propina, obras realizadas com equipamentos inadequados, aditivos contratuais fraudulentos, entre outras irregularidades.

“Nenhum engenheiro assinava nenhuma licitação, não era consultado sobre nada. A equipe técnica não participava de nenhum desses procedimentos, que são fundamentais para o porto”, disse.

Leopoldo Campos disse que nunca foi convidado para participar do esquema. “O que eles queriam era que eu assinasse pareceres técnicos referendando a falcatrua deles, mas nunca assinei”, disse. “O superintendente me chamou para reunião eu disse que não ia participar de reunião de quadrilha”, emendou.

Apesar de não estar no porto na época da tentativa da compra de uma draga chinesa, que levou a PF a pedir a prisão de Eduardo e do ex-secretário Luiz Mussi pela cobrança de US$ 5 milhões em propina, Lepoldo Campos disse que o processo de dragagem do Canal da Galheta, que o governo nunca conseguiu concluir, era sempre pretexto para esquemas fraudulentos. “Todas aquelas licitações eram viciadas”, contou.

O engenheiro disse estar satisfeito com os desdobramentos da Operação Dallas, mesmo quase quatro anos depois de sua denúncia. “Não tem preço. Estou muito satisfeito de a sociedade estar descobrindo quem são essas pessoas. De ver que está acontecendo Justiça. Eu fui para Paranaguá para arrumar o porto, mas isso não interessava a eles, pois, quanto mais bagunçado, mais fácil para a corrupção”.

Ele disse que mesmo que não tenha participado do esquema, o ex-governador Roberto Requião sabia das irregularidades, já que foi comunicado pessoalmente pelo próprio Leopoldo Campos, “mas ele preferiu me exonerar”. Fonte: Paraná online


Agentes peniteNciários acompanham
enterro do colega morto

Segurança nos presídios está sendo mantida, mas grande maioria dos agentes deixou os postos

Os agentes penitenciários das unidades prisionais de Curitiba e região metropolitana seguem neste momento para o Cemitério Jardim da Saudade, na Cidade Industrial, para acompanhar o enterro do agente de 52 anos, morto ontem (4) com vários tiros enquanto pintava a casa, no bairro Fazendinha.

Segundo informações levantadas pela rádio Banda B, foram liberados cerca de 80 agentes das quatro unidades da região: Penitenciária Central do Estado (PCE), Penitenciaria Estadual (PEP, Colônia Penal Agrícola (CPA, e Centro de Detenção e Ressocialização (CDR). Nestes locais, foi cancelada a ida ao pátio dos detentos no período da manhã e as portarias estão fechadas. Apenas está mantida a segurança das unidades que mantêm os presos fechados nas celas.

No cemitério está sendo organizada uma manifestação em solidariedade ao agente morto.

O caso

Um crime no final da tarde de ontem (4), na Vila Santa Amélia, chamou atenção dos moradores do bairro Fazendinha, em Curitiba. Um agente penitenciário foi brutalmente assassinado enquanto pintava o muro de casa.

Segundo informações da rádio Banda B, o assassino estava escondido atrás do muro, quando a vítima foi surpeendida com uma pistola 9 milímertos. O agente de 52 anos morreu em decorrência de três disparos que atingiram a cabeça, o ombro e o tórax.

Investigadores que acompanharam a reconstituição do crime e estiveram no local durante todo o episódio percorreram algumas casas da rua que contavam com câmeras de segurança, porém, nenhum dos equipamentos conseguiu registrar o incidente.

O agente penitenciário estava lotado na Colônia Penal Agrícola e há alguns anos chegou a comandar a segurança do extinto presídio do Ahú e da penitenciária de São José dos Pinhais. A mulher dele é professora e dá aulas para os presos na Colônia Penal e informou que a vítima não possuía inimigos.

A investigação do crime ficou por conta da Delegacia de Homicídios. Testemunhas que estavam no local no momento da execução serão ouvidas na tentativa de identificar o suspeito, que deixou o local num carro desconhecido e até o momento não foi identificado.


LAMENTAMOS: Agente Penitenciário é assassinado quando pintava o portão de casa

PARANÁ - O agente penitenciário da Colônia Penal Agrícola (CPA) de Piraquara, Carlos Alberto Pereira, 52 anos, o "Federal", pintava o portão de casa, no final da tarde de ontem, quando foi executado com três tiros na Rua Álvaro José da Costa, Fazendinha.

