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Mulher ‘esmaga’ testículos do marido para defender o filho

Criança de um ano tentou defender a mãe de agressão e foi ameaçado pelo pai; mulher conseguiu defender o filho atacando as partes íntimas do homem

Uma briga de casal na noite de quarta-feira (8) virou caso de polícia em Castro, região dos Campos Gerais. Para defender o filho de apenas um ano de idade, uma mulher decidiu atacar o próprio marido e ‘esmagou’ os testículos do homem. A vítima, que não teve a identidade revelada, sofreu uma lesão grave nos órgãos e precisou de atendimento médico. O caso foi registrado na Rua Tiradentes por volta das 22 horas.

Segundo informações do Blog de Castro, o homem chegou em casa e passou a discutir com a esposa. O marido começou a enforcar a mulher na frente dos filhos e o menino de um ano tento separar a briga. Revoltado, o homem agrediu a criança. A mulher não pensou duas vezes e, para defender o filho, cravou as unhas nos testículos do marido.

O Corpo de Bombeiros precisou ser acionado e encaminhou o homem até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele levou dez pontos no ferimento e passa bem. Depois de receber atendimento médico, ele foi encaminhado juntamente com a esposa até a delegacia da Polícia Civil de Castro para prestar depoimento.

Fonte: http://arede.info/campos_gerais/castro/mulher-esmaga-testiculos-marido-para-defender-o-filho/


Polícia prende pedófilo em rodoviária da região

Denis Glauco dos Santos, 25 anos de idade, foi surpreendido ao marcar um encontro com uma criança na rodoviária de Siqueira Campos - rapaz confessou os crimes de pedofilia

A Polícia Civil de Siqueira Campos, cidade a cerca de 200 quilômetros de Ponta Grossa, prendeu no começo da tarde de ontem (06). Denis Glauco dos Santos, 25 anos de idade. Conhecido como “Denão”, o rapaz teria confessado vários crimes de pedofilia cometidos na cidade – ele já era investigado há mais de quatro meses.

Segundo informações de Correio de Notícias, Denis foi preso no terminal rodoviário da cidade ao marcar um encontro com uma criança – Denão usava as redes sociais para aliciar crianças e adolescentes. No local, agentes da Polícia Civil já esperavam o rapaz que acabou preso em flagrante.

Denão ainda tentou fugir e resistir a prisão, mas acabou sendo preso e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil da cidade. De acordo com informações do Investigador Fernando Teixeira, “Denão” estava sendo investigado há aproximadamente quatro meses. “O meio que ele usava para atrair as vitimas era principalmente pela internet, inclusive Facebook e Whatsapp”, destacou Fernando

O suspeito foi ouvido ainda na tarde de ontem e confessou vários crimes de pedofilia. Denão foi recolhido para carceragem e isolado junto com outros suspeitos de crimes sexuais.

Fonte: http://arede.info/campos_gerais/policia-civil-prende-pedofilo-em-rodoviaria-da-regiao/


Ex-policial de PG é preso em assalto a lotérica em Jaguariaíva

Chastine José Furtado Nobre, 44 anos, foi preso após um assalto na terça-feira (24). O homem já fez parte da Polícia Militar e tem várias passagens por roubo

Três homens armados invadiram uma casa lotérica na cidade de Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais. O crime foi registrado na teça-feira (24/03) por volta das 17h15min e envolveu um ex-policial militar. Dois dos suspeitos estavam armados, um com uma pistola e outro com um revólver. As informações são do Plantão 190.

Depois de anunciarem um assalto, os suspeitos mandaram os clientes deitarem no chão e roubaram aproximadamente R$ 13 mil em dinheiro dos caixas. A Polícia Militar, que realizava rondas pela área central, foi avisada sobre o crime e rapidamente começou a perseguição.

Os policiais encontram os suspeitos entrando num veículo FIAT/Uno branco, de placas ATS-9632, que seria utilizado para a fuga. Um dos elementos fez gesto de sacar uma arma da cintura, mas os policiais foram mais rápidos e efetuaram disparos que frustraram a ação.

Os suspeitos do crime saíram em disparada, abandonando um dos integrantes da quadrilha, que fugiu. Um acompanhamento tático se iniciou. Depois de acompanhar a quadrilha por diversas ruas, a abordagem aconteceu nas proximidades do Capivari Clube de Campo onde dois dos assaltantes abandonaram o veículo e tentaram fugir a pé, porém foram presos.

Um deles é Chastine José Furtado Nobre, 44 anos, mora na cidade de Ponta Grossa, ex-policial militar com diversas passagens por roubo. Chastine portava uma pistola israelense Bull/Cherokee, calibre 9 mm com 31 munições intactas.

O outro é Marcelo da Luz Martins dos Santos, 25 anos, morador de Castro. Marcelo é detento do regime aberto, modalidade em que o preso sai da cadeia de manhã para trabalhar e repensa a noite para dormir.

O fugitivo é Robson de Freitas Ferreira, 25 anos, também mora em Ponta Grossa. Ele foi identificado depois de ter esquecido a carteira com documentos no interior do veículo.

Chastine e Marcelo foram presos em flagrante e levados para a Delegacia de Polícia Civil da cidade.

Fonte: arede.info


Vídeo mostra momento chocante que que idosa de 92 é abusada por enfermeira

Vídeo capturado por câmeras de segurança mostrou momento chocante em que idosa foi abusada por enfermeira que deveria cuidar dela.

