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Deputado gasta R$ 168 mil em posto de genro

Paulo Feijó utilizou verba da Câmara para ressarcir despesas com combustíveis. Após virar alvo de abaixo-assinado e ameaça de processo no Conselho de Ética, ele anunciou que vai devolver dinheiro à Casa, em prestações

De setembro de 2011 a fevereiro de 2015, o deputado Paulo Feijó (PR-RJ) gastou R$ 168,4 mil para abastecer veículos utilizados por ele e assessores em um posto em Campos de Goytacazes (RJ). O parlamentar foi integralmente ressarcido pela Câmara após apresentar notas fiscais. Seria apenas mais um caso de uso da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), o chamado cotão, benefício ao qual todo congressista tem direito para cobrir despesas atreladas ao mandato, não fosse um detalhe: o posto Líder Ltda, usado todas as vezes pelo parlamentar, é de propriedade de seu genro, Leandro Souza Barroso.

Norma interna da Câmara proíbe deputados de pedirem ressarcimento de despesas feitas em empresas de propriedade de parentes em até terceiro grau, como filhos, pais, cônjuges, irmãos, sobrinhos, avós, sogros, noras e genros. Depois de virar alvo de um abaixo-assinado com mais de 2.142 assinaturas, que pediam a devolução dos recursos, sob pena de representação no Conselho de Ética e no Tribunal de Contas da União (TCU), Feijó admitiu o “lapso” e se comprometeu a ressarcir a Câmara pelas despesas feitas indevidamente.

O deputado promete devolver todos os R$ 168,4 mil de maneira parcelada, já que alega não dispor de dinheiro suficiente para repor todo o valor de uma só vez. O caso foi revelado pelo ativista digital Lúcio Big, coordenador da Operação Política Supervisionada (OPS), responsável pela apresentação do abaixo-assinado que levou o parlamentar a rever seus gastos.

Em entrevista ao Congresso em Foco, Paulo Feijó admitiu que abasteceu no posto do genro, que, segundo ele, tem participação acionária de 5%. O deputado afirmou que é cliente do posto há 30 anos. “É um posto de minha confiança. Mas de sete anos pra cá, o filho do dono casou com a minha filha e eu estava achando que o posto era só do pai do meu genro. Só depois de alertado, vi que meu genro tem 5% de participação neste posto”, declarou. “Como todos os abastecimentos que fiz foram neste posto, me informei na assessoria da Câmara que vou ter de ressarcir”, acrescentou.

Feijó diz que não agiu por má-fé. “Se eu tivesse abastecido em um posto do lado, não teria tido problema. O que aconteceu foi exatamente um lapso. Eu fui traído por uma rotina de quase 30 anos. Já assinei um termo de ressarcimento, vou esperar o levantamento de custos da Câmara e parcelar [o ressarcimento]”, disse o deputado. “Eu que vou ficar no prejuízo, mas vou pagar um preço alto por esse lapso”, emendou.

Em 2009, o então deputado Edmar Moreira (MG) quase perdeu o mandato por ter sido ressarcido pela Câmara por despesas feitas com empresa de segurança privada da qual era sócio. Conhecido como o “deputado do castelo”, por causa de uma propriedade excêntrica de sua família no interior de Minas, Edmar escapou da cassação no Conselho de Ética sob o argumento de que as normas da Casa não proibiam expressamente o uso da cota para o exercício da atividade parlamentar por empresas dos próprios parlamentares.

Depois de livrarem Edmar Moreira, os deputados resolveram então tornar explícita a proibição no Ato 43/2009, da Mesa Diretora: “Não se admitirá a utilização da dota para ressarcimento de despesas relativas a bens fornecidos ou serviços prestados por empresa ou entidade da qual o proprietário ou detentor de qualquer participação seja o deputado ou parente seu até o terceiro grau”.

Responsável pela pressão sobre Paulo Feijó, Lúcio Big disse que descobriu que o deputado abastecia no posto do genro graças a denúncias de internautas no site da OPS. “Tem pessoas do Brasil inteiro que fazem essa fiscalização espontânea, então recebemos diariamente denúncias ou indícios de que algo possa estar errado. Neste caso, foi uma pessoa do estado dele que levantou a questão de que o deputado provavelmente estaria utilizando de maneira incorreta esse valor”, disse Big.

Para o ativista, o parlamentar não devolveria os recursos se não fosse alvo de um abaixo-assinado. “Ele continua abastecendo naquele posto e acredito que não devolveria se não tivéssemos descoberto esse caso”, analisou.

Em um vídeo publicado no Youtube, Lúcio Big afirmou que esse tipo de episódio mostra como a sociedade civil tem poder quando é capaz de apontar irregularidades e pressionar os parlamentares. “Temos obrigação de fazer o controle social”, defendeu.

 

Segundo dados da OPS, somente no início do ano foram gastos R$ 1.681.958,32 em combustível. Os parlamentares que mais gastaram com combustível em 2015 foram Paulo Magalhães (SD-BA), Lázaro Botelho (PP-TO), Domingos Neto (Pros-CE), Assis do Couto (PT-PR), José Airton Cirilo (PT-CE), Gonzaga Patriota (PSB-PE), Ricardo Trípoli (PSDB-SP), Vinícius Gurgel (PR-AP), Manoel Júnior (PMDB-PB) e o presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB). Eles gastaram, em média, R$ 9 mil cada em combustível no início da atual legislatura.

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/deputado-abastece-r-168-mil-em-posto-de-genro/

 


‘PROCURADORES INCENDEIAM PAIOL PARA ACABAR COM OS RATOS


Expressão é usada pelo cientista político e social Sebastião Velasco para descrever a atuação dos investigadores da Operação Lava Jato; "A origem um tanto lendária da expressão é deliciosa: o fazendeiro aloprado, que para combater uma infestação de ratos, resolveu pôr fogo em seu paiol. Os nossos procuradores de ideia fixa comportam-se como o incendiário da historieta. Com uma diferença: o paiol que eles se dispõem a queimar não é deles, mas um patrimônio nacional"

Por Sebastião Velasco, do portal Carta Maior

(Este artigo acabara de ser escrito quando surgiu a informação de que o Bradesco havia estendido por 90 dias linha de crédito à Brasil Sete. Infelizmente, os mesmos jornais informam que outra empresa -- a Schahin – paralisou a operação de cinco sondas da Petrobrás, por não ter conseguido recursos para financiar os US$ 120 milhões de que necessitava. Como a referência à Brasil Sete é meramente ilustrativa, mantenho o artigo, com a redação original).

_____
A depender deles, não vai acalmar enquanto não acabar.

Vejam esta notícia, que circulou dias atrás: o Procurador Julio Macedo de Oliveira entrou com representação junto ao TCU para suspender, como medida cautelar, qualquer empréstimo do BNDES à empresa Brasil Sete. Fundamenta o ato a suspeita de que estaleiros tenham pagado propina a ex-diretores da empresa para obtenção de contratos.

Em quarentena desde que foi citada por Pedro Barusco, sem esses recursos a Sete Brasil não tem como pagar os estaleiros subcontratados para a produção de sondas e navios-plataformas encomendados pela Petrobrás. Os valores pendentes ascendem a mais de 1.3 bilhões de reais. A quebra da Sete Brasil arrastaria boa parte da indústria deconstrução naval no Brasil, com perda estimada em cerca de 200 mil empregos. Cairia por terra, com esta, a política de conteúdo nacional para o pré-sal inaugurada pelo governo Lula.

Se um marciano chegasse a essas plagas, sem informação prévia sobre os costumes de seus habitantes, pensaria ter pousado em um imenso hospital psiquiátrico.

Reparem no contraste. Em 1920, o presidente dos Estados Unidos sancionou uma lei de marinha mercantedeterminando que o transporte de cabotagem fosse feito em navios com bandeira dos Estados Unidos, construídos nos Estados Unidos, de propriedade de cidadãos americanos, com tripulação composta de residentes permanentes nos Estados Unidos. Duplamente protecionista, a lei criava mercado cativo para empresas de transporte marítimo e para a indústria de construção naval. Mais conhecida como Jones Act, ela sofreu várias alterações ao longo do tempo, mas no essencial continua em vigor até hoje.

Um caso, entre outros. Na década de 1970, a Coréia entrou no ramo da construção naval por expressa exigência do autocrata de turno. Naquela época, o país desenvolvia uma política industrial agressiva, que reservava mercado aos produtores locais, e usava abertamente uma pletora de instrumentos para garantir estrito controle nacional sobre os empreendimentos. Instado pelo ditador, o dono do grupo Hyundai aceitou o desafio de construir no país o maior estaleiro do mundo. Obtido o financiamento e a assistência externa indispensáveis, teve início a corrida frenética para entregar as encomendas contratadas dentro dos prazos estabelecidos. Foi então que sobreveio o choque do petróleo, e com ele a pressão insuportável dos compradores. Ante o fracasso iminente, o grupo deu o seu grande salto: fundou a Companhia Hyundai de Marinha Mercante e garantiu mercado para suas próprias embarcações, beneficiado pelo monopólio do transporte de óleo cru importado, imposto por decreto, com esse preciso fim, pelo governo coreano. Hoje, pouco mais de quarenta anos depois, a Hyundai Heavy Industries Shipbuilding Division está solidamente instalada no primeiro lugar entre as maiores empresas de construção naval do planeta.

Tudo bem, estamos em outra época, e em outro continente. Ninguém imaginaria replicar no Brasil de hoje os exemplos evocados. Mas não precisamos exagerar. O que se está promovendo aqui é um grande salto para trás, além de um espetáculo de sadismo social explícito.

E não se trata apenas da indústria naval. A Lava Jato tem impacto direto nos investimentos da Petrobrás e atinge outros setores da engenharia, ao dificultar o crédito bancário às empreiteiras, e ao ameaçar vedar-lhes, por inidoneidade, a participação em contratos com entes públicos. Estudo econométrico da FGV estima em cerca de 87 bilhões de reais, só este ano, o custo para a economia brasileira da Operação Lava Jato.

Mas, qual o problema? O chororô dos empresários afetados e o trololó de seus defensores não faz o menor sentido. É o que nos assegura o Procurador Carlos Fernando Lima, integrante da força-tarefa encarregada da operação. Para esse senhor tranquilo, o argumento da preservação de empregos é um sofisma. "Os empregos não vão desaparecer." "As obras vão continuar", diz ele, logo depois de enunciar a profecia autorrealizável: "Não creio ser possível salvar as empresas."

E arremata com outra profecia -- esta, completamente estranha à sua esfera de competência: "Eu não creio que vamos perder o capital humano, porque as pessoas mudam para novas empresas. As empresas é que vão mudar. As obras vão continuar por aí".

Não crê? Como não? Será que o Doutor Lima nunca abriu um livro de economia industrial? Será que imagina, de fato, empresas de tecnologia altamente sofisticada, organizações grandes e complexas, formadas ao longo de décadas de aprendizado, a entrar e sair do mercado com a facilidade que fazem as barracas de feira?

A displicência com que o Procurador fala dos efeitos prováveis de sua ação seria prova de irresponsabilidade criminosa se não atendesse a um propósito bem definido.

Ele é evidente: trata-se de aparar a crítica e remover qualquer obstáculo à cruzada a que se entregam os membros de sua equipe. Mesmo que para isso seja necessário passar por cima da lei e invadir a competência de outros órgãos do Estado, como fazem ele próprio e seus colegas quando se lançam em campanha contra a CGU, para evitar que ela negocie acordos de leniência, como prevê a lei, com empresas investigadas por práticas ilícitas.

Não é preciso ser leitor de Nietzche para distinguir uma vontade de poder ilimitada no agir desses jovens – e não tão jovens -- de rosto crispado e colarinho duro.

Às vezes ela se expressa descuidadamente, como no comentário final do Procurador Deltan Dallagnol ao responder à pergunta do repórter sobre as razões do sucesso da operação Lava Jato.

"São tantas as circunstâncias fortuitas que muitos chamariam isso de um grande acaso, uma conspiração do universo. Em razão de minha cosmovisão cristã, eu creio que Deus está agindo no meio das circunstâncias e nos dá uma oportunidade única na história de promovermos mudança estrutural em prol de uma sociedade mais justa e mais honesta."

O maniqueísmo é de assombrar. De um lado, os combatentes da virtude, lançados na tarefa ingente de purgar a sociedade brasileira dos vícios que a deformam. De outro, os corruptos, degenerados, monstros odientos -- e todos que com eles compactuam, ou protegem.

O bem contra o mal. Num mundo assim, a discordância é um obstáculo a ser removido; a lei, um detalhe. O que importa é realizar a missão salvadora, custe o que custar.

O folclore político americano do século XIX registra um termo que nos dá o que pensar. Barnburners, literalmente queimadores de paiol. O rótulo era usado para designar os integrantes de uma ala radical do Partido Democrata na década de 1840. A origem um tanto lendária da expressão é deliciosa: o fazendeiro aloprado, que para combater uma infestação de ratos, resolveu pôr fogo em seu paiol. Os nossos procuradores de idéia-fixa comportam-se como o incendiário da historieta. Com uma diferença: o paiol que eles se dispõem a queimar não é deles, mas umpatrimônio nacional.

Para nós – que detestamos ratos, mas não abrimos mão do nosso paiol -- é mais do que chegada a hora de vencer a inibição, tomar a palavra, e dizer, alto e bom som a esses senhores: Basta!

 


Retrocesso no combate ao trabalho escravo

Na ONU, ONGs denunciam suspensão de ‘lista suja’ pelo Supremo

A suspensão da chamada ‘lista suja’ do trabalho escravo pelo STF, ocorrida em dezembro por decisão liminar do presidente da Corte, o ministro Ricardo Lewandowski, foi alvo de denúncia nesta sexta-feira (13/03) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. A portaria que foi suspensa pelo STF impedia a concessão de crédito ou subsídio público a empresas flagradas utilizando mão de obra escrava.Em pronunciamento oral durante a 28a sessão do Conselho, as organizações Conectas e Repórter Brasil sustentaram que o fim da lista cria um vácuo normativo, permitindo que cerca de 600 empresas e pessoas continuem explorando trabalhadores com recursos públicos.
Leia aqui a íntegra do discurso.
“Aparentemente, uma ação concertada por segmentos da indústria frequentemente incluídos na lista foi bem sucedida, pela porta dos fundos, em obter alívio temporário”, afirmaram.
As entidades também solicitaram uma visita ao Brasil da Relatora Especial para Formas Contemporâneas de Escravidão, Urmila Bhoola, a fim de avaliar o impacto da decisão do STF no combate ao trabalho escravo.

“A decisão de Lewandowski acabou com uma ‘lista suja’, mas isso não significa que outras não possam ser elaboradas”, afirmou Marcel Gomes da Repórter Brasil.  “As empresas e o governo não podem ficar de braços cruzados. As empresas têm o dever de criar mecanismos internos para impedir o beneficiamento de companhias e pessoas que se valem de mão de obra escrava.”

Através de um pedido de informações, a Repórter Brasil obteve do Ministério do Trabalho e Emprego uma relação de empregadores autuados e julgados por trabalho análogo à escravidão entre 2012 e 2014. A nova ‘lista suja’ pode ser acessada aqui.

Fonte: Conectas 


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'Tapa na Cara’

Ativista da Guiné Equatorial pede que brasileiros fiquem ao lado de seu povo e não de ditador
 

O enredo deste ano da Beija-Flor, que venceu o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro ao homenagear a Guiné Equatorial, foi recebido por ativistas do país como um verdadeiro 'tapa na cara’.

O país tem o maior PIB per capita africano, explicado pela intensa exploração de petróleo desde meados dos anos 1990. O progresso econômico, entretanto, não resultou em avanços sociais significativos. A Guiné Equatorial ocupa apenas a posição 144 entre 187 países no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU e são comuns denúncias de corrupção e violações dos direitos humanos.

Por isso, o desfile da escola carioca, ocorrido em meio a alegações de que teria sido patrocinado pelo governo Obiang, foi considerado “humilhante” por ativistas do país. Tutu Alicante, diretor executivo da EG Justice, entidade que promove os direitos humanos na Guiné Equatorial, falou à Conectas. Leia a entrevista com o ativista aqui: http://bit.ly/1F384Td

Ricos demais para a cadeia?!?

Caros amigos do Brasil,

 



Mais de 8 mil contas secretas de brasileiros super ricos na Suíça, somando quase 20 bilhões de reais. É o maior esquema de corrupção bancária da história. Quando os sonegadores e banqueiros corruptos serão punidos? Assine para pressionar o Secretário da Receita Federal e outras autoridades relevantes por uma investigação rápida:
 

assine a peticao
Um escandaloso vazamento de documentos mostrou que brasileiros super ricos escondem quase R$20 bilhões em 8 mil contas secretas – e possivelmente ilegais – na filial suíça do banco HSBC. Vamos agir rápido e garantir que eles não escapem da justiça.

O governo brasileiro sabe quem está na lista de clientes e disse que está investigando, mas até agora não houve ação real para agilizar a investigação e punir os sonegadores e os banqueiros corruptos. Outros governos já estão agindo, mas cadê o Brasil?

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, pode agir sobre o caso, mas para isso ele precisa ouvir de centenas de milhares: ninguém é rico demais para não ser preso! Quando atingirmos massa crítica, organizaremos ações para pressionar a Receita e outras autoridades relevantes a fazerem seu trabalho e investigarem o caso antes que tudo acabe em pizza:

https://secure.avaaz.org/po/hsbc_tax_scandal_loc_br/?bKaRAbb&v=53740

A história sobre o vazamento das informações analisadas pela equipe internacional de jornalistas parece até que saiu da novela das 8. Os bancos suíços liberavam grandes maços de dinheiro vivo e davam conselhos aos seus clientes sobre como esconder seus bens do governo. Na lista, contas secretas de traficantes de armas, vendedores de diamantes de sangue, políticos e suspeitos de crimes procurados pela Interpol.

Os investigadores descobriram que os clientes brasileiros estão entre os 4 maiores usuários dessas contas duvidosas e que 70% deles usavam contas numeradas sem identificação, um método famoso para guardar dinheiro de origem duvidosa. O que eles têm a esconder?

Um país onde os super ricos seguem regras diferentes não é uma democracia, e sim uma cleptocracia. E em um país tão apodrecido pela corrupção, onde mais de R$400 bilhões em impostos são sonegados anualmente, este escândalo é como um balde de água fria em todos os esforços de se combater a corrupção. Felizmente para nós, o Secretário da Receita Federal acabou de ser nomeado e não está tão acostumado à pressão popular. Um apelo cidadão maciço direto para seu gabinete pode manter esse caso nas capas dos jornais e mantê-lo ocupado procurando os sonegadores e colaborando com outras autoridades para punir os banqueiros.

Outros países já responderam ao escândalo -- investigar com profundidade esse esquema bancário é o mínimo que o novo Secretário da Receita Federal pode fazer para recuperarmos a fé na capacidade do governo de trabalhar para todos os brasileiros, não apenas para os mais ricos e influentes. Assine agora e repasse para todos:

https://secure.avaaz.org/po/hsbc_tax_scandal_loc_br/?bKaRAbb&v=53740

Da Ficha Limpa ao Voto Aberto, os poderosos sempre acharam que o poder popular nunca conseguiria alcançar a mudança social. Mas juntos estamos conseguindo. É hora de acabar com essas contas bancárias secretárias e fazer os sonegadores pagar.

Joseph, Diego, Maria Paz, Luis, Alice, Ricken e toda a equipe da Avaaz

FONTES:

Clientes do Brasil tinham US$ 7 bilhões em 5.549 contas secretas (Blog do Fernando Rodrigues)
http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2015/02/08/clientes-do-brasil-tinham-us-7-bilhoes-em-5-549-contas-secretas/

Como o HSBC 'ajudou' milionários a sonegar impostos (BBC Brasil)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150209_hsbc_milionarios_evasao_impostos_rb

Sonegação de impostos deve passar de R$ 500 bilhões em 2014 (Diário de Pernambuco)
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2014/10/15/internas_economia,536207/sonegacao-de-impostos-deve-passar-de-r-500-bilhoes-em-2014.shtml

Investigação Swissleaks revela esquemas de evasão fiscal no banco HSBC (Correio Braziliense)
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2015/02/09/internas_economia,470227/investigacao-swissleaks-revela-esquemas-de-evasao-fiscal-no-banco-hsbc.shtml

Arquivos mostram que HSBC ajudou clientes a esconder milhões na Suíça (Folha de S.Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/02/1587203-arquivos-mostram-que-hsbc-ajudou-clientes-a-sonegar-imposto-e-esconder-milhoes-na-suica.shtml
 

CNJ condena juiz do Maranhão a aposentadoria compulsória

Posted: 03 Feb 2015 04:54 PM PST

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) condenou nesta terça-feira (3/2) à pena de aposentadoria compulsória o juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJMA), José Raimundo Sampaio Silva, por violações à Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e ao Código de Ética da Magistratura Nacional (RES CNJ 60). A maioria dos conselheiros seguiu o voto do relator do Processo Administrativo Disciplinar (PAD 0005699-45.2013.2.00.0000), conselheiro Guilherme Calmon, que atribuiu a Sampaio faltas disciplinares com relação aos deveres de imparcialidade, retidão e serenidade na condução de cinco processos.

De acordo com o relatório, o juiz então responsável pelo 13º Juizado Especial Cível de São Luís (MA) impôs a empresas públicas e privadas multas de grandes valores por supostamente descumprirem decisões judiciais. Além disso, o magistrado bloqueou judicialmente bens ou valores das empresas em mais de R$ 9 milhões, embora uma disputa em juizado especial não ultrapasse valor superior a 40 salários mínimos (atualmente, cerca de R$ 788). As atitudes do juiz resultaram na abertura de cinco processos na Corregedoria-Geral de Justiça do Estado do Maranhão.

Como Sampaio estaria utilizando manobras judiciais para adiar o julgamento de seus processos disciplinares, de acordo com o órgão correcional do TJMA, o processo foi remetido à Corregedoria Nacional de Justiça. Em setembro de 2013, o Plenário do Conselho acatou o relatório do então corregedor Nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, abriu Processo Administrativo Disciplinar e afastou o juiz de suas funções enquanto o julgamento do PAD não ocorresse.

Histórico – Em 2009, Sampaio concedeu liminar determinando que a Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) garantisse, em 24 horas, o perfeito consumo de energia ao cidadão que acionou o 13º Juizado Especial Cível de São Luís. Antes mesmo de a CEMAR ser intimada, o juiz maranhense aumentou o valor da multa diária imposta pelo não-cumprimento da decisão de R$ 500, valor inicial, para R$ 2.000, atendendo a novo pedido do cliente da CEMAR. A decisão foi tomada 24 horas depois do pedido do cliente, a quem deveria ser pago o valor da multa. Um mês e meio depois, o magistrado subiu o valor da multa para R$ 3.000, novamente em atendimento a pedido formulado na véspera.

Na primeira audiência, em 26 de maio, a CEMAR se comprometeu a inspecionar o imóvel do autor das ações judiciais quatro dias depois. No entanto, no mesmo dia, o magistrado decidiu aumentar o valor da multa diária para R$ 5.000. Também no mesmo dia o autor das ações informou à Justiça que a CEMAR havia cumprido a decisão judicial de restabelecer o fornecimento de energia, mas, ainda assim, cobrou o pagamento das multas, que àquela altura já somavam R$ 175 mil. O juiz que substituiu Sampaio (então em férias) determinou a penhora online da quantia e marcou audiência para discutir o caso em novembro daquele ano. De volta das férias, em 16 de outubro o magistrado rejeitou os recursos da empresa e ordenou o pagamento imediato do valor.

A CEMAR eventualmente conseguiu reverter as decisões do juiz aposentado hoje pelo CNJ, mas os valores pagos jamais foram restituídos. Em depoimento ao relator do PAD, o autor das ações contra a CEMAR disse que o “valor não foi devolvido porque já foi gasto”. O juiz basicamente repetiu o tratamento conferido à CEMAR em outros quatro processos, em que clientes das empresas TIM CELULAR S/A (TIM), BV Financeira e Banco Santander S/A, entre 2008 e 2011.

“Percebe-se a adoção de um modus operandi baseado no arbitramento da multa diária de maneira desproporcional ao conteúdo econômico discutido na demanda em face de réus concessionárias de serviço público ou instituições financeiras, as quais são pessoas jurídicas de reconhecida capacidade econômica. Segue-se com a liberação de vultosos valores a título de astreintes (multa sancionada pelo juiz contra quem deixa de cumprir obrigação imposta pela Justiça) sem o devido processo legal, em ofensa ao princípio do contraditório e com singular celeridade, de modo parcial, gerando enriquecimento ilícito da parte beneficiada”, afirmou o conselheiro Guilherme Calmon em seu voto.

O magistrado do TJMA deixou de cumprir deveres de “independência, serenidade, exatidão, disposições legais e atos de ofício”, o que contraria o inciso I do artigo 35 da Loman, de acordo com o relatório acolhido pelo Plenário. Além disso, a conduta de Sampaio se enquadrou em dois incisos do artigo 56 da mesma norma que preveem a pena de aposentadoria compulsória para o magistrado que se mostrar “manifestadamente negligente no cumprimento dos deveres do cargo” ou “de escassa ou insuficiente capacidade de trabalho, ou cujo proceder funcional seja incompatível com o bom desempenho das atividades do Poder Judiciário”.

“No caso em apreço, verifica-se que a prática é reiterada e produz insegurança jurídica, abalando a credibilidade do Poder Judiciário. Este Conselho tem entendimento sedimentado que a liberação de vultosas quantias, sem garantias, em desfavor de partes notoriamente solventes revela a existência de dolo na atuação do magistrado”, relatou o conselheiro, para justificar a pena aplicada. A decisão prevê ainda que cópias sejam enviadas à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Maranhão, à Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Estado do Maranhão, ao Conselho Federal da OAB, Corregedoria Nacional de Justiça, para verificação das condutas descritas no processo. O Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão também deverá ser intimado da decisão.

Punição – Em casos de condenações por aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais, o magistrado é afastado de suas atividades e recebe remuneração proporcional ao seu tempo de serviço prestado. A punição tem caráter definitivo. A decisão desta terça-feira (3/2), durante a 202ª Sessão Ordinária do Conselho foi tomada por 12 dos 14 conselheiros presentes. O conselheiro Fabiano Silveira e a conselheira Gisela Gondin discordaram da dosimetria (tipo de punição), preferindo a aplicação da pena de disponibilidade do magistrado.

Tribunal condena Chico Leitoa

Posted: 03 Feb 2015 04:47 PM PST

O ex-prefeito de Timon, Francisco Rodrigues de Sousa, o Chico Leitoa, e dois ex-membros da comissão permanente de licitação daquele município foram condenados à perda da função pública (caso detenham); pagamento de multa civil no valor de cinco vezes o da remuneração do agente; suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o Poder Público, ambos pelo prazo de três anos.

O ex-prefeito e os ex-servidores foram acusados de improbidade administrativa pelo Ministério Público Estadual (MP), em razão de irregularidades no procedimento licitatório Carta Convite n° 038/2001, para realização de serviços de adequação do Centro Tecnológico de Timon, no valor de R$ 100 mil, emitida durante a gestão de Chico Leitoa. Segundo o MP, teria ocorrido omissão na publicação de resenha do contrato na imprensa, incoerências de datas e lesão ao erário do município.

O juízo da comarca de Timon julgou improcedente o pedido do Ministério Público por entender que inexistiu ato de improbidade, uma vez que as irregularidades apontadas seriam sanáveis e insuficientes para eivar de vício o procedimento licitatório. Ele apontou também a inexistência de fatos que ensejassem imoralidade qualificada.

Ao analisar o recurso do MP interposto junto ao TJMA, o desembargador Kléber Carvalho reformou a sentença, entendendo demonstrada a intenção dos ex-gestores de fraudar o procedimento licitatório, na medida em que utilizaram-se de simulação que inviabilizou a participação de outros eventuais interessados aptos a concorrerem, dessa forma violando os princípios da economia, eficiência, moralidade, impessoalidade e legalidade.

André Fufuca debate em Brasília sobre Refinaria Premium I

Posted: 03 Feb 2015 04:00 PM PST

Foi realizada nesta segunda-feira (2) a primeira reunião da nova bancada maranhense no Câmara dos Deputados. Na ocasião foram discutidos a eleição do novo coordenador da bancada, além da situação da Refinaria Premium I, em Bacabeiras.

O deputado André Fufuca (PEM), destacou e parabenizou a nomeação do deputado Waldir Maranhão (PP) para o cargo de primeiro secretário geral da mesa diretora. Fufuca ainda declarou seu voto ao deputado Pedro Fernandes (PTB), ressaltando a importância da unicidade em torno dos assuntos a serem defendidos e pleiteados em favor do Maranhão.

Fufuca afirmou que o projeto criou expectativa de geração de emprego e renda para milhares de maranhenses, principalmente para a população local.

“A implantação da refinaria irá garantir o desenvolvimento para toda a região. Temos que lutar para que a implantação em Bacabeira aconteça”, disse.

Os parlamentares querem saber ainda o destino do terreno da empresa, que recebeu obras de terraplanagem e de adaptação em valor superior a R$ 1,5 bilhão.

Prefeitos são denunciados na Justica

Posted: 03 Feb 2015 03:30 PM PST

Os prefeitos de Davinópolis, Governador Edison Lobão e Vila Nova dos Martírios foram denunciados a Justica por improbidade administrativa. As ações foram motivadas pela falta de atualização dos portais da transparência dos municípios.

Como medida liminar, o Ministério Público do Maranhão pede a disponibilização em meios eletrônicos, em tempo real, de todas as informações sobre a execução orçamentária e financeira dos municípios.

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a administração municipal deve divulgar, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

É dever do Município a liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público.

HISTÓRICO

Ainda em 2013, o MPMA emitiu Recomendação aos referidos municípios que são termos judiciários da comarca de Imperatriz, orientando sobre a criação do Portal da Transparência , de acordo com as exigências legais.

No mesmo ano, também foi ministrada pelos promotores da região Tocantina uma oficina destinada aos gestores municipais, com a finalidade de passar orientações técnicas e jurídicas sobre a criação dos portais.

Decorridos os prazos estipulados na Recomendação, a Promotoria passou a acompanhar o cumprimento das obrigações, desde fevereiro de 2014, por meio de consultas aos portais de cada município.

No entanto, a promotora de justiça Nahyma Ribeiro Abas, autora das ações, afirma que era frequente o descumprimento às normas estabelecidas para com a acessibilidade à informação pública dos municípios de Davinópolis, Vila Nova dos Martírios e Governador Edison Lobão.

Nahyma Abas acrescenta que a Promotoria encaminhou ofícios às prefeituras e realizou reuniões com os gestores na tentativa de dialogar e sanar o problema por via administrativa, mas as irregularidades continuaram acontecendo e, por isso, o MPMA recorreu à ACP.