A principal hipótese levantada pela polícia é que o crime tem ligação com a função de Carlos Alberto, que durante sua carreira também foi chefe de segurança do antigo presídio do Ahu, e da Casa de Custódia de São José dos Pinhais.

Carlos Alberto estava em férias e aproveitava as tardes para cuidar da casa, como contaram vizinhos. Conforme apurado pela polícia, por volta das 17h40, o assassino parou o carro na rua de baixo e subiu a pé em direção à vítima, disparando à queima-roupa tiros de calibre 9 milímetros. Dois disparos atingiram a cabeça do agente e o outro acertou a barriga. O criminoso fugiu sem deixar pistas.

Mistério

A mulher de Carlos também trabalha na CPA como professora e, segundo vizinhos, não estava em casa na hora do crime. O delegado Rafael Vianna, da Delegacia de Homicídios, conversou com familiares da vítima, que, aparentemente, não vinha recebendo ameaças.

"A princípio, não havia nenhuma razão para Carlos ser morto. Ele era uma pessoa trabalhadora, não tinha rixa com ninguém. Ainda é cedo para apurarmos o motivo, mas com certeza trata-se de uma execução", comentou o delegado.

Vizinhos contaram que o agente era uma pessoa tranquila. "Ontem (segunda-feira), ele estava podando a árvore da frente de casa junto com o papagaio. Penso que se estivesse sendo ameaçado não se comportaria dessa forma", disse um morador.

Investigadores da DH fizeram levantamento das casas equipadas com câmeras de segurança na região, mas nenhuma delas teria flagrado a ação do marginal. Além de prisões estaduais, Carlos também foi agente penitenciário federal, o que lhe rendeu o apelido.

LAMENTAMOS E LEVAMOS À FAMÍLIA AS NOSSAS CONDOLÊNCIAS!

Fonte: http://www.parana-online.com.br/editoria/policia/news/502714/?noticia=ASSASSINADO+QUANDO+PINTAVA+O+PORTAO+DE+CASA


Agente penitenciário é morto em
posto de combustíveis

Sérgio conversava com frentista quando foi atingido.

O agente penitenciário aposentado Sérgio Luiz da Motta, 42 anos, foi morto com dois tiros na cabeça, no pátio do posto de combustíveis Singer, na noite de ontem, na Cidade Industrial. O posto fica em frente à rotatória do cruzamento das Ruas José Rodrigues Pinheiro e João Rodrigues Pinheiro. Ninguém viu o matador, que atirou à distância.

Segundo apurou a Polícia militar, Sérgio fazia a segurança do posto no horário da noite. Um frentista contou que conversava com o agente penitenciário, quando ouviu um estampido, parecendo bombinha. Em seguida, Sérgio caiu ao chão. "Como ele estava usando um aparelho para medir a pressão, achei que tivesse dado algum problema no aparelho. Quando fui olhar, notei sangue na cabeça dele e reparei que era tiro", comentou o frentista.

Correria
Achando que fosse assalto à loja de conveniência, o funcionário gritou para os outros frentistas para correrem e se abrigarem em algum local seguro. Só depois notaram que era homicídio. Ele e os funcionários dizem que não conseguiram ver de onde partiu o tiro. Como as câmeras de segurança não registraram nada estranho no pátio, acreditam que os tiros tenham sido dados de longe. Com base nisso, um investigador da Delegacia de Homicídios supôs que o crime foi trabalho de um atirador profissional.

A polícia ainda desconhece os motivos do assassinato. Um amigo da vítima apenas contou que o agente morava no Caiuá, na CIC, e estaria aposentado há cerca de um mês. Além do posto de combustíveis, disse o amigo, Sérgio também fazia segurança para uma casa noturna.


Presa quadrilha que se espelhava no PCC

Espelhada em facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma quadrilha estava aterrorizando Curitiba nos últimos três meses. Preso pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), o bando foi o responsável por arremessar uma granada contra um módulo policial, assassinar o filho de um agente penitenciário, executar um funcionário da Justiça Federal e ainda tentar matar um policial civil em Foz do Iguaçu. Sete membros do bando foram presos no começo da semana, e o restante da quadrilha, composta também por adolescentes, foi desmantelada na madrugada de sexta-feira.

Policiais do Cope prenderam Marilda da Silva, 38 anos; Cristian Miranda Gondin, 19; Rogério da Silva, 26; Everton Luiz Santine, 20; Rodrigo de Souza, 20, e dois adolescentes de 17 anos. Eles foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, receptação, porte ilegal de arma e formação de quadrilha e acusados de liderar o tráfico de drogas na região do Campo Comprido.

