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Sistema carcerário: vem aí a cogestão dos presídios do DF

 Com um modelo já formatado e adiantado, o Palácio do Buriti planeja implantar o sistema de co-gestão nos presídios do Distrito Federal. O novo sistema dará parte da gestão à iniciativa privada que cuidará dos serviços de “hotelaria”. Também é estudado um forma de desoneração fiscal de empresas que atuem indiretamente no sistema.

Há o entendimento dentro do governo de que o sistema prisional de Brasília, por mais que seja bem posicionado no ranking nacional, ainda precisa melhorar muito para conseguir diminuir a porcentagem de reincidência de crimes cometidas por ex-detentos. O modelo escolhido foi o da cogestão, onde o empresariado entra com um atuação “colaborativa”.

Neste sistema, o governo continua com a chave da cadeia — com a obrigatoriedade de chamar os últimos concursados —, mas a parte da logística do presídio, deve ficar a cargo da iniciativa privada. Em resumo, toda a parte de “hotelaria” do cárcere (desde a lavagem das estruturas ao alimento) será entregue à empresa responsável.

Também deve ser criado um ambiente para os negócios privados “tangenciais”, ou seja, que atuem junto aos presídios de forma indireta. A ideia será criar uma pequena “zona franca” que desonere a iniciativa privada de tributos e encargos sociais quando desejarem utilizar da mão de obra do detento. Atualmente a legislação permite que ou o preso abata um dia da pena a cada dois dias trabalhados ou o que receba um pequeno salário.

O modelo que está sendo estudado deve enfrentar pressão dos agentes carcerários e de concursados, mas há o entendimento no Buriti de que, com a melhora das condições de trabalho, a mudança será bem aceita ao final da primeira experiência. O governo deve trabalhar primeiro com um presídio com capacidade de três mil detentos para depois tentar expandir o exemplo a outras unidades do DF.

As empresas que ganharem a licitação devem receber um valor com relação à população carcerária per capita. O cálculo, no entanto, ainda será feito, mas deve utilizar como base o atual custo do GDF com cada preso e a meta na queda da reincidência que será estabelecida pelo comando palaciano.

A primeira cadeia já deve ser entregue nos próximos meses, mas a licitação está prevista para agosto. Caso não haja imprevistos, a implantação do novo modelo deve ocorrer até o fim de 2020.

Para apresentar o projeto integrantes do palácio já estudam promover um debate em audiência pública no Legislativo local o mais cedo possível. O desgaste, entendem, será maior, mas evitaria problemas futuros. A mudança terá de ser aprovada na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Em uma reunião antes do carnaval as secretarias de Segurança Pública e de Projetos Especiais do governo local se encontraram com representantes do MPDFT, da OAB, da Defensoria Pública e do Judiciário para apresentarem o modelo pensado. A chamada dos diferentes atores se deu para evitar resistências futuras ao projeto.

Fonte: JORNAL DE BRASILIA

Presos são transferidos após rebelião na PEL 1

A rebelião na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina), que começou por volta das 18 horas de sábado (25), terminou depois de seis horas de negociação entre os presos e as autoridades presentes.  A rebelião na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina), que começou por volta das 18 horas de sábado (25), terminou depois de seis horas de negociação entre os presos e as autoridades presentes.  O estabelecimento penal de segurança máxima, que é destinado a presos do sexo masculino que cumprem pena de regime fechado, teve todo o seu entorno isolado por policiais militares para garantir a segurança de quem passasse por ali.

A rebelião na PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina), que começou por volta das 18 horas de sábado (25), terminou depois de seis horas de negociação entre os presos e as autoridades presentes. | Vítor Ogawa/Grupo Folha  

O coordenador regional do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná), Reginaldo Peixoto, relatou que tudo começou quando um preso simulou a necessidade de receber atendimento médico. “Este tipo de atendimento é prioridade para a gente. O agente foi fazer essa retirada e acabou sendo rendido e se tornou refém. Foi tudo premeditado pelos presos da cela X 808”, destaca. A cela é chamada de Seguro e é destinada a presos com problemas de relacionamento com os demais e que sofrem ameaças dos outros presos. 

Segundo Peixoto, a situação foi monitorada por câmeras o tempo todo. “Ele nunca saiu de nossa vista. Ele ficou no corredor e pelo que nós acompanhamos e pelo que ele falou, não sofreu nenhum tipo de agressão física. Embora não tenha sofrido agressões físicas, a gente sempre sabe que acontece o abalo psicológico do agente penitenciário”, destaca.