Uma mulher instalou uma câmera secreta para capturar imagens chocantes de uma enfermeira abusando de sua mãe de 92 anos de idade. 

O vídeo revela o tratamento que Bridie Rees sofreu nas mãos de sua enfermeira.

A mulher está analisando e investigando o abuso de Faderera Bello. 

Ela foi posteriormente presa por quatro meses depois de admitir negligência durante o julgamento no meio do ano passado.

Leia mais em:
http://www.techmestre.com

Vídeo capturado por câmeras de segurança mostrou momento chocante em que idosa foi abusada por enfermeira que deveria cuidar dela.


Uma mulher instalou uma câmera secreta para capturar imagens chocantes de uma enfermeira abusando de sua mãe de 92 anos de idade. 

 
O vídeo revela o tratamento que Bridie Rees sofreu nas mãos de sua enfermeira.


Leia mais em: http://www.techmestre.com/video-mostra-momento-chocante-que-que-idosa-de-92-e-abusada-por-enfermeira.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+techmestre+%28TechMestre%29#ixzz3ShksqF23
 

 


Filha é principal suspeita de matar mulher no Dallabona

Corpo foi encontrado dentro de uma fossa nos fundos de uma residência; Vítima estava desaparecida desde o dia 29 de janeiro

Uma mulher é a principal suspeita de matar a mãe a golpes de tesoura em Ponta Grossa. O corpo da vítima foi encontrado na manhã desta sexta-feira (13), em uma fossa nos fundos de uma residência localizada no bairro Dallabona.

A suspeita e o namorado foram detidos e encaminhados para a 13ª Subdivisão Policial logo após a ação de retirada do corpo pela equipe dos bombeiros. A vítima, Rosemary Neves Fagundes, de 46 anos, estava desaparecida desde o dia 29 de janeiro – familiares e amigos faziam campanhas nas redes sociais para encontrar informações a respeito da mulher.

O Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa foi acionado e encaminhou o corpo até a sede do órgão para exames de necropsia. Durante o recolhimento do corpo, a Polícia Militar precisou conter alguns familiares para que não agredissem a principal suspeita. A Polícia Civil está investigando o caso. Os dois suspeitos devem ser ouvidos nos próximos dias.

Fonte: http://arede.info


Filho de político alega ter roubado banco por causa de delírio

Rapaz disse que toma remédio antidepressivo e teve um delírio que o levou a cometer o roubo; ele usou um disfarce para o crime

O filho de um político canadense é acusado de participar de um assalto a banco ocorrido em abril de 2012. Em sua defesa, ele disse que teve um delírio provocado por um remédio antidepressivo que o levou a cometer o crime. Gordon Mackintosh, de 24 anos, é filho do ministro da província de Manitoba, Gord Mackintosh, e alega ser inocente no caso.

No dia do crime, o rapaz entrou no banco usando um boné, bigode falso e óculos de sol. Ele alegou esconder uma bomba em sua maleta e fugiu com aproximadamente 100 dólares. A mãe do rapaz, Barbara, disse que o jovem apareceu no trabalho horas mais tarde no mesmo dia e estava visivelmente transtornado. A decisão sobre o caso será anunciada no dia 24 deste mês.

Fonte: http://arede.info/blogs/arede-insana/filho-de-politico-alega-ter-roubado-banco-por-causa-de-delirio/


Agentes evitam fuga de 40 presos no Hildebrando

Nos últimos cinco dias os agentes evitaram duas fugas na mesma galeria da cadeia - presos planejavam manter vigia como refém.

Agentes penitenciários da Cadeia Pública Hildebrando de Souza evitaram, por duas vezes, a fuga de presos na unidade durante essa semana. Na segunda-feira (26), os presos tentaram estourar uma parede para fugir durante a madrugada e, possivelmente, fazer um vigia de refém. O mesmo plano de fuga foi retomado pelos detentos na madrugada de ontem (28) e novamente acabou evitado em tempo pelos agentes.

Segundo Bruno Propst, diretor do Hildebrando, a situação foi registrada na 6º galeria da cadeia. “No local existem 40 presos. Imaginamos que eles queriam derrubar a parede, fazer o vigia refém para fugir logo em seguida”, explicou Propst.

Atualmente a cadeia abriga 607 presos em um local em que a capacidade máxima é para apenas 208 pessoas.

Suspeito da morte de Cíntia está no Hildebrando

Paulo Leandro Spinardi, principal suspeito do desaparecimento e morte da personal trainer Cíntia Quadros de Souza, prestou depoimento à Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (28) e foi levado diretamente para o Hildebrando. De acordo com Renato Tauille, advogado do rapaz, ele teria dito para as autoridades policiais que a morte de Cíntia foi acidental.

Segundo Bruno, Paulo segue preso junto com outros detentos que tiveram a prisão preventiva decretada (mesma situação que Spinardi).

Fonte: http://arede.info/ponta_grossa/agentes-evitam-fuga-de-40-presos-hildebrando/


PM tem a casa e o carro pichados com inscrições do PCC

Suspeito do crime foi preso minutos depois ainda com as mãos sujas da tinta que teria sido utilizada no crime - ele reagiu a prisão e tentou agredir os policiais

“PCC, “Porcos fardados” e “cagueta” foram algumas da ofensas que um policial militar de Ponta Grossa, morador do bairro Boa Vista, encontrou na residência em que mora. O crime foi registrado na madrugada de ontem (19), mas só foi divulgada hoje (20) pela Polícia Militar – informações oficiais do órgão dão conta de que o suspeito foi preso, minutos depois, ainda com as mãos sujas de tinta.

