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Presos são transferidos após rebelião na PEL 1

A rebelião na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina), que começou por volta das 18 horas de sábado (25), terminou depois de seis horas de negociação entre os presos e as autoridades presentes.  A rebelião na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina), que começou por volta das 18 horas de sábado (25), terminou depois de seis horas de negociação entre os presos e as autoridades presentes.  O estabelecimento penal de segurança máxima, que é destinado a presos do sexo masculino que cumprem pena de regime fechado, teve todo o seu entorno isolado por policiais militares para garantir a segurança de quem passasse por ali.

A rebelião na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina), que começou por volta das 18 horas de sábado (25), terminou depois de seis horas de negociação entre os presos e as autoridades presentes. | Vítor Ogawa/Grupo Folha  

O coordenador regional do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná), Reginaldo Peixoto, relatou que tudo começou quando um preso simulou a necessidade de receber atendimento médico. “Este tipo de atendimento é prioridade para a gente. O agente foi fazer essa retirada e acabou sendo rendido e se tornou refém. Foi tudo premeditado pelos presos da cela X 808”, destaca. A cela é chamada de Seguro e é destinada a presos com problemas de relacionamento com os demais e que sofrem ameaças dos outros presos. 

Segundo Peixoto, a situação foi monitorada por câmeras o tempo todo. “Ele nunca saiu de nossa vista. Ele ficou no corredor e pelo que nós acompanhamos e pelo que ele falou, não sofreu nenhum tipo de agressão física. Embora não tenha sofrido agressões físicas, a gente sempre sabe que acontece o abalo psicológico do agente penitenciário”, destaca.

O coordenador ressaltou que não houve necessidade de disparo algum. “Foi uma atuação impecável também do Major Nelson Villa comandando o 5º Batalhão de Polícia Militar, por meio da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel), do Choque e da tropa regular. Ele esteve presente desde o começo. O SOE (Seção de Operações Especiais), do Depen, nos auxiliou e o GSI (Grupo de Segurança Institucional) também participou. A equipe de negociação de Curitiba também veio, mas quando eles chegaram a situação já estava controlada”, apontou. Peixoto assegurou que a ação foi isolada em apenas um cubículo e que os presos de outras celas optaram por não participar da rebelião. Ele descartou o envolvimento de facções criminosas nessa ocorrência. Ele ressalta que a última rebelião antes dessa na PEL 1 ocorreu em dezembro de 2006.

Segundo o Comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, Major Nelson Villa, os presos fizeram a exigência da transferência da PEL. “O pedido da transferência foi motivado por reclamação das condições da cadeia e opressão, mas eles fizeram argumentos bem genéricos. Não foi nada específico. Eu não fui exposto ao que se se passa no dia a dia deles. O doutor Katsujo (Nakadomari, juiz da Vara de Execuções Penais) estava presente e deferiu o pedido desse pessoal. Nós negociamos apenas a forma de rendição. O refém nos foi entregue para nós e em seguida entregamos metodologia de rendição por uma questão de segurança. Não houve confronto e não houve necessidade de intervenção com uso de força”, destaca.

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A cela possuía oito presos. Todos eles foram transferidos. Sete deles foram encaminhados para Curitiba e um deles foi transferido para a CCL (Casa de Custódia de Londrina). 

No início deste ano o presidente do Sindarspen (Sindicato dos Policiais Penais do Paraná),  Ricardo Miranda, visitou cinco unidades prisionais da região e constatou que entre as principais questões levantadas pelos servidores, está a falta de segurança nos locais de trabalho. A reclamação é resultado de vários problemas que vão desde a falta de efetivo, até a imposição de algumas chefias para que os policiais descumpram o Caderno de Segurança do Depen. “O que ocorreu na PEL 1 é o fracasso da política penal do Governo do Estado. Um agente sozinho não pode fazer a liberação de um cubículo com oito presos", critica Miranda. 

"Nós temos um problema no Estado inteiro de falta de efetivo. O efetivo está defasado em todas as unidades. O déficit está em torno de quatro mil agentes. O sindicato defende a contratação através de concurso público, mas o governo tem que dar uma resposta imediata para cobrir esse déficit por meio da contratação de temporários”, aponta o presidente do Sindarspen. Ele afirma que se isso não ocorrer, os presídios terão de suspender as movimentações de presos. "Nesse ritmo os presos ficarão sem pátio de visita, sem pátio de sol e sem segurança. O sistema vai entrar em colapso e vai parar nem pela vontade da gente, mas pela ineficiência do Governo. A PEL tem muitos agentes penitenciários que estão para se aposentar. A maioria deles assumiu na época em que a PEL foi inaugurada,  em 25 de janeiro de 1994. Com a PEC da Previdência, metade do efetivo irá se aposentar em breve”, destaca o dirigente sindical.

Segundo o Sindarspen, a PEL 1 possui capacidade para 630 presos e possui 720 detentos no momento, no entanto possui apenas  16 policiais penais por plantão. Possui 91 celas, nove galerias, quatro guaritas internas e cinco solários. O sistema de segurança possui portões automatizados, aparelhos de raio x, câmeras, rádios transceptores,   portas de segurança nas celas, além da segurança externa, que compete à Polícia Militar. Entre o muro e o presídio existem passarelas que são monitoradas por 11 guaritas. 

Fonte: FOLHALONDRINA

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