O coordenador ressaltou que não houve necessidade de disparo algum. “Foi uma atuação impecável também do Major Nelson Villa comandando o 5º Batalhão de Polícia Militar, por meio da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel), do Choque e da tropa regular. Ele esteve presente desde o começo. O SOE (Seção de Operações Especiais), do Depen, nos auxiliou e o GSI (Grupo de Segurança Institucional) também participou. A equipe de negociação de Curitiba também veio, mas quando eles chegaram a situação já estava controlada”, apontou. Peixoto assegurou que a ação foi isolada em apenas um cubículo e que os presos de outras celas optaram por não participar da rebelião. Ele descartou o envolvimento de facções criminosas nessa ocorrência. Ele ressalta que a última rebelião antes dessa na PEL 1 ocorreu em dezembro de 2006.

Segundo o Comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, Major Nelson Villa, os presos fizeram a exigência da transferência da PEL. “O pedido da transferência foi motivado por reclamação das condições da cadeia e opressão, mas eles fizeram argumentos bem genéricos. Não foi nada específico. Eu não fui exposto ao que se se passa no dia a dia deles. O doutor Katsujo (Nakadomari, juiz da Vara de Execuções Penais) estava presente e deferiu o pedido desse pessoal. Nós negociamos apenas a forma de rendição. O refém nos foi entregue para nós e em seguida entregamos metodologia de rendição por uma questão de segurança. Não houve confronto e não houve necessidade de intervenção com uso de força”, destaca.

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A cela possuía oito presos. Todos eles foram transferidos. Sete deles foram encaminhados para Curitiba e um deles foi transferido para a CCL (Casa de Custódia de Londrina). 

No início deste ano o presidente do Sindarspen (Sindicato dos Policiais Penais do Paraná),  Ricardo Miranda, visitou cinco unidades prisionais da região e constatou que entre as principais questões levantadas pelos servidores, está a falta de segurança nos locais de trabalho. A reclamação é resultado de vários problemas que vão desde a falta de efetivo, até a imposição de algumas chefias para que os policiais descumpram o Caderno de Segurança do Depen. “O que ocorreu na PEL 1 é o fracasso da política penal do Governo do Estado. Um agente sozinho não pode fazer a liberação de um cubículo com oito presos", critica Miranda. 

"Nós temos um problema no Estado inteiro de falta de efetivo. O efetivo está defasado em todas as unidades. O déficit está em torno de quatro mil agentes. O sindicato defende a contratação através de concurso público, mas o governo tem que dar uma resposta imediata para cobrir esse déficit por meio da contratação de temporários”, aponta o presidente do Sindarspen. Ele afirma que se isso não ocorrer, os presídios terão de suspender as movimentações de presos. "Nesse ritmo os presos ficarão sem pátio de visita, sem pátio de sol e sem segurança. O sistema vai entrar em colapso e vai parar nem pela vontade da gente, mas pela ineficiência do Governo. A PEL tem muitos agentes penitenciários que estão para se aposentar. A maioria deles assumiu na época em que a PEL foi inaugurada,  em 25 de janeiro de 1994. Com a PEC da Previdência, metade do efetivo irá se aposentar em breve”, destaca o dirigente sindical.

Segundo o Sindarspen, a PEL 1 possui capacidade para 630 presos e possui 720 detentos no momento, no entanto possui apenas  16 policiais penais por plantão. Possui 91 celas, nove galerias, quatro guaritas internas e cinco solários. O sistema de segurança possui portões automatizados, aparelhos de raio x, câmeras, rádios transceptores,   portas de segurança nas celas, além da segurança externa, que compete à Polícia Militar. Entre o muro e o presídio existem passarelas que são monitoradas por 11 guaritas. 

Fonte: FOLHALONDRINA

Mulher tenta entrar em cadeia com celulares, carregadores e até chicletes escondidos na roupa

Resultado de imagem para Mulher tenta entrar em cadeia com celulares, carregadores e até chicletes escondidos na roupa Uma mulher de 22 anos foi flagrada ontem tentando entrar com diversos produtos debaixo da roupa— entre eles 12 celulares e uma marreta—, no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O momento em que os agentes prisionais de plantão vistoriaram a suspeita foi filmado.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas, a mulher havia ido visitar o namorado e se contradisse sobre as informações de seu cadastro de visitante. Ao ser questionada sobre os dados e documentos, ela teria confessado estar mentindo, de acordo com o órgão.

