Elefantinha, Viúva Negra, Chefona, Chefinha: conheça outras procuradas no RJ após a morte da traficante Hello Kitty

Quem são as outras procuradas pela polícia no RJ — Foto: Divulgação As condenações dessas 21 mulheres envolvem crimes como associação para o tráfico, tráfico de drogas, homicídio, assalto, assassinato com ocultação de cadáver, extorsão, falsidade ideológica, entre outros delitos mais ou menos graves.

Uma delas, Heloísa Borba Gonçalves, a Viúva Negra, que atualmente teria 71 anos, tem o nome incluído na difusão vermelha da Interpol (polícia internacional). Ela é procurada em 188 países por diversos crimes cometidos no Brasil, incluindo o assassinato de ex-maridos. A prática rendeu a ela o apelido de Viúva Negra, espécie de aranha canibal que come o macho depois que ocorre a cópula.

Outro nome que consta no Procurados é o de Edileuza Maria Santos da Silva, a Elefantinha. Segundo histórico no portal, a mulher tem mandados de prisão expedidos pela 41ª Vara Criminal da Capital por crimes como associação para o tráfico, posse ou porte ilegal de arma e tráfico de drogas.

Elefantinha é apontada como integrante da facção criminosa Amigo dos Amigos, ou A.D.A, e atuaria em bairros e favelas da Zona Oeste do Rio, como Vila Vintém, Realengo, Padre Miguel e outros.

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Herdeira da Rocinha

Mais uma na lista de procuradas é Eduarda dos Santos Lopes, a Duda da Rocinha. A mulher é apontada pela polícia como integrante da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) e, sendo filha de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, teria herdado do pai o comando da favela.

Em 2017, como mostrou o RJ2, Duda ficou à frente da tentativa de retomada da comunidade que carrega no apelido. Na época, após ser preso, Nem perdeu o comando da Rocinha para Rogério 157.

Segundo as investigações, a filha de Nem liderou o ataque para reaver o morro. A tentativa envolveu 80 criminosos e um arsenal de guerra.

Herdeira de Nem da Rocinha tem a prisão decretada pela Justiça

Chefona e Chefinha do Lixão

Richele da Silva Neres, a Chefona, e Amanda Oliveira de Almeida, a Chefinha, são respectivamente mãe e mulher do traficante Charles Jackson Neres Batista, o Charlinho do Lixão. O criminoso foi morto durante uma operação do 15º Batalhão da PM (Duque de Caxias) em março de 2019.

A mãe de Charlinho também faria parte da quadrilha até então chefiada pelo filho. Na época da morte do traficante, mesmo com um mandado de prisão em aberto contra ela, a mulher foi ao velório do filho, no Parque União, no Complexo da Maré.

Segundo informações do Portal dos Procurados, a mulher dele, Amanda Oliveira, a Chefinha, seria responsável por movimentar o dinheiro da organização criminosa e também andaria armada nos bailes funks na Favela do Lixão, em Caxias.

Veja abaixo a lista de outras procuradas no RJ:

  • Débora Ribeiro
  • Dayana Cristina de Melo
  • Damiana Cazuza da Silva
  • Cristiane Ferreira (Cristiane do Jardim Catarina)
  • Ana Mary Tavares Medeiros(Ana Mary)
  • Jaqueline Oliveira dos Santos (Jaqueline)
  • Janaína Mendes de Oliveira(Janaína)
  • Jessica de Souza Martin (Jessica do Caramujo)
  • Luana Rosa de Araujo (Madrinha da Cidade Alta e Parque Paulista)
  • Marilene de Souza Freitas (Marilene)
  • Lunara da Silva Farias (Naná do Caju)
  • Solange Reinaldo Viana (Solange)
  • Tatiana de Azevedo Maciel (Tati)
  • Ana Paula da Rosa Costa (Tia Paula)
  • Rosane Moreira da Silva da Conceição (Tia)
  • Jaqueline Tavares Medeiros(Jaqueline)

Quem era Hello Kitty

Rayane Nazareth, morta na sexta durante uma operação da polícia no Complexo de favelas do Salgueiro, embora jovem, com apenas 21 anos, era conhecida na hierarquia do tráfico na Região Metropolitana do Rio. Investigada por crimes que vão de roubos a homicídios, ela era gerente do tráfico na comunidade Nova Grécia, que fica em São Gonçalo.

VÍDEO: Hello Kitty, gerente do tráfico em São Gonçalo, é morta em operação da PM

Rayane, que depois ficaria conhecida como Hello Kitty, foi criada no Morro da Ilha da Conceição, em Niterói. Investigações da 78ª DP (Fonseca) apontam que ela começou no crime no Morro da Ilha da Conceição. Segundo a Polícia Civil, Rayane cometeu diversos roubos com um namorado, que morreu em Minas Gerais.

Nas redes sociais, a criminosa sempre tirava fotos com armas e deixava uma tatuagem de gueixa na perna à mostra. De família evangélica, antes de assumir a identidade de Hello Kitty, chegou a cantar na igreja da qual era fiel, mas depois virou uma criminosa procurada pela polícia.

Depois de ir para o Morro do Sabão, também em São Gonçalo, Rayane foi para a Nova Grécia, onde morava a família dela. Foi lá que ela conheceu o traficante Alessandro Luiz Viera Moura, o Vinte Anos, apontado como chefe do tráfico da região, e mudou de facção — da ADA para o Comando Vermelho.

Até esta sexta-feira, Hello Kitty era gerente geral do tráfico no Salgueiro, chefiado por Vinte Anos. Ambos morreram na operação policial. Vinte Anos era tratado com reverência por Rayane, que fez uma tatuagem em sua homenagem.

Fonte: https://g1.globo.com