Em discurso, Júnior Verde se compromete a trabalhar pelo Maranhão

Posted: 03 Feb 2015 02:20 PM PST

O deputado Júnior Verde (PRB), em pronunciamento na sessão desta terça-feira (3), cumprimentou os seus colegas de plenário e parabenizou o presidente Humberto Coutinho (PDT) pela sua condução à presidência do legislativo estadual.

“Senti-me honrado em votar em Vossa Excelência. porque pelos poucos dias de convivência sei da sua representação tens e tenho certeza que vai saber conduzir esta Casa e os anseios dos seus pares e do povo do nosso Estado”, frisou o deputado, dizendo ainda que vai apoiar as iniciativas que forem para beneficiar o povo do Maranhão.

Ao agradecer os seus eleitores e familiares, Júnior Verde afirmou que chega ao legislativo estadual convicto do seu dever de defender o que for de melhor para o povo maranhense.

“Chego a esta Casa, enquanto parlamentar, convicto do meu dever de defender, acima de tudo, aquilo que compreendo e tenho como vivência através da experiência ao longo dos anos que absorvi”, garantiu o deputado.

O parlamentar destacou ainda que teve a oportunidade de defender os trabalhadores do setor da pesca quando da regularização no Estado do Maranhão.

“Pela experiência que tive como superintendente da Pesca, pude ainda mais valorizar e trazer como bagagem para esta Casa, um conhecimento deste setor, como também o anseio daqueles que seriam diretamente beneficiados por essas políticas sociais do governo”, frisou Júnior Verde

Ao finalizar, Júnior Verde elogiou a iniciativa do seu colega de plenário deputado Zé Inácio (PT), de propor a criação da Frente Parlamentar em defesa da instalação da Refinaria no Maranhão.

“Este é o momento da união de todos em defesa daquilo que nós acreditamos. Vou lutar pela construção civil, pela pesca e aquicultura, pelo setor produtivo desse Estado, bem como pelas representações de classes; os frentistas, representações que realmente consolidam a união de trabalhadores em defesa do mesmo objetivo, que é a consolidação dos seus direitos”, garantiu

Rigo pede para Flávio Dino construir hospital em Barra do Corda

Posted: 03 Feb 2015 01:50 PM PST

O deputado Rigo Teles (PV) anunciou nesta terça-feira (3), durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, que encaminhou indicações ao governador Flávio Dino (PC do B) e ao secretário de Estado da Saúde, Dr. Marcos Pacheco, pedindo a construção do Hospital Regional do Município de Barra do Corda.

A idéia do deputado Rigo Teles é oferecer um serviço de atendimento médico hospitalar – principalmente nos casos de urgência e emergência – à população de Barra do Corda e dos demais municípios localizados na Região Central do Estado do Maranhão, onde existe a carência o serviço da saúde pública estadual.

Na indicação, Rigo Teles ressaltou que o Hospital Regional de Barra do Corda atenderá uma população calculada em mais de 250 mil Habitantes. Só de Barra do Corda – um dos municípios mais desenvolvidos da Região Central do Estado do Maranhão – o Hospital Regional atenderá uma população calculada em 100 mil habitantes

PEDIDO PESSOAL

Rigo Teles prometeu entregar, pessoalmente, as indicações pedindo o hospital ao governador Flávio Dino e ao secretário de Estado da Saúde, Dr. Marcos Pacheco, que é filho de Barra do Corda e com certeza será sensível a esse pleito da população de sua terra natal, que sofre pela falta dos serviços de saúde pública.

“Caldeirão do Peixe” movimenta desportistas da Grande Ilha

Posted: 03 Feb 2015 01:30 PM PST

O novo Estádio Municipal Dário Santos, localizado na sede de São José de Ribamar e que é carinhosamente chamado de “Caldeirão do Peixe”, já está funcionando como importante praça esportiva da região metropolitana de São Luís.

No seu jogo de estréia, o São José de Ribamar Esporte Clube, equipe que conta com o apoio da prefeitura ribamarense e que representa o município na elite do futebol local, venceu a equipe do Expressinho pelo placar de 2 a 0 e pôde contar com apoio da sua torcida e de amantes do futebol que se deslocaram de outros municípios para acompanhar a partida e conhecer o novo Estádio Municipal que, na oportunidade, recebeu a sua primeira partida oficial.

“O Estádio possui uma boa estrutura, é aconchegante e permite que a torcida fique bem perto dos times. O município de Ribamar e o seu povo estão de parabéns”, afirmou o aposentado Isaias Sousa, morador da cidade de Paço do Lumiar e que acompanhou a vitória do “Peixe Pedra”, que está na liderança do Campeonato Maranhense de Futebol 2015.

Entre os torcedores ribamarenses, o clima era de satisfação e alegria pela vitória do São José e, em especial, por estarem tendo a oportunidade de assistir aos jogos do Maranhense em sua própria casa.

“Não mais precisaremos nos deslocar para outras cidades para acompanhar aos jogos do Peixe Pedra. Temos um bom Estádio e esse sonho só se tornou realidade graças ao empenho do prefeito Gil”, disse o comerciante Amarildo Lemos.

O novo Estádio Municipal Dário Santos foi inaugurado no fim do ano passado. A obra consistiu na construção da cobertura da arquibancada, que tem capacidade para 600 expectadores; implantação das cadeiras; instalação de alambrados; implantação dos acessos com catracas; construção dos bancos de reserva das equipes; implantação de sistema de drenagem do gramado e de sistema de iluminação; além de serviços diversos de acabamento.

A casa do São José de Ribamar Esporte Clube conta, é importante destacar, com laudos de liberação e funcionamento da Polícia Militar, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros e do CREA para receber jogos do Maranhense e outras competições, como torneios de futebol amador, por exemplo.

A próxima partida do São José será no domingo (08) contra o Cordino, na cidade de Barra do Corda.

CGU fará uma devassa na Prefeitura de Presidente Médici

Posted: 03 Feb 2015 04:02 AM PST

A Controladoria-Geral da União (CGU) fará uma desasava na fiscalização da aplicação de verbas federais do município de Presidente Médici.

A gestão da prefeita Graciélia Oliveira, a “Doutora Élia”, será alvo dee investigação que ficou definida ontem (02) na 40ª edição do sorteio do CGU. Já foram fiscalizados mais de 2 mil municípios do Brasil.

O secretário executivo da CGU, Carlos Higino, informou que auditores devem concentrar a análise em torno dos programas do Governo Federal: Merenda Escolar, Farmácia Popular e Saúde da Família.

Ao final da auditoria, a documentação será entregue ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE). Se confirmado os crimes de improbidade administrativa, a CGU encaminhará ao Ministério Público Federal.

Prefeito de Santa Luzia despacha em gabinete sem camisa e de bermuda

Posted: 03 Feb 2015 03:26 AM PST

No Maranhão quando não é oito é oitenta. E um dos exemplos que faz jus a frase é o prefeito de Santa Luzia, Veronildo Tavares, o Vera (PRB).

Na imagem acima ele aparece simplesmente despachando no gabinete com uma roupa inadequada. Verá vai ao trabalho sem camisa e de bermuda.

A postura do gestor não caracteriza crime, mas deixa a impressão de que a Prefeitura de Santa Luzia é conduzida de forma bagunçada sem critério de respeito ao Poder Executivo.

Tribunal mantém condenação contra ex-prefeito de Codó

Posted: 03 Feb 2015 03:11 AM PST

A Decisão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) mantém a condenação do ex-prefeito de Codó, Biné Figueiredo, que, além de continuar com seus direitos políticossuspensos pelo período de três anos, terá que pagar multa no valor correspondente a duas vezes o valor da sua remuneração no período em que exerceu o cargo de prefeito (2005 a 2008).

Com a determinação do colegiado. o ex-prefeito fica ainda proibido de contratar com o Poder Público, receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que seja por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, também pelo prazo de três anos.

A ação de improbidade administrativa contra Biné Figueiredo aponta que, na vigência de seu mandato, ele celebrou convênio com a União, no valor de R$ 58 mil, por intermédio do Ministério do Turismo, para realização do II Festival Gospel. O ex-gestor não teria feito a prestação de contas de forma satisfatória, deixando de esclarecer se os valores repassados foram, de fato, utilizados para o fim específico. A inadimplência gerada pela ausência da prestação de contas estaria provocando obstáculos para a atual gestão no ato da celebração de convênios com a União.

Questionando a decisão da Justiça de 1º grau, a defesa do ex-prefeito interpôs recurso junto ao TJMA pedindo a nulidade do processo, alegando a ausência de manifestação do Ministério Público Estadual (MP). Questionou também a competência do juízo (Justiça Estadual), argumentando que a ação trata de verbas federais, e sustentou, ainda, a inaplicabilidade da Lei n. 8.429/92 aos agentes políticos, a inexistência do ato de improbidade e a consequente improcedência da ação.

Para o relator do processo, desembargador Lourival Serejo, ao contrário do que afirma a defesa, houve atuação do Ministério Público, não devendo ser reconhecida a nulidade processual. Quanto à atuação da Justiça Estadual, o magistrado enfatizou que esta é competente para processar e julgar a ação de improbidade administrativa.

No que se refere a existência de improbidade administrativa, o desembargador frisou que, no caso concreto, há provas suficientes, por meio de documentos anexados ao processo, como o extraído do site do Ministério da Fazenda, que comprovou a situação de inadimplência do Município de Codó referente ao convênio, bem como nota técnica de análise revelando a existência de ressalvas financeiras e técnicas na prestação de contas, entre outras comprovações.

 


Aviso de pauta :: Estudo inédito sobre tortura no Brasil

Conectas e outras importantes organizações que se debruçam sobre temas relacionados a violações de direitos cometidas por instituições democráticas, acabam de concluir um importante e inédito estudo que busca mostrar a realidade da prática da tortura no Brasil, principalmente em locais de privação de liberdade.

As conclusões e recomendações do inédito estudo “Julgando a Tortura: Análise de jurisprudência nos Tribunais de Justiça do Brasil (2005-2010)”, produzido pela Conectas, IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), NEVPastoral Carcerária e Acat-Brasil, podem ser acessadas na íntegra aqui.

Debruçando-se sobre 455 decisões de segunda instância de todos os TJs do Brasil, o levantamento concluiu que agentes públicos envolvidos em casos de tortura têm mais chances de serem absolvidos do que atores privados (familiares, cônjuges, seguranças particulares, por exemplo). Os funcionários do Estado condenados em primeira instância foram absolvidos, na segunda instância, em 19% dos casos. Entre agentes privados, o índice é de 10%. 
“Os dados mostram que a Justiça opera de maneira diferenciada em função do perfil do réu e da vítima”, afirma Vivian Calderoni, advogada do programa de Justiça da Conectas. “Muitas das absolvições, nos casos em que os agentes públicos são os acusados, são justificada pela falta de provas. Isso pode revelar uma preocupante falta de capacidade do Sistema de Justiça de apurar tortura cometida por seus funcionários ou uma tendência a desqualificar o testemunho de vítimas que são suspeitas ou cumprem pena por outro crime”, completa. 
"A tortura praticada por agentes do Estado ocorre em locais de detenção, privilegiada pela invisibilidade" explica Gorete Marques, pesquisadora do NEV. “Para superar esse problema, é essencial que os locais de privação de liberdade, delegacias ou presídios, sejam constantemente monitorados pelo Estado e pela sociedade civil. A tortura é um crime de oportunidade e é preciso acabar com as brechas que permitem que ela siga acontecendo.” 
 

Confira aqui a nota publicada em nosso site. 

 

Conectas é uma organização internacional de direitos humanos fundada em São Paulo há mais de 10 anos, com status consultivo no Conselho de Direitos Humanos da ONU e status de Observador na Comissão Africana dos Povos e dos Direitos Humanos. Conectas publica com antecipação suas informações no Twitter e no Facebook. Siga.


DILMA: “Regulação da mídia não tem nada a ver com controle do conteúdo ou censura”

Da página de Dilma, no Facebook:

NÃO CONFUNDA REGULAÇÃO ECONÔMICA DA MÍDIA X CONTROLE DE CONTEÚDO

COMUNICAÇÃO DEMOCRÁTICA

A regulação econômica da mídia não tem nada a ver com controle do conteúdo ou censura. Na verdade, vai evitar monopólios e oligopólios e garantir a pluralidade de opiniões e manifestações culturais, tudo já previsto na nossa Constituição, mas sem ter sido regulamentado. Assista ao vídeo e entenda!

ASSISTA O VÍDEO AQUI: https://www.
facebook.com/SiteDilmaRousseff?fref=ts


Censura prévia

Entidades reagem a anúncio da PM sobre uso de “envelopamento” para isolar manifestantes

A decisão da Polícia Militar de São Paulo (PMSP), anunciada na quarta-feira (7/1), de cercar a manifestação do Movimento Passe Livre marcada para hoje e revistar todos que passarem pelo local foi classificada pela Conectas, Artigo 19 e pelo Núcleo Especializado em Direitos Humanos da Defensoria pública como “absoluta ilegalidade”. O anúncio foi feito pelo major Larry de Almeida Saraiva, comandante da operação organizada para acompanhar o ato.
 
Em 
documento encaminhado à Secretaria de Segurança Pública na tarde de ontem (8/1), as entidades manifestaram preocupação com possíveis violações aos direitos de reunião, associação e expressão.

Leia aqui a íntegra do documento encaminhado à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
 
Além de mencionarem o “histórico de repressão por parte da PMSP em manifestações públicas”, as organizações defendem que “a intenção de isolar manifestantes e revisar indiscriminadamente todas as pessoas que  passarem pela região do ato é uma demonstração de censura prévia aos cidadãos que desejam exercer direitos fundamentais”. Para elas, a decisão pode ser sinal de que “a PMSP pretende frustrar a manifestação ao invés de assegurar os meios necessários para que o direito à reunião seja fruído regularmente”.

O alerta para possíveis violações também foi enviado ao Ministério Público estadual e à Defensoria Pública e ?à Comissão de Direitos Humanos da OAB.

Leia a íntegra dos documentos encaminhados ao MPE, à Defensoria e à OAB.
“Cercar e revistar pessoas indiscriminadamente é um atentado às liberdades e garantias da Constituição e dos tratados internacionais firmados pelo Brasil. Se permitir que o anúncio do major Saraiva se concretize, o governo do Estado abrirá mais um grave capítulo na longa lista de violações cometidas contra manifestantes”, afirma Marcos Fuchs, diretor adjunto da Conectas. 

Fonte: Conectas


Delação premiada inclui Gleisi e mais 27 políticos

Em delação premiada, Paulo Roberto Costa cita Gleisi Hoffmann e envolve o presidente da Câmara dos Deputados e do Senado em propinas

A lista de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, cita a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e mais 27 políticos que teriam sido beneficiados pelos esquemas de corrupção e desvios na estatal.

Ela foi obtida pelos jornalistas Ricardo Brandt, Fausto Macedo, Julia Affonso e Fabio Fabrini e está publicada na edição desta sexta-feira do jornal Estado de S. Paulo.

Nela constam outros nomes de peso na política nacional. Além de Gleisi e Antônio Palocci, ex-ministros da Casa Civil, aparecem os nomes dos senadores petistas Humberto Costa (PT-PE), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Delcídio Amaral (PT-MS), do governador acreano Tião Viana e dos deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Vander Loubet (PT-MS).

No PMDB, a lista inclui os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assim como do ministro Edison Lobão, dos ex-governadores Sergio Cabral e Roseana Sarney, assim como dos senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Romero Jucá (PMDB-RR), além do deputado Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ).

Outro nome de peso é do ex-presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, morto num acidente aéreo neste ano. Do PP, constam os nomes de diversos deputados e o mais reluzente é o do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional da sigla.

O procurador-geral da República pretende encaminhar ao Supremo Tribunal Federal as denúncias contra políticos em fevereiro deste 2015. Os que não têm mandato eletivo serão julgados em primeira instância.

A divulgação pelo jornal O Estado de S Paulo da lista com os 28 políticos citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa no esquema de corrupção na estatal reforçou o discurso da oposição sobre a necessidade de criação, já no início de 2015, de uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Líderes do bloco oposicionista no Congresso avisam que farão a coleta de assinaturas em janeiro para que o pedido de instalação seja protocolado na primeira semana de fevereiro, logo após a posse dos novos parlamentares.

Gleisi justifica doações em campanha

Conforme já havia se pronunciado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) esclareceu, em sua página do Facebook, que as doações de sua campanha em 2010 constam da prestação de contas que foi aprovada, sem qualquer ressalva, pela Justiça Eleitoral. A senadora reiterou que não conhece e jamais manteve qualquer contato com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Gleisi disse desconhecer “os fatos referentes a suposto conteúdo de processos de delação premiada, não teve acesso ao processo, não sabe o contexto que seu nome foi citado, ou sequer se a citação existe de fato”. A senadora informou ainda que nada tem a temer sobre a investigação em curso e que seus sigilos fiscal, bancário e telefônico estão à disposição da Justiça.

Informações do Jornal da Manhã.


COMO O DINHEIRO PÚBLICO SUSTENTA AS GRANDES EMPRESAS DE MÍDIA E SEUS COLUNISTAS

O que é pensar com cabeça tumultuada?

do site DCM

Considere o texto do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, sobre as despesas de estatais com publicidade, por exemplo.
Rodrigues gasta um artigo inteiro para analisar 17 milhões de reais de publicidade oficial que foram dar, em 2013, em sites que não pertencem às grandes empresas jornalísticas, como o 247, o Conversa Afiada e o GGN.
(O DCM não está na lista.)
E Rodrigues consegue ignorar coisas como os mais de 5 bilhões que caíram no colo da Globo entre 2002 e 2013. Isso com audiências sempre cadentes na tevê.
Não notou também a Abril. Mesmo com um jornalismo sempre destrutivo e desonesto em seu carro-chefe, a Veja, as estatais colocaram 500 milhões de reais em anúncios no período.
Fernando Rodrigues olhou o tostão e ignorou o milhão, ou bilhão, para usar a célebre expressão de Jânio Quadros.
O que levou Rodrigues a uma análise tão parcial?
Uma hipótese é que ele simplesmente não tenha enxergado o problema.
Outra hipótese é que ele tenha levado em conta sua carreira. Ele pode ter sentido que liquidaria suas chances de trabalhar na Globo – Globonews e CBN abrigam vários jornalistas com o mesmo perfil – se escrevesse o que tinha que ser escrito.
Pode ter pensado que mesmo no UOL as coisas poderiam se complicar, dado que os donos, os Frias, são sócios dos Marinhos no Valor Econômico.
Como quer que seja, ele foi nos pequenos e ignorou os grandes – os tubarões, como a eles se referiu Mujica ao falar da Lei de Meios que começa a ser discutida no Uruguai.
Publicidade oficial é uma discussão complexa, sem dúvida. Nos países mais avançados, ela se concentra em campanhas de claro interesse público.
No Brasil, em todas as esferas – federal, estadual e municipal – a propaganda oficial serviu, desde a ditadura militar, para enriquecer os donos das empresas em troca de cobertura favorável.
O apogeu disso se deu com a Globo na ditadura. Roberto Marinho transformou um pequeno jornal numa grande empresa comandada pela TV Globo graças às mamatas que lhe foram dadas em troca de apoiar o regime.
Não foi apenas propaganda copiosa, mas empréstimos em bancos oficiais e outros favores – sempre com o dinheiro público.
Com o PT houve uma mudança unilateral.
As estatais continuaram a anunciar intensamente nas grandes empresas de jornalismo.
Só que estas – que sempre deram em troca cobertura amistosa – passaram a atacar cada vez mais ferozmente a mão que as abastecia.
Nada disso foi notado por Fernando Rodrigues, e seria uma surpresa se fosse diferente.
 

LINK PARA  A MATÉRIA DA FOLHA:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1563460-gasto-de-estatais-com-publicidade-sobe-65.shtml


Procurador-Geral adverte que ninguém se beneficiará de ajustes espúrios nas denúncias da Lava Jato

Posted: 10 Dec 2014 01:42 AM PST


 
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

 
Aproveitando um evento que celebrava ontem o Dia Internacional de Combate à Corrupção, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, levou o desgoverno nazicomunopetralha a um infernal desespero, muito além da camada pré-sal. Na presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (que ficou calado na hora, concordou com o procurador em entrevista à imprensa e depois voltou atrás em tudo que declarara), Janot mandou um recado direto de que, se depender dele, a turma da Lava Jato, principalmente a cúpula política com foro privilegiado, será denunciada, em breve: “Ninguém se beneficiará de ajustes espúrios, podem ter a certeza”.

 
Rodrigo Janot apavorou os candidatos a reeducandos no medieval sistema prisional brasileiro: “O Brasil ainda é um país extremamente corrupto. Envergonha-nos estar onde estamos. Corruptos e corruptores precisam conhecer o cárcere e precisam devolver os ganhos espúrios que engordaram suas contas, à custa da esqualidez do tesouro nacional e do bem-estar do povo. A corrupção também sangra e mata. O País não tolera mais a desfaçatez de alguns agentes públicos e maus empresários. Aqui e alhures, a decisão é de ir fundo na responsabilização penal e civil daqueles que engendraram esse esquema. Não haverá descanso. O PGR não tergiversa nem renuncia ao dever de fazer valer o interesse maior da nação. A PGR age”.

 
Para terror máximo contra a turma do governo do crime organizado, Janot só não antecipou quando fará a denúncia dos suspeitos com direito ao absurdo foro privilegiado. Provavelmente, tudo fica para janeiro ou fevereiro. Os alvos podem ser 77 deputados federais, 14 senadores e outros poderosos menos votados. Janot detonou diretamente o governo Dilma, ao cobrar a edição de decreto para implementar medidas de combate à corrupção previstos na nova Lei Anticorrupção Empresarial e permitir a punição administrativa de empresas corruptoras. O Procurador-Geral jogou a culpa em "maus dirigentes, que se associam a maus empresários, em odiosas atuações, montadas para pilhar continuamente as riquezas nacionais”.

 
Janot avisou que, em janeiro, uma missão de procuradores da República irá aos Estados Unidos para cooperar com o Departamento de Justiça norte-americano e “sufocar” criminosos que se valeram de fraudes e lavagem de dinheiro para “destruir” o patrimônio e a marca da Petrobrás. “Urge um olhar detido sobre a Petrobrás, em especial sobre os procedimentos de controle a que está submetida. Em se tratando de uma sociedade de economia mista, com a presença de capital majoritário da União – e, pois, do povo brasileiro – é necessário maior rigor e transparência na sua forma de atuar”.

 
Janot lembrou que foi responsável pela criação do grupo de procuradores e é o competente para pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de ação penal nos casos em que há envolvimento de autoridades ou parlamentares com foro privilegiado. “Nem bem se encerrou a Ação Penal 470 (Mensalão), revela-se ao País outro grande esquema de corrupção em investigação profunda”. O ministro da Justiça, que sonha com a indicação para ministro do STF, teve de engolir Janot sugerir a demissão da diretoria da Petrobras...

 
O Procurador-Geral informou que, em janeiro, uma missão de procuradores da República irá aos Estados Unidos para cooperar com o Departamento de Justiça norte-americano e “sufocar” criminosos que se valeram de fraudes e lavagem de dinheiro para “destruir” o patrimônio e a marca da Petrobrás. Missões da Procuradoria já foram à Suíça e à Holanda para realizar investigações relacionadas à Lava Jato e ao caso envolvendo a SBM Offshore.   

 
Choque e vergonha

 

 
O elemento 13

 
Cinco executivos da OAS, dois da Queiroz Galvão, um da Galvão Engenharia e quatro da Mendes Júnior foram indiciados ontem pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro, fraude a licitações, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e corrupção ativa.

 
O décimo terceiro elemento indiciado pelos mesmos motivos foi o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que tem ligações com o PMDB, e estaria pronto para contar tudo que sabe, na base da "colaboração premiada".

 
A delegada Erika Mialik Marena pegou as cúpulas de três empreiteiras diretamente envolvidas no suposto esquema de pagamento de propina e formação de cartel para fatiamento de contratos na Petrobras.

 
Gabrielli sem foro privilegiado

 
Vem da Bahia uma notícia de causar pânico para a turma de Luiz Inácio Lula da Silva.

 
Seu amigo, o secretário do Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, não fará parte do time do governador eleito, Rui Costa.

 
Se o novo governante descartar Gabrielli, o ex-presidente da Petrobras na gestão Lula perde o direito ao foro privilegiado e fica passível de responder, na Justiça comum daqui (e pior ainda lá de fora) pelas broncas na Petrobras, principalmente a prejudicial compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

 
Piada Petrolífera

 

 
Astúcia Petralha

 

 
Brincadeira com o BB

 

 
Fatais semelhanças

 

 
Fonte de tudo

 

 
Plágio na campanha

 

 
Quem com avacalhação fere com plágio acaba ferida...

 
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 10 de Dezembro de 2014.
O Gás Sulfídrico

Posted: 10 Dec 2014 01:34 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

 
“Sulfeto de hidrogênio, em nomenclatura antiga sulfureto de hidrogênio, citado algumas vezes como gás sulfídrico ou sulfidreto, é um gás, com odor de ovos podres e carne em decomposição (cadáver), em solução aquosa chamado de ácido sulfídrico.

 
"É solúvel em água e etanol e pode ser preparado pela ação de ácidos minerais em sulfetos metálicos, geralmente em laboratórios pela reação de ácido clorídrico com sulfeto de ferro II. Seu ponto de ebulição ocorre a 212,86 K".

 
"É um gás muito encontrado na indústria petroquímica e de refino de petróleo, onde determina-se que todas as atividades devem ser paralisadas quando existir uma concentração maior que 8 ppm (partes por milhão) na atmosfera local.”

Santo Google e Santa Wikipédia, nos acudam hoje e para todo o sempre, também.

Esta é uma pista para entender o momento nacional.

A turma da estrela estava com todo gás. Não pisava mais em ovos; nem nos podres.

 

 
Os cadáveres pareciam bem enterrados nas campinas onde um excelso mané foi entregue aos leões.

Veio a águia, disfarçada de abutre, para meter o bico na carniça.

Velhos dinosauros se transformam em petróleo após um tempo incalculável nos subterrâneos nefandos.

Esperemos que tudo se recicle num biodigestor, inclusive os semi-deuses (acho que são deuses) que mandam até prender aqueles que os fazem perder o vôo para o Olimpo.

O gás está esperando a fagulha.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Pede para sair, Cardozo!

Posted: 10 Dec 2014 01:33 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

 
Assistindo ao jornal televisivo na noite de terça feira, deu para ver a falta de personalidade do nosso Ministro da Justiça. Ouviu calado o pronunciamento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criticando o aparelhamento do Estado que hoje comanda a corrupção no país e pediu a demissão da cúpula da Petrobras.

 
Em seguida, assediado pela imprensa, o Sr. Cardoso confirmou que justiça será feita contra todos os atos de corrupção que estão sendo apurados e confirmados.

 
Não demorou muito para receber um telefonema da patroa ordenando que ele mudasse a versão  e assim foi feito, ao afirmar que nada existe de comprovação sobre as acusações  contra os dirigentes da estatal. Isso é uma tremenda falta de vergonha e personalidade.

 
Sr. Ministro, não envergonhe mais o Brasil; peça demissão do cargo e  procure uma lavagem de roupa em casa de família.

 
Eu não me submeteria a isso. Uma vergonha, uma desmoralização para um homem com H maiúsculo. Dignidade acima de tudo.

 

 
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.
Carta Aberta ao Conselho da BM&FBovespa

Posted: 10 Dec 2014 01:31 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Cynthia Vello

 
ANA – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROTEÇÃO AOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS, pessoa jurídica de direito privado, regularmente inscrita no CNPJ/MF sob o nº 17958793/0001-59 estabelecida na Praça João Mendes, 52 – 7º andar – Centro São Paulo/SP – CEP 01501-001, vem, por intermédio da presente, tendo-se em vista os últimos acontecimentos envolvendo esta prestigiosa Instituição, e, ante o silêncio do Presidente Executivo – Sr. Edemir Pinto, acerca dos potenciais prejuízos que poderão ser impingidos aos acionistas, noticiar V. Sa. , nos seguintes termos:

 
A ANA, associação civil, regularmente constituída, em face do comportamento ilícito e lamentável de um dos integrantes da BSM -BM&FBOVESPA Superintendência de Mercado, entendeu, uma vez que não obtinha respostas aos seus questionamentos, como medida extrema, resolveu manifestar-se publicamente (doc.Anexo), objetivando compelir o Diretor Presidente da BM&FBOVESPA, diretamente responsável por sua nomeação, questionar a conduta do então Presidente MATA MACHADO, pois, como ficou claro, violava as regras da Entidade que presidia, em proveito próprio.

 
É que o referido senhor, com o beneplácito do Associado Mantenedor da BSM, diga-se, BM&FBOVESPA, na mais clara e patente má fé, dias antes de assumir a Presidência da BSM, constituiu duas empresas de assessoria e, mesmo impedido, emitiu notas de prestação de serviços enquanto exercia a função de Presidente da Entidade.

 
Deve-se destacar que, posteriormente à aludida manifestação protagonizada pela ANA, o referido senhor deixou de exercer o cargo de Presidente da BSM. Mas, estranhamente, não obstante suas práticas nebulosas, continuou a ser prestigiado, passando a exercer, não obstante a IMORALIDADE suscitada pela Associação, o cargo de Conselheiro da mesma Instituição, cuja função permite-lhe a prerrogativa de julgar o comportamento dos integrantes e participantes do Mercado, por intermédio de processos administrativos. PASME.

 
De outro lado, sempre na defesa dos interesses dos acionistas minoritários, a ANA levou ao conhecimento do Ministério Publico Federal, em representação formal, fatos decorrentes do comportamento da Diretoria, e, em especial, do Diretor Presidente da OGX – Petróleo, Sr. Eike Batista, e que, após a Instauração do respectivo Inquérito, apresentação da Denúncia e Recebimento, deu-se o processamento, cujo estágio encontra -se na fase de realização de Audiências e oitiva de testemunhas (doc. Anexo).

 
Do mesmo modo, e na mesma ocasião, relatou-se a estranha e nefasta
permissividade da Direção da BM&FBOVESPA, também relacionada ao caso OGX, consubstanciadas nas implicações causadas pelas reiteradas alterações nos limites das posições, dentre eles OS GRANDES PLAYERS, atuando no aluguel (BTC) e na venda descoberta de ações, que contribuíram para a derrocada dos preços das respectivas ações, cuja denúncia, em parte, reza:
 

 
“...representação formulada pela Associação de Proteção aos Acionistas Minoritários, e pode constatar ao final da leitura da narração expositiva, que se trata, na verdade, de notitia criminis, razão pela qual a está encaminhando a Vossa Excelência para a devida distribuição.