Na vistoria, ainda segundo informações da Sejusp, foram encontrados 12 telefones celulares, nove chips, 14 fones de ouvidos, 15 carregadores, 19 baterias para telefone, remédios em comprimido, dinheiro, embalagens de goma de mascar e uma marreta.

Os materiais estavam amarrados com fita isolante e escondidos sob um macacão modelador ajustado ao corpo.

A mulher foi levada para a delegacia e, na manhã de hoje, presa no Presídio de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. O namorado dela, que está preso, sofrerá sanções administrativas, segundo a Sejusp, mas não foram detalhadas quais.

O UOL tenta contato com um advogado ou um parente da mulher.

O namorado de Tatiana sofrerá sanções administrativas, segundo a Sejusp, mas não foram detalhadas quais.

Fonte: UOL

PCC realiza fuga em massa em prisão no Paraguai, e 75 conseguem escapar

https://f.i.uol.com.br/fotografia/2020/01/19/15794423085e2460843719b_1579442308_3x2_md.jpg Setenta e cinco presos, a maioria membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), fugiram na madrugada deste domingo (19) de uma prisão em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. 

A facção brasileira tem forte atuação no país vizinho, devido ao tráfico de drogas. 

A polícia encontrou um túnel que ligava um dos pavilhões, voltados a presos do PCC, à área externa da prisão. O governo paraguaio, no entanto, considera que parte dos criminosos possa ter fugido durante a semana sem usar o túnel. 

A ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, ordenou a destituição do diretor da penitenciária e de outros funcionários. A suspeita é que a facção criminosa tenha comprado a sua fuga —circulam informações, segundo a ministra, de que o pagamento pode ter sido de US$ 80 mil. 

"Foi encontrado um túnel e acreditamos que esse túnel foi um recurso enganoso para legitimar ou maquiar a liberação dos presos. Há cumplicidade com as pessoas de dentro da prisão e esse é um fenômeno que acontece em todas as penitenciárias", afirmou o ministro do Interior do país, Euclides Acevedo, em nota.

De acordo com ele, o país está em alerta máximo, pois os presos são de grande periculosidade. Segundo o ministro, entre os 75 presos — e não 91, como divulgado inicialmente pela imprensa paraguaia —a maioria é de integrantes do PCC. 

O governo informou que 40 presos são brasileiros e os demais, paraguaios. O ministro afirmou que é possível que alguns dos detentos tenham fugido para o Brasil. 

A ministra da Justiça afirmou que colocará seu cargo à disposição. "A responsabilidade política do ministério é minha", disse, em coletiva de imprensa. "O presidente tomará a decisão".

No começo da tarde, o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sergio Moro, afirmou que trabalha com as forças de segurança para impedir a entrada dos criminosos no Brasil, e que, caso sejam capturados, serão levados a presídios federais.

"Estamos trabalhando junto com as forças estaduais para impedir a reentrada no Brasil dos criminosos que fugiram de prisão do Paraguai. Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal", escreveu Moro no Twitter.

O Ministério da Justiça afirmou que alertou a Polícia Federal, principalmente no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, relativa a operação Horus, que atua na fronteira. O setor de inteligência já difundiu alerta por seus canais. Além disso, foi pedida a relação de foragidos. 

Estamos à disposição também para ajudar o Paraguai na recaptura desses criminosos. O Paraguai tem sido um grande parceiro na luta contra o crime.

— Sergio Moro (@SF_Moro) January 19, 2020

O governo do Mato Grosso do Sul informou que enviou cerca de 200 policiais para reforçar a segurança da fronteira

Pelo menos seis dos 75 foragidos são ligados ao traficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como Minotauro, considerado pelas autoridades policiais como um dos chefes do tráfico na região de fronteira.

Segundo a Polícia Federal, Minotauro comandava o narcotráfico na região até ser preso em fevereiro de 2019 em um apartamento de luxo em Balneário Camboriú (SC). É suspeito ainda de matar um policial civil e uma advogada.

Da lista de foragidos, Wilian Benjamin Gonzales Salinas, Felipe Diogo Fernandes, Marcos Paulo Valdez, Júlio César Gomes, Ailton Botelho dos Santos e Lucianno de Souza Martinez foram presos em Pedro Juan Caballero dois dias depois da prisão de Minotauro no Brasil, em 7 de fevereiro do ano passado.