Segundo o relatório da Polícia Militar, o suspeito invadiu a casa do PM pulando o muro, pichou ofensas como “cagueta” e “porcos fardados” nas paredes da residência do policial. Além disso, o suspeito do crime também teria riscado e pichado todo o veículo do policial com dizeres do mesmo tipo e inscrições que faziam alusão ao PCC, organização criminosa intitulada Primeiro Comando da Capital.

O crime foi registrado por volta das 3h de ontem (19). No local, uma equipe da PM conversou com a vítima que relatou que um fato parecido já havia acontecido em dezembro de 2013 e que o suspeito já havia sido identificado. Desse modo os policiais militares se deslocaram até a casa do suspeito e encontraram o rapaz ainda com as mãos sujas de tinta.

Dada a ordem de prisão, o rapaz resistiu e teve que ser algemado – com eles os policiais encontraram o spray pink utilizado nas pichações – ele teria admitido a autoria dos crimes. O suspeito acabou sendo detido e encaminhado para a 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa.

Fonte: http://arede.info/ponta_grossa/pm-tem-casa-e-o-carro-pichados-com-inscricoes-pcc/


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ATAQUE AO JORNAL CHARLIE HEBDO, EM PARIS


A maioria da população muçulmana adotou para si os valores democráticos, e isso precisa ser reforçado. O Problema são os fundamentalistas, os radicais...

Alguns políticos, (pseudo) intelectuais e outros comentaristas, sempre equivocados, tentam passar um distanciamento do episódio sangrento, fugindo pelos becos escuros do relativismo. Essas pessoas viram no massacre:

Ora, uma falha da França na assimilação dos imigrantes de suas antigas colônias;

Ora, a reação do envolvimento militar dos franceses no Oriente Médio;

Ora, o resultado do desencanto violento de jovens da periferia pela falta de oportunidades econômicas;

Ora, a mais enganadora de todas as evasivas, a consequência óbvia da decadência moral das sociedades materialistas do Ocidente e seu desrespeito pelas religiões.

Não, não são essas as causas do massacre. Os jornalistas franceses foram mortos por agentes de uma ideologia que, há décadas, vem tentando chegar ao poder pelo terrorismo. O terrorismo tem que ser combatido com o uso radical da liberdade de expressão, com a sátira, com o riso, o deboche destemido dos poderosos.

Além desse massacre ser uma afronta à liberdade de expressão, o que está em jogo é a continuação de uma guerra declarada pelos defensores de uma ideologia radical, que pretende instalar uma sociedade regida POR LEIS RELIGIOSAS MEDIEVAIS contra qualquer um que não aceita aderir à vertente fundamentalista do Islã.

Se nesse atentando contra os jornalistas a desculpa para matar inocentes eram desenhos de humor, no passado já foram evocadas leis contra o uso de véu em repartições públicas ou motivações geopolíticas. Não importa. O jornal Charlie Hebdo foi um bode expiatório para alago muito mais amplo.

Assim, esse massacre não foi, portanto, uma reação genuína a uma ofensa mortal, e ainda que fosse, não seria justificado. SEU OBJETIVO foi o mesmo compartilhado por outros grupos terroristas: ESPALHAR O MEDO ENTRE A POPULAÇÃO E ABRIR CAMINHO PARA INSTALAR UMA VISÃO TOTALITÁRIA E UTÓPICA DA SOCIEDADE, EM QUE NÃO HÁ ESPAÇO PARA DIVERGÊNCIA.

O pior que não faltaram no mundo Ocidental cidadãos a darem um tiro no próprio pé, tentando legitimar o atentado de alguma forma ou negando que tivesse ligação com religião. Paralisados por noções como o ANTIAMERICANISMO (que identifica o combate ao terror como uma agenda exclusiva do Estados Unidos, o que não é verdade), pelo discurso da VITIMIZAÇÃO comum nos países árabes pelo ESQUERDISMO ACÉFALO.

A primeira falácia espalhada por esses cidadãos é que os atentados são uma reação às intervenções militares dos Estados Unidos no Oriente Médio. Ora, a guerra ao terror foi uma reação AOS ATENTADOS DA AL QAEDA que mataram mais de 3.000 (três mil) inocentes em solo americano, em 2001, e não o contrário.

A segunda falácia é que os árabes não são culpados pelos próprios problemas. “O limite é ultrapassado quando alguém ou um grupo insiste que as regras de convivência ditadas pela sua religião devem reger todas as situações da vida. Não há espaço para DEMOCRACIA quando se faz uma interpretação literal do Corão. O Islã diz que as leis são as leis de Deus e isso não é negociável. Em uma democracia quem faz as leis são os seres humanos. Só um ingênuo pode achar que um grupo como o Estado Islâmico pode ser derrotado com diálogo. Não há conversa possível, porque eles não aceitam que a outra parte tenha o direto de existir”. Diz o egípcio Hamed Abdel-Samad, autor do livro O Fascismo Islâmico).

A terceira falácia, é que o “problema” do ataque ao jornal Charlie Hebdo vai implicar o fortalecimento da EXTREMA DIREITA EUROPEIA, um raciocínio que anda com mãos dadas com a ideia de que o radicalismo islâmico é uma reação à xenofobia (aversão a estrangeiros).

