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Presos gravam agente corrupto e ‘esclarecem’ fuga

delegacia1Agente prisional foi gravado quando pedia suborno aos presos - ele é suspeito de facilitar a fuga de 8 presos da carceragem da cidade de Castro

A fuga de oito presos da carceragem de Castro, cidade na região dos Campos Gerais, foi esclarecida pela Polícia Civil com a ajuda dos próprios detentos. Os presos apontaram a participação de um agente penitenciário na facilitação da entrada de objetos e, consequentemente, na fuga dos detentos. O delegado Emmanoel David, responsável pela unidade prisional, deteve o agente na manhã de hoje (10).

O delegado descobriu o esquema de corrupção dentro da carceragem através dos próprios detentos. “Logo após a fuga passamos a conversar com os presos para saber qual era a situação e como a fuga tinha acontecido. Eles logo apontaram a participação do agente no esquema de corrupção e na facilitação na entrada de objetos”, explicou o delegado.

O agente não teve o nome divulgado pelas autoridades – a Polícia Civil teme que a família do suspeito seja ameaçada. O rapaz foi preso e deve ser transferido para Curitiba já que os próprios presos da Carceragem de Castro fizeram ameaças de morte contra ele.

O suspeito de corrupção responderá pelos crimes de falsificação de documento público, corrupção passiva, facilitação de fuga e ingresso de celular em estabelecimento prisional.Ele não era concursado e foi contratado através do Processo Seletivo Simplificado (PSS).

Fugitivos são responsáveis por onda de assaltos na região

Três dos oito fugitivos da cadeia de Castro são os responsáveis por uma onda de assaltos na região dos Campos Gerais – dois deles morreram em confronto com a PM em Ponta Grossa. Segundo informações da Polícia Militar,  Diego Rafael dos Santos, conhecido como Dentinho, Edilson da Rosa e Rodrigo Sato Guimarães  teriam roubado três carros em menos de 24 horas.

O primeiro veículo tomado de assalto pelo trio foi um carro roubado na região central de Reserva, cidade na região dos Campos Gerais, por volta das 10h dessa terça-feira (07). Na noite do mesmo dia, o grupo teria roubado outro carro em Telêmaco Borba – eles acabaram capotando o veículo na BR-376. O último carro roubado foi tomado de assalto em Ponta Grossa e deu início a perseguição que acabou com dois mortos e outra pessoa presa.

Celular de ‘luxo’ apontou esquema de corrupção

Diante da informação dos presos sobre a corrupção ativa, Emmanoel passou a procurar circunstâncias e provas da participação do agente no esquema. A primeira pista foi dada pela apreensão de um celular de ‘luxo’ em uma operação conhecida como “bate grade” realizada no interior da cadeia. “Nós apreendemos um celular modelo note, de grande porte e estimado em R$ 3 mil, dentro da cela. Estranhamos a maneira como o aparelho havia entrado na carceragem, tanto pelo tamanho como pelo valor e funcionalidades do aparelho”, disse o delegado.

Áudio comprova negociação de agente

Os presos argumentaram que haviam gravado uma conversa com o agente que comprovaria a participação do profissional na facilitação na entrada de objetos e na fuga. “No próprio celular de luxo que apreendemos, encontramos, escondidos entre os arquivos, um áudio que mostra uma conversa entre o agente e os preços. Assim conseguimos provar a participação dele”, contou Emmanoel.

Presos pediam pizza dentro da cadeia

A negociação entre os detentos e o agente mostra ‘intimidade’. Os presos chegam a negociar a entrada de uma pizza e de bebidas alcoólicas na carceragem. O portal aRede teve acesso ao áudio da conversa.

Presos: “Nós tínhamos pedido a bebida e a pizza. A pizza é meio difícil né? A gente tinha pensado em deixar num pote. Será que fica difícil?.”

Agente: “Mas como vai entrar? É meio difícil por causa do volume, né? A água [cerveja] eu posso disfarçar, mas a pizza é meio difícil”

Agente pede para que culpem outro profissional

A conversa entre os presos e o agente também mostra a preocupação do suspeito de ser pego no esquema. Durante o diálogo, por várias vezes o agente se mostra desconfiado e pede cautela dos presos, ao mesmo tempo que negocia o valor e a forma de pagamento pelos “serviços”.

Receoso de que o esquema seja descoberto, o agente já aponta para uma solução. “Mas aí se pegarem, digam que foi ‘pescado’ ou entrou de outro jeito. Qualquer coisa coloquem na conta de outro agente aí”, diz o agente aos presos. O próprio profissional fala para os presos fazerem um buraco na tela para ‘disfarçar’ a entrada de objetos.

Fonte: http://arede.info

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