Com as prisões, o restante do bando, composto por Saulo Roberto Ramalho, 31, Fernando Ferreira da Silva, 19, dois adolescentes de 16 anos e um de 17, preparavam-se para fugir para Londrina. Na sexta-feira, eles estavam na Estrada da Ribeira, em Colombo, onde aguardavam um carro que os levaria para o norte do Paraná, quando foram presos. O grupo é apontado como autor de pelo menos 20 assassinatos. Os adolescentes são foragidos do Educandário São Francisco.

PCC

De acordo com o delegado titular do Cope, Marcus Vinícius Michelotto, o bando cometeu os homicídios e jogou a granada para mostrar força e com isso conseguir fazer parte de alguma facção criminosa. "Eles não faziam parte do PCC, mas queriam mostrar o poder que tinham para conseguir entrar nesta ou em outra facção. Eles seriam recebidos em Londrina, onde iriam montar um grupo para voltar para Curitiba praticar outros crimes", disse o delegado.

Crimes

A quadrilha começou a ser investigada depois do assassinato de Miguel Baron Neto, 15, filho de um agente penitenciário, ocorrido em 7 de abril, no Bairro Alto. O jovem foi morto dentro de sua casa com pelo menos nove tiros no peito, na barriga e no pescoço, quando caminhava até o portão, chamdo pelos criminosos. Ao lado do corpo, os bandidos deixaram um pano branco, em que estava escrito à caneta: "abaixo a opressão". No dia 19 do mesmo mês, o grupo assassinou a tiros Takeru Mauro Koarata, 44 anos, funcionário da Justiça Federal. Depois de seqüestrá-lo, os criminosos abandonaram o carro da vítima com a inscrição "1533 - Isso que é crime". Segundo a polícia, o número representa as letras que formam a sigla da facção criminosa PCC. O revólver, calibre 38, usado para cometer o dois crimes, foi apreendido com o bando.

A última investida da quadrilha aconteceu na terça-feira, quando, embalados pela onda de violência que assolava São Paulo, os criminosos resolveram jogar uma granada contra um módulo policial no Jardim Social. O artefato foi encontrado no meio da rua e detonado pela polícia. "A granada não explodiu porque eles não souberam usá-la", finalizou Michelotto.


Agente penitenciário é morto a tiros em Londrina

Um agente penitenciário foi executado na noite de terça-feira (22), em Londrina, no Norte do Paraná. Francisco Gonçalves Filho, de 41 anos, levou vários tiros quando chegava em casa, no Conjunto Luiz de Sá, na zona Norte da cidade. A polícia ainda não tem pistas dos autores, que fugiram do local em uma motocicleta vermelha, segundo testemunhas. O caso está sendo investigado pela 10ª Subdivisão Policial (SDP) de Londrina. Esta foi a terceira morte de um agente penitenciário de Londrina em meio ano.

Filho trabalhava na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), no Jardim Del Rei. Segundo o capitão Diógenes Gonçalves, diretor da unidade, o agente trabalhou até as 19h de terça-feira e foi para casa, que fica cerca de 30 minutos da penitenciária. O crime aconteceu enquanto Filho ainda estava dentro do carro. Um dos filhos dele, de dez anos, estava junto no veículo, mas não ficou ferido. Além da criança, a mulher da vítima, que estava na frente da casa, também presenciou toda a ação.

"A informação que temos é que os homens desembarcaram da moto, atiraram na porta do lado esquerdo do carro, mas não o acertaram porque ele se abaixou, aí continuaram atirando do lado direito", relata. Ao todo, foram 19 disparos, mas a polícia ainda não confirmou quantos atingiram a vítima. A reportagem da Gazeta do Povo Online está tentando entrar em contato com o delegado da 10ª Subdivisão Policial (SDP) de Londrina, Joaquim Antonio de Mello, que investiga o crime.

O delegado-chefe da SDP, Sérgio Luiz Barroso, adiantou que várias hipóteses estão sendo levantadas pela polícia, entre elas crime de vingança. "Temos algumas suspeitas que estão sendo investigadas", disse Barroso. Conforme a família, que não quis dar entrevistas, Filho estaria recebendo ameaças recentemente.