 
Serão as omissões da Bovespa, em especial, em relação ao atuar no mercado de capitais da empresa OGX PETRÓLEO E GÁS PARTICIPAÇÕES S.A. (doravante OGX) que configurarão os diversos crimes em que incorreram, dentre outros, Edemir Pinto, que é presidente da Bovespa desde 29 de novembro de 2007, sendo que a OGX teve seu capital aberto na bolsa em junho de 2008, portanto Edemir Pinto é o presidente da Bovespa durante toda a existência da OGX como empresa com ações negociadas em bolsa, vindo daí o vínculo entre seu atuar comissivo e os crimes praticados.

 
Inicialmente cabe destacar que a empresa OGX, desde meados de 2012, tinha conhecimento de que a sua campanha exploratória de petróleo havia sido um completo fracasso, que a quantidade de petróleo nos campos seriam de menos de 20% (vinte por cento) do total previsto, o que inviabilizaria, economicamente, a produção desses campos.

 
Assim, meados de 2012 é um dos marcos do agir criminoso com o qual compactuou o presidente da Bovespa, Edmir Pinto, razão pela qual incorreu, também, em práticas criminosas”.
 

 
E, mais uma vez buscando proteger os interesses dos acionistas minoritários, entendeu, no mês de outubro/2014, tendo em vista o Comunicado expedido pela BM&FBOVESPA, que informou a decisão da BM&FBOVESPA em aderir ao REFIS, e sabendo-se da gravidade de tal procedimento, bem como da imposição de vultoso prejuízo aos acionistas, resolveu enviar correspondência ao Sr. Presidente Edemir Pinto na data de 20/10/2014, requerendo-se informações sobre esse caso específico e de outros ainda mais rumorosos e perniciosos aos acionistas.

 
Contudo, não obstante a gravidade dos fatos ali elencados e suas graves
consequências, preferiu o SILÊNCIO Evidentemente, essa conduta adotada pelo Presidente da BM&FBOVESPA, justamente de quem deveria prestar as informações solicitadas, e, uma vez conhecido o seu histórico na Direção desta Empresa, tal como apontado pelo D. Procurador Federal, um novo golpe deve estar em andamento e, mais uma vez, à custa de considerável lesividade ao patrimônio dos acionistas minoritários.

 
Para se ter uma noção exata do que se declara, basta verificar que, contrariando Comunicado de 14 de novembro de 2.007, endereçado aos ex-proprietários de títulos de Corretora da Bovespa, reconhece-se como devido, pelas Corretoras, eventual condenação acerca da operação de incorporação da Bovespa Holding.

 
Ou seja, o valor aplicado e reconhecido como sendo de aproximadamente R$ 123 milhões, que seria, conforme o referido Comunicado, de responsabilidade e competência dos detentores de títulos de Corretoras, foram, por decisão do Sr. Presidente da BM&FBOVESPA, Edemir Pinto, debitados e pagos pelos acionistas da BM&FBOVESPA.

 
Ademais, a falta de informações acerca da exata quantia envolvida nessa operação da Bovespa Holding, e que, em GOLPE, poderá ser imputada, também, aos milhares de acionistas da BM&FBOVESPA, é que motivou o requerimento feito ao Sr. Edemir Pinto, nos seguintes termos:

 
Assim, e ante a pendência de outros vultosos débitos que caminham para a mesma deplorável solução, pede-se sejam informados quais seriam os valores, atualizados, originários da tributação, cujo fato gerador se deu com o ágio gerado quando da incorporação da Bovespa Holding S/A.

 
Contudo, apesar da obrigatoriedade de se informar o Mercado acerca de fato relevante, impôs-se, mais uma vez, de maneira ilícita e solerte, o silêncio.

 
Evidentemente, não se tem conhecimento se essa decisão teve ou não o respaldo ou aprovação dos Senhores Membros do Conselho de Administração, mas, tem-se a certeza que esses prejuízos ocorreram, e, à evidência, causaram enriquecimento ilícito aos verdadeiros devedores, em detrimento dos acionistas. Sem olvidar que outros valores serão debitados em prejuízo, também, dos acionistas. E isso, o Conselho de Administração, não pode ignorar e silenciar, sob pena de anuir e, por consequência, responsabilizar-se também; ficando, desde já, NOTIFICADO.

 
Cumpre salientar que todas as decisões emanadas deste Conselho ou da Diretoria Executiva devem estar fundadas e amparadas na legalidade e moralidade.

 
Portanto, e, por conseguinte, este Conselho e seus Membros, em caso de inércia, têm responsabilidade direta com a causa e o efeito.

 
Assim, diante destas notícias gravíssimas, espera-se e aguarda-se um
posicionamento no sentido de ver esclarecidas tais ilicitudes, bem como, com a urgência necessária, os esclarecimentos sobre a origem da aprovação da decisão de se aderir ao REFIS no interesse de outrem, mas, à custa dos acionistas.

 
Afinal, o que se espera de todos aqueles que pertencem aos quadros das
empresas de Capital Aberto, sejam eles do quadro Diretivo ou do Conselho de Administração, é, no mínimo, que a conduta, sempre, seja no sentido de defender os interesses daqueles que os conduziram aos seus respectivos cargos; nunca a não esperada conduta de promover o enriquecimento de terceiros à custa daqueles que representa.
 

 
Assim, esta Associação, que representa os acionistas minoritários, não medirá esforços de toda ordem, e nem descartará a possibilidade de NOVAS MANIFESTAÇÕES públicas, ante a necessidade premente de obter-se as informações e explicações dos assuntos ora pautados, DIRIGINDO-SE A QUAISQUER LOCAIS em que será atendida, sem exceção alguma, na sede das pessoas físicas e jurídicas responsáveis, inclusive. E, também, não se furtará a buscar ressarcimento dos direitos ilicitamente violados, valendo-se de todas as esferas do Poder Público, inclusive, e, se for o caso de constatar-se a ocorrência, a esfera CRIMINAL.

 
Posto isso, e na condição de legítima representante dos acionistas minoritários, a ANA – Associação Nacional de Proteção dos Acionistas Minoritários, objetivamente, requer a V. Sa. esclarecimentos sobre os fatos acima narrados, bem como providências que obstem a causa, ou continuidade, de quaisquer prejuízos aos acionistas a que não deram causa.

 

 
Cynthia Vello é Presidente da ANA - Associação Nacional de Proteção dos Acionistas Minoritários. Carta dirigida ao presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa, Pedro Parente. O documento também foi entregue, por carta, aos conselheiros: Daniel Luiz Gleizer, José de Menezes B. Neto, Marcelo Fernandes Trindade, Alfredo Antônio Lima, Luiz Nelson Guedes, José Roberto Mendonça, Claudio Luiz da Silva, Luiz Fernando Figueiredo e André Santos Esteves.
Notícias do Dia

Posted: 10 Dec 2014 01:27 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa

 
A manchete do dia diz que “Petrobras é processada nos EUA por dano a acionistas” e que ação cita ´esquema multibilionário de corrupção na estatal do Brasil´. O que impressiona, além de o “multibilionário esquema de corrupção”, é que a presidente da Petrobras e seu Conselho de Administração, sob cujos olhos isso ocorreu, não se demitem e não são demitidos! Talvez seja o salvo-conduto da presidente do Brasil, que era presidente do Conselho de Administração, quando muito do que está aí ocorreu. Foi-se o tempo do PC Farias e seus milhões, e do Collor, que saiu. Agora são bilhões, e ninguém sai!

 
Que vergonha e desprestígio do Brasil aos olhos do mundo!!!

 
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À medida que os magistrados recebem mais e mais auxílios, todos à parte do teto constitucional, e querem ainda mais aumento salarial, mostram, por inaceitável arrogância e vergonhoso desvio comportamental,  que, alguns, se consideram realmente Deus, voando até, para provar essa capacidade divina.

 
O juiz do Maranhão mostrou, além disso,  gostar de diminutivos, nos outros, embora, cá entre nós, nele é que cabem bem: um sujeitinho! O que impressiona em tudo isso é a absoluta incapacidade jurídica de se prender e expulsar do serviço público esses tipinhos, pois a máxima penalidade é a aposentadoria, com copiosa remuneração, o que, para essas abusadas figurinhas, equivale a um prêmio. Que Justiça mais injusta!!!

 
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As marteladas na Rua Nascimento Silva demonstram, mais e mais, que ninguém teme a lei e a punição no Brasil, e já está fazendo justiça com as próprias machadinhas. Culpa do Legislativo, que não propõe leis duras – a da maioridade penal dormita nas gavetas – e do Judiciário, na sua lerdeza e ação sempre com piedade. Agora, os revanchistas da Comissão da Verdade querem desmilitarizar a Polícia, primeiro passo para, em seguida, desarmá-la. Onde essa gente vive? Não está vendo a grave crise da segurança pública, com os malfeitores cada vez mais abusados e os índices crescentes de crimes, inclusive assassinatos, até contra policiais?

 
Se não é hipocrisia, mal típico da esquerda, é a ideologia, estúpido!, pior ainda, pois, de  doença erradicada onde surgiu, se transmudou e veio parar nessas pobres bandas bolivarianas unasulinas, sempre na vanguarda do atraso e na contramão da história...

 

 
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.
Contradições

Posted: 10 Dec 2014 01:25 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Roberto Gotaç

 
Contradições existem em todos os países mas possuí-las trágicas e lesivas à sociedade, em número igual ao das que ocorrem por aqui, certamente é apanágio nosso. 

 
Só para citar duas.

 
A primeira, a  crescente imaturidade e falta de preparo de alguns dos nossos juízes, ao distribuírem carteiradas com frequência crescente, território brasileiro afora, como a que se verificou recentemente, quando o magistrado Marcelo Testa Baldocchi deu voz de prisão a três funcionários da companhia aérea que opera no Aeroporto de Imperatriz, MA, por ter chegado atrasado para o check-in e consequentemente ser impedido de embarcar. 

 
É evidente que qualquer categoria profissional tem representantes que não a dignificam mas em se tratando de juízes que deveriam se apresentar como cidadãos exemplares, com elevado grau de confiabilidade, a questão adquire tons dramáticos e até ameaçadores, em virtude de repercussão sobre a população que deixa de ver neles modelos de imparcialidade e serenidade e, consequentemente, passa a ver com desconfiança a prática da justiça no país. 

 
A outra, a incrível facilidade com que bandidos comandam do interior de cadeias, até de segurança máxima, ações criminosas que atualmente colocam em pânico os habitantes das grandes cidades e até mesmo das de menor porte. 

 
É inacreditável que, com o nível de tecnologia de que se dispõe hoje em dia, a ponto de ser possível, por exemplo, descobrir o número de uma placa de automóvel a mais de 400 metros de distância, não se consiga blindar as penitenciárias das radiações de celulares de dentro ou de fora delas. 

 
Os brasileiros ficam vulneráveis, assim, a ameaças diretas de delinquentes que são mantidos pela sociedade, o que forma um quadro de inquietação e insegurança, a ponto de ser legítimo o questionamento sobre a quem interessa tal situação. 

 
Diante desses dois exemplos, entre muitos, acrescidos do ambiente formado pela macabra impunidade e pelos montantes gigantescos da endêmica corrupção que envolve empresas, políticos e funcionários, pergunta-se : há no mundo um recorde de contradições trágicas superior ao nosso?

 
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
Diferenças entre quadrilha, associação e organização criminosa

Posted: 10 Dec 2014 01:24 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Juarez Cruz

 
Na Lei nº 9.034/95 (“Lei das organizações criminosas”), encontram-se normas processuais que tratam dos procedimentos investigatórios e dos meios de prova relacionados aos ilícitos praticados por quadrilha ou bando, associações criminosas e organizações criminosas. Qual a diferença entre esses conceitos?

 
Quadrilha ou bando é uma associação estável e permanente de mais de 3 pessoas com o fim de praticar uma série indeterminada de crimes (exemplo: furtos, roubos e receptações). Nos termos do art. 288, a quadrilha é um crime autônomo. Por isso, consuma-se independentemente da prática dos delitos almejados pelos integrantes do grupo criminoso. No mundo real, é inviável desmantelar uma quadrilha antes de ter ocorrido ao menos um crime. Porém, se a quadrilha estiver devidamente constituída e praticar algum delito, responde-se pelo crime de quadrilha (art. 288) e pelo crime praticado, em concurso material.

 
Associação criminosa é a união estável e permanente de 2 ou mais pessoas para a prática de crimes específicos. A quadrilha tem sempre o fim de cometer crimes em geral, mas a associação destina-se ao cometimento de certos crimes. A associação é prevista nas seguintes leis: a) art. 35 da Lei nº 11.343/06 – Lei de Drogas; b) art. 2º da Lei nº 2.889/56 – Genocídio; c) Lei de segurança nacional (arts. 16 e 24 da Lei nº 7170/83 – aqui não há numero mínimo de integrantes). No mais, assim como a quadrilha, a associação é crime autônomo, consumando-se independentemente da prática dos crimes definidos em lei.

 
O conceito de organização criminosa, porém, oferece grandes dificuldades. Inicialmente, não há lei no Brasil definindo o que são essas organizações. Por isso, para uma prestigiada corrente doutrinária, os dispositivos que versam exclusivamente sobre organizações criminosas não possuem eficácia até que seja aprovada lei estabelecendo detalhadamente os traços da organização criminosa. Para uma outra corrente, diante da ausência de definição legal, pode-se utilizar a definição da Convenção de Palermo (Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional, realizada em 15/12/2000). É o entendimento adotado pelo STJ em dois importantes julgados, realizados na Ação Penal nº 460 e no Habeas Corpus nº 77.771-SP.

 
De acordo com essa importante convenção internacional, organização criminosa “é o grupo estruturado de três ou mais pessoas, existente há algum tempo e atuando concertadamente com o propósito de cometer uma ou mais infrações graves ou enunciadas na Convenção, com a intenção de obter, direta ou indiretamente, um benefício econômico ou outro benefício material”. Do conceito surgem os seguintes requisitos: a) no mínimo três pessoas; b) estrutura organizacional (“grupo estruturado”); c) estabilidade temporal (“há algum tempo”); d) propósito de cometer infrações graves; e) finalidade (obtenção de benefício moral ou econômico). A referida convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada pelo Decreto nº 5.015/2004.

 
A doutrina tem criticado o entendimento do STJ no sentido de reconhecer a eficácia da norma internacional para versar sobre organizações criminosas. Para Luiz Flávio Gomes, essa definição feita pela via de tratado internacional estaria a violar o princípio da legalidade em sua faceta “lex populi”, segundo a qual crimes e penas devem ser estabelecidos com participação dos representantes do povo na elaboração e na aprovação do texto final. Há quem diga também que o conceito adotado pela convenção é demasiadamente amplo, o que revelaria violação ao princípio da legalidade.

 
Organização Criminosa no governo

 
A última declaração bombástica sobre os assaltos aos cofres públicos foi a do Executivo da Toyo Setal, Augusto Ribeiro de Mendonça, quando disse, no dia 24 de novembro, que parte da propina que pagou ao PT, entre 2008 e 2011, foi vertida em doação registrada. Porém, um de seus companheiros de empresa, Júlio Camargo, tem outra versão. O dinheiro sujo teria circulado mesmo em dutos paralelos, parte dele depositada em contas no exterior, segundo revelação na revista Veja.

 
Na reunião do PT, semana passada, Rui Falcão, presidente do PT e outras lideranças do partido, defenderam e aplaudiram o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, envolvido nos escândalos de corrupção da Petrobras, assim com fizeram o ex-presidente Lula e a Presidente Dilma com os condenados do mensalão. Parece que os líderes de nosso país não sabem distinguirem entre o certo do ilícito ou desavergonhadamente compactuam com os criminosos de plantão como se isso fosse algo normal e nós, brasileiros, idiotas.

 
Para ratificar os mal feitos e a banalização da corrupção no Brasil, a presidenta Dilma publicou em edição do Diário Oficial da União da última sexta feira (28/11) o Decreto 8.367/2014, que aumenta de R$ 7.8 bilhões para R$10.032 bilhões os recursos disponíveis para gastos de vários ministérios este ano. Sendo que deste total, R$ 444 milhões são reservados para atender emendas de deputados e senadores. No entanto, as despesas dos recursos aos parlamentares “ficam condicionadas à publicação da lei resultante da aprovação da PLN 36 de 2014”, de acordo com texto.

 
Em outras palavras, ou vota no projeto do governo ou não tem mais dinheiro para suas emendas, desta forma ficou estabelecido o valor da corrupção aos parlamentares para aprovarem projeto de interesse da presidenta.

 
É por estas e outras que numa entrevista recente, o senador Aécio Neves afirmou ter perdido a eleição para uma “organização criminosa”.

 

 
Juarez Cruz é Colunista e Cronista em Salvador (BA).
Relatório da CNV

Posted: 10 Dec 2014 01:21 AM PST


 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por José Carlos Leite Filho

 
Não sejamos inocentes anjinhos. Os sentimentos de vingança, a revisão da Lei da Anistia e a consequente prisão de militares são objetivos estratégicos nunca abandonados pela esquerda no poder. O PNDH3 com a revisão de currículos escolares e a sua hipócrita e enganadora comissão da meia verdade são evidências desta afirmação.

 
A coesão nacional evocada no discurso da vitória da reeleição pela presidente Dilma são palavras vazias que o vento leva. Estejamos preparados, pois, para a continuação da farsa que só terá fim com os objetivos alcançados.

 
Impõe-se uma corajosa e honrosa reação institucional dos Chefes Militares a partir do próximo dia 10 de dezembro, data do espocar dos foguetes vermelhos com a apresentação festiva do calunioso e infame relatório da CNV. Faz-se oportuno lembrar do apóstolo Paulo quando dizia aos Corintos: “Se a trombeta soa um som incerto, quem se aprestará para a batalha?” e, mais recente, o Ministro General-de-Exército Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, o qual, em nome do Exército Brasileiro, proclamou: “Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia.”

 

 
José Carlos Leite Filho é General de Exército na reserva.
O Gulag e os Campos Nazistas

Posted: 10 Dec 2014 01:20 AM PST

“Quem ainda não esteve lá, estará. Quem já esteve nunca esquecerá” (Provérbio soviético acerca do Gulag)

 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

 
O livro “GULAG, Uma História dos Campos de Prisioneiros Soviéticos”, de Anne Applebaum, editado em 2004, não é uma história da União Soviética, nem dos expurgos e nem da repressão em geral. Não é uma história do reinado de Stalin, nem de seu Politburo e nem de sua polícia secreta. As 749 páginas do livro também não contêm uma história completa do movimento soviético pelos direitos humanos.
Da mesma forma, tampouco faz justiça à história de com nações e grupos de prisioneiros específicos – entre eles, poloneses, baltas, ucranianos, chechenos e prisioneiros de guerra alemães e japoneses, que sofreram sob o regime soviético, tanto dentro quanto fora do GULAG. Não explora por completo as matanças de 1937-1938 que ocorreram principalmente fora do GULAG, nem o massacre de milhares de oficiais poloneses em Katyn e outros lugares. No entanto, todos esses acontecimentos são mencionados. Segundo a autora, teria sido impossível fazer justiça a todos num único volume.

 
Também não faz justiça à história dos “degredados especiais”, aos milhões de indivíduos que freqüentemente eram arrebanhados ao mesmo tempo e pelas mesmas razões que os presos do GULAG. Embora a história desses degredados esteja estreitamente ligada à do GULAG, contá-la por inteiro exigiria outro livro.
O GULAG não surgiu prontinho do nada. Apenas refletiu os padrões gerais da sociedade ao seu redor. Se os campos eram imundos, se os guardas eram brutais, se as turmas de trabalho eram desleixadas, isso, em parte, se devia ao fato de que a imundície, a brutalidade e o desleixo eram abundantes em outras esferas da vida soviética. Se a vida no GULAG era insuportável, horrível, desumana, se a mortalidade era alta, isso tampouco chegava a ser surpresa, pois em certos períodos a vida na URSS também foi horrível, insuportável e desumana, e a mortalidade se mostrava tão elevada fora quanto dentro do GULAG.
Tampouco é coincidência que os primeiros campos soviéticos tenham sido estabelecidos imediatamente após a sangrenta, violenta e caótica Revolução Bolchevique.

 
No decorrer da Revolução, do terror imposto depois dela e da subseqüente Guerra Civil, pareceu a muitos que a própria civilização havia sido destruída de forma permanente. Sentenças de morte eram impostas arbitrariamente e pessoas foram fuziladas sem motivo ou libertadas de modo igualmente imprevisível. A partir de 1917, todo o conjunto de valores de uma sociedade ficou de pernas para o ar: a riqueza e a experiência acumuladas durante uma vida inteira tornaram-se uma desvantagem, o roubo era glamourizado como “nacionalização”, o assassinato era parte da luta em prol da ditadura do proletariado. O aprisionamento inicial de milhares de pessoas por ordem de Lênin, simplesmente porque antes tinham riqueza ou títulos aristocráticos, nem chegava a parecer estranho ou despropositado.

 
No inverno de 1941-1942, quando um quarto da população do GULAG morreu de inanição, cerca de um milhão de habitantes de Leningrado morreram também de inanição, isolados pelo bloqueio alemão. É bem verdade que os moradores de Leningrado morreram em casa, ao passo que o GULAG destroçava vidas, destruía famílias, arrancava os filhos dos pais e condenava milhões a viverem a milhares de quilômetros de seus familiares.

 
A população do GULAG e a população do resto da URSS compartilhavam muitas outras coisas além do sofrimento. Dentro e fora dos campos, era possível encontrar as mesmas técnicas de trabalho desleixadas, a mesma burocracia criminosamente estúpida, o mesmo descaso sombrio pela vida humana.

 
Na URSS de Stálin, a diferença entre a vida no GULAG e a vida fora dele era apenas de grau. Na gíria dos presos, o mundo fora do arame farpado era não “a liberdade”, e sim a “bolshaya zona”, a “zona principal grande”, maior e menos letal que “a pequena” do GULAG, mas não mais humana.

 
Em retrospecto, é fácil achar na história do sistema prisional czarista muitos antecedentes de práticas adotadas no GULAG. Assim como este último, o degredo siberiano, por exemplo, nunca se destinou exclusivamente a criminosos. Uma lei de 1736 declarava que, se uma aldeia decidisse que algum de seus habitantes fosse uma má influência, os líderes locais podiam repartir as posses do infeliz e determinar que se mudasse para outro lugar. Caso ele não conseguisse achar outra morada, o Estado podia degredá-lo. Aliás, essa lei seria citada por Nikita Kruschev em 1948, como parte de sua – bem sucedida – argumentação, para que se degredassem os membros das fazendas coletivas que fossem considerados insuficientemente entusiásticos e trabalhadores. O mesmo Nikita Kruschev que apenas 8 anos depois, em 1956, iria denunciar Stálin por esses crimes...

 
O escritor Fiodor Dostoievski, condenado em 1849 a quatro anos de servidão penal, após ter retornado do degredo siberiano, escreveu Recordações da Casa dos Mortos, ainda hoje o relato mais lido sobre a vida no sistema prisional czarista.
Se o GULAG é parte integral da história russa e soviética, também é indissociável da história européia, pois no século XX a URSS não foi o único país do continente a ter desenvolvido uma ordem social totalitária, nem a ter erigido um sistema de campos de concentração. Os nazistas também o desenvolveram. Esse assunto não pode ser deixado de lado, pois os dois sistemas foram construídos mais ou menos na mesma época. Hitler sabia do GULAG e Stalin sabia do Holocausto. 

 
Alguns prisioneiros vivenciaram e descreveram os campos de ambos os sistemas. Os dois eram aparentados e, a partir de 1914, início da I Guerra Mundial, os dois lados construíram pela Europa afora campos de internamento e campos de prisioneiros de guerra. Em 1918 havia 2,2 milhões de prisioneiros de guerra em território russo. A nova tecnologia – a produção em massa de armas de fogo, tanques e arame farpado – possibilitou esses e os campos posteriores. Alguns dos primeiros campos do GULAG foram construídos sobre campos de prisioneiros da I Guerra Mundial.

 
A expressão “campos de concentração” refere-se a campos construídos para encarcerar pessoas não pelo que elas fizeram, mas pelo que eram. Diferentemente dos campos de criminosos condenados e dos campos de prisioneiros de guerra, os de concentração foram criados para um tipo específico de prisioneiro não-criminoso, mas membro de “um grupo inimigo” ou, pelo menos, de uma categoria de pessoa que, pela raça ou suposta tendência política, era considerada perigosa ou “estranha à sociedade”.

 
Na Alemanha nazista os primeiros alvos foram os aleijados e os retardados mentais. Posteriormente, os nazistas se concentraram nos ciganos, nos homossexuais e, sobretudo, nos judeus. Na União Soviética, as vítimas foram primeiro ”a gente de antes” (supostos partidários do regime czarista) e depois “os inimigos do povo”, termo propositalmente vago que abrangia não apenas os pretensos opositores políticos do regime, mas também determinados grupos nacionais e étnicos, caso eles parecessem (por motivos igualmente vagos) ameaçar o Estado soviético ou o poder stalinista. Em épocas diferentes, Stálin procedeu a prisões em massa de poloneses, baltas, chechenos, tártaros e judeus.

 
Na autobiografia Minha Luta, Hitler explicou como percebeu que os judeus eram os responsáveis pelos problemas da Alemanha e que, na vida em sociedade, “todo empreendimento escuso, toda forma de infâmia”, estava ligada aos judeus.
Lênin e Stálin também começaram culpando “inimigos” pelos inumeráveis fracassos econômicos da URSS: eram os “destruidores”, “sabotadores”, “agentes de potências estrangeiras”. A partir do final dos anos 1930, na medida em que a onda de prisões começava a expandir-se, Stalin levava essa retórica a novos extremos, acusando publicamente os seus opositores de serem “uma imundície”, que precisavam submeter-se “a uma limpeza contínua”, tal qual a propaganda nazista identificaria os judeus a imagens de bichos nocivos, parasitas e doenças infecciosas.

 
Uma vez demonizado o “inimigo”, começou, para valer, o seu isolamento legal. Antes de serem arrebanhados e deportados para os campos de concentração nazistas, os judeus eram privados da condição de cidadãos alemães. Eram proibidos de trabalhar no funcionalismo público, na advocacia, na magistratura; proibidos de desposar arianos; proibidos de freqüentar escolas arianas, proibidos de ostentar a bandeira alemã, forçados a usar estrelas de Davi amarelo-ouro, e sujeitos a espancamentos e humilhações na rua.

 
Na URSS de Stálin, antes de serem presos, os “inimigos” também eram rotineiramente humilhados em assembléias públicas, demitidos de seus empregos, expulsos do Partido Comunista, abandonados pelos cônjuges indignados e publicamente acusados pelos filhos furiosos.

 
Nada disso, no entanto, significa que os campos soviéticos e nazistas fossem idênticos. A vida no sistema de campos soviéticos diferia de muitas maneiras da vida no sistema de campos nazistas. Havia diferenças na organização do cotidiano e do trabalho, diferentes tipos de guardas e punições, diferentes tipos de propaganda. O GULAG durou muitíssimo mais e passou por ciclos de relativa crueldade e relativa humanidade. A história dos campos nazistas é mais curta e apresenta menos variações: eles simplesmente se tornaram cada vez mais cruéis, até serem dissolvidos  pelos alemães em retirada ou libertados pelos Aliados.

 
Duas diferenças entre os sistemas parecem fundamentais. Em primeiro lugar, a definição de “inimigo” na URSS sempre foi muito mais vaga que a de “judeu” na Alemanha nazista. Nesta, com um número muito pequeno de exceções incomuns, nenhum judeu podia alterar sua condição; nenhum judeu preso num campo podia ter esperança racional de escapar à morte e todos os judeus estavam cientes disso o tempo todo. Embora milhões de prisioneiros soviéticos temessem pela própria vida – e milhões deles tenham realmente morrido -, não havia nenhuma categoria de prisioneiro cuja morte estivesse absolutamente garantida.

 
Sua vivência era muito diferente daquela dos judeus e dos outros prisioneiros que os nazistas enviavam para um grupo especial de campos que se chamavam Vernichtungslager, campos que não eram de trabalhos forçados e sim, usinas da morte. Havia quatro deles: Belzec, Chelmno, Sobibor e Treblinka. Majdanek e Auschwitz eram tanto campos de trabalhos forçados quanto campos de extermínio. Ao entrarem nesses campos, os prisioneiros passavam por uma “seleção”. Um número ínfimo era designado para algumas semanas de trabalhos forçados. O restante era mandado diretamente para as câmaras de gás, onde eram assassinados e cremados.

 
Deve ser reconhecido que essa forma específica de homicídio, praticada no auge do Holocausto, não teve equivalente na URSS. Na URSS foram encontradas  outras formas de chacinar centenas de milhares de cidadãos. Geralmente, eram conduzidos à noite para uma floresta, alinhados, baleados na nuca e enterrados em sepulturas coletivas antes mesmo de chegarem aos campos de concentração – modalidade de homicídio não menos “industrializada” e anônima que a usada pelos nazistas, uma vez que o GULAG, como um todo, não era propositalmente organizado para produzir cadáveres em escala industrial, mesmo que às vezes o resultado fosse esse.

 
Isto não é tudo. Há muito mais a dizer.

 
Dados extraídos do livro “Gulag – Uma História dos Campos de Prisioneiros Soviéticos”, de Anne Applebaum, editora Ediouro, 2004, Prêmio Pulitzer 2004-Não Ficção.

Carlos Ilich Santos Azambuja é Historiador.

 


MANIPULAÇÃO DESCARADA DE DELAÇÃO
MIRA GOLPE

"O esforço dos meios de comunicação para encontrar — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou um novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada", diz o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; em novo artigo, ele aborda a delação de Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal e aponta suas fragilidades.

 

O esforço dos meios de comunicação para encontrar  — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou um novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada.

Tenta-se, agora, aproximar a delação premiada do executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, da campanha presidencial de Dilma em 2010. Todos os jornais destacaram que parte da propina paga para o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque eram “doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores”.

O que se esconde é um aspecto essencial. Mendonça Neto esclareceu no depoimento que não havia informado ao PT do motivo das doações.

É verdade que o executivo admitiu  ter mantido em 2008 uma reunião com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, na sede do diretório estadual do PT em São Paulo, quando disse que “gostaria de fazer contribuições” ao partido. Mas Mendonça Neto também disse no depoimento que “não mencionou a Vaccari que as doações seriam feitas a pedido de Renato Duque” e que seriam fruto de propina.

Vaccari então  orientou o executivo como doar de forma legal. Ou seja, o PT aceitou a doação na forma da lei. Está lá, entre aspas, na página 8 do depoimento de Mendonça Neto.

Este é o ponto espantoso. A divulgação seletiva de informações, de modo a atingir adversários e proteger aliados é uma tradição de nossos jornais e revistas. Mas raras vezes se fez isso de forma tão descarada, sem o cuidado sequer de manter as aparências. Vamos combinar que quem é capaz de vazar informações prestadas de caráter confidencial, como consta do documento, deveria, pelo menos, cumprir o dever de prestar um relato fiel daquilo que se disse a Justiça. Afinal, o que se quer é elevar o padrão ético de nossas práticas políticas e econômicas, correto? Ou não?