Um combate frontal ao problema, começando por reconhecer que se trata, sim, de uma questão religiosa, seria a melhor forma de proteger não só a população não islâmica, como os próprios muçulmanos do terror. Diz o cientista político Erik Bleich, da Universidade de Middlebury, nos Estados Unidos: “O papel da sociedade é isolar os radicais. A maioria da população muçulmana adotou para si os valores democráticos, e isso precisa ser reforçado”.

A retórica e os atentados contra o Ocidente servem para propagar a ideologia dos terroristas islâmicos, mas suas principais vítimas são outros muçulmanos. Segundo levantamento do Centro Internacional para o Estudo da Radicalização, de Londres, e rede inglesa BBC, SÓ EM NOVEMBRO PASSADO 5.042 pessoas foram mortas pelo TERRORISMO ISLÂMICO em catorze países, dos quais nove são de maioria muçulmana. 

Basta ter interesse conflitantes com os do líderes desses grupos para que um MUÇULMANO, por mais obediente que seja à sua religião, seja “considerado infiel”, podendo, então, ser morto ou escravizado. A exemplo do que ocorria na Alemanha nazista, onde judeu era quem o regime quisesse que fosse judeu, nas regiões dominadas pelo terror islâmico infiel é quem desafia o poder dos extremistas: Irmandade Muçulmana (grupo radical egípcio), Estado Islâmico (conhecida por ISIS), os palestinos do HAMAS, Boko Haram (grupo nigeriano), Hezbollah (libanês), entre outros.


OS HOMICÍDIOS NO BRASIL E A HOMOFOBIA CONTRA OS HOMOSEXUAIS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANSEXUAIS
 

Em 2012, 154 pessoas morreram, em média, por dia no Brasil. No total, foram 56.337 pessoas que perderam a vida assassinadas no ano — 7% a mais que em 2011. Os dados são do Mapa da Violência 2014, que mostra um crescimento de 13,4% nos registros de homicídios em comparação aos números de 2002. O percentual também é maior que o crescimento da população total no país: 11,1%.

Os dados de 2012 — último ano da série projetada pelo mapa — mostram ainda que, a partir dos 13 anos de idade, o percentual começa a crescer. Passa de quatro homicídios a cada 100 mil habitantes para 75, quando se chega aos 21 anos de idade.

Os homicídios também vitimam majoritariamente negros: foram 41.127 mortos, em 2012, e 14.928 brancos. Considerando toda a década (2002 – 2012), houve "crescente seletividade social", nos termos do relatório. Enquanto o número de assassinatos de brancos diminuiu, passando de quase 20 mil, em 2002, para 15 mil, em 2012, as vítimas negras aumentaram de quase 30 mil para mais de 41 mil, no mesmo período. Enquanto há um homicídio por dia supostamente pelo fato de a vítima pertencer ao grupo GLBT, nesse mesmo período 154 pessoas também perdem a vida assassinadas.

Não resta a menor dúvida de que o Brasil é um país violento e as políticas públicas no sentido de combater essa criminalidade devem ser adotadas urgentemente. Mas, aí dizer que a intolerância a homossexuais mata, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), acredito que seja exagero ao extremo. Segundo o relatório desse Grupo demonstra que essa intolerância de fato mata, ou seja, mais especificamente, um gay é morto a cada 26 horas no país. Foram documentados 312 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil em 2013, ou seja, um a cada 26 horas.

Essas mortes acontecem em que circunstâncias? Grande parte é oriunda de brigas entre eles, muitos vivem em ambiente hostil, drogas, prostituição, etc. Morrer alguém pertencente ao grupo GLBT não significa homofobia. Um homofóbico que mata um gay merece a mesma punição do que o filho do dono do restaurante que matou o cliente por causa de R$7,00, por exemplo. Leis existem, basta que se cumpram, mas sem criar exceções.

Assim como em qualquer outro grupo, sempre existirá subgrupos, ou seja, obviamente que entre os gays, há aqueles que são sérios/corretos, e não levam tudo na promiscuidade/escândalos. Inclusive devem envergonhar-se da imagem que os gays escandalosos e promíscuos apresentam na mídia.

Em resposta ao artigo do colunista Rodrigo Constantino denominado de: Nem todo gay que morre é vítima de homofobia, um leitor que se identificou como Augusto apenas, faz uma acusação grave e assim se expressa: o ativismo gay, mais conhecido como movimento Gayzista (segundo o genial filósofo, escritor, cientista político e jornalista, Olavo de Carvalho), vive às custas de MILIONÁRIAS VERBAS ESTATAIS. Em troca de receber tais VERBAS MILIONÁRIAS ORIUNDAS DO ESTADO, os líderes gayzistas devem buscar votos dentro da comunidade LGBT para os políticos esquerdistas que as liberaram. Assim, a meu ver, chega-se à conclusão que a homofobia só tende a aumentar! Mas por quê? Aqueles que deveriam combatê-la, são OS MAIORES INTERESSADOS em que ela aumente.

O Para Francisco ao ser questionado sobre o que achava sobre se os homossexuais iriam para o inferno, ele respondeu que: “não tinha nada contra os homossexuais, pois eles são tão humanos quanto os heterossexuais, e que poderiam ir para o céu, por que não? E quem nos julga (hetero ou homossexual) é somente Deus, mais ninguém. Todavia, ele não concordava com esse lobby gay”. Foi perfeito o Papa.

Lembram-se quando o Papa esteve aqui no Rio de Janeiro e um grupo (meia dúzia) de gays e lésbicas completamente nus fizeram passeatas nas proximidades e, pasmem, introduziram uma imagem em suas genitálias?

