Cultivo de flores tropicais vai beneficiar detentas em regime fechado em presídio feminino

Reeducandas serão "empregadas" na produção de plantas que, posteriormente, serão comercializadas.

Canteiros vão comportar espécies de plantas mais resistentes ao clima local. — Foto: Assessoria Um projeto, que recebeu o nome de RefloreSer e, que visa o cultivo e a comercialização de flores tropicais, vai beneficiar 59 detentas da penitenciária feminina Ana Maria do Couto May. Elas poderão trabalhar em estufas implantadas dentro da unidade. Os canteiros foram abertos na quarta-feira (29).

Para a execução do projeto foram investidos R$ 120 mil reais, sendo R$ 100 mil provenientes de multas pecuniárias destinadas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), e outros 20 mil da Ordem do Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT).

Os canteiros ocupam uma área de 800 metros na unidade prisional. Entretanto, algumas espécies de flores e mudas poderão ser cultivadas nos canteiros e em vasos.

O projeto técnico e a capacitação serão ofertados pelo Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

De acordo com o professor Rafael Campagnol, foram selecionadas as espécies que se adaptam e são resistentes ao clima de Cuiabá, como helicônia, bastão do imperador, antúrio, que levam de oito a nove meses para produzir. Já nos vasos, serão plantadas outras como mini girassol, amor perfeito, petúnia e margaridas.

O projeto é realizado pelo Governo do Estado, Poder Judiciário, OAB-MT, Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria Pública e UFMT, Fundação Nova Chance, Associação Cultural Cena Onze e Conselho de Comunidade da Vara de Execução Penal de Cuiabá. 

Fonte: G1