Outro aspecto é que os jornais preferiram confundir seus leitores ao repercutir a acusação de Aécio Neves que a doação legal ao PT em 2010 poderia tornar “ilegítima” o governo de Dilma Rousseff. No depoimento à Justiça do Paraná, Mendonça disse que as empresas Setec Tecnologia, PEM Engenharia e a SOG Óleo e Gás doaram legalmente R$ 4 milhões ao PT. Não existe nenhuma prova de que esse dinheiro tenha sido usado pela campanha de Dilma porque a legislação eleitoral da época não exigia a identificação da origem dos recursos transferidos entre partido e campanha, a chamada “doação oculta”. Isso só passou a ser obrigatório em 2014.

Com essa obrigatoriedade, sabe-se hoje que seis construtoras ligadas à Lava-Jato e com obras nos governos tucanos de Minas (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão) doaram R$ 34,17 milhões à campanha de Aécio Neves.

 

DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTA DO BRASIL, PAÍS MEMBRO DO BRICS, É O PRÓXIMO ALVO DE WASHINGTON

OUTRAS MATÉRIAS SOBRE O ASSUNTO:


 

DESMASCARADA A GRANDE MENTIRA DA "VEJA" E DE TODA MÍDIA NA VÉSPERA DO 2º TURNO

 


 


Créditos da foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

 

'Não tenho como afirmar que Dilma sabia', diz ex-diretor da Petrobrás
 


Em depoimento à CPMI, Paulo Roberto Costa desmente tese que uniu oposição e imprensa no período eleitoral para prejudicar a presidenta da República.


Por Najla Passos


Brasília - Preso pela Operação Lava Jato e beneficiado com o esquema de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, frustrou as expectativas da oposição ao afirmar em depoimento na CPMI da Petrobrás, de forma categórica, que não sabe se a presidenta Dilma Rousseff tinha conhecimento ou não do esquema de corrupção em curso na maior empresa estatal brasileira. “Eu não posso concluir que Dilma já sabia dos fatos”, repetiu, reiterada vezes.


 

 


[Cai por terra a mentira da "Veja" (repercutida intensamente pelo Jornal Nacional e em toda a mídia) montada na tentativa desesperada e inescrupulosa de fazer Aécio ganhar no 2º turno]


Ele prestou depoimento à CPMI da Petrobrás, na tarde de terça (2), durante a acareação que o colocou frente ao ex-diretor da Área Internacional da companhia, Nestor Ceveró. O acusado reafirmou a existência de um esquema de corrupção na estatal, pelo qual foi beneficiado com propina de R$ 1,5 milhão. Já Ceveró voltou a dizer que não tinha conhecimento do esquema e que jamais recebeu propina enquanto atuou como diretor da estatal.

Costa atribuiu a responsabilidade pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, ao Conselho Administrativo da Petrobrás, presidido por Dilma Rousseff de 2006 a 2010, quando ela era ministra da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva. “A responsabilidade final de aprovar uma compra de um ativo como Pasadena é 100% do Conselho de Administração. A Petrobras tem uma diretoria que faz uma indicação”, esquivou-se.

Ele descartou, entretanto, ter conhecimento se a presidenta teria conhecimento sobre o esquema de propinas na estatal. Em outras palavras, disse que Dilma é uma das responsáveis pelo mau negócio da compra da refinaria, já que era membro do conselho, mas isso não significa que ela participe, ou mesmo que seja condescendente, com qualquer esquema de corrupção, como sugeriram a oposição e a imprensa que a serve, durante o período eleitoral.

O ex-diretor, aliás, usou a oportunidade para corrigir diversos erros veiculados pela imprensa na cobertura do caso. Ele ratificou a veracidade do conteúdo do depoimento que prestou ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, mas lembrou que ele segue sob segredo de justiça e só parte dele veio à tona, muitas vezes de forma equivocada.

Como exemplo, ele citou o polêmico e-mail encaminhado por ele à Casa Civil, em setembro de 2009, que imprensa e oposição utilizaram durante o período eleitoral como prova de que a presidenta sabia do esquema criminoso na estatal. De acordo com Costa, o documento eletrônico encaminhado atendendo à pedido do próprio ministério, não fala sobre pagamentos de propinas, mas sim sobre erros técnicos do processo apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo ele, naquela altura, ela já “estava enojado com o que acontecia na estatal” e mandou o e-mail como um alerta. “Quando eu mandei este e-mail era para alertar que estávamos com problemas”, justificou.

O ex-diretor da estatal alertou também que a corrupção atinge praticamente todos os setores da economia brasileira [estatal e privada] e não é uma prerrogativa das empreiteiras apontadas na Lava Jato ou de governos deste ou daquele partido. “Isso que está no noticiário, que acontecia na Petrobras, acontecia no Brasil inteiro, nas rodovias, nas ferrovias, nos portos, aeroportos, nas hidrelétricas, isso acontece no Brasil inteiro, é só pesquisar”, disparou.

Durante o depoimento, ele revalidou à CPMI todo o conteúdo do seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, que cuida do caso. Entretanto, o depoimento, que corre em segredo de justiça, não é de conhecimento nem mesmo dos membros da CPMI. Apenas os trechos [estranhamente] veiculados pela imprensa se tornaram públicos. E boa parte deles, conforme atestou o próprio autor do depoimento, de forma bastante equivocada.

Costa esclareceu, por exemplo, que o e-mail relatando problemas na aquisição de Pasadena, encaminhado por ele à Casa Civil em 2010, não continha informações sobre o suposto esquema de propinas na estatal, mas sim sobre os entraves técnicos da operação de compra apontados pelos Tribunal de Constas da União (TCU). Portanto, ao contrário do que vem sendo ventilado pela imprensa, o e-mail não comprova que a presidenta Dilma, na época ministra da Casa Civil, teve conhecimento do esquema."


FONTE: escrito por Najla Passos no site "Carta Maior"  (http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/-Nao-tenho-como-afirmar-que-Dilma-sabia-diz-ex-diretor-da-Petrobras/4/32344). [Capa da VEJA e legenda acrescentados por este blog 'democracia&política'].

 

PREPAREM AS “BARRICADAS”, OS GOLPISTAS JÁ ESTÃO EM MARCHA!

 


Jô Soares

 


 

PREPAREM AS “BARRICADAS”, OS GOLPISTAS JÁ ESTÃO EM MARCHA!

Por LULA MIRANDA, 
economista, poeta e cronista


 

"Progressistas, legalistas e democratas, preparem suas barricadas e trincheiras de resistência! Um golpe está em curso! Até o insuspeito Jô Soares, tucano histórico, já fez o alerta por esses dias em seu programa: “impeachment da presidente é golpe”
 


 

O “golpismo”, despudoradamente, despe-se das aspas da dissimulação e já se desnuda em GOLPISMO, pura e simplesmente, em toda a sua sordidez, desfaçatez e oportunismo. 

O último mote da grande imprensa de negócios e negociantes agora é transformar doações legais, feitas à campanha de Dilma Rousseff e declaradas à Justiça Eleitoral, como manda a lei, em “propinas” da operação Lava Jato. 

Se só faltava essa, já não falta mais nada. 

A estratégia é confundir doações legais como caixa 2. Note bem: como as investigações e análises de documentos da Operação Lava Jato já devem estar demonstrando/comprovando que as doações foram legais, estão mudando a versão dos fatos para forjar a existência de crime eleitoral e assim impedir a presidente eleita de assumir e, se assumir, impedi-la de governar.

Vejam o título da capciosa matéria da "Folha", logo reforçada pela “análise” de um de seus diretores de sucursal, cargo de “responsa”: “Propina na Petrobras foi paga em doações oficiais ao PT, diz delator”. Numa autêntica e manjada “tabelinha”, como se diz nas redações. Um “levanta a bola” para o outro chutar em seguida e assim reforçar a “verdade” que o jornal pretende impor aos seus leitores. 

Ora, se é doação oficial não pode ser qualificada como “propina”! Mas, para todos os efeitos, quem disse não foi a "Folha", foi o delator. Não se pode culpar o mensageiro – não é mesmo? Esse mesmo “expediente” (ou ardil) foi utilizado pela “Veja” para tentar derrubar a candidatura Dilma às vésperas do pleito e assim ganhar a eleição, no grito, para o seu candidato. Qual o “expediente”? O de falar por intermédio das palavras de um criminoso confesso. 

Mas a "Folha", em seguida, fala com as próprias palavras. Como adiantei acima, o diretor da sucursal em Brasília apressou-se em esquentar a matéria no afã de dar liga a uma provável mentira, tentando emendar a emenda e assim arruinar o soneto, digo, o jornalismo: “Depoimento aproxima caso de Dilma” – é o título da ”análise” que esquenta a matéria anterior, conclui a tabelinha e dá a senha da próxima jogada aos demais veículos . 

Na sequência, rapidamente, o "Estadão" e o jornal "O Globo", ajudariam a espalhar a “notícia” dando manchetes com as chamadas “letras garrafais” em suas páginas na internet, e por toda a tarde e noite esses “repiques” ficariam por lá, em destaque , pouco importando se o relatado trazia em seus termos uma contradição insanável. Com certeza, essas mesmas manchetes amanheceram estampadas nas bancas de jornal. A TV Globo já faz, também, a sua parte nessa orquestração.

Não há qualquer ilegalidade naquela contribuição à campanha da presidente eleita. É o típico denuncismo e parcialismo que se revela através de uma não notícia ou de uma falsa e manipulada notícia, melhor dizendo.

Perceberam como funciona o jornalismo de negócios e negociantes?

Para aqueles que ainda não se deram conta: os golpistas estão em marcha. Na grande mídia, no Congresso, nas redes sociais e nas ruas, em manifestações ainda esvaziadas. O que antes parecia apenas retórica de disputa política toma conotações de realidade. Portanto, é chegada a hora da reação.

Progressistas, legalistas e democratas, preparem suas barricadas e trincheiras de resistência!

Um golpe está em curso!

Até o insuspeito Jô Soares, pois que é tucano histórico, já fez o alerta por esses dias em seu programa: “impeachment da presidente é golpe”.

Recorrendo a uma metáfora futebolísitica, o ministro Gilmar Mendes, tal qual um centroavante oportunista, já está plantado no campo do adversário em escandalosa, pois flagrante, posição de impedimento. Oportunista, esgueira-se por entre os defensores, num esforço vão para não ser detectado em seu intento sub-reptício, enquanto a grande mídia faz sua parte confundindo os zagueiros, fazendo jogo de cena, dissimulações, “dribles da vaca” e passes em falso, preparando a jogada derradeira. Gilmar só espera a bola boa chegar para, cara a cara com o goleiro, marcar o gol de placa e ainda fazer chacrinha para a torcida adversária.

Todos já devem saber que as contas de campanha da presidente Dilma, por uma dessas estranhas “coincidências” e “acasos” da vida, foram parar nas mãos do “imparcial” ministro Mendes, amigo de Demóstenes [o tal senador do DEM comparsa do meliante Cachoeira]. Que já se jacta em realizar uma verdadeira “devassa” nas contas, para assim, quem sabe, descobrir pelo de cobra em ovo de pato.

Os golpistas já marcham à luz do dia. Boquirrotos, arrogantes, preconceituosos, maquiavélicos, transgressores da legalidade institucional, grosseiros. “Foda-se a Venezuela!” – exibem [como o herdeiro do "Estadão", o jornalista Fernão Lara Mesquita], ostentam, orgulhosamente, suas vergonhas e boçalidade.

Diante da tamanha fúria golpista, cabe-nos a proteção e o abrigo das barricadas e trincheiras da legalidade, da legitimidade do voto, da Justiça e da Lei Magna, a Constituição.

Os golpistas veem fantasmas “bolivarianos” conspirando contra si. Covardes, perseguem, achincalham e agridem seus adversários políticos como se inimigos mortais fossem. Seus olhos vidrados, dedos em riste, veias saltadas na têmpora, denunciam a sua insanidade política. Combatem inimigos invisíveis, personagens espectrais que povoam a sua fértil e feérica imaginação, bem como a história e a realidade de outras nações distantes.

O candidato derrotado, Aécio Neves, joga no lixo os seus cerca de 50 milhões de votos ao assumir uma (o)posição raivosa e insensata, cedendo assim, desde já, graciosamente, o posto de candidato das oposições em 2018 para o moderado e insípido Geraldo Alckmin. Este, por sua vez, mantém distância regulamentar dos despropósitos e despautérios golpistas e, experiente, aguarda a sua hora e vez. 

Afinal, 2018 já é logo ali.


 

o “irreconhecível” Aécio, como se nota, arrastado irremediavelmente pela insensatez, incompetência e inexperiência, não estará na urna eletrônica em 2018 – ao menos não na condição de candidato ao cargo de máximo mandatário da nação. Não mais. Perdeu o rumo e o prumo."

FONTE: escrito por Lula Miranda e publicado no "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/162627/Preparem-as-%E2%80%9Cbarricadas%E2%80%9D-os-golpistas-j%C3%A1-est%C3%A3o-em-marcha!.htm). O autor, Lula Miranda, é poeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média. 

[Trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política].


 

 

 

AO CONTRÁRIO DO QUE PROPALA A MÍDIA, DOAÇÕES AO PT FORAM LEGAIS

 


 


João Vaccari Neto
 


Ao contrário do que se divulgou, doações da Setal ao PT não foram ilegais
 


Delação manipulada

Por Paulo Moreira Leite

"O esforço dos meios de comunicação para encontrar — de qualquer maneira — uma ligação da campanha de Dilma Rousseff com os recursos da operação Lava Jato superou novo limite na fronteira que separa a boa fé da manipulação mais descarada.

Tenta-se, agora, aproximar a delação premiada do executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da "Toyo Setal", da campanha presidencial de Dilma em 2010. Todos os jornais destacaram que parte da propina paga para o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque eram “doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores”.

O que se esconde é um aspecto essencial. Mendonça Neto esclareceu no depoimento que não havia informado ao PT do motivo das doações.

É verdade que o executivo admitiu ter mantido em 2008 uma reunião com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto [foto], na sede do diretório estadual do PT em São Paulo, quando disse que “gostaria de fazer contribuições” ao partido. Mas Mendonça Neto também disse no depoimento que “não mencionou a Vaccari que as doações seriam feitas a pedido de Renato Duque” e que seriam fruto de propina.

Vaccari então orientou o executivo como doar de forma legal. Ou seja, o PT aceitou a doação na forma da lei. Está lá, entre aspas, na página 8 do depoimento de Mendonça Neto.

Esse é o ponto espantoso. A divulgação seletiva de informações, de modo a atingir adversários e proteger aliados é uma tradição de nossos jornais e revistas. Mas raras vezes se fez isso de forma tão descarada, sem o cuidado sequer de manter as aparências. Vamos combinar que quem é capaz de vazar informações prestadas de caráter confidencial, como consta do documento, deveria, pelo menos, cumprir o dever de prestar um relato fiel daquilo que se disse a Justiça. Afinal, o que se quer é elevar o padrão ético de nossas práticas políticas e econômicas, correto? Ou não?

Outro aspecto é que os jornais preferiram confundir seus leitores ao repercutir a acusação de Aécio Neves que a doação legal ao PT em 2010 poderia tornar “ilegítima” o governo de Dilma Rousseff. No depoimento à Justiça do Paraná, Mendonça disse que as empresas Setec Tecnologia, PEM Engenharia e a SOG Óleo e Gás doaram legalmente R$ 4 milhões ao PT. Não existe nenhuma prova de que esse dinheiro tenha sido usado pela campanha de Dilma porque a legislação eleitoral da época não exigia a identificação da origem dos recursos transferidos entre partido e campanha, a chamada “doação oculta”. Isso só passou a ser obrigatório em 2014.

Com essa obrigatoriedade, sabe-se hoje que seis construtoras ligadas à Lava-Jato e com obras nos governos tucanos de Minas (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão) doaram R$ 34,17 milhões à campanha de Aécio Neves".


FONTE: 
escrito por Paulo Moreira Leite no "Jornal GGN"   (http://jornalggn.com.br/noticia/pml-ao-contrario-do-que-se-divulgou-doacoes-da-setal-ao-pt-nao-foram-ilegais).


POR QUE A PRESSÃO DA IMPRENSA PELO GOLPE E CONTRA A PETROBRAS E EMPREITEIRAS?

Imprensa estimulou e apoiou o golpe de 1964

Golpe, modelo e dívida

Por Adriano Benayon, Doutor em Economia, pela Universidade de Hamburgo-Alemanha; Bacharel em Direito, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ; Diplomata de carreira

1. O Brasil vive momento grave, com a grande mídia pedindo golpe de Estado para derrubar a presidenta recém-reeleita.

2. Os golpes em nosso País são recorrentes, e já houve muitos além dos mais conhecidos, que são os de caráter predominantemente militar: 1937, 1945, 1954, 1961 e 1964.

3. O jornalista Luiz Adolfo Pinheiro intitulou seu bom livro, “A República dos Golpes”, publicado em 1993, que abrange somente os anos de Jânio Quadros a Sarney.

4. Não só no Brasil historicamente, mas cada vez mais no mundo atual, os instrumentos principais dos golpes inspirados pelas potências imperiais têm sido instituições civis, como o legislativo e o judiciário.

5. Foi no âmbito da polícia civil que se articulou a conspiração concluída na área militar, que depôs opresidente Vargas em 1954.

6. A famigerada, desde o Estado Novo, "Delegacia de Ordem Política e Social" – DOPS, chefiada pelo simpatizante nazista, Cecil Borer, foi que armou o atentado da rua Tonelero, envolvendo a guarda pessoal do presidente e a ela atribuindo o crime.

7. O alvo era o próprio major Vaz, para acender a revolta na Aeronáutica e na opinião pública, e não, Carlos Lacerda, o encarniçado adversário de Vargas, com o simulado e inexistente tiro em seu pé.

8. Por que o DOPS? No auge da Guerra Fria, os nazistas e simpatizantes foram recrutados em massa pelos serviços secretos das potências anglo-americanas para reprimir os “comunistas”, rótulo ao qual buscavam associar todos os que, como os nacionalistas, desagradassem àquelas potências. 9. Voltemos a 2014: no período eleitoral, delegados da polícia federal, a que se atribui serem simpáticos ao PSDB, vazaram informações do inquérito (operação Lavajato), em que investigam irregularidades em contratos entre a Petrobrás e grandes empreiteiras de obras de infraestrutura.

10. Há poucos dias, acabam de prender executivos dessas empreiteiras, as quais, além de atingidas pelo escândalo, com repercussões sobre futuras contratações, serão provavelmente condenadas ao pagamento de pesadas multas.

11. Desavisados moralistas exultam com essa suposta demonstração de que as instituições do País estejam combatendo eficientemente a corrupção. O PT louva a presidenta por ter sancionado nova lei, que permite agir também contra os corruptores.

12. O povo ilude-se e acredita que seja isso mesmo que está em causa. Desconhece a natureza do jogo prevalecente nas altas esferas do poder, notadamente as do poder mundial. Para isso, concorre o tsunami de ignorância gerado pelos investimentos que nela faz a oligarquia concentradora transnacional, há um século.

13. A megacorrupção exercida por essa oligarquia coopta colaboradores em todas as estruturas econômicas e institucionais e, ironicamente, usa, a seu serviço, a corrupção derivada, a de menor porte, aumentada inclusive em decorrência do investimento na anticultura e na destruição dos valores éticos.

14. É essa, a derivada, a que aparece, quando sua exposição serve aos objetivos da estratégia imperial, produzindo grande comoção em amplos segmentos da população e desviando o foco dos reais problemas e de suas fontes geradoras.

15. Sem acesso às informações sobre como a oligarquia financeira envolve os poderes constituídos do Estado infiltrados por seus interesses, o povo concentra seu ódio sobre os corruptos expostos pela corruptíssima grande mídia. Deveria desconfiar de que, se são expostos, é porque são os que estão causando menor dano ao País.

16. Por que as grandes empreiteiras estão sob o fogo da repressão? Elas constituem o principal núcleo de poder econômico no País que ainda não foi controlado pelo capital estrangeiro. São exportadoras de serviços, ocupam pessoal qualificado e se tornaram conglomerados que investem até mesmo em tecnologia de uso militar.

17. Ademais, o escândalo que domina as atenções envolve também a principal estatal do País, ou seja, uma das poucas empresas gigantes sob controle nacional, apesar de infiltrada por quadros ligados às transnacionais do setor e a bancos da oligarquia financeira anglo-americana.

18. Para fechar, convém ter presente a penetração de ideias e a cooptação por parte de entidades estrangeiras na Polícia Federal, notória desde que a Delegacia Antitóxicos recebe ajuda de sua congênere norte-americana.

19. Não se deveria tampouco ignorar a política das numerosas agências de inteligência dos EUA de atrair as simpatias de quadros das instituições-chave do País, como a Polícia Federal.

20. O foco na corrupção, ignorando a fonte da megacorrupção, é instrumento do poder oligárquico mundial. Em geral, estão alinhados com esse, os que mais gritam contra a corrupção.

21. Um dos fatos fundamentais obliterados é que, no âmbito dos carteis financeiros e econômicos, a ética pode ser tema de discurso, mas não faz parte do objetivo central, o poder, nem do objetivo imediato, o lucro, independentemente de como seja obtido. Corrupção INSTITUCIONAL 

22. Expor as reais razões do escândalo das relações entre grandes empreiteiras e a Petrobrás não é dizer que nelas houve corrupção. Isso, porém, está sendo usado para favorecer grupos transnacionais, tradicionais comitentes de n tipos de corrupção.

23. Entre eles, os permitidos pelas leis e políticas impostas aos países, tais como tolerar as práticas monopolistas e demais formas de abuso do poder econômico.

24. Não menos danoso para o Brasil é ferir de morte as empresas privadas e públicas em que se mantém os últimos bastiões de autonomia tecnológica no País, alvo que é do “apartheid tecnológico”, decorrente de os carteis transnacionais dominarem o mercado, reforçado por acordos internacionais, como o TRIPS no âmbito da OMC.

25. Os promotores da desestabilização da presidenta da República e do golpe em curso são de dois tipos:

  a) os colaboradores do sistema imperial, que nos impõe, desde 1954, o modelo de dependência financeira e tecnológica, e utilizam hipocritamente o pretexto da "moralidade" para desnacionalizar e desindustrializar ainda mais a economia;

  b) os enganados pelo alienado discurso moralista são arregimentados para solidarizar-se com a repressão destinada a eliminar as empreiteiras e acabar de desnacionalizar a Petrobrás.

 

26. Isso não significa que não se deva expurgar a estatal de seus quadros corruptos. Se isso for feito, como se deve, vai-se notar que a maior parte deles é ligada a grupos e a interesses das transnacionais estrangeiras, lá colocados.

Nos tempos do antipátria FHC/PSDB... 

27. Isso ocorreu principalmente no governo antipátria de FHC/PSDB, e a maior parte dos corruptos permaneceu na Petrobrás e na ANP, nos governos petistas, conciliadores em relação àqueles grupos. Esse é o caso, inclusive, do pivô do escândalo, o delator premiado.

28. Enquanto a operação Lavajato ocupa o centro das atenções, e avança em direção favorável ao objetivo de enfraquecer o já fragilizado poder econômico nacional, são esquecidas as causas fundamentais dessa fraqueza.

29. Essas se situam no binômio modelo pró-imperial-endividamento público. A propósito, o Brasil está com déficit recorde no balanço de transações correntes com o exterior: US$ 85 bilhões por ano.

30. Essa sempre foi a causa do crescimento da dívida externa, desde que JK (1956-1960) aplicou a política entreguista do golpe udenista-militar de 1954, que cumulou de favores os carteis transnacionais para monopolizarem os mercados industriais do País.

31. A dívida externa ascendeu a US$ 541,42 bilhões, em agosto último (R$ 1,4 trilhões ao câmbio atual). A dívida pública interna, a R$ 3,067 trilhões.

32. O serviço da dívida (juros e amortizações) consome 42% das despesas da União, e realimenta-se com as taxas de juros absurdamente altas e que, por isso, não podem ser pagas só com recursos dos tributos. Dívida Pública - Causa da pobreza 

33. A parte do serviço da dívida que o Tesouro paga com as receitas corresponde ao “superávit primário”. Elaborei uma tabela, no programa Excel, lançando o montante da dívida pública interna em 1994, e taxa de juros de 3% aa..

34. Por que 3% aa.? Essa taxa supera a de muitos países, e não há base para a ideia, sempre impingida ao público, de que se têm de combater a inflação com juros elevados.

35. No Brasil, os preços são altíssimos porque os carteis impõem os que desejam, mais ain
da que em outros países. Fosse outra a política, a inflação seria moderada, e não ficaria ao sabor de farsas, como a do Plano Real.

36. Além dos juros 3% aa., inseri na tabela os montantes do primário, para resgatar dívida, implicando que não haveria novas emissões de títulos para isso.

37. Resultado: mesmo sem superávit primário de 1995 a 1997, pois ele só ocorreu em 1994 e de 1998 a 2001, a União já teria eliminado a dívida interna, e sobrariam R$ 22 bilhões, em 2001.

38. Ora, com as absurdas taxas de juros comandadas pelo cartel dos bancos e cumpridas pelo BACEN e, apesar de superávits primários totalizando, de 2002 a 2013 em valores correntes, R$ 1,082 trilhões, a dívida interna cresceu para quase R$ 3 trilhões".

FONTE: escrito por Adriano Benayon: Consultor em finanças e em biomassa; Doutor em Economia, pela Universidade de Hamburgo-Alemanha; Bacharel em Direito, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ; Diplomado no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, Itamaraty; Diplomata de carreira, postos na Holanda, Paraguai, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos e México; Delegado do Brasil em reuniões multilaterais nas áreas econômica e tecnológica; Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na área de economia; Professor da Universidade de Brasília (Empresas Multinacionais; Sistema Financeiro Internacional; Estado e Desenvolvimento no Brasil); Autor de Globalização versus Desenvolvimento, 2ª ed. Editora Escrituras, São Paulo.
Artigo  postado por Castor Filho em seu blog "Redcastorphoto" com ilustrações por ele 'catadas' na internet  (http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/11/golpe-modelo-e-divida.html).


Pedrinhas :: Corte Interamericana cobra ação imediata

Medida provisória ordena medidas para estancar violência em presídio maranhense

A Corte Interamericana expediu medida provisória obrigando o Brasil a adotar imediatamente “todas as medidas que sejam necessárias para proteger eficazmente a vida e a integridade pessoal de todas as pessoas privadas de liberdade no Complexo Penitenciário de Pedrinhas”, no Maranhão. A decisão foi comunicada na terça-feira (18/11) às entidades que denunciaram o caso à OEA (Organização dos Estados Americanos).

A decisão da Corte foi tomada depois de um pedido de informações feito ao governo brasileiro e indica falhas do país na gestão da crise. Desde o início de 2014, 18 presos foram mortos em Pedrinhas.

“O Estado apresentou argumentos no sentido de que estaria tomando as medidas necessárias para impedir a ocorrência de fatos violentos no Complexo de Pedrinhas”, afirma trecho da decisão. “Entretanto, a Corte observa que, a partir da informação apresentada tanto pela Comissão como pelo Estado, é evidente que ainda subsiste a situação de risco extremamente grave e urgente e o caráter irreparável do possível dano aos direitos à vida e à integridade pessoal dos internos do Complexo de Pedrinhas e das pessoas ali presentes.”

Agora, o Brasil terá de atender a três exigências: 1) adoção de todas as medidas necessárias para proteger os presos, agentes penitenciários, funcionários e visitantes; 2) manter os representantes dos presos informados sobre as medidas adotadas para implementar a medida provisória; 3) informar a Corte Interamericana a cada três meses, através de relatório, sobre a aplicação da medida provisória.

Leia aqui a íntegra da decisão.
 

Histórico

Em 2013, o Brasil foi denunciado à CIDH por conta dos assassinatos em Pedrinhas pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e pela seccional maranhense da OAB.

O País foi reprendido pelo órgão em dezembro de 2013. À época, a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA) emitiu medida cautelar demandando informações e ações concretas para conter a onda de violência no complexo. Diante da incapacidade das autoridades brasileiras de controlar a situação, a Comissão acionou a Corte – órgão máximo do sistema de direitos humanos da OEA.

Em seu comunicado à Corte, a CIDH afirmava que “os beneficiários propostos se encontram em uma situação de extrema gravidade, urgência e risco de um dano irreparável que exige ação imediata de medidas provisórias ante a ineficácia das medidas cautelares expedidas pela Comissão”.

No início de 2014, Conectas e Justiça Global se somaram ao processo como co-peticionários, fornecendo à Comissão informações adicionais sobre os problemas estruturais e persistentes do complexo.

No dia 7 de janeiro deste ano, as entidades também solicitaram ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, uma intervenção federal no presídio e a federalização dos crimes ocorridos ali. Ao longo do ano, duas missões foram realizadas por representantes das entidades para acompanhar a situação dos presos.
 

Fonte: Conectas


DELAÇÃO PREMIADA: A “GENI” DOS CRIMINOSOS DO COLARINHO BRANCO

01. Os jovens das gerações Y e Z sabem que o Brasil conta com agentes empreendedores que pagam seus impostos e estão preocupados com a construção de um país sério e próspero. Paralelamente devem ainda saber que, desde suas origens, aqui há também uma troika maligna composta de políticos e outros agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros, que formam uma espécie de parceria público-privada para a pilhagem do patrimônio do Estado – PPP/PPE. Depois de 514 anos de saqueamento e extrativismo do Brasil pela criminalidade organizada político-empresarial, alguns grandes criminosos do País (que nestas bandas começaram roubando, estuprando, parasitando todos, fraudando o fisco e exterminando os nativos e os escravos), contrariando e desatendendo os contundentes protestos de distinguidos advogados, estão mergulhando nas águas profundas da delação premiada, que já sinaliza um grande estrago nas estruturas dessa criminalidade secular (que sempre se julgou impune).

02. Paulo Roberto da Costa (ex-diretor da Petrobras), Alberto Youssef (doleiro), Júlio Camargo (Toyo-Setal) e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (da Tipuana, da EBR e da Toyo-Setal, que é controlada pela japonesa Toyo Engineering, que tem contratos de mais de R$ 4 bilhões com a Petrobras) são os quatro primeiros acusados envolvidos nas fraudes bilionárias da Petrobras que aceitaram fazer acordo com a Justiça em troca de benefícios legais, que podem livrá-los de longos anos de encarceramento. Ao mesmo tempo, estão devolvendo (ou prometendo devolver) imensas fortunas “arrecadadas” com o empreendimento ilícito. Essa vem sendo a maneira encontrada para se fazer valer o império da lei contra todos (inclusive contra os criminosos do colarinho branco).

