O g1 tenta contato com a defesa de Cirano Rodrigues.
De acordo com a decisão, embora tenha sido solto, Cirano deverá responder ao processo em liberdade, mas com restrições impostas pela Justiça.
Entre as medidas cautelares determinadas estão:
- obrigação de manter endereço e telefone atualizados perante o Judiciário;
- comparecimento a todos os atos do processo quando intimado;
- proibição de se aproximar das vítimas a menos de 300 metros;
- proibição de manter qualquer tipo de contato com as vítimas, seja pessoalmente, por telefone ou redes sociais.
O juiz responsável considerou a gravidade da conduta, mas entendeu que não havia, naquele momento, elementos suficientes para justificar a prisão preventiva. Segundo a decisão, as medidas cautelares são suficientes para garantir o andamento das investigações sem prejuízo à ordem pública.
Entenda o caso

Na última quarta-feira (18), Cirano foi preso após se envolver em uma briga com outros policiais e aplicar um ‘mata-leão’ — técnica de estrangulamento usada em artes marciais — em um soldado, durante a confusão em Brasnorte.
À polícia, a vítima relatou que o suspeito tentou ofendê-lo com declarações racistas, afirmando que ele era negro e que “não serviria nem para ser soldado”. Segundo o depoimento, Cirano também o chamou de “cachorro” e disse que “cachorro e preto senta no chão”.
Em nota, a Polícia Militar de Mato Grosso informou que exonerou o militar do cargo e que foi instaurado um procedimento administrativo para apurar a conduta do oficial. Cirano atuava como comandante do 1° Batalhão da Polícia Militar de Brasnorte.
Durante a discussão, a vítima tentou registrar as ofensas do capitão Cirano com o celular, com o objetivo de reunir provas. No entanto, ao perceber a tentativa de gravação, o comandante ataca o soldado.
O irmão da vítima, que é cabo da Polícia Militar, foi chamado até o local na tentativa de acalmar a situação e levar o soldado embora. Porém, assim que chegou, o cabo também acabou sendo alvo das ofensas e ameaças do capitão, que tentou intimidá-los e levar as vítimas para um local sem câmeras de segurança.
Cirano será investigado por “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião”.

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Cirano Ribas de Paula Rodrigues, de 40 anos, foi exonerado do cargo após a detenção. A Polícia Militar instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta do oficial.
Operação 'Pela Ordem' ocorreu em cidades da Zona da Mata mineira e Rio de Janeiro. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, oito de busca e apreensão e três de afastamento de policiais penais do cargo.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), demitiu do cargo de delegado da Polícia Civil o ex-agente Alexandre Avelar Franco da Rosa, condenado pela Justiça por improbidade administrativa. Assinado em 5 de junho, o ato oficializando a demissão de Rosa foi publicado no Diário Oficial nessa terça-feira (10).
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