Filho trabalhava como agende da PEL desde 1996, ano em que foi transferido de Maringá, no Noroeste. Segundo o capitão Gonçalves, o agente era um excelente funcionário, não tinha antecedentes criminais e sempre participou ativamente dos serviços da penitenciária. "Por essas razões, da forma como houve o crime, com certeza a morte está ligada à ação funcional", afirma o capitão.

Sepultamento

O corpo de Francisco Gonçalves Filho está sendo velado na casa do pai dele, na Rua Astolfo Nogueira, 13, no Conjunto Luiz de Sá. O enterro está previsto para as 17h desta quarta-feira (23) no Cemitério Jardim da Saudade. O agente penitenciário deixa a mulher e três filhos, de 16, dez e nove anos.


Agente penitenciário é encontrado morto em casa

Polícia encontrou o corpo com marcas de tiro, em avançado estado de decomposição

Um agente penitenciário foi encontrado morto em sua casa no bairro Campo Comprido, em Curitiba, na manhã de hoje (20), segundo a rádio Banda B, Edson Luiz Batista, de 55 anos, pode ter morrido há dias.

O corpo foi encontrado por um vizinho de Batista, que estranhou a porta da sala da casa aberta há dois dias. No local, a polícia encontrou o corpo com marcas de tiro, em avançado estado de decomposição.

Batista era chefe de segurança do Centro de Observação e Triagem de Curitiba e morava sozinho.


Procuram pai e matam filho

O estudante Miguel Baron Neto, 15 anos, foi assassinado dentro de sua casa, na Rua Rio Iriri, Bairro Alto, pouco antes das 19h30 de ontem, por três homens que entraram na residência pedindo para cortar o cabelo - a mãe de Miguel é cabeleireira e possui um salão anexo à casa. Um quarto homem teria ficado dentro do carro, um Corsa Wagon branco - que não teve a placa anotada por testemunhas. Miguel foi morto com pelo menos nove tiros no peito, na barriga e no pescoço, quando ia ao portão para atender os três homens.

O irmão da vítima, de nove anos, disse ter visto toda a cena. Ele contou que, ao lado do corpo, os bandidos deixaram um pano branco, em que estava escrito a caneta: "abaixo a opressão". Para a tenente Marília, do Regimento de Polícia Montada, o caso pode estar relacionado à profissão do pai do garoto, Antônio Carlos Baron, conhecido por todos pelo sobrenome. O homem é agente penitenciário em Piraquara. De acordo com o que Antônio relatou à tenente, ele chegou a ver a arma dos assassinos, pois na hora em que ouviu os tiros, correu para verificar o que acontecia. Um dos marginais lhe apontou um revólver, mas não atirou.

Um amigo da vítima contou que, durante a tarde, o mesmo grupo já teria aparecido na residência procurando por Antônio. Após o crime, a mãe do garoto, aos prantos, deixou escapar a seguinte frase: "Queriam o Baron e mataram o Miguel".

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.


Falta matar dois agentes, ameaça PCC

Ligação telefônica, que teria sido feita de um celular de Londrina para o Rio de Janeiro, sugere o assassinato de Francisco Gonçalves Filho e ameaça outros agentes penitenciários... Folha de Londrina

''''Matei um, faltam dois, tenho que ser rápido, pois os policiais já sabem que fui eu''''. A voz masculina em um celular, telefonando de Londrina para o Rio de Janeiro, seria de um membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), ligado a uma quadrilha especializada em promover ''''faxinas'''' contra agentes e policiais que dificultam a vida da organização criminosa dentro e fora das penitenciárias.

Esta conversa telefônica teria sido interceptada pelo Centro de Operações Policiais (Cope) da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), no final da tarde da última sexta-feira, colocando todos os agentes do sistema penitenciário em estado de alerta. A ameaça acontece em seguida à morte do agente penitenciário, Francisco Gonçalves Filho, executado com 19 tiros no último dia 22, quando chegava a sua residência com seu carro e dois filhos, os quais presenciaram a tragédia, e nada sofreram.

Dado alarme no sistema prisional na última sexta-feira, agentes penitenciários foram orientados, ainda na noite do mesmo dia, a utilizarem coletes à prova de bala e, mesmo não sendo permitido legalmente, a andarem armados. A reportagem da FOLHA obteve a informação sobre a interceptação da conversa telefônica e a recomendação feita aos agentes dentro da própria corporação policial, em Londrina.