Esses dias, assistindo ao Jornal Hoje da Rede Globo apareceu um casal em que afirmava que não tinha nenhum preconceito contra o filho que resolveu virar filha e que jamais deixariam de amá-lo por causa disso. Parece brincadeira. Obviamente que os pais têm que amar seus filhos, independentemente se ele for hetero ou homossexual. Não vejo nada de anormal nisso, como se dissessem: oh! Vejam, eles são uns heróis, pois apesar de saberem que seu filho é gay, eles o amam assim mesmo, e não têm nenhum preconceito...

Daniela Mercury, grande cantora, foi ovacionada pela mídia pelo simples fato de que resolveu, depois de madura, assumir sua homossexualidade e se casar com outra mulher. E se apresentou em vários programas como se fosse uma heroína, uma pessoa que, por causa disso, faria a diferença para que o mundo fosse melhor.

O artigo 5.º da Constituição Federal assegura isonomia a todos, indistintamente se é homem, mulher, hetero ou homossexual, todos sem exceção. Pronto. Igualdade de direitos há, sem nenhuma dúvida. Se porventura alguém sofrer algum preconceito a lei assegura que poderá processar criminal e civilmente o seu ofensor. O que ocorre por aí, então, são coisas pontuais. Qualquer tipo de discriminação deve ser combatido, seja contra a mulher, o homem, o negro, o branco, o heterossexual e o homossexual. Todos pertencemos a somente uma raça. A raça humana.

O que eu não posso concordar com esses grupos é o fato de eles se acharem especiais por que assumiram sua orientação sexual e vem a público para serem festejados. Ora, cada um faz o que quiser com sua vida e ninguém tem nada a ver com isso. Desde que seus atos não configurem nenhuma ilegalidade e nenhum desrespeito à ordem pública.

Também não concordo com eles quando:

1) desejam direitos exclusivos;
2) querem mudar a sociedade;
3) não reconhecem o papel central da heterossexualidade na cultura humana e desejam destruir a heteronormatividade;
4) Não toleram ser questionados senão acham que estão sendo vítimas de homofobia.
5) Tem obsessão em assumir sua sexualidade (sejam discretos);
6) Só se fazem de vítimas;
7) Querem destruir a qualquer custo a família tradicional.

 

Valdomiro Nenevê


Ministro do STF homologa delação premiada de Youssef

Com homologação do ministro Teori Zavascki, políticos citados por Alberto Youssef podem ser denunciados ao Supremo

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou hoje (19) os termos do acordo de delação premiada entre o doleiro Alberto Yousseff, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato. Em troca da redução da pena, o doleiro confessou como funcionava o esquema de corrupção na Petrobras e revelou nomes de políticos que receberam propina.

Com a homologação, os políticos já podem ser denunciados ao Supremo. No entanto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciá-los somente em fevereiro do ano que vem, após o recesso do Judiciário, que começa hoje.

Para ter validade, a delação premiada aguardava homologação do ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos da operação no Supremo. Os nomes citados estão em segredo de Justiça e ainda não foram revelados oficialmente.

As informações prestadas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, por meio de delação premiada, também serão analisadas na formulação de denúncia contra os parlamentares.

A parte da investigação da Operação Lava Jato que não envolve pessoas com foro privilegiado tramita na Justiça Federal em Curitiba, onde correm 18 ações penais.

Informações da Agência Brasil.


Vítima de assalto é presa após matar ladrão atropelado

Homem de 60 anos foi assaltado, pegou carro para ir à delegacia e no meio do caminho encontrou os dois ladrões

Em questão de poucos minutos, a situação de Sidnei André Alves, de 60 anos, passou de vítima a acusado de assassinato. No final da tarde de sexta-feira (5), ele seguia até a delegacia para registrar boletim de ocorrência de mais um assalto ocorrido em seu estabelecimento comercial. No caminho, ele encontrou os ladrões, jogou o carro para cima da dupla e matou um dos bandidos atropelado, segundo informações do portal Banda B.

O roubo aconteceu por volta das 17 horas. Dois homens armados invadiram a loja de materiais elétricos, enquanto um comparsa ficou do lado de fora. O comerciante e uma funcionária foram trancados no banheiro depois de serem agredidos. Os bandidos fugiram com o dinheiro do caixa e o celular da vítima.

Alves conseguiu escapar do banheiro e pegou seu carro para ir até a delegacia. No meio do caminho, encontrou os dois ladrões que haviam cometido o roubo. Sem pensar, ele jogou o veículo sobre a dupla e um deles, de aproximadamente 30 anos, morreu atropelado. O motorista ainda derrubou uma placa de sinalização e parte do muro de uma empresa.

De acordo com o delegado Adriano Ribeiro, o homem deve responder pelo crime de homicídio doloso simples e pode pegar uma pena de seis a vinte anos de prisão. Segundo Ribeiro, o homem passou de vítima a acusado de homicídio. “Por ele ter utilizado o carro para atropelar e matar um dos autores, mesmo de forma emocional, ele foi preso em flagrante por homicídio doloso. Infelizmente, as consequências são graves. Ele já estava livre das agressões do assalto quando cometeu este ato impensado e terá que responder por isso”, explicou o delegado.

Fonte: http://arede.info


PETROBRÁS: DELAÇÃO OU EXTORSÃO PREMIADA?