03. A delação premiada, desde a experiência da plea bargaining norte-americana e do pentitismoitaliano, se converteu (na visão do Estado) num valioso instrumento para a apuração de crimes, sobretudo os cometidos por agentes mafiosos ou do colarinho branco. Nas nações institucionalmente falidas (democracias precárias, mercado oligopolizado e concentrador, ausência do império da lei e sociedade civil clientelista e sem consciência cidadã), posto que historicamente dominadas e manipuladas por inescrupulosas oligarquias (é o caso do Brasil e da América Latina), pode-se imaginar o espaço imenso que está reservado à delação, visto que elas sempre foram impotentes para combater e controlar o crime organizado, especialmente quando estruturados pelos poderosos que desfrutam de privilégios e imunidades penais.

04. A delação foi prevista, pela primeira vez, na Lei 8.072/90 (lei dos crimes hediondos), que passou a permitir prêmio (diminuição da pena) para quem colaborasse para o desmantelamento das quadrilhas de especial gravidade (ainda era um tempo em que jamais se imaginava que as classes dominantes sentassem nos bancos dos réus). Em virtude dos riscos sérios que representa (incriminação de inocentes, abuso das autoridades, blefes etc.), sobretudo quando explorada midiaticamente, sem a apresentação de provas contundentes daquilo que foi delatado, ela nasceu no Brasil como uma espécie de “Geni”, do Chico Buarque. Como? “Joga pedra na Geni! Joga pedra na Geni! Ela é feita pra apanhar! Ela é boa de cuspir! Ela dá pra qualquer um! Maldita Geni!”. No princípio, como se vê, era só crítica: os progressistas a criticavam porque se reveste de uma traição premiada; os conservadores achavam um absurdo a diminuição de qualquer parte da pena, que deveria incidir integralmente sobre esses “quadrilheiros” desumanos (lógica do “nós” bons e os “outros” maus).

05. Os anos foram se passando e o legislador foi acreditando nela cada vez mais, tanto que acabou sendo contemplada em vários textos legislativos: lei dos crimes hediondos (Lei 8.072/1990), lei de proteção das vítimas e testemunhas (Lei9.807/1999), lei do crime organizado (Lei 9.034/1995), lei de lavagem de capitais (Lei9.613/1998 e 12.683/12), nova lei de drogas (Lei 11.343/2006), leniência nos crimes econômicos etc. Cada uma conta com suas peculiaridades, anomalias e deficiências. Hoje a lei mais completa sobre delação é a 12.850/13 (nova lei do crime organizado), que permite diminuir pena, mudar o regime do seu cumprimento, perdoar o colaborador totalmente ou mesmo nem sequer denunciá-lo (não processá-lo).

06. Depois de todo mundo amaldiçoar a delação premiada, eis que nas nuvens flutuantes, que sobrevoam a superfície verde-amarela, surge um Zepelim gigante (poder punitivo estatal), que paira sobre os edifícios, com seus dois mil orifícios (canhões), voltados tanto para a criminalidade clássica dos marginalizados (underclass) como, disruptivamente (veja nosso livro Populismo penal midiático), contra os criminosos poderosos, do colarinho branco (o caso mensalão disso é evidência inconteste). A cidade apavorada se quedou paralisada, pronta pra virar geleia, quando seu comandante (do poder punitivo estatal), depois de ter dito que tudo iria explodir, ao ver tanto horror e iniquidade (um dos países mais injustos do planeta), acabou mudando de ideia, oferecendo algo suavizante, para aquela população agonizante, constituída de poucos poderosos e uma imensa patuleia.

07. A “Geni” (delação premiada), de repente, passou a ser mais reverenciada que um monge virtuoso. No começo ninguém acreditava nisso, porque “ela foi feita para apanhar, ela é boa de cuspir”. Mas de fato, logo ela, tão coitada e tão singela, cativara o forasteiro (poder punitivo estatal), tão temido e poderoso; agora o povo está estupefato, impotente e temeroso (ao ver as garras monstruosas do poder estatal). Repentinamente a cidade em romaria foi beijar a sua mão. Prefeitos, bispos, banqueiros, políticos, doleiros, empresários e marqueteiros, todos de repente estão implorando pela “Geni” (pela delação), que estaria destinada a quem “presta grande serviço para a pátria” (disse o Ministro Marco Aurélio). Não há nenhuma falta de ética em o Estado premiar quem delatou outros criminosos, se afirma. Então, “vai com eles, vai “Geni”, você pode nos salvar, você vai nos redimir, você dá pra qualquer um, bendita “Geni!”.

08. O que era tão deplorável, de repente, está virando moda. Sinal dos tempos (áureos ou sombrios, conforme a visão de cada um). São as novas tendências, depois de tantos debates e tanto desprezo pela igualdade perante a lei. Roberto Jefferson, no mensalão, do regime fechado foi parar no semiaberto, tudo em virtude “dos relevantes serviços prestados à nação”. Por mais que a delação seja um poço de bondade (para os que dela se servem), chegando mesmo a ser “a rainha dos detentos”, “namorada de tudo que é nego torto, seja do mangue ou do porto”, o certo é que ela está atendendo todos (ela “dá pra qualquer um”), seja o poderoso ou um pobre lazarento. Maldita Geni ou bendita Geni?

Fonte: Blog Visão Panorâmica


No Brasil do juro mais alto do mundo, Dilma ainda não sabe quem e nem como combater a inflação

 

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Denúncias a rodo de corrupção e brigas políticas com o Congresso nem sempre são tão decisivas para desgastar e derrubar um desgoverno como o aprofundamento de uma crise econômica. Esta é a maior dor de cabeça de reeleita Dilma Rousseff que terá de fazer um enorme malabarismo verbal e um gigantesco contorcionismo estatístico para explicar como o Brasil se mantém como o País com a maior taxa real de juro (descontada a inflação pelo mundo) em um grupo de 40 países, depois que o ortodoxo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil subiu a taxa Selic para 11,25%.

Qualquer dona de casa que vai às compras percebe a carestia – que os gênios econômicos preferem chamar de inflação. Quem precisa pegar dinheiro emprestado também constata o quanto tal operação fica mais cara e difícil de ser feita. O juro médio ao consumidor já chega ao absurdo percentual de 103,13% ao ano (o 13, na estatística, só pode ser uma sacanagem da matemática). No cartão de crédito, a usura é ainda mais covarde: 242,36% ao ano ou absurdos 10,80% ao mês. Assim, fica impraticável recorrer a qualquer linha de crédito: juros do comércio, cartão de crédito, cheque especial, financiamento veículos e empréstimo pessoal em bancos e financeiras.  

Além de não ter um projeto de governo para conter a usura – que tanto  lucro recorde gera ao sistema financeiro, enquanto faz crescer a dívida do setor público, das empresas e dos cidadãos, Dilma continua cometendo o erro tático de não anunciar imediatamente quem será seu ministro da Fazenda do segundo mandato. Certamente, ele nem sabe o que fazer para combater a inflação. Que dirá ter o nome certo de quem deveria cumprir tal missão em seu segundo mandato. Do jeito que o pirão desanda, Dilma pode até ser obrigada a engolir seu desafeto Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda ou no Banco Central.

Não tem jeito: Dilma continua sendo a Presidenta Incompetenta...

Não estava tudo bem com a economia?

Embora a inflação esteja fora do centro da meta e possa estourar o limite de 6,5% ao ano, como indica o IPCA-15, o aumento da taxa Selic para 11,25% ao ano não era esperada pela maior parte dos analistas.

Reginaldo Gonçalves, professor do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM), em São Paulo, avalia que qualquer medida de controle da inflação terá de ser conjugada com outros elementos do cenário econômico, não somente com o aumento da taxa selic em que corremos o risco de haver maior estagnação da economia e perda de competitividade:

“A economia está estagnada e não há perspectivas de reversão dos indicadores econômicos ainda neste ano. Diante disso, o Copom arriscando uma possibilidade de maior estagnação do setor industrial aumentou a taxa Selic nos patamares atuais. Novas manobras poderão ser efetuadas proximamente para conter a inflação, mas, os riscos de aumento da taxa de juros sem uma contrapartida do governo poderá prejudicar ainda mais o mercado, mesmo com um cenário ainda muito complexo”.

Reginaldo ressalta que é preciso avaliar o risco dos ajustes dos preços administrados, os oscilantes níveis de confiança do mercado e a necessidade de melhorar o custo Brasil.

Desacelarando

O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, também ficou PT da vida com a subidinha dos juros:

“O aumento da taxa Selic revela que predominou, na reunião do Copom, a preocupação com a inflação, apesar do baixo nível da atividade econômica. Isso poderá contribuir para uma desaceleração ainda maior da atividade econômica. O que se espera, agora, é que o governo anuncie um ajuste fiscal crível e rigoroso que permita ao BC reduzir novamente os juros em sua próxima reunião”.

O problema, Rogério, é ficar esperando por aquilo que o governo capimunista do PT-PMDB nunca demonstrou vontade de fazer...

Mais bronca com os juros altos

“Não se esperava que o Comitê de Política Econômica anunciasse alterações na taxa Selic, o que agudiza as perguntas que o mercado se faz no momento. Nesse sentido, a alta na taxa Selic para 11,25% ao ano semeia desconfiança em relação ao direcionamento que o governo dará à política econômica”.

A surpresa foi do empresário Levi Ceregato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf).

Segundo ele, as autoridades econômicas e monetárias nacionais estão diante de um desafio que é a antítese do dilema chinês:

“A China precisa aumentar o investimento em consumo interno para se manter crescendo, enquanto nós temos que mudar o drive do crescimento econômico para o investimento em produção, infraestrutura e capital fixo”.

Dilema sem solução

Ceregato lembra que é difícil equacionar pressões muito antagônicas.

“De um lado, há a pressão inflacionária, que trabalha a favor da elevação dos juros e pode se acentuar com o inevitável reajuste dos preços controlados e a baixa arrecadação, somados ao aumento dos gastos públicos. Do outro, está a necessidade de impulsionar o investimento produtivo para que o País ganhe competitividade e volte a crescer, retomando níveis de desenvolvimento compatíveis com sua importância econômica, o que é inconciliável com juros altos”.

Ainda contra a usura

José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico, pega ainda mais pesado contra a decisão do Copom: 

“Aumentar os juros não vai contribuir em nada para diminuir a inflação, até porque, o crescimento do PIB deste ano deve ser zero,  logo, não há como frear a economia. Para levar a inflação a níveis mais baixos é preciso urgentemente diminuir o custo de se produzir no Brasil e incentivar investimentos que aumentem a oferta e a concorrência. A decisão que o Copom acaba de adotar de aumentar a Selic para 11,25% ao ano não atende às necessidades do Brasil. Os juros altos esgotaram-se como único mecanismo de controle à inflação. Precisamos, sim, de ações estruturadas em médio e longo prazos para que a taxa básica de juros do Brasil deixe de ser refém do problema fiscal. Com o capital político conquistado com a reeleição, mas também precisando ouvir o clamor por mudanças de quase 50% do eleitorado que não votou nela, a presidente Dilma Rousseff precisa articular, rapidamente, forças que lhe permitam reduzir o déficit orçamentário e, consequentemente, a pressão sobre os juros. O alto custo do capital prejudica o aporte de investimento em empreendimentos produtivos”.

José Ricardo Roriz Coelho aponta uma direção e sentido para a solução do problema:

“O único caminho para voltarmos a crescer, sem inflação, é realizar mudanças profundas nas políticas fiscal e industrial, além de aumentar a competitividade para se produzir no Brasil a custos mais baixos. O custo de produção no Brasil é pelo menos 34% superior ao dos nossos concorrentes. Na indústria de transformação do plástico, que reúne 11.670 empresas, já começamos a sentir os reflexos na redução de postos de trabalho. Estamos operando com 67% a 70% de nossa capacidade, quando o normal é de 75% a 80%. A previsão para o fechamento do ano é de crescimento próximo a zero ou até mesmo negativo”.  

Salvação programada

Contratação urgente

Além de duas empresas – uma nacional e outra estrangeira – para apurar a extensão das irregularidades constatadas pela Operação Lava Jato, a Petrobras precisa contratar, com urgência, os serviços de uma super clínica de otorrinolaringologia.

A sugestão é de deputados da oposição, depois que ouviram ontem, na CPI da Petrobras, o diretor de Abastecimento que sucedeu a Paulo Roberto Costa, José Carlos Cocenza, alegar que “nunca ouviu falar de desvios na Petrobras”:

“Em meus 38 anos de empresa não tenho essa informação de que antes ou depois dele havia esse esquema de corrupção. Desconheço totalmente”.

Palestras no quartel-general

A Associação Wan-Wan-Kai,  presidida por  Yasuyuki Hirasaki , promove Sessão de Palestras, nesta sexta-feira, 31 de Outubro de 2014, a partir das 14h 30min, no no Auditório do CMSE (Comando Militar do Sudeste) – Av. Sargento Mário Kozel Filho, 222 – Ibirapuera, São Paulo.

O Dr. Nelson Faria de Oliveira – Presidente do CIC – Centro Internacional de Cultura -  falará sobre o tema: “Ligações Históricas entre Portugal e Japão”.

Em seguida, o General-de-Exército Maynard Marques de Santa Rosa (Ex-Chefe do Departamento Geral de Pessoal – Exército Brasileiro, Ministério da Defesa) faz ma palestre que evoca a honra e a coragem, sobre o tema: “Grandes Samurais” – Lendários Guerreiros do Japão Feudal.

Tomara que algumas gueixas não fiquem magoadas com o que o General vai falar...

Fonte: www.alertatotal.net


As eleições mais caras

As eleições terminaram mas nosso papel na política está só começando. O advogado Luciano Santos está indignado com os custos da eleição. Segundo ele, os gastos dobraram e "o poder econômico mais uma vez determinou quem deveria ser eleito"O Luciano quer saber: até quando vamos deixar as eleições "serem determinadas por um seleto grupo de empresas?"

Assine o abaixo-assinado do Luciano pedindo o fim das doações de empresas nas eleições.

As eleições no Brasil são injustas - está comprovado que somente os candidatos com muitos recursos conseguem se eleger. Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), um candidato ao Senado precisa em média de R$ 4 milhões para se eleger; um governador precisa de R$ 23 milhões e um candidato à Presidência, de R$ 330 milhões. A maior parte das doações obtidas nas eleições vêm de grandes empresas, que apostam em todos os candidatos com chances de vitória, para depois poderem cobrar contratos, políticas públicas e outros benefícios que os favoreçam.

Em outras palavras, ao invés de trabalhar para o seu eleitorado, os governantes eleitos ficam com o "rabo preso" com os doadores, devendo favores ao empresariado.

A boa notícia é que o fim das doações privadas de campanha já está avançando. No começo do ano, o STF começou a julgar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI n° 4.650) ajuizada pela OAB sobre a inconstitucionalidade das doações das empresas nas eleições. A votação chegou a 6 a 1, pelo fim das doações de empresas, quando o Ministro Gilmar Mendes pediu vista (adiamento) da votação por tempo inteterminado. Não há justificativa nenhuma para o adiamento da votação, considerando que o Ministro já foi inclusive Presidente do TSE – Tribunal Superior Eleitoral e conhece muito bem o assunto. Por isso estamos pedindo que o Ministro Gilmar Mendes traga o seu voto e devolva o processo para o encerramento da votação e finalização do julgamento.

Ajude a tornar o processo eleitoral mais justo, assine e divulgue este abaixo-assinado.

Clique para assinar


Tribunais, eleição e censura

Reprodução do artigo publicado na edição de 23/10;2014 do O POVO

Plínio Bortolotti

No Brasil “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença” (art. 5º da Constituição). Porém, muitos juízes se põem acima da Carta Maior e se julgam no direito de determinar o que pode e o que não pode ser publicado. Agora, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai na mesma batida.

Várias propagandas no programa eleitoral, de um e outro candidato, foram vetadas pelo TSE, entre outras, a do que PT fazendo referência ao aeroporto construído por Aécio Neves nas terras de sua família; e uma do PSDB lembrando a nomeação de um irmão de Dilma Rousseff a um cargo na prefeitura de Belo Horizonte, em 2003, então dirigida por um petista. O tribunal também proibiu o uso de recortes de jornais e testemunhos de “terceiros”.

A alegação do TSE é que a propaganda eleitoral tem de “ser propositiva”, sem “ataques pessoais”. Tanto o caso do aeroporto, contra o PSDB, quanto o caso de acusação de nepotismo, contra o PT, são assuntos de interesse público.

Se houver falsificação, o mais adequado é garantir o direito de resposta no programa daquele que promove a mentira. Tribunal nenhum pode arvorar-se em instância de censura contra o direito do cidadão de fazer seu próprio julgamento a respeito daquilo que lê, vê ou ouve.

PS. Agradeço ao colega Frederico Fontenele que, em sua coluna (19/10), corrigiu equívoco aqui cometido semana passada. Escrevi que a frase: “Ele pode ser um filho da p…, mas é o nosso filho da p…”, suposta referência de Franklin D. Roosevelt ao ditador da Nicarágua, Anastasio Somoza, teria sido dita durante a Guerra Fria. Ocorre que esse presidente americano morreu em 1945, antes de começar o confronto terceirizado entre os EUA e a então União Soviética. Outra versão é que teria sido dita por um secretário do governo americano, em relação ao ditador Rafael Trujillo, da República Dominicana, aí sim, no período da Guerra Fria.


O QUE É DELAÇÃO PREMIADA?

Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, acaba de fazer um acordo de colaboração premiada (incluindo-se delações) com a Justiça brasileira. Negociou com delegados e o Ministério Público, confessou vários crimes, delatou pessoas, indicou contas bancárias fora do Brasil, prometeu devolver o dinheiro surrupiado ilicitamente (cerca de R$ 70 milhões) e tudo foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, do STF. O que é isso?

É a “plea bargaining” norte-americana, introduzida agora de forma mais sistematizada no ordenamento jurídico brasileiro sob o nome de colaboração premiada (que é a “plea bargaining” brasileira). Dos EUA estamos copiando esse instituto. Do Brasil os EUA estão copiando a desigualdade (de renda e de capital). Norteamericanização e brasilianização do mundo.

Pela lei brasileira, a colaboração pressupõe uma organização criminosa. Para outros crimes, fora do crime organizado, vale a Lei 9.807/99 (Lei de Proteção às Vítimas e Testemunhas). Ou seja: tudo pode no campo criminal terminar em acordo. A diferença é que na lei do crime organizado o promotor pode inclusive deixar de denunciar o réu colaborador. Essa possibilidade da lei especial deve ser estendida para a lei geral? Se no mais (no crime organizado) pode o promotor abrir mão da ação penal (pode deixar de denunciar), porque no menos isso não seria possível?

Um milhão de questionamentos esse assunto (revolucionário) vai provocar. De muitos deles já estamos cuidando no nosso Questões Controvertidas (veja atualidadesdodireito. Com. Br), onde estamos analisando o máximo possível de pontos controvertidos da Lei 12.850 (lei do crime organizado).

Dentre os pontos controvertidos um merece especial atenção: a negociação criminal, com admissão da culpabilidade, é constitucional? Note-se que nos juizados criminais o suspeito também faz transação, porém, não admite culpabilidade (continua presumido inocente). Lá vigora o instituto do nolo contendere (não quero litigar, por isso aceito a transação).

Na plea bargaining (original) o réu admite culpabilidade (admite que é culpado). Confessa sua participação no crime e, eventualmente, incrimina outras pessoas (delação premiada). Mas é possível admitir a culpabilidade sem o clássico devido processo legal?

Na original plea bargaining (nos EUA), a negociação se faz entre o promotor do caso e o réu, com presença de advogado. O juiz apenas homologa o acordo. Aqui no Brasil (na Lei do crime organizado – Lei 12.850/13) previu-se a possibilidade de o acordo ser feito entre o delegado, investigado e advogado ou entre o Ministério Público, investigado ou acusado e o advogado (art. 4º, § 6º). O acordo feito pela polícia vale?

Sobre essa questão controvertida manifestou-se o processualista Fauzi Choukr ( veja o vídeo aqui ), entendendo e argumentando que seria impossível a polícia fazer o acordo de colaboração premiada sem a participação efetiva do Ministério Público.

Como afirmamos, são incontáveis as questões controvertidas em torno desse tema. Sobre ele vamos ter que escrever muito, porque parece que a plea bargaining veio para ficar e tende a se alastrar por todo país, quebrando a lógica completamente de todo o sistema processual que vem vigorando no país desde 1988 (a começar pela indisponibilidade da ação penal pública, que está sendo substituída nos casos de Justiça negociada pelo princípio da oportunidade ou discricionariedade regrada).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


EX-SENADOR É PRESO POR CORRUPÇÃO. E O DINHEIRO?

A história do Brasil (também da América Latina e da África – veja Manoel Bomfim, A América Latina) constitui um dos relatos de enorme superação dos povos cruelmente colonizados; Ao mesmo tempo, coloridos por fatos deprimentes e desabonadores, tisnados de sangue e de roubalheira generalizada. Nesta magnífica terra de palmeiras, onde canta o sabiá, “tudo que é nego torto, do mangue ao cais do porto” (Chico Buarque), já foi inoculado com o vírus da corrupção (na Colônia, no Império, na República, nas ditaduras e nas democracias).

O ex-senador Luiz Estevão, que acaba de ser preso (em set/14), começou a trabalhar cedo e rapidamente fez fortuna na agropecuária, construção civil, revenda de automóveis e pneus, estação de rádio, banco de investimentos. Tornou-se um grande empresário (Grupo OK) e, ao mesmo tempo, conforme reconheceu a Justiça, um “barão ladrão”. Foi fiador do “empréstimo” (mais que suspeito) de US$ 5 milhões para Collor (Operação Uruguai).

Foi deputado e depois senador (como político, concedeu-se nova licença para roubar). Envolveu-se com o juiz Nicolau dos Santos Neto no desvio das verbas públicas do TRT-São Paulo (prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos). Foi cassado pelo Senado. Prometeu devolver para a União R$ 468 milhões.

Tem mais de 30 anos de prisão para cumprir (somando-se duas condenações, uma ainda sem trânsito em julgado). O escândalo é do princípio dos anos 90. Veio à tona em 1998 e até hoje (depois de 20 anos) ainda não está resolvido pela Justiça brasileira (maldita morosidade!). A cultura ocidental inventou o capitalismo, a ciência e o Estado de Direito (M. Weber). No sistema capitalista selvagem (que não tem nada a ver com o capitalismo distributivo da Escandinávia, por exemplo, que eu admiro), tudo é instrumentalizado em função da roubalheira das elites poderosas imorais.

O Estado de Direito, na verdade o Estado e o Direito, no capitalismo selvagem, não são nada sagrados. São impuros e corrompidos pelos donos do poder. Tudo isso necessita de profundas reformas. O capitalismo no Brasil, diferentemente do que ocorre na Escandinávia (por exemplo), transformou-se em mero instrumento de dominação, das classes hegemônicas. É usado para promover o progresso, mas concomitantemente para o mal, para garantir a impunidade dos detentores “da ordem” (altos funcionários, políticos e agentes econômicos/financeiros).

Nos países de capitalismo civilizado, o Estado de Direito é costumeiramente usado para o bem (veja Mattei/Nader,Pilhagem). Mas isso não é a regra. É exceção. A investigação de uma roubalheira (e punição) de um ex-senador constitui (no Brasil) uma suada vitória da corrente contra-hegemônica. A morosidade da Justiça, no entanto, retrata o normal uso do Direito e das instituições jurídicas para favorecer o capitalista selvagem, o bandoleiro, o corruptor e o corrupto.

O mau uso do Estado de Direito projeta a impunidade. Quando esta não acontece (em raros casos), preserva-se ao menos a riqueza ilícita nas mãos dos bandalheiros. A forma corrente de se alcançar esse indecente resultado consiste em a Justiça jogar todas as energias na pena de prisão (que satisfaz o desejo da patuleia), deixando a riqueza intacta ou não devidamente sancionada (com, pelo menos, o dobro do proveito ilícito obtido). É dessa forma que o Titanic chamado Brasil vai se afundando. Necessitamos de reformas profundas. Frente ao criminoso do colarinho branco não podemos deixar barato: devolução de, no mínimo, o dobro do proveito obtido ilicitamente.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Defensores de financiamento privado disputam reeleição com caixa milionário

Eles foram os protagonistas da articulação que ao longo do ano passado buscou fazer um esboço de reforma política como resposta para as manifestações de junho. Em comum, a convicção sobre o financiamento privado e a defesa dessa bandeira no texto da reforma que nasceu a partir do trabalho do grupo formado na Câmara dos Deputados com a tarefa de buscar consenso sobre o tema.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Vicente Cândido (PT-SP), Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Carlos Zarattini (PT-SP) já arrecadaram juntos R$ 11.115.081,50.

Líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Cunha é um dos mais ferrenhos defensores do financiamento privado de campanha. Ele já contabiliza R$ 3.683.333,33 em verbas arrecadadas para seu comitê.

Cunha, que tem planos de uma candidatura à presidência da Câmara na próxima legislatura, recebeu verbas repassadas por meio do diretório partidário que tiveram como doador a distribuidora de bebidas CRBS S.A., que doou R$ 1 milhão, Telemont Engenharia Telecomunicações S.A., que doou R$ 900 mil, a mineradora Mineração Corumbaense Reunidas S.A., com R$ 700 mil, Banco BTG Pactual, com R$ 500 mil, e o Bradesco Saúde, que repassou R$ 250 mil. Cunha também recebeu doação no valor de R$ 333 mil da Rima Industrial S.A.

Conterrâneo de Cunha e aliado próximo do líder peemedebista, principalmente no que diz respeito à manutenção das doações privadas, Leonardo Picciani também tem desempenho acima da média em termos de arrecadação. Ele conquistou a simpatia política da Hosp Rio Material Hospitalar Ltda., que repassou ao PMDB R$ R$ 500 mil. O presidente do PMDB carioca também foi agraciado com R$ 500 mil da Ipe Engenharia Ltda e R$ 199 mil da Construtora Queiroz Galvão. No total, Picciani já arrecadou R$ 1.202.212,50.

Na Bahia, Lúcio Vieira Lima só fica atrás de Benito Gama (o presidente nacional em exercício do PTB já contabiliza R$ 4.034.501,36) e Jutahy Júnior (o tucano já arrecadou R$ 1.852.853,20) quando o assunto é arrecadação de dinheiro para a campanha por uma vaga na Câmara dos Deputados. Lima é um dos mais próximos aliados de Cunha e, apesar de estar na sua segunda disputa eleitoral aparece em terceiro lugar no ranking dos candidatos a deputado federal mais abonados da Bahia, arrecadou R$ 1.489.750,00.

Na segunda parcial de sua prestação de contas para a Justiça Eleitoral, Lima contabiliza doações originárias da Construtora OAS, com R$ 732 mil, a gigante do setor de alimentos JBS, que repassou R$ 200 mil e Bradesco Saúde, origem de R$ 100 mil repassados ao candidato via diretório estadual do PMDB.

Petistas

Apesar da posição histórica do PT em defesa do financiamento exclusivamente público de campanhas, três de seus parlamentares atuaram em conjunto com Eduardo Cunha e o PMDB no âmbito do grupo de trabalho da reforma política em defesa do modelo atual de financiamento.

Cândido Vaccarezza coordenou o grupo a revelia do partido, que indicou o então deputado federal Ricardo Berzoini para representar a legenda do no grupo. Defensor do financiamento privado nos moldes atuais, Vaccarezza também não pode se queixar de dificuldades de arrecadação. O petista já contabiliza R$ 1.146.235,66 para sua campanha.

O deputado que coordenou o grupo de trabalho da reforma política na Câmara recebeu quatro grandes doações que compõem a maior parte do dinheiro que o petista levantou. Recebeu R$ 191,5 mil da Braskem (parte em doação direta, parte repassada via diretório nacional). Recebeu ainda R$ 380 mil da empresa Arasuco Aromas e Sucos, R$ 300 mil da Cosan Lubrificantes e Especialidades e R$ 95 mil repassados pelo diretório do PT doados por CR Almeida Engenharia em Obras.

Carlos Zarattini, deputado que tem articulação próxima a Vaccarezza, já ultrapassou a marca dos R$ 2 milhões em arrecadação: foram R$ 2.374.500,01. Zarattini recebeu aporte de R$ 200 mil para sua campanha do Centro Educacional Nossa Cidade. Também contabilizou R$ 380 mil repassados pela Construtora OAS pro meio do diretório nacional, R$ 475 mil do Banco Safra, R$ 200 mil do Banco BGT Pactual, R$ 332,5 mil da Construtora Queiroz Galvão, R$ 275 mil da BTG Pactual Assent Management e R$ 100 mil da UTC Engenharia.

Fonte: http://www.reformapolitica.org.br/


CONSEGUIMOS!! A maior mobilização pelo clima da história!

Queridos amigos maravilhosos da Avaaz,
Meses atrás, nossa comunidade decidiu ir atrás de um objetivo maluco: a maior mobilização pelo clima da história. Ontem, nós ultrapassamos de longe todas as nossas expectativas, com uma mobilização *seis vezes* maior do que qualquer outra já feita! Ocupamos 80 quarteirões em Nova York:


E foi assim em Londres, Berlim, Katmandu, Paris, Nova Déli e Melbourne...


Mais de 675 mil de nós fomos às ruas. Foi uma linda expressão do nosso amor por tudo o que é ameaçado pelas mudanças climáticas e da nossa esperança de salvar o planeta e construir uma sociedade baseada em energia 100% limpa. Clique abaixo para ver mais fotos deste dia:

https://secure.avaaz.org/po/climate_march_reportback/?bKaRAbb&v=46781

Juntos, nós fizemos história, mas isto é apenas o começo. A Cúpula do Clima de Paris acontece em 15 meses a contar de agora, e é lá que precisaremos de um acordo global. Até março do ano que vem, os países prometeram apresentar seus compromissos nacionais, e nosso movimento se dividirá para focar nesses objetivos. Enquanto isso, nos reuniremos novamente diversas vezes, cada vez mais fortes e em maior número, para ditar o ritmo da mudança na direção de um mundo 100% verde. E os nossos líderes não poderão evitar ouvir nossas vozes. O movimento pelo qual estávamos esperando começou.
Com gratidão,
Ricken, Emma, Alice, Iain, Nataliya, Patri, Oliver, Diego, Rewan e toda equipe da Avaaz
PS: Nós trabalhamos com milhares de organizações para que esse dia acontecesse, especialmente com os queridos amigos da
350.org. Mas nossa comunidade merece se orgulhar deste importante passo que demos. A equipe e a comunidade da Avaaz desempenharam um papel central na imensa maioria das caminhadas e eventos que foram organizados. O jornal inglês The Guardian afirmou que foi "um triunfo de organização" para a Avaaz, e a BBC que "as mobilizações levaram mais pessoas às ruas do que jamais visto, graças ao site Avaaz." Nós contratamos centenas de organizadores e as doações da nossa comunidade financiaram milhões de dólares para este momento. Os desafios dos nossos tempos exigem que sejamos melhores e, juntos, nós fizemos isso, crescendo e mudando para um novo tipo de movimento, mais eficaz, e que é agora tanto online quanto offline. Nossa enorme gratidão a todos que fizeram isso acontecer.