Apesar das ameaças, muitos agentes não mudaram a rotina. Durante a madrugada de sexta para sábado, a FOLHA flagrou um deles circulando por bares e boates de Londrina. O agente, que não quis se identificar por motivos óbvios, confirmou a versão da interceptação telefônica, acrescentando que estava com colete à prova de bala, e armado com dois revolveres.

O delegado chefe da 10 Subdivisão Policial, Sérgio Barroso, disse que já existem nomes de suspeitos ligados à morte do agente, mas quanto à ligação do crime com o PCC, ele nega qualquer informação. ''''A polícia não vai falar sobre isso e eu até entendo que a própria mídia deveria filtrar esse tipo de informação. A investigação está bastante adiantada, temos nomes de suspeitos e acredito que devemos solucionar esse caso em breve'''', disse.

A reportagem tem informação de que há uma ordem expressa da Secretaria de Segurança Pública do Paraná para não falar da presença do PCC nas cadeias do Estado. Delegados responsáveis pela guarda de presos e policiais estariam proibidos de comentar sobre a presença da organização criminosa nos presídios. O delegado Barroso, entretanto, nega essa ordem.

A morte de agente Francisco poderia estar diretamente ligada a um ''''tumulto'''' ocorrido na noite do dia 13, dois dias antes de sua morte. Segundo a reportagem da FOLHA apurou, as ameaças de morte teriam começado aí.

O diretor da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), capitão Diógenes Gonçalves, explicou que naquele dia, um agente que estava na sétima galeria do presídio, teria notado que alguns presos tentavam passar algo de um cubículo para outro, o que depois descobriram se tratar de uma quantidade de maconha. ''''Foi iniciado então o procedimento de revista naquele local e neste momento os presos resistiram a sair, se recusaram. Como procedimento de praxe foi utilizado da força progressiva para compelir esse pessoal''''.

O diretor confirmou que os presos fizeram ameaças de morte durante a confusão. ''''Realmente, houve gritos de que iriam matar os agentes. Não foram ameaçados só três, foi uma ameaça geral. O Francisco não estava de serviço no domingo, ele participou de uma outra revista realizada na segunda-feira, mas foi apenas uma operação de rotina'''', relatou. Com relação à presença do PCC no presídio, Gonçalves foi evasivo: ''''Todas as linhas de investigação são possíveis e nenhuma das hipóteses é descartada, desde uma facção criminosa até que o crime tenha acontecido por outros motivos que a gente não imagina'''', ressaltou.

Procurado pela FOLHA por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o secretário Luiz Fernando Delazari preferiu não se manifestar sobre o assunto. Ainda por meio da assessoria, a Sesp, baseada em informações repassadas pelos delegados que conduzem as investigações, afirmou que não confirma as denúncias de que organizações criminosas estariam agindo dentro de presídios do Paraná e de que outros agentes penitenciários estariam sendo jurados de morte por detentos.


Agente penitenciário é morto em Campo Largo

Adilson trabalhava na PEP há quatro anos e era casado com escrivã da delegacia de Campo Largo.

O agente penitenciário Adilson José Cossuovski, 47 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça, a caminho do trabalho, na manhã de ontem, em Campo Largo. Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 5h20, na Rua Barão do Rio Branco, centro. Adilson trabalhava na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) e assumiria o plantão às 8h30.

O soldado Edson, do 17.º Batalhão da PM, acredita que a vítima ia tomar o ônibus para o serviço, quando foi assassinada. "Adilson carregava uma mochila e tudo indica que estava indo trabalhar", comentou o soldado.

O agente foi surpreendido pelos assassinos que estavam num veículo prata. O atirador disparou uma única vez de dentro do veículo, acertando a cabeça de Adilson, que morreu antes que o Siate chegasse ao local. Testemunhas comentaram apenas que o veículo saiu em alta velocidade após o crime. Ninguém, porém, conseguiu perceber as placas nem o modelo do veículo.

Câmeras
Investigadores foram até o local em busca de informações que auxiliem na busca pelos autores do crime. A polícia já solicitou imagens de câmeras de segurança instaladas na região, que podem ter registrado a movimentação do veículo.

Segundo a família da vítima, Adilson trabalhava na PEP há quatro anos e era casado com uma escrivã da delegacia do município. Não está descartada a possibilidade de o crime ter ligação com o trabalho de Adilson. O sepultamento será hoje, às 11h, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans.

Janaina Monteiro


Pedófilo é fotografado em cenas de
sexo com crianças

 


 

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