Nunca antes neste país se tornou tão evidente o ominoso e deplorável crime organizado estabelecido por uma troyka maligna composta (1) de governantes, partidos, políticos e outros agentes públicos + (2) agentes econômicos + (3) agentes financeiros. Os envolvidos numa organização criminosa deste tipo se unem em parceria público/privada para a pilhagem do patrimônio público (PPP-PPP): são, antes de tudo, antirrepublicanos (porque atentam contra o bem comum) e inescrupulosos, além de portadores de caráteres reprováveis. A repressão desses degenerados e acelerados bem como o estabelecimento de medidas efetivas preventivas contra a nefasta governança e contra a corrupção se tornou inapelavelmente imperiosa, para que o País se livre de se curvar (in extremis) ao up-grade do crime mafioso (que ocorre quando o crime organizado se apodera do poder político, policial e judicial, para promover seus “negócios” de maneira impune, por meio da fraude, da corrupção, da violência, da ameaça, do medo e da omertà = silêncio, ou seja, pela lei da selva).

Ao mesmo tempo, se não queremos jogar o Brasil na vala comum da barbárie primitiva, não há como imaginar a investigação e a responsabilização (penal, civil e administrativa) de todos os envolvidos de acordo com as regras do Estado de Direito vigente. Uma vez mais, estamos diante de um dilema (civilização ou barbárie?) e não nos cabe outro caminho que tomarmos uma decisão (individual e coletiva) de grande responsabilidade. Se não aproveitarmos esse momento histórico para corrigir os rumos da nossa nave (mirando a civilização), podemos ter retrocessos inimagináveis que nos equiparem a países igualmente ou muito mais corruptos: de acordo com o ranking da Transparência Internacional, depois do Brasil (72º) estão África do Sul (na mesma posição), Grécia e China (80º), Índia e Colômbia (94º), México, Argentina e Bolívia (106º), Rússia (127º), Paraguai (150º) e Coréia do Norte (175º – penúltimo lugar). Qualquer descrédito mais do Brasil (diante da repercussão internacional do escândalo da Petrobras) já pode significar a antessala do nosso ingresso no rol dos países ou regiões reconhecidamente tomados pelas máfias (como o México e a Sicília, por exemplo).

A delação premiada, em si, tal qual regulada pela Lei 12.850/13, com ressalva de um ou outro ponto de duvidosa constitucionalidade, se de um lado pode revolucionar (como já está revolucionando) os métodos investigativos e probatórios do nosso País (embora ainda conte com pouquíssima tradição na área da Justiça negociada ou pactuada ou consensuada), de outro, também pode servir de instrumento de arbítrio, despotismo e tirania, com gravíssimas violações aos direitos e garantias fundamentais contemplados no nosso Estado de Direito. O grande risco (que, ao mesmo tempo, pode se constituir em fonte de uma enorme frustração coletiva) consiste na futura declaração de nulidade de muitas das diligências (judiciais ou policiais) da Operação Lava Jato (tal como já ocorrera com as Operações Satiagraha e Castelo de Areia). A inobservância estrita das regras jurídicas pode levar a Lava Jato cair por terra como se fosse um castelo de areia.

Eficientismo” “versus” “garantismo”: a investigação e o processo contra o crime organizado não podem fugir dos limites fixados pelo Estado de Direito; impõe-se o equilíbrio, sob pena de nulidade dos atos praticados, entre o garantismo e o eficientismo. Os dois grandes direitos em jogo (liberdade individual “versus” segurança da sociedade) devem ser conciliados. Isso se chama civilização. Não haveria espaço nem para um sistema dotado de exageradas hipergarantias para o criminoso nem para o chamado direito penal de guerra contra o inimigo (que admite a duplicidade de processo: um para o cidadão e outro para o inimigo, este último com garantias reduzidas), que significa barbárie. A delação premiada (pelo seu potencial revolucionário) não pode se transformar numa extorsão premiada (posto que, nesse caso, o risco de anulação futura é grande, para não dizer inevitável). Até mesmo o STF já advertiu que é preciso muito cuidado com as delações, porque é uma forma de a pessoa se livrar das suas responsabilidades narrando fatos ou incriminando pessoas de forma inverídica.

 

Fonte: Blog Visão Panorâmica


DEPUTADO ESTADUAL TONY CARLOS: DENUNCIA RISCO NA PENITENCIÁRIA DE UBERABA

Deputado Estadual Tony Carlos solicita medidas imediata do diretor da unidade PPAIO em Uberaba para inibir o que está acontecendo na penitenciária .

Em transmissão ao vivo na rádio Transamérica – 93,3,  hoje 10/11/2014 o radialista e Deputado Estadual Tony Carlos chama a atenção das autoridades dizendo que é inadmissível a situação em que se encontra a PPAIO – Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira em Uberaba/MG. Na entrevista ele relata que vai passar um relatório para o governador eleito (Fernando Pimentel) para providências. 

Deputado denuncía – Perigo na Penitenciária – Barril de polvorada

O Deputado Estadual Tony Carlos relata que a direção da  PPAIO está permitindo fazer visitas nas próprias celas, transformando o local em ambiente de prostituição e consumo de drogas. Informa que a penitenciária não possui equipamentos adequados para a segurança na execução das atividades dos servidores que ali trabalha.

Só fica uma pergunta: 7 quilos de maconha? Como esta droga entrou lá?

Os agentes penitenciários clamam por reforço e melhores condições de trabalho em relação a este Barril de pólvora.

http://www.blogdoalexandreguerreiro.com/


Homem mata seu melhor amigo, corta genitália da vítima e dá para seu cachorro comer

Um homem matou seu melhor amigo antes de decepar o órgão genital da vítima e usá-lo para alimentar seu cachorro.