Além deles, outros foragidos já figuravam no noticiário local. Timoteo David Ferreira, Allan Gabrecht dos Santos, Luis Antonio Varela da Silva e Laurindo de Souza Neto foram presos em maio de 2017 com um arsenal com coletes a prova de balas e três fuzis (inclusive um AK47). Eles tinham uma mansão como escritório do crime.

RETORNO

Para o pesquisador Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, a fuga no Paraguai é uma espécie de retorno ao que a facção fazia nos anos 1990 em São Paulo.

"O lema do PCC é 'paz, justiça e liberdade'. A fuga sempre foi ponto de honra. Essas fugas aconteciam muito aqui em São Paulo no começo dos anos 1990, com tecnologia de túneis. Com os presídios de segurança máxima, isso ficou mais difícil. A inteligência mudou para assalto a banco", afirma ele.

Paes Manso é um dos autores do livro “A Guerra: a Ascensão do PCC e o Mundo do Crime no Brasil”. Ele diz que a chegada da facção no Paraguai, a partir de 2008, mudou a dinâmica do crime na região, que tinha até então uma relação mais orgânica. O pesquisador cita Jorge Rafaat Toumani, chefe do narcotráfico em Pedro Juan Caballero, morto pelo PCC em 2016 num ataque que envolveu até o uso de metralhadora antiaérea. “Era uma espécie de governador local”, diz.

“Quando o PCC chega e tem uma postura de confronto, como é no Brasil, isso tem um impacto grande, porque o Paraguai não estava preparado para lidar com isso. E aí o PCC acabou tendo essa brecha para voltar a trabalhar como fazia nos primórdios dos anos 1990, em São Paulo.”

“Chegam num país onde não há todo esse aparato de repressão e violência, tanto das quadrilhas quanto da polícia, e agitam a região. O próprio assassinato do Rafaat foi traumático para o país. E a presença do PCC nas prisões tem causado uma turbulência na política.”

PEDRO JUAN CABALLERO

No ano passado, sob o argumento de que há "níveis críticos de violência" e ações da facção criminosa PCC na região, o Ministério Público Federal decidiu fechar o seu prédio em Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, e transferir suas atividades para a cidade de Dourados (MS), a 120 km de distância. 

A decisão partiu do Conselho Superior do MPF e foi acompanhada pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Segundo o MPF, o prédio fica a 350 metros da fronteira seca com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, "palco de numerosas ações de diversos grupos criminosos organizados, em especial, do PCC [Primeiro Comando da Capital]". 

O órgão público funcionava desde 2003 e hoje conta com três procuradores da República, 15 servidores, seis estagiários e oito empregados terceirizados. Com 92,5 mil habitantes, Ponta Porã é o quinto maior município de Mato Grosso do Sul. 

PCC E O PARAGUAI

Agosto de 2016 - traficante Jorge Rafaat Toumani, 56, é morto a tiros,  no centro de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia onde morava, em execução planejada pelo PCC. Um traficante que abastecia o PCC e Comando Vermelho, Jarvis Chimenes Pavão,  tomou o controle da região

Abril de 2017 - Criminosos invadiram a sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, próxima à fronteira com o Brasil, e roubaram cerca de US$ 40 milhões. Crime foi atribuído ao PCC

Dezembro de 2017 - O narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, 49, foi extraditado do Paraguai para cumprir pena de 17 e nove meses no Brasil

Julho de 2018 - O brasileiro Eduardo Aparecido de Almeida, 39, considerado o chefe regional do PCC, no Paraguai e Bolívia, é preso em Assunção, capital paraguaia

Novembro de 2018 - O Paraguai expulsa do país o traficante Marcelo Piloto, apontado como um dos líderes do CV,  e o também traficante Rovilho Alekis Barboza, conhecido como Bilão, e integrante da facção criminosa PCC

Fevereiro de 2019 - Considerado pelas autoridades policiais como o chefe do PCC na fronteira do Brasil com o Paraguai, Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, conhecido como Minotauro é preso pela Polícia Federal em Balneário Camboriú (SC) 

Abril de 2019 - A Polícia Federal apreendeu cerca de meia tonelada de cocaína no momento em que um helicóptero, que transportava a droga, havia pousado para reabastecer na zona rural de Presidente Prudente (558 km de SP). A organização criminosa que usava o helicóptero buscava a droga no Paraguai