LICENÇA PARA ROUBAR: DELAÇÃO PREMIADA NA PETROBRÁS

Com base nos viciados costumes sociais, políticos e mercantilistas tradicionais da nossa história, a sensação nítida que brilha como o sol do meio dia é a de que alguns donos do poder concederam a si mesmos a liberdade impudica e despudorada para roubar impunemente. Por roubar, em sentido amplo, devemos compreender o corromper (e ser corrompido), o furtar, o extorquir, o parasitar, o se enriquecer ilicitamente etc. Em lugar da moral, prudência, moderação, trabalho, estudo, aplicação, dedicação e afinco, toda nossa história está paradigmaticamente marcada pela corrupção, temeridade, intemperança, ociosidade, ignorância, dissipação e degeneração.

Costumamos atribuir esses deploráveis vícios somente para a política e os políticos, porém, verdade seja dita, da arena política essas máculas saltaram também para as relações sociais (para a sociedade civil, ou vice-versa). De qualquer modo, não há como não reconhecer que o singular mundo político, no extravasamento exuberante de todos os vícios citados, conta com a dianteira, porque habituados à falsificação de atas e de urnas, à fraude da lei, às artificiosidades das chicanas judiciais, à traição dos amigos, à renegação dos princípios, ao rebaixamento dos níveis mínimos das posturas éticas, ao aviltamento dos costumes, resumindo toda a moral no triunfo e no bom êxito eleitoral, que se transformou de meio em fim (veja Jornal de Timon, de João Francisco Lisboa, p. 309-10).

A escola indecorosa e degradante da vida política brasileira, irrigada pela infindável falta de escrúpulos de alguns mancomunados agentes econômicos e financeiros, conta com fronteiras cinzentas, surpreendendo a cada dia no avanço dos seus horizontes: os vícios e os crimes têm se multiplicado de uma forma espantosa e abominável, eliminando-se todo tipo de discernimento entre o lícito e o ilícito, entre o justo e o injusto, entre o moral e o imoral, tudo como fruto de um embotamento ético assaz preocupante.

De vez em quando, particularmente quando o desvio do dinheiro público se torna ostensivo ou abusivamente excessivo, o esquema adredemente planejado (de imunidade dos donos do poder) foge do controle. É nesse momento que a polícia apresenta algum seletivo êxito.

Quando o malfeito é descoberto, toda a cumplicidade criminosa entre os partidos e o mundo empresarial é posta em xeque. Rompe-se a regra geral do silêncio conivente, sobretudo e primordialmente por meio da delação premiada, da qual agora está fazendo uso in extenso o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

A delação premiada, na medida em que implica uma traição e “deduragem” de terceiras pessoas, é (eticamente) uma imoralidade, mas que se tornou útil e até mesmo necessária (dizem seus sectários) naqueles países com capacidade investigativa falida ou sensivelmente enfraquecida (como o Brasil). Quando os países se sentem impotentes para descobrir em toda sua extensão os mais hediondos e nefastos crimes contra a coletividade, sobretudo dos poderosos, eles se juntam ao criminoso, para captar a sua prestimosa colaboração.

A colaboração premiada, prevista na nova lei do crime organizado (12.850/13), da qual a delação é uma espécie, permite ao delator quatro tipos de premiação: 1) perdão judicial, 2) diminuição de 2/3 da pena, 3) sua substituição por penas restritivas de direito ou 4) abstenção do início do processo.

É preciso que a delação seja efetiva, ou seja, que produza concreto resultado positivo durante a investigação ou no curso do processo (identificação de coatores ou revelação da estrutura do crime organizado ou localização de vítima ou recuperação total ou parcial do produto ou proveito do crime). O prêmio é aferido conforme a efetividade da colaboração.

Todos os resultados práticos citados são relevantes, mas especial atenção deve merecer a restituição do “roubado”, por quem tem condições e bens para fazer a restituição. Quem se apropria do alheio deve ser privado do próprio (já dizia Beccaria, em 1764 – veja nosso livro Beccaria 250 anos, Saraiva -, que sinaliza e benfazeja a pena de empobrecimento como adequada para essas situações).

Quem desse tema cuidou com acuidade invejável, no entanto, foi o padre Antônio Vieira (1608-1697), autor de uma vastíssima obra moral-religiosa, de notável e distinguido cunho crítico. No seu festejado Sermão do Bom Ladrão, o autor nos deixou como legado um veemente discurso a respeito da ladroagem que grassava em seu tempo (e que não se arrefeceu com o passar dos tempos). Para ele o ladrão que tem bens com que restituir o que roubou (como é o caso do Paulo Roberto Costa, cujas contas bancárias na Suíça ascendem a mais de US$ 25 milhões de dólares), toda a sua fé e toda a sua penitência não bastam para o salvar, se não restituir.

Recorda P. Antônio Vieira (segundo sua lógica moralista-religiosa) que nem mesmo Cristo, na cruz, prometeria o Paraíso ao ladrão sem que restituísse (podendo) o que surrupiou. Cristo, para Dimas, disse: Hoje serás comigo no Paraíso. Para Zaqueu afirmou: Hoje entrou a salvação nesta tua casa. A salvação do ladrão Dimas foi instantânea; a do larápio Zaqueu foi adiada. Qual a diferença?

P. Antônio Vieira explica: “Dimas era ladrão pobre e não tinha com que restituir o que roubara; Zaqueu era ladrão rico, e tinha muito com que restituir; Dimas era ladrão condenado, e se ele fora rico, claro está que não havia de chegar à forca; porém Zaqueu era ladrão tolerado, e a sua mesma riqueza era a imunidade que tinha para roubar sem castigo, e ainda sem culpa” (Sermão do Bom Ladrão, p. 27). Zaqueu somente foi perdoado quando prometeu restituir o roubado em quádruplo. Moral da história: “A salvação [do ladrão rico] não pode entrar [não pode acontecer] sem se perdoar o pecado, e o pecado não se pode perdoar sem se restituir o roubado”.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


A PETROBRÁS, A DELAÇÃO PREMIADA E A
ORDEM DA CUECA NEGRA

Brasil é mesmo o país dos caras-de-pau. A delação premiada do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, revelou que a corrupção na estatal (outrora) mais rica da nação vai muito mais além do que a simples tomada do controle por uma quadrilha qualquer. O que aconteceu lá, patrocinado pela corja petista, foi verdadeiramente a criação de uma ordem secreta, voltada para sugar a empresa de todos os recursos possíveis e imaginários que ela fosse capaz de produzir: A Ordem da Cueca Negra.

O nome deriva (para quem acompanha política) da óbvia adoração petista por cuecas recheadas de papel moeda. Como aqui se trata do famoso “ouro negro”, inevitavelmente as cuecas acabariam adquirindo a mesma cor.

Exatamente como a óbvia predileção por cuecas recheadas com dinheiro, os nomes dos envolvidos (citados até agora) também são costumeiramente ligados aos escândalos da administração petista desde seus primórdios. Muitos estão ricos ou transformaram seus filhos e filhas de empregados medíocres em milionários empresários durante o período em que e aproveitaram do poder.

São as “figurinhas fáceis de sempre”: Sérgio Cabral (ex-governador do RJ), Roseana Sarney (governadora do Maranhão), João Vaccari (tesoureiro do PT), Henrique Alves (Presidente da Câmara), Renan Calheiros (presidente do Senado), Edison Lobão (ministro das Minas e Energia), Mário Negromonte (ex-ministro das Cidades de Dilma), os senadores Ciro Nogueira e Romero Jucá, os deputados Cândido Vaccarezza e João Pizzolatti e Eduardo Campos Candidato à presidência morto em 13 de agosto.

Qualquer brasileiro, por mais alienado que seja, é capaz de compreender que um esquema de corrupção desta monta não “vinga” se não tiver por trás os altos escalões do governo. Como sempre, Lula, Dilma e as altas castas petistas parecem poder escapar impunes de mais esta falcatrua descoberta. .

O episódio também deixou claro como somos hipócritas. Queremos que os criminosos abram a boca e entreguem seus cúmplices, mas não oferecemos a eles o devido trato e o merecido carinho pela coragem de fazê-lo. Os criminosos comuns que delatam bandidos de altíssima periculosidade não podem mudar suas identidades e nem terem o apoio do Estado para buscar um reinicio positivo em suas vidas. Diferentemente do que é feito em outros países, no Brasil, deixamos essas testemunhas preciosas abandonadas à própria sorte.

O mesmo parece já estar acontecendo com o ex-diretor da Petrobrás. Todos ansiávamos pela verdade e pelas informações bombásticas que este integrante da Ordem da Cueca Negra guardava para si. Exatamente como esperávamos que algum dos envolvidos no Mensalão tomasse iniciativa semelhante.

Mas, bastou que ele prestasse esse enorme serviço à nação para ser tachado de “delator” na capa da Revista Veja, de “não confiável” pelos acusados (notadamente pelos petistas) e retratado por muitos como um simples bandido que tenta se livrar dos crimes que cometeu colocando a culpa nos outros.

Ora… Definir alguém como “Delator” é algo reconhecidamente pejorativo em nossa cultura. Porque não retratá-lo como um simples criminoso arrependido? Porque não conceder a Paulo Roberto Costa todos ou louros e honras para estimulá-lo ainda mais a falar sobre seus crimes e seus cúmplices?

Aos outros membros da Ordem da Cueca Negra, que estão acorrendo aos meios de comunicação para desqualificar o trabalho da Polícia Federal e do “cidadão arrependido” Paulo Roberto um único pensamento: Para ser aceita, a delação premiada tem de ser acompanhada por provas…

Logo, caros “cuequeiros negros”… “ARREPENDEI-VOS”! Pois o fim está próximo. Tragam as informações preciosas de que dispõem e somem seus esforços aos de Paulo Roberto.

Tenham plena certeza de que o STF, agora capitaneado por Lewandowski e aparelhado por Dilma e pelo PT, será extremamente condescendente com vocês e abrandará ainda mais as penas por seus crimes. Com toda certeza, cada um de vocês escapará totalmente impune e poderá curtir as propinas recebidas em algum paraíso fiscal do planeta.

Então, o que têm a perder? Abram suas bocas e juntem-se aos bons.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Projeto de Lei contra a tortura é apresentado em SP

Texto aguardava apreciação do governo estadual há três anos

Projeto de lei foi anunciado durante ato sobre as ossadas de PerusAlespSão Paulo, estado que abriga 35% da população carcerária brasileira, finalmente deu o primeiro passo para a criação de um Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura. Um projeto de lei aos moldes do texto sancionado pelo governo federal em agosto de 2013 foi protocolado ontem (4/9) pelo deputado Adriano Diogo (PT). 

A iniciativa foi anunciada publicamente, horas depois, na abertura de ato sobre retomada das análises das ossadas de Perus. Foi recebido com aplausos de familiares de desaparecidos políticos e das ministras Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos, e Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que participavam do evento.

Se aprovado pelos deputados e sancionado pelo governo estadual, a norma criará um novo órgão, formado por especialistas com agenda independente e acesso livre a qualquer local de privação de liberdade. A partir das visitas, os membros do mecanismo poderão solicitar a instauração de inquéritos, fazer perícias, elaborar relatórios, sistematizar dados e sugerir políticas públicas. 
A minuta do texto fora apresentada aos deputados um dia antes, durante a audiência temática ‘Tortura: Passado, presente e futuro’, na Comissão Estadual da Verdade. O projeto, elaborado por entidades como a Conectas, a Pastoral Carcerária, o Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública, o Conselho Regional de Psicologia, a ACAT e o Instituto Práxisaguardava apreciação do governador Geraldo Alckmin há três anos.
“Hoje a democracia ganhou e o país saiu engrandecido do ponto de vista do processo civilizatório”, afirmou o deputado ao assinar o documento. “A tortura não é um método de interrogatório. A tortura é um meio de humilhação e de destruição do ser humano."
O projeto foi elaborado à luz da experiência positiva do Rio de Janeiro. Segundo Renata Lira, integrante do Mecanismo carioca, a criação do órgão em 2010 permitiu a compilação de dados e a criação de canais de diálogo com entidades públicas para combater a prática de tortura. Paraíba, Alagoas, Pernambuco e Espírito Santo já aprovaram leis similares, mas seus mecanismos ainda não estão em funcionamento.
“O Rio de Janeiro tem cerca de 20% da população carcerária de São Paulo. Se para nós tem sido um grande avanço ter este mecanismo, imagine o quanto isso significará para São Paulo, que tem um desafio muito maior”, afirmou Lira.

O Brasil já possui um Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, criado a partir da lei 12.847, sancionada pelo governo federal em agosto de 2013. Sua adoção responde a um compromisso firmado em 2007 pelo País junto ao SPT (Subcomitê de Prevenção à Tortura das Nações Unidas). Seu êxito, no entanto, depende da multiplicação do modelo nos estados, garantindo a cobertura de todo o sistema prisional - o quarto maior do mundo, em número de detentos.
Segundo Raul Nin, do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública de São Paulo, a tortura é uma prática rechaçada pela Constituição Federal e por diversos parâmetros internacionais de direitos humanos.
Adotada em 1984 e ratificada pelo Brasil em 1989, a Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes é a principal norma internacional sobre o tema. O País também firmou o Protocolo Facultativo à Convenção em 2007, que estabelecia o prazo de um ano para que os países adotassem mecanismos nacionais de prevenção.
No âmbito nacional, há a lei 9.455, de 1997, que institui como crime de tortura “constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental” a fim de obter informações, provocar ações de natureza criminosa, em razão de discriminação racial ou religiosa e, ainda, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
“Nós, da Defensoria Pública entendemos que o governo do estado de São Paulo tem o dever de criar este mecanismo e colaborar com a prevenção e combate a este tipo de prática”, afirmou Nin. Sua fala foi endossada por José de Jesus, da Pastoral Carcerária. “Seis estados já aprovaram leis similares, mas São Paulo não, apesar de possuir a maior população carcerária do País.”

Durante a audiência na Comissão da Verdade, realizada no dia 3/9, às vésperas da apresentação do PL, os participantes concordaram que, apesar dos avanços na lei e nos compromissos internacionais, a prática de tortura continua acontecendo de forma sistemática no Brasil, sobretudo nos presídios.
“A tortura é um crime de oportunidade e as condições estão dadas para que esses crimes continuem acontecendo”, disse Lucia Nader, diretora da Conectas. Para ela, fatores como a aceitação da prática pela sociedade, a invisibilidade dos crimes e a falta de confiança nas instituições perpetuam a prática e dificultam as denúncias. “A tortura não é apenas uma herança de um passado de violações de Direitos Humanos no Brasil. Ela é aceita diária e sistematicamente”, concluiu.
Para Maria Amélia Teles, membro da Comissão Estadual da Verdade, a construção histórica do Brasil incorporou a prática da tortura, que se tornou banalizada e institucionalizada. “O Brasil foi um exportador de métodos de tortura. Muitos chilenos ouviram a expressão ‘pau-de-arara’ pela primeira vez dos com torturadores brasileiros”, afirmou Amelinha.
No final dos anos 1970, movimentos sociais e organizações da sociedade civil denunciaram torturas realizadas na ditadura, registraram as mazelas encontras nos sistemas prisionais e protestaram contra a continuidade da violência nos presídios, lembrou Gorete Marques, do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.
“Isso demostrou a importância da visita de organizações independentes a estas unidades como forma de combater e prevenir a prática da tortura. Este momento marcou a transição democrática”, concluiu Marques.

Fonte: Conectas


A entrevista de Marina Silva no Jornal Nacional

Posted: 27 Aug 2014 04:50 PM PDT

marina silva jornal nacional
Marina Silva, na bancada do Jornal Nacional (captura)

O Jornal Nacional encerrou a série de entrevistas com os presidenciáveis nesta quarta-feira, 27. A convidada da vez foi Marina Silva, que tornou-se candidata pelo PSB após a trágica morte de Eduardo Campos.

William Bonner abriu a entrevista tratando das irregularidades em torno do avião do PSB. “A senhora usou aquele avião, objeto de uma transação milionária por meio de laranjas e nada foi informado na prestação de contas. Isso não é prática de velha política?”, questionou o apresentador.

“Sabíamos que o avião era um empréstimo e iríamos realizar o ressarcimento no prazo legal”, respondeu Marina. A ex-senadora disse ainda que não havia a informação sobre as práticas ilegais dos empresários responsáveis pelo avião e, invocando “respeito ao nome de Eduardo Campos”, disse que é preciso aguardar as investigações da Polícia Federal.

Bonner considerou que Marina respondeu de acordo com políticos que praticam a ‘velha política’. “Políticos geralmente dizem que não sabiam de nada e que tudo precisa ser investigado – um discurso muito comum, e é exatamente o mesmo discurso que a senhora está usando agora. Em que o comportamento da senhora difere do que chama de velha política?”, questionou o âncora do ‘JN’.

Marina disse que “não usa retórica”. Segundo a candidata do PSB, seu compromisso é com a verdade e “a verdade só virá pela investigação”.

Patrícia Poeta finalmente iniciou a sua participação questionando Marina sobre sua inexpressividade em seu berço político, o Acre, Estado onde a ex-senadora foi a terceira colocada no pleito em 2010, perdendo para José Serra e Dilma Rousseff. Marina rebateu dizendo que “é muito difícil ser profeta em sua própria terra” e falou dos interesses que precisou enfrentar para fazer política naquele Estado.

Bonner voltou a bater na tecla da velha-nova política. Citou o vice de Marina, Beto Albuquerque, favorável ao uso de células-tronco embrionárias em pesquisa e que já aceitou doações de campanha de empresas da indústria bélica e de bebidas alcoólicas – setores que Marina, em teoria, não admite. “Tudo isso para viabilizar uma chapa”, disse o apresentador. Marina retrucou, garantindo que é preciso trabalhar com os diferentes.

“Quando a união de opostos é com a senhora, é nova política. Quando é com os outros, é velha política. Não está clara a diferença”, insistiu Bonner.

VEJA TAMBÉM:
A entrevista de Dilma no Jornal Nacional
A entrevista de Aécio Neves no Jornal Nacional
A entrevista de Eduardo Campos no Jornal Nacional

Marina prometeu não concorrer a um segundo mandato, caso seja eleita, e reiterou que seu projeto é “renovar a política e vê-la a serviço de resolver os principais problemas do cidadão”.

Pragmatismo Político

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Temas para os próximos debates presidenciais

Posted: 27 Aug 2014 02:31 PM PDT

marina dilma aécio debate band
Marina e Dilma se cumprimentam momentos antes do início do debate presidencial da Band. Aécio Neves observa (Imagem: Bandeirantes)

Confira os temas que ficaram à margem dos discursos de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) durante o debate da TV Bandeirantes.

1. Desmilitarização das polícias

Defendida por militantes de direitos humanos, medida não foi mencionada pelos três candidatos.

2. Guerra ao tráfico e legalização da maconha

Somente a candidata do PSOL, Luciana Genro, tratou explicitamente dos dois temas, ao pregar uma revisão das políticas atuais em vigor. Ela defendeu descriminalizar o consumo da maconha e trocar o enfoque da repressão ao narcotráfico pela discussão aberta da questão das drogas com a sociedade.

Já Pastor Everaldo, do PSC, disse ser contrário à legalização das drogas.

Os três principais candidatos não trataram do tema.

3. Legalização do aborto

Único dos três principais presidenciáveis instado a se posicionar sobre o tema, Aécio Neves disse ser contrário à alteração da legislação em vigor, que prevê a possibilidade de aborto apenas em casos excepcionais – se a gravidez oferece risco à mulher, for resultado de um estupro ou se o feto for anencefálico.

Eduardo Jorge, do PV, disse ser favorável à legalização do aborto, enquanto Pastor Everaldo, do PSC, afirmou ser contra.

4. Casamento gay e direitos LGBT

Os três principais candidatos não trataram do tema.

Luciana Genro (PSOL) criticou Pastor Everaldo (PSC) pela atuação dele no Congresso para barrar iniciativa contra a discriminação sexual nas escolas.

O candidato do PSC defendeu que o casamento só seja permitido “entre homem e mulher”.

5. Cotas raciais

Tema não foi tratado por nenhum candidato no debate.

6. Redução da maioridade penal

Somente Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) se posicionaram sobre o tema, ambos favoravelmente à medida.

7. Reforma agrária

Apenas Luciana Genro (PSOL) abordou a questão, defendendo a medida.

8. Política externa

Única menção direta ao tema ocorreu quando Pastor Everaldo (PSC) questionou Dilma sobre financiamento do governo brasileiro à construção de um porto em Cuba e seus laços com o governo cubano (que ele chamou de “ditadura cubana”). A presidente disse que o financiamento favoreceu empresas brasileiras e gerará benefícios ao Brasil.

BBC

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Menina mata professor de tiro com disparo acidental

Posted: 27 Aug 2014 02:01 PM PDT

menina mata instrutor tiro eua
Menina perde controle da arma e atinge instrutor com disparo na cabeça (divulgação)

Uma menina de 9 anos de idade matou seu instrutor de tiro por acidente ao manusear uma submetralhadora Uzi Estado americano do Arizona.

A criança participava de uma aula no estande de tiro Last Stop, em White Hills, na segunda-feira, quando perdeu o controle da arma.

O instrutor Charles Vacca, de 39 anos, foi atingido na cabeça e morreu ao ser transportado de helicóptero para um hospital local.

O xerife de Mohave County divulgou o vídeo do incidente, filmado pelos pais da criança. As imagens ficam congeladas momentos antes do momento fatal, quando a menina perde o controle da arma e atinge atingindo o instrutor.

VEJA TAMBÉM: Por que a Islândia é um dos lugares mais pacíficos do mundo?

A Uzi é uma popular submetralhadora desenvolvida por um militar israelense na década de 40, capaz de disparar até 600 projéteis por minuto.

A garota, que tinha sido matriculada no curso pelos pais, perdeu o controle da arma ao sentir o coice do disparo.

Na cultura rural de diversas regiões americanas, é comum ensinar crianças a usar armas de fogo.

Muitos americanos citam a Segunda Emenda da Constituição nacional, que prevê “o direito das pessoas a ter e portar armas”, no contexto do porte de armamentos para autodefesa.

A cultura é tão forte que nem o massacre na escola de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, em dezembro de 2012 – na esteira de outros ataques a tiros, como Columbine, Virginia Tech e Aurora – criou condições suficientes para aprovar legislação tornando mais rigoroso o controle de armas, como defendia o presidente Barack Obama.

Por outro lado, muitos estandes têm leis rigorosas para a instrução de crianças. No caso do Last Stop, não se sabe qual é o limite de idade para participar das aulas.

(Assista abaixo. O vídeo é cortado antes do instrutor de tiro ser atingido)

 

Reuters

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Aécio critica Marina Silva e diz ser ele a “mudança segura”

Posted: 27 Aug 2014 01:46 PM PDT

marina silva aécio neves
“O Brasil não é para amadores”, diz Aécio em alusão à candidatura Marina Silva (divulgação)

Em defesa de uma “mudança segura, qualificada, preparada”, o presidenciável pelo PSDB, Aécio Neves, criticou hoje a candidatura da adversária do PSB, Marina Silva, que ultrapassou o tucano nas pesquisas eleitorais divulgadas essa semana. Segundo ele, o PSDB é o único “com quadros extremamente qualificados para os desafios do Brasil”. O candidato lançou em São Paulo, nesta quarta-feira 27, um comitê de voluntários de sua campanha.

“O Brasil não é para amadores. A complexidade dos problemas que temos pela frente demanda experiência e quadros. Quando vejo alguns aliados da própria candidata, com todo respeito, buscarem nos quadros do PSDB inspiração para o seu governo, isso só fortalece a minha convicção de que somos a melhor opção”, disse Aécio, em referência às declarações do conselheiro econômico de Marina, Eduardo Giannetti, que disse que procuraria apoio de Lula e FHC para Marina governar.

Aécio disse ainda que a entrada de Marina Silva na disputa presidencial, no lugar de Eduardo Campos, “não muda” sua campanha. “Eu tenho uma proposta para o Brasil e eu acredito na racionalidade. Mas acredito firmemente. Se não, acho que quem perde é o Brasil”. O senador disse a complexidade dos problemas que se herdará em 2015 “não comporta improviso” e acrescentou não confiar em ajustes “de última hora”, em mais uma referência à candidatura do PSB. Para o candidato, Marina representa um “conjunto de boas intenções que não consegue superar suas imensas contradições”.

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FHC vai abandonar Aécio?

Posted: 27 Aug 2014 01:33 PM PDT

aécio fhc presidente eleições 2014
Doutrina FHC-Mainardi prega o desmonte (divulgação)

Uma doutrina política que prega o ódio ao PT, incentiva a instabilidade política e rebaixa o nível do debate de propostas entre os candidatos a presidente da República ganha campo nesta etapa da eleição. Batizada de Mainardi-FHC, tem no ex-colunista da revista Veja Diogo Mainardi e no ex-presidente Fernando Henrique seus principais garotos-propaganda. Complementares nos conceitos, eles representam os extremos que balizam o arco de ideias da corrente em formação.

Trata-se, na prática, de adiantar o caráter plebiscitário de um eventual segundo turno já para esta primeira rodada da eleição. Na esteira do crescimento da candidata Marina Silva, do PSB, a nova corrente defende o voto nela de imediato, sacrificando o senador Aécio Neves, do PSDB. O que menos importa, nesta orientação, é o debate de planos de governo dos candidatos ou a discussão sobre falhas e realizações do governo que tem a presidente Dilma Rousseff como candidata à reeleição.

Na baliza direita da doutrina cuja execução está em pleno curso, cercada pelas condições favoráveis de alta de Marina nas pesquisas, queda de Aécio e estabilidade de Dilma a referência é Mainardi. Espécie de exilado da revista Veja em Veneza, na Itália, ele perdeu a coluna que tinha na publicação do grupo Abril mas foi abrigado com conforto pelo grupo Globo. Com intervenções no programa Manhattan Conection, ele vai procurando nortear os que, como ele, perderam influência nos últimos anos. E anda irritado.

VOTO

Para Mainardi, a missão de derrotar o PT do ex-presidente Lula, seu desafeto pessoal, depois de 12 anos sem acesso às fontes do poder, admite o voto em uma candidatura com a qual não se tem nenhuma concordância – à exceção do espaço que essa chapa abre para a prática do ódio ao PT. É o que explica a declaração de voto de Mainardi em Marina:

- Não espero rigorosamente nada de seu governo e passarei a torcer contra ela um dia depois da posse, registrou ele no texto intitulado ‘Sou Marina (até a posse)’.

O fundamental, fica claro, não é debater planos de governo, nem mesmo entre os que vão sendo apresentados por Marina e o tucano Aécio Neves, com quem o pregador se identificava até a ex-ministra entrar para a corrida presidencial na frente dele nas pesquisas. O fundamental é vencer, mesmo que “um dia depois da posse” a palavra de ordem já seja outra: fazer oposição à Marina. Os riscos de instabilidade política embutidos na bandeira “Marina até a posse” nem sequer são considerados pelo, digamos, analista. O que ele diz da Itália, com todas as letras, é que considera como ideal para as eleições brasileiras de 2014 a vitória de uma candidata à qual se começará a desconstruir assim que chegar ao poder.

Antes de Mainardi, o ex-presidente Fernando Henrique foi o primeiro a nortear o público anti-PT de que Marina é, neste momento, a grande alternativa da oposição para recuperar, mesmo que não totalmente, ao menos alguns nacos do poder perdido. “Não quero que ela fique melindrada comigo”, defendeu-se FHC, quando disse que considerava, ao menos, que Aécio tinha mais experiência administrativa do que ela. Àquela altura, porém, o ex-presidente já havia discorrido longamente sobre a importância, para o PSDB, de não fazer oposição frontal à ex-ministra.

DURA LIÇÃO

Foi o próprio Fernando Henrique que lançou Aécio para presidente, no final de 2012. Agora, o ex-presidente também sai na frente na marcha de esvaziamento da candidatura. O senador mineiro parece ter-se surpreendido com a rapidez de ação de FHC. Antes mesmo que as pesquisas o colocassem, como agora, atrás de Marina, Aécio já sofria com a habilidade dele. Agora, parece estar confuso entre defender sua campanha, enfrentar Marina e tentar seu lugar no segundo turno, ou arriar a bandeira e aderir à candidata do PSB, como insinua Fernando Henrique.

Para quem teve no avô Tancredo Neves um político que dizia que a lealdade é a regra número 1 da política, Aécio deve ter levado um susto e tanto com o FHC que surgiu depois da morte do ex-governador Eduardo Campos.

A orientação de Fernando Henrique vai sendo seguida por setores cada vez mais expressivos entre os tucanos. Depois que ele blindou Marina, a quem, repita-se, não quer “melindrar”, até o presidenciável tucano ficou confuso sobre qual caminho seguir para voltar a ser ele, e não ela a alternativa oposicionista de ida ao segundo turno.

Aécio ainda não definiu se vai partir para o ataque a Marina ou se vai abrir passagem, candidamente, para a passagem dela. Enquanto ele pensa, as pesquisas já o vão levando para uma posição de distante terceiro lugar, numa perda de consistência que seu partido não tem se esforçado para conter.

Brasil 247

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Caso de racismo no Facebook começa a ser investigado

Posted: 27 Aug 2014 12:04 PM PDT

A Polícia Civil de Muriaé, na Zona da Mata mineira, instaurou ontem inquérito para apurar denúncias de racismo cometido pela internet contra uma garota de 20 anos, moradora da cidade. Ela, uma jovem negra, teve seu perfil no Facebook bombardeado por comentários preconceituosos depois de publicar, na semana passada, uma foto na qual aparece com o namorado branco, de 18. Pragmatismo Político denunciou o caso na última segunda-feira.

Depois de desativar a conta na rede social, a garota foi ontem à Delegacia Regional do município prestar queixa. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil local, as apurações ficarão a cargo da 31ª Delegacia, que pedirá apoio da Delegacia Especializada de Investigações de Crimes Cibernéticos de Belo Horizonte para descobrir a identidade dos autores das ofensas.

Uma das mensagens questiona onde o adolescente teria “comprado a escrava”. Outra pergunta se ele é o dono da jovem. Há ainda um homem que diz parecer que os dois estão na senzala.

Na cidade da Zona da Mata, o clima é de revolta. A auxiliar administrativo Tamires de Carvalho Santos, de 24 anos, está chocada com as reações preconceituosas. “É terrível, estamos assustados. Tudo o que está na internet é público, mas não para ofender as pessoas. É uma violência gratuita”, afirmou.

O advogado Alexandre Atheniense, especializado em direito digital, lembra que, depois da publicação do Marco Regulatório Civil da Internet, em 23 de junho, provedores como o Facebook são obrigados a preservar todos os registros de conexão, aplicativos e dados cadastrais de internautas que publicam conteúdos racistas.