Um homem matou seu melhor amigo antes de decepar o órgão genital da vítima e usá-lo para alimentar seu cachorro. O crime ocorreu em Ciudad Juarez, estado de Chiuhuahua, no México.

O acusado, Mario Alberto Lizalde Reyes, de 25 anos, estava embriagado enquanto andava com seu cachorro junto do amigo de longa data, Mario Henandez Band, de 24 anos. Após um momento de discussão, Reyes pegou sua arma e atirou na cabeça da vítima. 

O suspeito afirmou que o amigo tentou lhe tocar de “uma forma sexual”. Quando Band foi urinar, o crime ocorreu.

“Eu, então, peguei a faca dele e cortei as genitália como punição, e a coloquei em um saco”, contou Reyes. “Mas meu cão estava ao lado e ficou cheirando, então decidi lhe dar e ele comeu”, concluiu.

Reyes deixou o corpo da vítima ensanguentado no beco em que estava. Ele terminou de passear com seu cachorro e foi para casa dormir.

No dia seguinte, após o efeito do álcool passar, o acusado se sentiu culpado pelo que fez e decidiu se entregar. Policiais contaram que o homem chegou repleto de contusões, e disse que havia brigado com o padrasto após contar o que tinha feito.

O homem acabou preso.

Fonte: NY DailY Mail

 


Promotor denuncia GIR por ação no CDP de Taubaté. Querem exterminar o GIR, assim como o crime organizado quer nos exterminar.

Posted: 08 Nov 2014 09:03 AM PST


Todos que trabalhamos dentro dos presídios paulistas sabemos da importância do GIR, que na maioria dos presídios é mais temido que a polícia militar, mas além do desgoverno de São Paulo achar cômodo esses trabalhadores "adaptados" no trabalho de intervenção, além de não dar condições de trabalho e formação adequada para esses trabalhadores, que muitas vezes treinam de forma improvisada, fazem cursos e compram materiais de trabalho com dinheiro do próprio bolso, agora a justiça está caçando esses trabalhadores da mesma forma que somos caçados pelo crime organizado.
 
 
Fica parecendo que a intenção da justiça é exterminar esses grupamentos, assim como o crime organizado quer nos exterminar e  coincidentemente ou não,  o número 111 é citado por duas vezes após ações do GIR da região de Taubaté, assim foi em Potim, que a mesma juíza que recebeu a denúncia dessa e daquela vez e afastou os diretores da PII de Potim,  mas em seguida esses diretores ganharam o direito de retorno em uma instância superior.
 
Citando o número de 111 agredidos nessas duas ações, queria a justiça ligar a ação do GIR com a intervenção ocorrida na Casa de Detenção do Carandiru ou é apenas coincidência?
 
 
O que fazer?
Se o desgoverno de São Paulo acha que os  presos tem ainda um pouco de receio da ação desses    gru
pamentos,  dê a  atenção devida para esses grupamentos improvisados e mantidos pelo voluntarismo desses trabalhadores,  que não ganham nada a mais para estarem a disposição a qualquer hora do dia para uma intervenção, contrate profissionais de alto nível e não use ex militares ou ex  lutadores para instruírem esses trabalhadores, compre matérias de última tecnologia também, pois vejo o fim do GIR em poucos meses com esses processos que respondem e certamente responderão futuramente, sugiro também criar um concurso interno para participar desses grupamentos que poderá ser preenchido apenas por ASPs e AEVPs, acredito que esse candidato tenha que ter trabalhado pelo menos três anos em um presídio, também acho que após esse candidato passar nesse concurso interno, ele deve fazer parte de outro cargo, para que não seja contado no quadro como ASP ou AEVP nas unidades, não aumentando ainda mais os déficits de ASPs e AEVPs nas unidades.


Assista matéria da Globo local sobre o assunto no link abaixo:
http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2014/11/agentes-sao-denunciados-por-suposta-agressao-presos-no-cdp.html
Agentes vão responder por tortura em suposta agressão a presos no CDP

Agentes do GIR vão responder por tortura contra presos de Taubaté.
Laudos do IML comprovaram ferimentos em 65 presos.

Do G1 Vale do Paraíba e Região


A Justiça acolheu a denúncia do Ministério Público contra 33 agentes do Grupo de Intervenção Rapida (GIR), o diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) e o coordenador regional dos presídios por supostas agressões que teriam acontecido dentro de uma unidade prisional em Taubaté, no último mês janeiro. Eles vão responder a um processo pelos crimes de tortura e lesão corporal

Durante a revista do GIR, teriam sido agredidos 111 presos. Laudos do IML comprovaram ferimentos em 65 presos após ação do grupo. "Não há necessidade de se valer de violência física, principalmente por serem agentes do Estado cuja principal função é garantir a integridade do preso e nçao praticar lesão corporal contra o indivíduo que está sob tutela do Estado", disse a juíza corregedora Sueli Zeraik Armani.

O promotor Alexandre Mafetano, apresentou a denúncia à justiça. O processo vai correr na Vara Criminal de Taubaté.

Segundo ele, há indícios de uso excessivo de força contra os presos do CDP. "Além do relato dos presos e o que consta no autos é que se formou uma convicação que houve um abuso no uso da força e motivou a denúncia", disse.

saiba maisJustiça pede ao MP investigação de violência no CDP de Taubaté, SP

Enquanto o caso não é julgado, os agentes continuam em suas funções.

