Brasileiro pode ter mandado matar promotor que investigava o PCC

 O brasileiro de origem libanesa Kassem Mohamad Hijazi está entre os suspeitos investigados pelo Ministério Público | Foto: Divulgação/Senad

Kassem Mohamad Hijazi, brasileiro de origem libanesa, está entre os suspeitos que podem ter ligação com a morte do promotor que investigava o PCC, o paraguaio Marcelo Pecci. Ele foi assassinado na Colômbia, na terça-feira 10.

Preso no Paraguai desde agosto do ano passado, Hijazi faz parte de uma lista de três nomes investigados pela morte do promotor. Hijazi é suspeito de chefiar uma organização criminosa que fornecia dinheiro e infraestrutura para o tráfico internacional de drogas.

De acordo com o Ministério Público (MP), o promotor Pecci teve participação ativa na detenção de Hijazi. Atualmente, ele está em processo de extradição para os Estados Unidos, onde é procurado por crimes relacionados à lavagem de dinheiro para o financiamento do terrorismo.

As investigações

O MP do Paraguai trabalha com a hipótese do envolvimento de até cinco pessoas no assassinato do procurador. “Atrevo-me a dizer que são cinco pessoas, mas é uma suposição e prefiro esperar pelo trabalho dos colegas”, disse a promotora Alicia Sapriza, em entrevista concedida à Rádio Monumental do Paraguai, na sexta-feira 13.

A promotora faz parte da base de apoio instituída pelo governo do Paraguai para acompanhar as investigações, tanto no âmbito da Colômbia, quanto na contextualização dos dados relacionados aos casos em que o procurador Marcelo Pecci estava atuando.

Ainda de acordo com as declarações de Sapriza, a polícia colombiana praticamente já concluiu as oitivas com a mulher de Pecci — a jornalista Claudia Aguilera, que estava com ele quando foi atingido por um dos atiradores.

O assassinato do promotor que investigava o PCC

O promotor Marcelo Pecci, de 45 anos, foi morto a tiros na Península de Baru, um dos principais pontos turísticos de Cartagena, no litoral colombiano. Ele estava em lua de mel com a mulher. De acordo com a polícia, dois homens chegaram em um jet ski e dispararam contra o promotor. Logo depois, os assassinos fugiram usando a embarcação.

Marcelo Pecci também fazia parte da operação ‘Ultranza’, que investigava tráfico de drogas e lavagem de dinheiro | Foto: Divulgaçã

Fonte: https://revistaoeste.com