Ele acrescenta que a polícia poderá requisitar as informações, capazes de revelar a identidade de quem cometeu o crime. “Ao contrário do que as pessoas sempre imaginam, a internet não é uma zona sem lei, que faz com que qualquer publicação dessa natureza ocorra sem possibilidade de identificar os autores do ato racista”, alerta. Atheniense acredita que o crime poderá ser caracterizado como injúria racial, previsto no artigo 140 do Código Penal.

Nesse caso, a discriminação é voltada contra uma pessoa específica, enquanto no racismo, previsto no artigo 20, as ofensas menosprezam determinada cor, etnia ou religião. “A injúria ataca a autoestima e a honra subjetiva da vítima”, explica. A punição é de um a três anos de prisão, além de pagamento de multa. O advogado ressalta que, com a nova legislação, as chances de punir infratores são ainda maiores.

com informações do Estado de Minas

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Mitos e verdades sobre a ‘independência do Banco Central’

Posted: 27 Aug 2014 11:45 AM PDT

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Por que Marina e Aécio querem a independência do Banco Central? Não é mera coincidência que as candidaturas de Aécio e Marina incluam a proposta de independência do Banco Central como elemento de destaque (divulgação)

Paulo Kliass*

Ao que tudo indica, ainda não foram suficientes todos os ensinamentos a serem retirados da profundidade da atual crise econômico-financeira internacional, que teve início nos próprios Estados Unidos. Assistimos à falência amplamente reconhecida dos principais fundamentos de natureza teórica e conceitual que dão sustentação ao regime do financismo contemporâneo. Pouco importa, pois o modelo que é considerado um paradigma a ser copiado pelos adeptos da perpetuação da desigualdade é o norte-americano. Não satisfeitos com a trombada da realidade objetiva, ainda assim eles insistem com a restauração da antiga ordem, com a reabilitação do antigo regime.

Ocorre que, para esse pessoal, a incapacidade revelada pela própria crise do mercado em encontrar soluções satisfatórias para os conflitos econômicos pouco importa. O Estado é sempre lento, ineficaz e incompetente. E ponto final! Esse pressuposto vale para os mais variados aspectos da vida social. Desde a oferta de serviços públicos básicos como saúde, educação e previdência. Até a operação de empresas como Petrobrás, Banco do Brasil ou BNDES. E passando por organismos de regulação, como as agências do tipo ANATEL, ANEEL e o Banco Central. É impressionante, mas vira e mexe esse tema volta à baila na agenda da política econômica.

Agora, à medida que avança o debate eleitoral, as candidaturas começam a estabelecer seus limites e revelar suas verdadeiras faces. A questão econômica ganha espaço em razão das dúvidas e incertezas a respeito do que fazer em 2015. E dentre os assuntos preferidos pelos defensores do financismo – sempre a postos! , diga-se de passagem – começa a despontar a tal da independência do Banco Central. Afinal se o “Federal Reserve” (conhecido por Fed, o BC dos Estados Unidos) é mesmo quase independente da Casa Branca, nada mais adequado do que importarmos esse sistema.

As concepções mais conservadoras do fenômeno econômico sempre tentaram emplacar esse tema. Na verdade, trata-se de sua preocupação em como tornar operacional o conceito de “autoridade monetária”. No modelo ideal de funcionamento da economia, algumas variáveis importantes devem ser submetidas a algum tipo de controle. É o caso, por exemplo, da quantidade ofertada de moeda na sociedade e do “preço” dessa mesma mercadoria muito especial – o dinheiro. E que vem a ser a própria taxa de juros, o chamado custo do dinheiro.

Por mais radical que seja o espírito liberal do interlocutor, a maior parte deles ainda aceita a idéia de que a moeda nacional seja um bem cuja responsabilidade é atribuição do Estado. Porém, o próprio sistema capitalista construiu um arcabouço financeiro de tal ordem, que a maior parte da oferta de “moeda” existente na sociedade é criada pelo próprio sistema bancário e demais instituições assemelhadas. O papel moeda tradicional é hoje em dia quase uma curiosidade, uma espécie em extinção. Assim, não basta mais sugerir apenas uma rígida supervisão das rotativas da Casa da Moeda. O controle efetivo sobre os meios de pagamento envolve uma ação mais incisiva da autoridade monetária sobre o universo financeiro.

Por outro lado, a definição da taxa oficial de juros (SELIC, no caso do Brasil de hoje) é também uma função do Banco Central. Ela é usada como referência mínima para a formação das taxas de juros praticadas pelos bancos em suas operações de depósito e de empréstimo. Além disso, é a taxa utilizada para remunerar a dívida pública. O BC pode atuar também no chamado “mercado cambial”, definindo a taxa de câmbio da moeda nacional em sua relação com as dos demais países. Caso deixe esse importante preço de referência ao livre sabor das forças de oferta e demanda, pode ocorrer o fenômeno que tem arrasado a realidade brasileira ao longo dos últimos anos: a sobrevalorização do real e a desindustrialização de nossa economia.

As regras institucionais também atribuem ao BC as funções de órgão regulador e fiscalizador do sistema financeiro. Cabe a ele a definição das condições de concessão de empréstimos e dos limites para a prática das taxas de juros nas operações de crédito. É mais do que sabido a enormidade dos spreads praticados em nossas terras, bem como o absurdo dos níveis das tarifas cobradas pelas instituições em suas relações com a clientela. O chamado “banco dos bancos” deve atuar como uma espécie de xerife do sistema financeiro, defendendo os interesses do conjunto da sociedade contra todo e qualquer tipo de abuso cometido pelos bancos

Pois bem, frente a esse significativo encargo de responsabilidades, nada mais recomendado que a nomeação dos dirigentes dessa instituição seja atribuída à Presidência da República. A indicação de nomes para ocupar essa função ainda passa pela sabatina efetuada pelo Senado Federal, em uma indicação de que o poder legislativo também possa alertar a respeito de algum exagero. No caso brasileiro mais recente, o ex-Presidente Lula contribuiu inclusive para ampliar ainda mais a autonomia existente, ao encaminhar uma Medida Provisória equiparando o cargo ocupado por Henrique Meirelles ao de Ministro da República.

Ocorre que para o financismo esse quadro é pouco; eles querem mais. Não basta a autonomia concedida a um ex-presidente internacional do Bank of Boston, que ficou exatamente 8 anos à frente do BC, atendendo a todos os interesses da banca privada. Um período em que a autoridade monetária governou mais para os bancos e menos para o conjunto da sociedade. Dois mandatos em que as taxas de juros estratosféricas eram definidas pela COPOM sem nenhuma prestação de contas, nem ao governo oe menos ainda à sociedade.

Com o argumento malandro de que o governo pode influenciar “politicamente” na definição da política monetária, o financismo agora pede um pacote completo: deseja a independência do BC. Voltam com a argumentação surrada e mal lavada de que é importante haver “técnicos” não suscetíveis de serem influenciados por quem estiver ocupando o Palácio do Planalto. Mas o presidente do BC deve ser independente de quem, cara pálida? O sonho de consumo da banca é um quadro de dirigentes no comando da autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que não respondam a ninguém. Ou melhor, que atendam tão somente aos interesses das instituições que deveriam controlar.

Ora, todos sabemos que as decisões e as consequências relativas ao rumo da economia são de natureza absolutamente política. Daí que a responsabilidade por elas deve ser de que tem legitimidade para tanto – o Presidente da República. Não existe isenção ou neutralidade nas decisões de política econômica. Exatamente por sua natureza multidisciplinar, a economia é parte integrante das ciências sociais. Não existe apenas uma alternativa técnica e adequada para cada caminho a se trilhar.

Assim, um desenho institucional que confira independência política e administrativa a seus dirigentes é de uma irresponsabilidade inimaginável. As funções da autoridade monetária são políticas e os responsáveis por elas devem ser passíveis de remoção a qualquer instante. Conceder um mandato com prazo fixo para eles equivale a assinar um cheque em branco para atuarem da forma que bem entenderem. A tecnocracia não tem legitimidade para tanto: ela não foi eleita para nada. Cabe ao dirigente político efetuar a boa escolha de seus assessores de confiança a cada momento. E responder pelos equívocos cometidos.

Não é mera coincidência que as candidaturas de Aécio e Marina incluam este ponto como elemento de destaque. Afinal, os conselheiros econômicos de ambos foram os principais responsáveis pela condução da política econômica no auge do neoliberalismo, durante a gestão de FHC. Estiveram à frente do processo de privatização das empresas estatais, promoveram um importante desmonte do aparelho do Estado, desregulamentaram a economia concedendo todo tipo de facilidades ao chamado “mercado” e aprofundaram a hegemonia do capital financeiro em nosso sistema econômico e social. Agora, ao que tudo indica, pretendem continuar a obra inacabada. Como passaram os últimos 12 anos trabalhando diretamente no interior do financismo, propõem agora a efetivação da independência do BC. Algo como o roteiro de um filme que poderia ter como título

“A volta dos que não foram”.

*Paulo Kliass é doutor em Economia pela Universidade de Paris 10 e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental

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Pesquisa CNT: Aécio perde terreno e Dilma e Marina se isolam

Posted: 27 Aug 2014 10:48 AM PDT

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Marina Silva confirma tendência de crescimento e se aproxima de Dilma. Aécio Neves se distancia do 2º turno (Imagem: Pragmatismo Político)

A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera a corrida presidencial, com 34,2% das intenções de voto, aponta pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na manhã desta quarta-feira 27, realizada pelo instituto MDA. Os números do levantamento são muito semelhantes aos que foram divulgados ontem, pelo Ibope.

A ex-senadora Marina Silva, candidata pelo PSB, alcançou 28,2% da preferência do eleitorado e assumiu a segunda posição no lugar de Aécio Neves, do PSDB, com 12 pontos de vantagem. O senador tucano registrou 16% das intenções de voto. Pastor Everaldo, do PSC, marcou 1,3%.

SEGUNDO TURNO

Numa simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora seria eleita com 43,7% dos votos, contra 37,8% de Dilma. A candidata do PSB também venceria Aécio, com 48,8% dos votos, contra 25,2% do tucano. Já em um embate entre a petista e Aécio Neves, a presidente seria eleita com 43% dos votos, dez à frente de Aécio, que teria 33,3%.

REJEIÇÃO

De acordo com o levantamento, Dilma é a candidata mais rejeitada pelos eleitores, com 45,5%. Aécio Neves aparece em seguida, com 40,4%. Marina Silva, por sua vez, é rejeitada por 29,3% do eleitorado.

FIDELIDADE

Apesar da rejeição, Dilma Rousseff é a candidata, entre os três, que possui maior fidelidade do eleitorado – 23,5% disseram que votariam apenas na petista. No caso de Aécio, esse percentual cai para 8,1%, enquanto a fidelidade a Marina fica em 17,2%.

Na pesquisa de abril, ainda com Eduardo Campos na disputa, Dilma registrou 37% das intenções de voto, contra 21,6% do tucano Aécio Neves e 11,8% do então candidato do PSB. O levantamento divulgado hoje foi o primeiro do instituto após a morte do ex-governador de Pernambuco e com Marina Silva à frente da candidatura do PSB.

O levantamento foi realizado entre os dias 21 e 24 de agosto. A MDA fez a pesquisa com o nome de Marina Silva entre as opções de voto um dia depois da oficialização da candidatura da ex-senadora à presidência pelo PSB. O instituto afirma que 72,9% dos 2.002 entrevistados disseram que a decisão do voto é definitiva.

com 247 e MDA

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Eduardo Jorge, a surpresa do debate da Band

Posted: 27 Aug 2014 08:14 AM PDT

eduardo jorge marina magrinha debate
Marina encara Eduardo Jorge no momento em que o candidato a chama de ‘magrinha’. “Jamais tive intenção de ofender Marina chamando de magrinha. Ela é minha amiga. Fui o que sou há trinta anos” (Eduardo Jorge, em entrevista após o debate)

Eduardo Jorge chamou a atenção dos internautas durante o debate presidencial da TV Bandeirantes nesta terça-feira (26). O candidato do PV disse na saída da emissora que não teve intenção de ser irreverente:

“Fui o que sou há trinta anos”, declarou.

Como nem os candidatos da extrema esquerda fizeram, Eduardo Jorge chamou atenção pela defesa em elevado tom de voz do direito ao aborto das mulheres, do voto facultativo, do parlamentarismo e da legalização das drogas.

Sempre com as mãos soltas e com bastante gesticulação, o presidenciável do PV citou Mahatma Gandhi, Leon Tolstói e John Lennon. Lembrou da Guerra do Vietnã e, em resposta a Luciana Genro, disse ser a favor da “paz mundial”:

“A Luciana não gosta de paz e amor, mas eu gosto. Paz e amor não quer dizer covardia. Não quer dizer falta de capacidade de enfrentar o debate. Paz e amor são ideias de gente como Gandhi, Leon Tolstoi e John Lennon. Nós podemos sim. E o PV é o partido revolucionário em vários aspectos. Queremos a revolução com democracia, repudiando qualquer forma de autoritarismo de esquerda e de direita. Com uma cultura de paz transformando a cultura de guerra, que fez o século XX ser o século da destruição”, filosofou Eduardo Jorge durante o debate.

O ponto alto da excêntrica participação dele no debate, contudo, foi quando o candidato questionou as ideias de Marina Silva (PSB) sobre a dívida externa brasileira e chamou a candidata de “magrinha”:

“Se auditar a nossa dívida e colocar ela numa ressonância, ela vai sair magrinha, parecida com você”, declarou Eduardo Jorge, arrancando risos da platéia e olhares furiosos da oponente.

Sobre o episódio, o jornalista Kiko Nogueira escreveu:

Provavelmente desde os 9 anos Marina Silva não era chamada de “magrinha”. O olhar de Marina, sempre voltado para as grandes questões da existência — dormirá ela com a responsabilidade de salvar o mundo? Será ela capaz de rir de alguma piada? –, oscilou entre a surpresa e o desprezo. Jorge saiu sambando, quase pedindo mais uma cerveja.

Em outro momento emblemático do debate, Eduardo Jorge deixou Boris Casoy a ver navios quando o jornalista o questionou a respeito da regulamentação da mídia (chamada por Boris de censura).

História

Médico sanitarista, Eduardo Jorge nasceu em Salvador e foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) até 2003, quando saiu por divergências com a direção partidária e passou a integrar o PV.

Na PT, Eduardo Jorge foi deputado federal e estadual por São Paulo, além de secretário dos governos de Luiza Erundina (1989-1990) e Marta Suplicy (2001-2002).

Já no PV, foi secretário de Meio Ambiente das gestões de José Serra e Gilberto Kassab.

Na época de estudante de medicina na Paraíba, Eduardo Jorge militou no movimento estudantil contra a Ditadura Militar, fazendo parte do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Ele foi enquadrado duas vezes na Lei de Segurança Nacional daquela época sob acusação de ser subversivo.

Questionado se a defesa apaixonada da legalização das drogas que fez no debate tem alguma relação com o passado hippie e revolucionário, o candidato gargalhou:

“Hippie ainda sou, mas só de vez em quando”.

Na internet, Eduardo Jorge também virou meme:

eduardo jorge debate meme
Eduardo Jorge vira meme após debate da band (Pragmatismo Político)

Rodrigo Rodrigues, Terra Magazine

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Imagens de uma tragédia

Posted: 27 Aug 2014 07:53 AM PDT

tragedia eduardo campos

Desastres de avião geram comoção. Quando na aeronave há um político popular em seu estado natal, e ainda é candidato à presidência do Brasil, não se pode imaginar menos do que o estabelecimento do luto no país, e em seus eleitores um sentimento de vazio, quase orfandade, ainda que não ultrapassasse os 10% das preferências do eleitorado.

Assim é que a presidenta da república decretou luto oficial por três dias e suspendeu suas atividades de campanha, no que foi seguida pelo outro candidato melhor colocado nas pesquisas, Aécio Neves.

Alguns políticos do partido a que pertencia o jovem candidato manifestaram-se por igual respeitosa e discretamente. A expectativa natural é que se guardasse silêncio obsequioso ao menos até o dia do seu sepultamento. Que nada…

Já no dia do acidente, o irmão de Eduardo Campos dá entrevista pedindo aos brasileiros para refletirem… sobre os rumos do país(!), como se a tragédia trouxesse algum dado novo à reflexão sobre o tema!

Logo depois, afirma que o PSB deveria alçar Marina Silva à candidata no lugar de EC. Claro, com ele como vice (desejo não confessado, claro). Luto? Que luto?

Enquanto isto, o jornalão Folha de S. Paulo já estava com pesquisa nas ruas, perguntando ao eleitor quem deveria ser o candidato no lugar de EC, já que este falecera(!). Os comentaristas da mídia grande igualmente puseram-se a discutir, freneticamente, a sucessão de EC, escancaradamente pressionando para que Marina seja a escolhida, por nela enxergarem a possibilidade, real, de ao menos levar a eleição para o segundo turno, mesmo que fosse ela a disputar com Dilma. O primordial é tirar o PT.

VEJA TAMBÉM: As reações bizarras e infames à morte de Eduardo Campos

Descartar MS, depois, seria mais fácil. Não sei. Depois de sua declaração afirmando que a “providência divina” a impedira de estar naquele voo — não o fizera, porém, com EC —, melhor que a direita tenha cuidado com quem está mexendo. Messianismo? Talvez ela pense mesmo que sim.

O momento mais surpreendente, porém, foi testemunhado no velório, e protagonizado pela própria família do falecido. O que se viu ali mais se assemelhava a comício do que a cortejo fúnebre, palancório (mistura de palanque com velório) do que velório. Camisas com os dizeres “Não vamos desistir do Brasil” vestiam desde familiares e amigos a militantes espontâneos(?). No fim, as imagens que podem talvez falar mais do que tudo o que se possa pretender dizer: Marina sorridente posando para foto em cima do caixão; Lula se esvaindo em choro convulsivo.

*André Falcão é advogado e autor do Blog do André Falcão. Escreve quinzenalmente para Pragmatismo


MORTE DE CAMPOS E DEPOIMENTO DE CONTADORA: DUAS TRAGÉDIAS

A tragédia e o carnaval são marcas registradas do Brasil (veja Empoli, Hedonismo e medo), com predomínio (lamentavelmente) da primeira. No mesmo momento em que o candidato à presidência da República, Eduardo Campos, perdia sua vida num trágico acidente de avião na cidade de Santos (SP), a ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff (Meire Poza) confirmava, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, grande parte da sua entrevista bombástica para a Veja.

Mais duas grandes tragédias no mês de agosto (a se lamentar). Do ponto de vista político, agosto definitivamente não é um bom mês para o Brasil: morte de JK, de Getúlio, renúncia de Jânio Quadros etc. Mas há uma diferença entre as tragédias: enquanto o discurso de Campos era pela renovação, um novo rumo, as confirmações de Meire Poza representam a continuidade da corrupção, da extravagância, da excentricidade, da vigarice.

Na entrevista Meire afirmou que (no escritório do doleiro) manuseava notas fiscais frias, assinava contratos de serviços não prestados e montava empresas de fachada para promover lavagem de dinheiro; disse ainda que via muitas malas de dinheiro saindo da sede de grandes empreiteiras e chegando às mãos e bolsos de notórios políticos, destacando-se, dentre eles, Luiz Argôlo (que foi sócio de Yousseff), André Vargas, Fernando Collor, Cândido Vaccarezza, Mário Negromonte etc.

Há tragédias que configuram acidentes imprevisíveis. Outras são totalmente evitáveis. Nesse segundo grupo entra a corrupção endêmica ou sistêmica do Brasil, que não é algo imposto pela natureza, conforme suas leis físicas (lei da gravidade, por exemplo). A corrupção no Brasil é fruto de pura vigarice, que ocorre quando o político, as empreiteiras ou construtoras, outras grandes empresas (do setor alimentício, cervejaria etc.) e vários bancos se unem para obter vantagens em prejuízo dos outros.

Necessitamos de um grande milagre que promova a reforma da prazerosa vulgaridade de origem do humano nascido com a democracia (há um pouco mais de dois séculos). Novo rumo só pode ser alcançado se esse humano assumir as consequências morais da sua urbanização, o que significa “inibir seus instintos, adiar as gratificações imediatas dos seus desejos e alienar parcelas da sua liberdade” (Gomá Lanzón), que nunca poderia ter se transformado em libertinagem. Nossa campanha tem como alvo justamente essa libertinagem que concede, à troyca maligna (políticos, agentes econômicos e financeiros), licença para roubar (licença para tirar vantagens indevidas em prejuízo do todo, do país).

 

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Aécio nomeou desembargador que recebia dinheiro para soltar traficantes

Em reportagem de mais de 11 minutos, Rede Globo omitiu que desembargador que recebia dinheiro de traficantes foi nomeado por Aécio Neves

Em 2010, o jornalista Bruno Procópio, que se define também poeta e cronista, publicou em seu blog Prosa com Cultura um texto em que revela: a família Tolentino Neves, “famosa pelo legado político de homens como ex-presidente da República Tancredo de Almeida Neves e o governador mineiro Aécio Neves, também fez sua história no universo da cachaça.”

Bruno, o Dindi, jovem de pele morena, barba rala, cavanhaque de poucos e longos fios, conta que seu Múcio Tolentino, irmão de Risoleta Neves, mulher de Tancredo, começou a produzir em 1960 a cachaça Mathuzalem 960.

Durante 25 anos, os amigos se reuniam na fazenda da família, no município de Cláudio, para tomar da pura. Segundo a crônica do Dindi, Tancredo Neves era um dos mais assíduos na confraria.

Depois da morte de Tancredo, seu Múcio parou de fabricar a “960” e praticamente fechou o alambique.

Em 2002, um dos filhos de Múcio, homem que herdou do tio o nome, Tancredo, decidiu retomar a produção da cachaça, mas mudou o nome da bebida.

A cachaça passou a se chamar Mingote, homenagem ao bisavô Domingos da Silva Guimarães, o seu Mingote, que em 1823 comprou terra na região, para produzir rapadura, açúcar mascavo e cachaça, e dar início a uma prole numerosa, da qual descendem dona Risoleta, o neto dela, Aécio Neves, seu Múcio e o filho dele Tancredo Tolentino, também conhecido como Quedo.

A exemplo da “960”, a Mingote também fez fama, principalmente depois que a revista Época publicou, em maio de 2007, “os brasileiros famosos, bem-sucedidos em seus respectivos ramos profissionais, que têm como atividade paralela a produção de cachaça”, e citava Aécio Neves.

Segundo a reportagem, o então governador de Minas era o fabricante da Mingote, descrita como uma cachaça envelhecida durante dois anos em tonel de amburana, no município de Cláudio.

VEJA TAMBÉM: Cidade de Cláudia silencia sobre aeroporto de Aécio Neves

A julgar como verídica a informação de Época, Aécio era sócio do primo Tancredo Tolentino, o Quedo.

Esse era um tempo em que Aécio era apresentado como o autor do “choque de gestão”, e Tancredo Tolentino era um comerciante de Cláudio.

Cinco anos depois, em 2012, o repórter Valmir Salaro, do Fantástico, foi a Cláudio para fazer uma reportagem sobre um esquema de venda de habeas corpus para libertar traficantes.

O repórter contou que, em julho de 2010, numa cidade vizinha, Marilândia, a polícia apreendeu 60 quilos de pasta base de cocaína, parte deles encontrada numa camionete.

A polícia prendeu o motorista Jesus Jerônimo da Silva, e outro traficante, Brás Correia de Souza.

Eles permaneceram alguns meses presos no município de Divinópolis, na mesma região, e foram libertados por decisão do desembargador Hélcio Valentim de Andrade Filho.

Valmir Salaro foi até a cachaçaria Mingote e gravou uma passagem em frente à sede da empresa, em que revelou que a sentença para libertar os traficantes foi negociada ali dentro, entre o desembargador Valentim e Tancredo Tolentino, o Quedo.

A reportagem do Fantástico tem mais de 11 minutos e, em nenhum momento, o nome de Aécio Neves foi citado – nem para dizer que Tancredo Tolentino é primo dele ou para lembrar que a Mingote apareceu na Época como a cachaça fabricada pelo bem sucedido Aécio.

Não era difícil fazer essa associação. Bastava entrar no site da Mingote e clicar em “notícias”. A página abre com uma foto de Aécio e um link para a reportagem da revista Época, em que o ex-governador é apresentado como o fabricante da cachaça.

Hélcio Valentim foi nomeado por Aécio Neves quando governador.

Valentim se formou em direito no ano de 1988 pela Universidade Federal de Minas Gerais. Advogou até 1990, quando entrou no Ministério Público. Em 1996, se tornou procurador e, em 2005, integrou a lista tríplice de indicados para compor o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na cota do Ministério Público, o chamado quinto constitucional.

A prerrogativa de nomeação para o Tribunal pertence ao governador e o costume é escolher o primeiro da lista. Mas, nessa nomeação, em março de 2005, Aécio nomeou o segundo, Valentim.

Além de nomear o desembargador que, mais tarde, negociaria com o primo a libertação de traficantes, Aécio é autor de outra medida que beneficia Tancredo Tolentino.

SAIBA MAIS: Dono de helicóptero do pó ganhou 3 contratos sem licitação de Aécio Neves

A fazenda do pai dele tinha uma pista de terra para pousos e decolagens de avião, obra que o avô de Aécio, Tancredo, havia mandado fazer quando era governador – fazenda em que ele tomava cachaça, como revelou o cronista e poeta Dindi.

Quando chegou sua vez de governar Minas, Aécio mandou pavimentar a obra, ao custo de quase 14 milhões de reais. O outro Tancredo da família, o primo de Aécio (e sócio na Mingote?), é quem toca as coisas por lá, e tem as chaves do aeroporto, até hoje sem homologação da ANAC e, portanto, proibido para o público em geral.

Essas conexões do município de Cláudio acabaram despertando a desconfiança de que a pista pavimentada serviu para pouso de reabastecimento do helicóptero do senador Zezé Perrella, quando trazia 445 quilos de pasta base de cocaína do Paraguai, em novembro do ano passado.

Afinal, Perrella é amigo de Aécio, e Aécio é primo do Tancredo Tolentino, o homem que tem a chave do aeroporto e foi flagrado negociando a libertação de traficantes, num caso em que a semelhança com a apreensão de cocaína no Espírito Santo é espantosa.

Procurei os dois pilotos do helicóptero. Um deles, que eu entrevistei há dois meses e meio, mandou dizer que não fala mais comigo. O outro, o piloto Rogério Almeida Antunes, ex-funcionário de Perrella, disse, por intermédio de seu advogado, que “não, não pousou lá”. Passou perto, mas não parou na pista.

 

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br


PESQUISA APONTA PARA A DESMILITARIZAÇÃO DA PM

Pesquisa feita com policiais de todo o país, divulgada em 30/7/14 (veja UOL), revelou que a maioria (77,2%) diz ser a favor da desmilitarização da PM. Ainda segundo o estudo, um terço dos policiais brasileiros (34,4%) pensa em sair da corporação na qual trabalham. A insatisfação é muito grande.

Perguntados se, caso pudessem escolher, optariam novamente pela carreira na sua corporação, 43,7% falaram que sim; 38,8% responderam que não. Sobre as dificuldades que enfrentam na rotina de trabalho, mais de 80% deles citaram baixos salários, leis penais que consideram “inadequadas”, contingente policial insuficiente, falta de uma política de segurança pública e formação e treinamento insuficientes.

O estudo foi realizado com 21.101 policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, bombeiros e peritos criminais de todos os Estados. Foi promovido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, pelo Centro de Pesquisas Jurídicas Aplicadas da Fundação Getúlio Vargas e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (veja UOL).

Em relação à formação, 37,5% dos policiais tiveram de seis a 12 meses de aulas durante curso para ingressar na corporação; 34,2% tiveram de três a seis meses. Outros números: 73,7% são a favor da desvinculação do Exército; 93,6% acreditam que é preciso modernizar os regimentos e códigos disciplinares; 86,7% são favoráveis ao direito à sindicalização e de greve; para 87,3%, o foco de trabalho da Polícia Militar (PM) deveria ser reorientado para proteção dos direitos da cidadania; 66,2% acreditam que as carreiras policiais não são adequadas da maneira como estão organizadas; 80,9% acreditam que as polícias deveriam ser organizadas em carreira única, com ingresso por meio de concurso público; 58,3% acreditam que a hierarquia nas polícias provoca desrespeito e injustiças profissionais.

Mais números relevantes: 86,2% afirmam que a gestão deve ser mais eficiente; 65,9% disseram ter sofrido discriminação por serem policiais; 59,6% afirmaram já ter sido humilhados ou desrespeitados por superiores; 43,2% acham que policial que mata um criminoso deve ser premiado e inocentado pela Justiça; 83,7% afirmaram que um policial que mata suspeito deve ser investigado e julgado; 99% apontam os baixos salários; 98,2% o treinamento e formação deficientes; 97,3% o contingente policial insuficiente e a falta de verbas para equipamentos e armas. Foram citadas ainda as leis penais inadequadas (94,9%) e a corrupção nas polícias (93,6%).

O quadro é trágico. Os policiais não estão satisfeitos com seus salários, nem com suas instituições e muito menos com sua preparação para o exercício da profissão (isso contribui muito para sua própria letalidade, que faz parte do genocídio estatal brasileiro). A sociedade tampouco está satisfeita com os policiais (de acordo com todas as pesquisas).

O distanciamento entre a polícia e a sociedade, sobretudo a mais carente, é abismal. Seguimos o modelo militarizado de polícia (criado na Europa no século XVIII, pela burguesia ascendente ao poder). O que funciona, no entanto, é a polícia comunitária, a única que viabiliza impulsionar atividades de participação cidadã na polícia e, reciprocamente, promover atividades de intervenção preventiva policial no entorno social.

Sem uma mudança radical de pensamento os policiais continuarão incrementando (ora como autores, ora como vítimas) os números da máquina de moer carne humana gerenciado pelo genocídio estatal brasileiro, que foi estruturado para fomentar a destruição massiva recíproca entre todas as classes sociais desfavorecidas pelas desigualdades brutais entre elas (de renda, de riqueza, de acesso ao ensino de qualidade, de qualidade de vida, de cultura, de patrimônio familiar, ética, autocontrole, equilíbrio emocional etc.).

Fonte: Blog Visão Panorâmica 


"Aeroporto de Aécio é só a ponta do iceberg"

“A barreira de proteção ao governo Aécio Neves foi tão grande que a população brasileira não conhece o que se passou em Minas Gerais efetivamente”. Campanha eleitoral esquenta e PSDB admite necessidade de “sair dessa armadilha [aeroporto]”

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta segunda-feira, 28, que as declarações do presidenciável tucano Aécio Neves sobre o caso do aeroporto em Cláudio (MG), construído quando Aécio era governador de Minas em terreno de seus familiares, não são suficientes e disse ainda que o tucano ainda terá problemas para explicar “outras coisas”.

