Flávio Bolsonaro é hostilizado ao tomar segunda dose da vacina contra Covid-19 em Brasília

O senador Flávio Bolsonaro Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) é hostilizado após receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19. O filho do presidente Jair Bolsonaro foi xingado de “assassino”, “miliciano”, “genocida” e ouviu gritos de “cloroquina”, remédio sem eficácia comprovada para o novo coronavírus defendido pelo chefe do Executivo e aliados.

No Twitter, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) compartilhou as imagens com uma mensagem irônica: “Flávio Bolsonaro recebendo o carinho do povo nas ruas”.

Flávio Bolsonaro recebendo o carinho do povo nas ruas. pic.twitter.com/QJuDwAyR0K

— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) October 14, 2021

O senador se vacinou na Unidade Básica de Saúde 1 (UBS 1), da Asa Sul, e chegou em uma comitiva de três carros oficiais. Flávio foi vacinado com a primeira dose no Rio de Janeiro, em julho deste ano, em um período de repescagem para a idade dele. Assim como na primeira etapa da imunização, o parlamentar estava acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O chefe da Pasta também aplicou a dose de reforço no ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, na manhã desta quinta.

Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que decidiu não se vacinar contra a Covid-19. A afirmação foi dada em entrevista à rádio “Jovem Pan”, em que ele argumentou que tem anticorpos contra a doença porque já teve Covid-19, o que tornaria a vacinação desnecessária.

— No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais. Estou vendo novos estudos. A minha imunização está lá em cima. Para quê vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí — disse o presidente.

Apesar da fala de Bolsonaro, especialistas afirmam que mesmo quem já teve Covid deve tomar a vacina. A razão para isso é que a vacinação produz uma imunização mais prolongada e efetiva do que a resultante de infecção natural pela doença.

Bolsonaro é um dos poucos líderes mundiais que se recusou a se vacinar. Em julho deste ano, o GLOBO revelou que a ampla maioria dos chefes de estado ou de governo ao redor do mundo se vacinou para incentivar as campanhas de imunização em seus países. No G20, grupo que reúne os 20 países mais ricos do mundo, apenas Bolsonaro não se vacinou.

Fonte: https://extra.globo.com