Dono da maior frota de veículos do Brasil, com 30,78 milhões de unidades ou aproximadamente 30% do total registrado no País, o Estado de São Paulo teve 71.878 roubos ou furtos de automóveis, comerciais leves e utilitários pesados em 2021.
O número representa aumento de 9% em relação ao total de casos verificados em 2020, informa a empresa de rastreamento veicular Ituran, responsável pelo estudo - elaborado com base em dados da Secretaria da Segurança Pública do governo paulista e fornecido com exclusividade para UOL Carros.
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No ano passado, o automóvel mais visado pelos ladrões foi o Volkswagen Gol, que acumulou no período 6.044 casos de furto ou roubo, modalidade caracterizada quando o bem é subtraído mediante violência ou ameaça. Sozinho, o hatch da Volks foi responsável por 8,4% de todas as ocorrências (confira abaixo o ranking de carros).
Segundo Rodrigo Boutti, gerente de operações da Ituran, "2021 foi um ano de retomada para criminosos especializados em roubos e, principalmente, furtos de veículos".
"Com o aumento na circulação de veículos, em virtude do relaxamento parcial das restrições decorrentes da pandemia, a maior oferta de veículos disponíveis para o crime fez com que os números de roubos de furtos de veículos subissem em relação a 2020", analisa.
Segundo ele, outro fator que motivou a alta nos roubos e furtos de veículos foi a falta de carros novos no mercado, o que levou os consumidores a permanecer mais tempo com seus veículos usados - que necessitarão de peças de reposição, elevando a demanda por desmanches ilegais.
Criminosos preferem o furto
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Considerando as ocorrências registradas no Estado no ano passado envolvendo carros de passeio, comerciais leves e pesados, 79% delas corresponderam a furtos, contra 21% de roubos. Em 2020, os percentuais foram de 77% e 23%, respectivamente.
"Os furtos predominam porque são um crime muito mais ameno no Código Penal e difícil de provar. Os criminosos só roubam veículos que não conseguem furtar, devido a tecnologias embarcadas que previnem a prática", explica Boutti.
Ele acrescenta que a preferência pelo furto também indica que o alvo do crime é realmente o veículo, pois o roubo pode ser motivado para a prática de outros delitos, como fugas ou a subtração de bens que estejam com a vítima.
Fonte: https://www.uol.com.br