Policial penal suspeita de ligação com facção criminosa é alvo de operação após traficar drogas na Penitenciária de Guaíba

d0913 Uma operação realizada nesta quinta-feira (5) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) revelou o envolvimento de uma policial penal de 29 anos em um esquema de tráfico de drogas e entrada de materiais ilícitos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG), no Rio Grande do Sul.

Segundo o Ministério Público do Estado (MPRS), a agente facilitava o ingresso de celulares, carregadores, chips e drogas no presídio. A investigação, conduzida pela promotora de Justiça Maristela Schneider, monitorou as ações da policial, que se comunicava com detentas por meio de mensagens, bilhetes e até sinais corporais. Uma das detentas envolvidas, que lidera uma facção criminosa dentro da penitenciária, tem uma pena acumulada de 93 anos de prisão por diversos crimes.

Em troca dos serviços, a policial recebia pagamentos que eram realizados por terceiros em contas bancárias de outros indivíduos. Em uma negociação específica, a agente teria recebido R$ 10 mil. Além disso, os investigadores descobriram que boletos de uma franquia da qual a policial é sócia em Santa Catarina eram pagos como parte do esquema.

Durante uma revista realizada pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE) em agosto, foram apreendidos celulares, chips, relógios inteligentes e drogas na galeria onde se encontrava a cela de uma das presas envolvidas. Nesse dia, a policial se ausentou do trabalho sem justificativa, o que levantou suspeitas adicionais. A investigação revelou ainda que os gastos da agente estavam muito acima de sua renda habitual desde que o esquema começou.

A policial penal já havia sido condenada em primeira instância a cinco anos de prisão por tráfico de drogas, crime cometido antes de ingressar na SUSEPE. Além disso, uma arma registrada em seu nome foi encontrada com um integrante de facção criminosa de Santa Catarina, que foi baleado e morto em Chapecó. Curiosamente, a arma não havia sido declarada como roubada ou perdida, o que levantou mais questões sobre sua conduta.

Os crimes investigados incluem tráfico de drogas, corrupção ativa, prevaricação, favorecimento real e associação para o tráfico, segundo o MPRS.

 

Related Articles

Copyright © Impakto Penitenciário / Design by MPC info