“Absolutamente não está explicado [o caso do aeroporto]. E vai ser muito difícil explicar essas e outras coisas que aconteceram em Minas Gerais nos últimos tempos. Pelo que conheço da minha relação com companheiros de Minas Gerais, o governador [Aécio] vai ter dificuldade de explicar muitas coisas. O aeroporto é apenas a ponta do iceberg de um tipo de prática que marcou aquele governo”, disparou Carvalho. “A barreira de proteção ao governo [Aécio Neves] foi tão grande que a população do país não conhece o que se passou em Minas Gerais efetivamente”, disse o ministro ao jornal O Globo.

As declarações duras do secretário da Presidência da República reacendem a discussão em torno da polêmica obra. Justamente no momento em que a cúpula da campanha de Aécio Neves não esconde sua preocupação com a repercussão que o assunto tomou. A constatação reservada no PSDB é que, independente da legalidade da obra, o episódio deixou Aécio na berlinda e abriu um flanco na candidatura tucana, que passou a ser bem explorado pela campanha de Dilma Rousseff.

VEJA TAMBÉM: Aécio Neves, o aeroporto e os esclarecimentos pendentes

Ao jornalista Gerson Camarotti, um parlamentar do PSDB chegou a alertar que o próprio Aécio terá que responder, em debate com Dilma, quantas vezes desceu de jatinho no aeroporto de Cláudio. “O problema é que o episódio do aeroporto pode tirar o PSDB do ataque, colocando a candidatura de Aécio na defensiva. Temos que sair dessa armadilha“, afirmou o tucano.

O coordenador jurídico da campanha de Aécio Neves, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), informou que o partido irá acionar Gilberto Carvalho, por ato de improbidade.

“É nefasto que um ministro, em horário de expediente, use esse esse tempo para fazer campanha eleitoral para a presidente Dilma Rousseff. Gilberto Carvalho tem um iceberg inteiro à mostra e contra si, que é a morte de Celso Daniel (ex-prefeito de Santo André e que era do PT)”, acusou Sampaio.

Seja como for, a campanha eleitoral pegou fogo nesta segunda-feira.

Fonte:http://www.pragmatismopolitico.com.br


FIM DO POLÍTICO PROFISSIONAL

Os gregos, na antiguidade, chamavam de idiotés quem não participava da política, ou seja, quem egoistamente ficava isolado em sua casa, obcecado em suas mesquinharias, sem oferecer nenhuma contribuição para a comunidade, para a polis (cidade) (veja Savater, Política para meu filho). Desse idiotés no sentido grego deriva nosso idiota atual, que você sabe bem de quem se trata. Somos contra o político que faz da política seu único meio de vida, abandonando sua profissão. Ao mesmo tempo, temos que ser contra, sobretudo quando se trata de um jovem, quem não se interessa absolutamente nada pela política, nem sequer par criticá-la (que é a tarefa mais fácil de se realizar).

Lançamos uma campanha denominada fim do político profissional (veja fimdopoliticoprofissional.com.br). Por político profissional entendemos o que abandona sua profissão para ocupar cargos eletivos eternamente, como no caso de José Sarney. Lutamos, dentre outras, por três coisas: 1ª) nenhum político pode deixar de exercer a sua profissão particular, compatibilizando-a com suas obrigações públicas; 2ª) nenhum político pode ser reeleito para o mesmo cargo executivo (salvo depois de uma longa quarentena) e 3ª) nenhum político pode exercer mais que dois mandatos consecutivos nos cargos legislativos (só podendo voltar depois de uma longa quarentena). José Sarney não teria exercido (nefastamente, diga-se de passagem) mais de 60 anos de vida pública se essa regra já estivesse valendo.

Mas por que acabar com o político profissional? Porque essa é uma das maiores fontes da endêmica corrupção no nosso país, sobretudo entre o político e o mundo empresarial e financeiro (os três formam uma troyka maligna quando atuam pensando exclusivamente nos seus interesses, em detrimento do povo). Para se entender quais são esses “interesses” basta parafrasear um influente (e desqualificado) político norte-americano (citado por Cristóbal Montes, 2014: 130), que dizia: “O que os homens de negócios [especuladores] não compreendem é que eu opero com os votos exatamente o que eles fazem com as especulações e os lucros ilícitos”.

O Brasil não necessita apenas dos movimentos horizontais (povo nas ruas exigindo ética na política, melhores serviços públicos etc.), sim, sobretudo, dos verticais, para extirpar da nossa cultura seus aspectos nefastos, incluindo seus fundamentos personalistas (herança ibérica) e aristocráticos (que conduzem a privilégios e mordomias, violando-se flagrantemente a igualdade entre todos). Nunca o Brasil será um país confiável se os velhos costumes, as crenças arcaicas e as ideologias desgastadas não forem dissolvidos, de uma vez por todas (a começar pelo voto). Nunca atualizaremos o país, de acordo com o mundo globalizado e técnico que vivemos, se a velha ordem colonial e patriarcal, dos senhores de engenho escravagistas, dos políticos corruptos clientelistas, não for revogada terminantemente (veja S. B. de Holanda 1995: 180).

Um político ficha-suja não deveria jamais poder concorrer a novas eleições (por um longuíssimo período). Faz muito mal para o Brasil a existência do político profissional (o que faz da política um meio de vida, reelegendo-se eternamente). O aprimoramento das nossas instituições passa pela proibição das seguidas reeleições. O velho sistema político está morto (e deslegitimado). Ocorre que o novo ainda não nasceu. É hora de lutar por profundas mudanças nos nossos costumes e tradições. Temos que promover uma lei de iniciativa popular para limitar a possibilidade de os políticos fazerem carreiras eternas na política.

Lutar pelo fim do político profissional (o que se perpetua nos cargos eletivos) significa lutar contra a corrupção, que tem nele uma das maiores fontes de irradiação. O político profissional (o que abandona sua profissão de origem para ocupar eternamente cargos eletivos, com todos os privilégios e mordomias) tem imperiosa necessidade de reeleição e essa necessidade de reeleição está para ele como a ganância desmedida está para o empresário e o banqueiro inescrupulosos e parasitários. Junta-se a fome com a vontade de comer. O político, no nosso sistema cultural, “naturalmente padece do vício de dar primazia às conveniências particulares em detrimento dos interesses de ordem coletiva. Isso já significa fazer predominar o emotivo sobre o racional. Por mais que se julgue achar o contrário, a verdadeira solidariedade só se pode sustentar realmente nos círculos restritos e a nossa predileção, confessada ou não, pelas pessoas e interesses concretos não encontra alimento muito substancial nos ideais teóricos ou mesmo nos interesses econômicos em que se há de apoiar um grande partido. Assim, a ausência de verdadeiros partidos não é entre nós, como há quem o suponha singelamente, a causa de nossa inadaptação a um regime legitimamente democrático, mas antes um sintoma dessa inadaptação” (Sérgio Buarque de Holanda 1995: 182-183).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Justiça Global questiona Judiciário e Executivo Federal sobre prisões políticas no Rio

Organização também pede a realização de audiência pública conjunta da Câmara com o Senado

A Justiça Global enviou, na manhã desta sexta-feira, quatro ofícios a Brasília solicitando providências em relação às prisões de manifestantes no último dia 12/7. A organização de direitos humanos lembra da ausência de provas apresentadas pela Polícia Civil em coletiva de imprensa no mesmo dia e ressalta que “o segredo de justiça sob o qual o inquérito e o processo vêm tramitando impedem o acesso à informação e a comprovação das ilegalidades destas mesmas prisões”. Os contatos foram feitos com o Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos, Senado e Câmara Federal, além do Conselho Nacional de Justiça.

Para a Justiça Global, “as manifestações populares são uma das formas mais evidentes de exercício da liberdade de expressão, mecanismo fundamental de controle democrático”. Ainda segundo a organização, a prisão de pessoas que atuam através dos movimentos sociais e de organizações políticas representa uma violação à defesa e garantia dos direitos, e “que este inquérito visa tão só a desmobilização, deslegitimação, intimidação e criminalização de defensores de direitos humanos, representando grave violação por parte do estado do Rio de Janeiro, principalmente ao tratá-los enquanto associação criminosa”.

Foi enviado um ofício para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, solicitando posicionamento sobre a prisão ilegal e arbitrária de manifestantes no Rio de Janeiro e a criação de Comissão Especial do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) para o acompanhamento do caso. O Ministério da Justiça também foi oficiado, solicitando revisão de seu posicionamento sobre as prisões.

Para o Conselho Nacional de Justiça, foi reiterada a representação contra o Juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª. Vara Criminal da Cidade do Rio de Janeiro, feita pelos Deputados Federais Chico Alencar, Jean Wyllys, Jandira Feghali e Ivan Valente. Nela consta um pedido de instauração de procedimento administrativo disciplinar contra o mesmo.

Os ofícios seguiram ainda para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal e para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias Câmara dos Deputados, solicitando uma audiência pública conjunta sobre criminalização de manifestantes e de defensores de diretos humanos que atuam através dos movimentos sociais e de organizações políticas.

Leia a base da carta enviada pela Justiça Global:

No segundo semestre de 2013, durante a ampliação das manifestações populares em todo o Brasil, foi publicizada a informação da existência de um inquérito policial na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro que investiga movimentos sociais e indivíduos que participam de protestos. Este inquérito tramita sob segredo de justiça e vem sendo responsável pela criminalização dos manifestantes e pela recente emissão de mandados de prisão temporária manifestamente ilegais.

No dia 12 de julho de 2014, foram cumpridos 26 mandados de prisão temporária e 2 mandados de busca e apreensão de adolescentes que vieram a gerar a prisão de 19 manifestantes sob a égide do artigo 288, parágrafo único do Código Penal, que prevê o tipo de associação criminosa armada. A ilegalidade que permeia a decisão judicial que autorizou as prisões resta demonstrada pela ausência de provas apresentadas pela Polícia Civil em coletiva de imprensa datada do mesmo dia, que pudessem vir a comprovar a materialidade do risco alegado na decisão exarada pelo juiz da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Do mesmo modo, a decisão apresenta não apenas vagueza em seu texto, determinando que as prisões fossem realizadas sob argumento de possível risco de crime futuro – reforçando a ilegalidade da medida, como pode se depreender pela parte a seguir: “Que há sérios indícios de que está sendo planejada a realização de atos de extrema violência para os próximos dias, a fim de aproveitar a visibilidade decorrente da copa do mundo de futebol, sendo necessária a atuação policial para impedir a consumação deste objetivo e também para identificar os demais integrantes da associação”. Ainda comprovando a ilegalidade destas prisões, aponta-se a revisão de tal entendimento após decisão em sede de habeas corpus, proferida pelo desembargador da 2ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, cuja liminar deferiu liberdade a 12 presos.

Apesar da decisão favorável aos 12 manifestantes, nos causa preocupação a concessão da prorrogação do prazo da prisão temporária dos cinco manifestantes que ainda estão presos. O pedido realizado pela DRCI e concedido pelo juízo da 27ª Vara Criminal aponta o intuito de manutenção da tratativa criminalizante por parte do estado do Rio de Janeiro, sendo inclusive informado através da imprensa que haveria a emissão de novos mandados. Hoje foi noticiado pela imprensa que o delegado Alessandro Thiers vai indiciar e pedir a prisão preventiva dos 26 manifestantes que tiveram mandados de prisão expedidos, incluindo os manifestantes que tiveram sua liberdade concedida no último dia 14, apesar da evidente ilegalidade das primeiras prisões. O segredo de justiça sob o qual o inquérito e o processo vêm tramitando impedem o acesso à informação e a comprovação das ilegalidades destas mesmas prisões.

As manifestações populares são uma das formas mais evidentes de exercício da liberdade de expressão, mecanismo fundamental de controle democrático, conforme sedimentado pela Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA. A prisão arbitrária de manifestantes e de defensores de diretos humanos que atuam através dos movimentos sociais e de organizações políticas representa uma violação à defesa e garantia dos direitos. O que apontamos, portanto, é que este inquérito visa tão só a desmobilização, deslegitimação, intimidação e criminalização de defensores de direitos humanos, representando grave violação por parte do estado do Rio de Janeiro, principalmente ao tratá-los enquanto associação criminosa.

Fonte: Justiça Global


EUA CONFIRMAM CRIMES DO ESTADO NA DITADURA (JUÍZES NEGAM)

Somos o campeão mundial em assassinatos (em números absolutos: 56.337 mortes em 2012). Grande parte desses óbitos intencionais (1.347.653, de 1980 até este minuto que escrevo – veja o delitômetro do Instituto Avante Brasil) faz parte do genocídio estatal brasileiro (algo próximo de 20%). São mortes produzidas pela maquinaria de guerra do Estado assim como contra os próprios agentes do Estado. Reunindo-se todas as características dessas mortes em série (quem mata, quem morre, onde morre, motivos, circunstâncias, negligência do Estado na apuração dos crimes, ausência de reparação dos danos, carência de uma política pública de prevenção da violência, letalidade policial altíssima etc.) não há como não admitir que se trata de um genocídio estatal (adotando-se o novo conceito de genocídio de Morrison, Zaffaroni etc.). Genocídio é crime contra a humanidade, não anistiável e imprescritível. O Judiciário, ao rejeitar o processamento dos militares no caso Riocentro (O Globo 3/7/14: 3), também faz parte desse genocídio coletivo. Essa decisão conflita frontalmente com o julgado de 2010 da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Caso Araguaia), que deixou muito claro que esses crimes não são anistiáveis nem prescritíveis.

Negar a participação do Estado no caso Riocentro é o mesmo que refutar a luz do sol. A atitude reprovável dos juízes bem como das Forças Armadas de negarem qualquer tortura ou envolvimento do Estado nos crimes da ditadura constitui mais uma prova inequívoca de que o genocídio coletivo aqui constitui mesmo uma política pública do Estado (que conta com apoio de uma boa parcela da população). Documentos dos EUA (43 relatos), agora revelados (O Globo 3/7/14: 3), comprovam que houve participação do Estado nas torturas, assassinatos e desaparecimentos de pessoas durante a ditadura militar. O sol nunca se tapa com a peneira. Algumas autoridades brasileiras, comportando-se como sociedade de massas, estão fazendo de tudo para não cumprir a decisão da CIDH. Não estão respeitando a coisa julgada. Isso é antijurídico, mas, antes de tudo, profundamente imoral. Quem assume compromissos internacionais tem que cumpri-los (“pacta sunt servanda”). Em matéria de respeito aos direitos fundamentais o Brasil continua sendo um país de terceiro mundo que, parafraseando Ortega y Gasset, se arrasta invertebrado como uma sociedade de massas, não somente em sua estrutura política corruptamente podre, senão, sobretudo, o que é mais preocupante e substantivo que a política, na convivência social mesma bem como na inconsistência e fragilidade das suas instituições (incluindo as jurídicas). A máquina pública brasileira está em frangalhos, depauperada, degenerada. Hoje não funciona uma instituição, amanhã outra, depois outra, até que sobrevenha o definitivo colapso histórico da 1ª República pós-redemocratização (que se avizinha rapidamente).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


"PADRÃO FIFA" OU "BRASILIANIZAÇÃO DA FIFA"

Precisamente durante o mundial de 2014 parece oportuno analisar se o “Padrão Fifa” chegou ao Brasil (como jocosamente pediram muitos brasileiros) ou se ela foi “brasilianizada” pelos nossos padrões de corrupção (internacionalmente conhecidos). O mundo das corporações corruptas (corporate crime) também constitui uma via de mão dupla: durante as manifestações de junho/13 muitos cartazes brasileiros exigiam serviços públicos (saúde, educação, transportes etc.) com “Padrão Fifa”. Imaginávamos uma Fifa com alto padrão de qualidade e de competência, em razão das suas exigências e falas duras, em relação aos preparativos para a Copa/14. Um ano depois daquelas democráticas manifestações (que não incluíam violência, no princípio), em lugar de o “Padrão Fifa” chegar aos serviços públicos brasileiros, deu-se o movimento em sentido contrário: a Fifa está se “brasilianizando” nos seus padrões corruptivos.

Vários patrocinadores da entidade futebolística mundial (VISA, Sony, Adidas, Coca-Cola etc.) querem investigações profundas e detalhadas sobre o processo de eleição da Copa do Mundo de 2022, vencido pelo Catar (que é governado por uma monarquia petrolífera absoluta, ou seja, uma petromonarquia). Lá não existe democracia, mas eles têm petróleo, dinheiro e, também (tal como no Brasil), muita corrupção. A Comissão de Ética da Fifa (presidida por Michael J. Garcia) está apurando as denúncias, especialmente a estampada no The Sunday Times, que afirmou que o dirigente de futebol catariano, Mohamed Bin Hamman (que fez parte da diretoria da Fifa), teria pago 3,7 milhões de euros (11,2 milhões de reais) a 30 presidentes de futebol africanos para conseguir o Mundial de 2022 para o Catar (desses, quatro tinham direito a voto no momento da escolha).

A sustentabilidade do futebol mundial depende de ética e transparência, assim como de ações efetivas da Fifa, que não se mostrou nada exemplar no momento de agir contra os ex-dirigentes brasileiros (João Havelange e Ricardo Teixeira), que receberam gordas propinas quando dirigiam o futebol internacional e nacional (veja Folha 10/6/14, p. A2). A Fifa nem sequer discutiu suspender o pagamento das suas aposentadorias nem procurou exigir o dinheiro desviado (embora houvesse recomendação nesse sentido do comitê de ética). Ou seja: o “Padrão Fifa” não chegou ao Brasil, mas ela está nitidamente se “brasilianizando”, sobretudo ao não apurar seriamente, por exemplo, a denúncia de que vários jogos no mundial da África do Sul (2010) tiveram resultados manipulados.

A clássica criminologia chegou a investigar os crimes organizados dos Estados (state crimes) assim como os crimes das corporações econômicas e financeiras (corporate crimes). Agora chegou o momento de sublinhar e prestar atenção na atuação conjunta dos Estados com as corporações (state-corporate crimes): “quando os poderes político e econômico [Estado mais federações de futebol, por exemplo] perseguem interesses escusos comuns sua capacidade de gerar danos sociais massivos ganha extraordinária ampliação” (Michalowski & Kramer, citados por Bernal Sarmiento, 2014:121). A intensificação das atuações mútuas, legais e ilegais, entre os Estados e as corporações dos mercados (econômicos e financeiros), se explica porque, na estrutura capitalista atual, de inversão e produção, as metas dos negócios se convertem nos objetivos dos governos, assim como o interesse e serviços nacionais (saúde, educação etc.) se identificam progressivamente com as necessidades sistêmicas dos mercados corporativos (Ross e Parenti, em Bernal Sarmiento, 2014:121). A troika maligna composta pelos Estados e corporações econômicas e financeiras corruptas tomou conta do atual capitalismo de mercado que, para sobrevier, tem que reagir (ou colocará em risco sua sobrevivência).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


MOTORISTAS, CARROS E ESTRADAS: ARMAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA

Nos países de capitalismo evoluído e distributivo (os civilizados), com destaque para Dinamarca, Suécia, Noruega, Canadá, Coreia do Sul, Áustria etc., as mortes no trânsito são inferiores a 10 para cada 100 mil pessoas. Quanto mais bárbaro seja o capitalismo (selvagem e extrativista como o nosso), as mortes vão aumentando (China, Índia, Nigéria e Brasil são os que mais matam, em números absolutos). Segundo levantamento feito Instituto Avante Brasil, com os últimos dados disponíveis do Ministério da Saúde (Datasus), o número de mortes no trânsito (no Brasil), em 2011, teve aumento de 1% (42.844 mortes em 2010, contra 43.256, em 2011). São 22,6 óbitos para cada 100 mil habitantes (população de 190.755.799, conforme o IBGE). Esse morticínio teve crescimento médio anual de 2,75% entre 1980 e 2011. No período de 2001 a 2011, entretanto, o aumento anual foi de 3,78%.

Em 2010, de acordo com um relatório da ONU, se comparado com países de desenvolvimento econômico semelhante, como China, Índia, Rússia e África do Sul, o Brasil só está atrás da África do Sul. Quando comparado com países de maior renda e melhor civilidade, como EUA, Reino Unido e Japão, a diferença é brutal.

Em 32 anos (1980-2011) acumulamos 977.275 mortes no trânsito (incluindo todas as vítimas sobre trilhos, conforme o Mapa da Violência de 2013, chegamos a mais de 980 mil). Nesse período houve evolução de 117%, passando de 19.927, em 1980, para 43.256, em 2011. De 16,4 mortes para 100 mil pessoas em 1980 (19.927 mortes, para 121.150.573 habitantes), subimos para 19,7 em 1990 (28.574 mortes para 144.764.945 habitantes), baixamos para 17 em 2000 (28.995 mortes para 169.590.693 habitantes), subimos novamente para 22,4 em 2010 (42.844 mortes para 190.755.799 habitantes) e chegamos a 22,6 em 2011.

O delitômetro do Instituto Avante Brasil, que faz a projeção do número futuro de mortes, a partir da taxa de crescimento médio de 2,75%, entre os anos de 1980 e 2011, apontou que em 2014 podemos ter 48.349 mortes, ou seja, 6 mortes por hora (uma a cada 10 minutos). Se a taxa se mantiver estável na próxima década, é possível então prever que em 2024 teremos 70.071 mortes decorrentes de acidentes de trânsito, 5.839 mortes por mês, 192 mortes por dia e 8 mortes por hora, totalizando mais de 1 milhão e 700 mil mortes. O motorista é o grande responsável por essas mortes (conforme o portal TransitoBR, 75% dos acidentes decorrem de falha humana); problemas nos veículos 12%, vias deficientes, 6% e, outras causas, 7%.

As mortes no trânsito possuem 6 eixos: o Estado falha nos 5 primeiros (Educação, Engenharia, Fiscalização, Primeiros socorros e Punição) e ao motorista brasileiro falta civilidade (ética, educação, consciência, responsabilidade). Os motoristas, os carros e as estradas são, no Brasil do capitalismo bárbaro, armas de destruição massiva.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


FIM DO DIPLOMA: 5 ANOS DEPOIS DA DECISÃO DO STF

A 5 anos em 17/06/2009 o STF tomava a decisão que acabou com a exigência de diploma de jornalista para o exercício da profissão. Os profissionais diplomados e suas entidades gritavam em couro que seria o caos, alegavam que os meios de comunicação iriam substituir os diplomados pelos sem diploma para reduzir seus custos

 

Após 5 anos da decisão que eliminou o diploma o que se viu foi muito diferente. Os meios de comunicação da era industrial em franca decadência e o sistema de contratar jornalistas com carteira assinada com ou sem diploma cada vez mais tendo seu espaço reduzido

 

A transformação de todo o cenário tem mostrado que ninguém acertou em suas previsões nem os pessimistas nem mesmo os mais otimistas. O que se viu foi uma mudança já em estagio avançado onde os meios de comunicação de massa cada vez mais se encolhem, enquanto as opções digitais se multiplicam em todas as suas formas e possibilidades que as novas tecnologias estão permitindo

 

Hoje o profissional que imaginar que vai sobreviver e mesmo ter sucesso sendo empregado na grande mídia pode começar a repensar sua estratégia. O que cada vez mais se vê são sites e blogs especializados em nichos os mais variados e começando a encontrar sustentação financeira por virarem referencia naquele tipo de assunto ou mercado

 

O diploma não somente não tem a menor importância como não faz a menor diferença no atual estagio das tecnologias da informação, porque atualmente todos os cidadãos são jornalistas, a própria profissão assim como os meios de comunicação tradicionais estão tendo que se reinventarem para sobreviver

 

A ABJ alem de ter trabalhado no Congresso Nacional com o objetivo de impedir que as PECs fossem aprovadas conseguiu que fosse expresso com clareza nos documentos oficiais que mesmo que venham a ser aprovadas não cancelam o direito adquirido dos jornalistas sem diploma que passaram a exercer a profissão, nem muito menos podem alterar uma decisão judicial transitada em julgado em ultima instancia no STF como determina a constituição federal

 

Assim como a constituição proíbe PECs que façam alterações em direitos adquiridos e ou expressos na constituição, o que apenas demonstra a ilegalidade de tentar a volta do diploma via alteração constitucional por emenda

 

Isso garante que se um dia uma PEC for aprovada poderemos contestá-la com tranqüilidade pois não vai atingir os profissionais sem diploma que estejam trabalhando e alem disto temos dois pareceres jurídicos que foram anexados nos tramites legislativos de dois ex-ministros do STF que deixam claro que as PECs são inconstitucionais

 

Trabalhamos agora apoiando as alterações no SUPERSIMPLES para possibilitar que os jornalistas possam operar através deste tipo de legislação e já solicitamos ao ministro Afif Domingos da Secretaria da Micro e Pequena Empresa que inclua também na próxima alteração legislativa os jornalistas na legislação da MEI - microempreendedor individual, o que em nosso entender vai contemplar a grande maioria dos profissionais com um mínimo de carga tributaria

 

Nossa visão para o futuro é dar aos jornalistas também uma opção que já está se espalhando pelo mundo e aqui no Brasil ainda está engatinhando, que é a criação de entidades sem fins lucrativos para atuar no jornalismo, deixando a atividade completamente isenta de impostos, estamos em fase final de estruturação do CENTRO BRASILEIRO DE JORNALISMO SEM FINS LUCRATIVOS - CEBRAJOR que vai ter como principal missão, orientar e ajudar a legalização das entidades para os profissionais poderem atuar sem  nenhuma carga tributaria e com grande facilidade, que somente a institucionalização dos profissionais como pessoa jurídica permite, ou seja, ter seu CNPJ próprio sem pagar impostos, os interessados já podem consultar e pedir informações pelo email da diretoria da ABJ: abj.diretoria@gmail.com transitoriamente até que o CEBRAJOR esteja funcionando normalmente

 

Falta muito pouco para este assunto da volta da exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista no Brasil seja enterrado em definitivo

 

Antonio Vieira é presidente da ABJ e jornalista por amor a arte de escrever e se comunicar

 


Após obter liminar no TSE, Chuvisco volta ao cargo de forma truculenta

Prefeito cassado foi acusado de invadir prefeitura de Itapecerica sem as formalidades legais

 Na quinta-feira (5/6) à noite, o ex-prefeito Amarildo Gonçalves (PMDB) e sua vice, Regina Corsini (PSDB) obtiveram uma liminar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em decisão monocrática da ministra Luciana Lóssio, com efeito suspensivo à sua cassação, até o julgamento do mérito do processo por crime eleitoral que retirou seu mandato no mês passado, deixando-os fora do poder por quase 40 dias.

O segundo colocado Erlon Chaves (PDT) e seu vice, Dr. Francisco Nagano, foram diplomados após recontagem dos votos e vinham administrando a cidade até esta segunda-feira (9), quando o grupo do prefeito cassado invadiu a prefeitura e de forma truculenta ocupou o prédio da administração, assustando cidadãos e funcionários que estavam no local. O prefeito Erlon e seus secretários, juntamente com alguns funcionários e populares tomaram a entrada da prefeitura e a rua em frente ao prédio, aguardando outra liminar solicitada para que Chuvisco e sua vice permaneçam como estão: cassados por crime eleitoral praticado na campanha de 2012.

O crime ocorreu durante a campanha eleitoral, quando o ex-prefeito Jorge Costa (também cassado e com direitos políticos suspensos) reuniu estagiários da prefeitura no Hotel Del Verde, prometendo que se votassem em seus candidatos – Chuvisco e Regina – continuariam com seus empregos, o que caracteriza compra de votos.

A volta de Chuvisco e sua vice teria sido irregular, segundo assessores do prefeito Erlon Chaves, porque a decisão do TSE deveria antes ser comunicada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e à Justiça Eleitoral de Itapecerica da Serra, que por sua vez, comunicaria a Câmara de vereadores, que então daria nova posse ao prefeito. O grupo do prefeito cassado não teria esperado a tramitação, e invadido a prefeitura nesta segunda-feira, sem as formalidades legais. Ademais, os advogados de Erlon Chaves estariam também entrando com recurso para invalidar essa decisão provisória do TSE. Segundo informações veiculadas na imprensa local, a Câmara já teria dado posse (reempossado, na verdade) ao prefeito Chuvisco e sua vice na sexta-feira (6), mas os termos legais deste ato são desconhecidos.

Há alguns dias a casa do prefeito Erlon Chaves foi atacada por mais de dez tiros disparados por desconhecidos, e o caso está sendo apurado pela polícia da cidade. Na ocasião ninguém se feriu e os agressores não foram identificados.

Fonte: www.fatoexpresso.com.br


VEREADOR DO PT DE SÃO PAULO ACUSADO POR EXPLORAR LINHAS DE VANS ILEGALMENTE…

PT mais perdido do que cego em tiroteio ?  Agora é um vereador……

A REPORTAGEM É DO JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO E IMPLICA O VEREADOR  SENIVAL MOURA DO PT DE SÃO PAULO.  Esta nota está no site do “estadão”…..Vejam na  base do “ipsis literis” (cópia  autêntica)…….Reclamações ?  Vão direto ao “Estadão”…….

Petista é acusado de fraude em ônibus em SP; irmão teria ido a reunião do PCC

Vereador Senival Moura – irmão do deputado estadual Luiz Moura (PT), flagrado em ação do Deic – é apontado pelo MPT por burlar o cadastro da SPTrans com o uso de ‘laranjas’ e por atuar como empresário paralelo

30 de maio de 2014 | 3h 00
ComparBruno Ribeiro e Luciano Bottini Filho – O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – O vereador Senival Moura (PT) é acusado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) de usar “laranjas” em uma cooperativa de ônibus em São Paulo para atuar como empresário paralelo do sistema. Os veículos eram registrados em outros nomes, mas seriam dele. O suposto esquema fraudava o sistema de cadastro da São Paulo Transporte (SPTrans), empresa da Prefeitura atualmente presidida por Jilmar Tatto, seu aliado político.

O vereador foi procurado pelo Estado por dois dias para comentar o caso. Na noite desta quinta-feira, 19, informou que falaria sobre o assunto nesta sexta, pois antes precisaria conversar com seu advogado.

Pelas regras municipais, cada integrante das cooperativas de ônibus tem direito à permissão para trabalhar com um veículo. “A fraude fica comprovada a partir do momento em que é utilizado um falso cooperado ‘laranja’ para adquirir um veículo em seu nome, mas ele não será o real proprietário, pois o dinheiro para a compra vem do cooperado contratante”, diz o relatório do MPT sobre o processo. Os indícios de crimes foram reportados aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

Cada perua recebe, em média, R$ 25 mil por mês da Prefeitura. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apura “laranjas testas de ferro” que receberiam até R$ 2 mil por mês para emprestar seus nomes.

As acusações constam em uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho apresentada em 2012, antes de o PT assumir a Prefeitura. No fim de 2013, a gestão Fernando Haddad (PT) firmou um acordo para alterar os editais de contratação das cooperativas de lotação da cidade...

Fonte: http://lintomass.wordpress.com

 

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