Dezembro de 2019 - Sob o argumento de que há "níveis críticos de violência" e ações da facção criminosa PCC na região, o Ministério Público Federal decidiu fechar o seu prédio em Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, e transferir suas atividades para a cidade de Dourados (MS), a 120 km de distância​

Fonte: UOL

Surto misterioso em prisão causa feridas e sensação de ser 'devorado vivo'

Detento de Roraima apresenta feridas causadas por doença desconhecida - OAB / RR Devido ao surto de uma doença de causa ignorada, 24 presos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, em Roraima, estão internados no HGR (Hospital Geral de Roraima), em Boa Vista, com feridas pelo corpo e relatos de uma sensação de estarem sendo "comidos vivos".

O Ministério Público estadual fala em "infecção por bactéria ainda desconhecida" e pediu interdição parcial da penitenciária. O presídio tem mais de 2.000 presos, segundo o MP, e celas com 15 presos em um espaço de 6 metros quadrados.

O caso mobilizou entidades locais, nacionais e internacionais. Ontem, a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) publicou nota dizendo que estava ciente do problema e cobrou soluções das autoridades brasileiras.

La @CIDH insta al Estado de #Brasil a asegurar con urgencia acceso a tratamiento de salud especializado a las personas afectadas por la bacteria y a adoptar medidas para solucionar los problemas estructurales de la PAMC que facilitan la propagación de enfermedades. [3/3]

-- CIDH - IACHR (@CIDH) January 19, 2020

Segundo o representante da comissão de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Roraima, Hélio Abozaglo, 14 dos 24 afetados estão internados no corredor do HGR, e 10 estão na enfermaria. Ele visitou o hospital na sexta-feira e ouviu relato dos detentos.

"Não tenho condições de afirmar se existem mais internos na penitenciária com os mesmos problemas. Temos agendada inspeção para próxima quinta-feira. Aí teremos maiores detalhes", afirmou.

Problemas de higiene

"Eles relatam que começou com uma coceira. A falta de higiene no presídio é grande. A situação se agrava a cada dia", afirma Maria da Conceição, da Comissão Pastoral Carcerária do estado.

Problemas de higiene em presídio seriam uma das causas para surto misterioso - Divulgação/OAB-RR

Problemas de higiene em presídio seriam uma das causas para surto misterioso

Imagem: Divulgação/OAB-RR

Em postagem em sua rede social, o defensor público responsável pelo caso, Stélio Dener informou que uma vistoria no presídio, na sexta-feira, constatou "um quadro ainda pior". "Vamos tomar providências. Temos fotografias impublicáveis", disse.

Pedido de interdição

No pedido feito à Justiça, o MP quer impedir que novos presos sejam levados ao local. Os promotores ainda querem a intimação dos titulares das secretarias de Justiça e Cidadania e de Saúde para que apresentem, no prazo de 24 horas, um plano de emergência para o isolamento e tratamento dos presos infectados.

Entre os problemas da penitenciária estão as fossas sépticas abertas, que espalham dejetos no pátio externo; a falta de kits higiene e a ausência de equipe médica durante período vespertino.

O CNDH afirmou que "em visitas anteriores, o órgão já havia apontado que a PAMC não tem a menor condição de funcionamento".

"Instalações precárias, superlotação, más condições de higiene, baixo acesso a saúde. Depois, do massacre ocorrido lá agora veio essa doença misteriosa", diz Leonardo Pinho, presidente do CNDH. Ele afirma que o conselho planeja uma visita ao presídio até o início da próxima semana. O governo do estado já foi intimado pelo órgão a se manifestar.

O UOL procurou as secretarias de Justiça e de Saúde de Roraima ontem e hoje, mas não conseguiu contato. Hoje é feriado em Boa Vista, e os órgãos públicos só voltam a funcionar amanhã.

Fonte: UOL

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                                  Saiba os benefícios de usar o LinkedIn para a sua vida profissional - IFS -  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe 

blogimpakto  acervo       jornalismoinvestigativo      Capa do livro: Prova e o Ônus da Prova - No Direito Processual Constitucional Civil, no Direito do Consumidor, na Responsabilidade Médica, no Direito Empresarial e Direitos Reflexos, com apoio da Análise Econômica do Direito (AED) - 3ª Edição - Revista, Atualizada e Ampliada, João Carlos Adalberto Zolandeck   observadh

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