A Vara de Execuções Criminais de Taubaté apurou que o mesmo tipo de agressão aconteceu na penitenciária de Potim. Presos contaram que foram agredidos por agentes do GIR em maio deste ano.

A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público de Aparecida, que informou que também ofereceu denúncia contra os agentes nesta semana. Em Potim, 74 detentos teriam sido agredidos pelo mesmo grupo de agentes em maio. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi procurada, mas não comentou os casos.

Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu está com 95% da obra concluída, segundo Portal Mogi Guaçu.

Posted: 08 Nov 2014 08:01 AM PST


Penitenciária Feminina está com 95% das obras concluídas

Fonte: http://www.portalmogiguacu.com.br/materia.php?id=2380


Inauguração deve acontecer em janeiro; Conseg cobra de Walter Caveanha contrapartidas do Governo do Estado.

31/10/2014 às 16:55 - por Fábio Alcântara Lima | Edição: Tarso Zagato


Obra já está em fase final de acabamento (Foto: Fábio Alcântara Lima/Redação Portal)
A Penitenciária Feminina que está sendo instalada no município já está com 95% de suas obras concluídas. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o valor total da construção é de R$ 55.824.075,98.


A penitenciária possuirá 718 vagas de regime fechado e 108 de regime semiaberto. A previsão para entrega é janeiro de 2015, mas a Secretaria não apontou ainda uma data certa e nem informou se o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), estará presente na inauguração.

De acordo com a SAP, a penitenciária terá como finalidade atender a demanda da região e possibilitar meios para que as mulheres presas permaneçam em cadeias públicas apenas por um breve período de trânsito.

Haverá ainda no complexo um setor destinado à amamentação, creche, biblioteca, pavilhão de trabalho, além de setores destinados à saúde e visita íntima.

Contrapartidas

Durante a reunião do Conseg (Conselho de Segurança), que aconteceu na noite de ontem (30), o presidente do órgão, Vicente Artur Polito, e os demais membros concordaram que é necessário pedir ao prefeito Walter Caveanha (PTB) que cobre o Governo do Estado as contrapartidas por ter o complexo prisional instalado na cidade.

As propostas de contrapartida já foram entregues ao prefeito e constam diversos itens para melhorar a segurança na cidade, como a instalação de mais uma Companhia da Polícia Militar (MP), instalação do projeto de videomonitoramento, mais equipamentos para a Guarda Civil Municipal (GCM) e mais agentes para a Polícia Civil (PC).

SAP requereu licença ambiental para construção de presídio em Riversul-SP.

Posted: 08 Nov 2014 07:05 AM PST

Fonte: D.O.E.S.P.

Comunicado
A Secretaria da Administração Penitenciária - SAP torna
público que requereu à Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo – Cetesb a Licença Ambiental Prévia para as Unidades
Prisionais a serem implementadas no município de Riversul;
mediante a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental
(modalidade “Estudo Ambiental Simplificado – EAS”). Declara
aberto o prazo de 15 dias a partir da publicação desta nota,
para manifestação - por escrito - de qualquer interessado. A
manifestação deverá ser protocolada ou enviada por carta
registrada, postada no prazo acima definido, ao Departamento
de Avaliação Ambiental de Empreendimentos, Av. Professor Frederico
Hermann Junior, 345, Alto de Pinheiros, CEP 05459-900,
São Paulo-SP. Pelo mesmo prazo, ou seja, de 15 dias contados
desta nota, a SAP também receberá manifestações de qualquer
interessado que queira se manifestar, ou expor suas expectativas
sobre o empreendimento: imprensa@sap.sp.gov.br.”

 


Decisão histórica :: Limites à PM

Justiça de São Paulo proíbe balas de borracha e exige regras claras de atuação policial em protestos

Após meses de silêncio do Executivo e do Legislativo, o Judiciário foi o primeiro dos três poderes a reprovar a atuação da Polícia Militar em protestos. Liminar concedida na última sexta-feira (24) pelo juiz Valentino Aparecido de Andrade da 10ª Vara da Fazenda Pública dá 30 dias para a PM apresentar um plano de atuação em manifestações, sob risco de multa diária de R$ 100 mil.

A decisão foi uma resposta à 
ação civil pública proposta pela Defensoria Pública de São Paulo e determina que a PM não utilize armas de fogo e balas de borracha, que todos os policiais tenham uma identificação visível com nome e posto, que deixe claras as condições em que haverá a ordem de dispersão e que ela seja tomada apenas em casos extremos. Deverá também publicar quem deu a ordem de dispersão e as razões que a motivaram. Esses pontos deverão constar no plano de atuação a ser elaborado pela PM.
 
Na liminar o juiz afirma que “a segurança pública (...) não pode funcionar como um pretexto ao Poder Público para, sem mais, agir com violência, como vem agindo, com a evidente intenção de desestimular as pessoas que queiram protestar”. Ele também é taxativo ao lembrar que o direito de reunião não está condicionado a um aviso prévio e que proibições genéricas de tempo e lugar não são permitidas.
 
“A decisão reforça que a PM não está preparada para lidar com as manifestações e que o direito à reunião é  garantido pela Constituição", afirma Juana Kweitel, diretora de Programas da Conectas. “Hoje, a atuação policial em protestos é marcada por uma profunda falta de previsibilidade e transparência e isso precisa mudar”, completa.
 
A Conectas participa da ação como amicus curiae, o que a autoriza a dar subsídios técnicos sobre o caso. Em julho, a organização
apresentou ao juiz parâmetros internacionais sobre o uso da força pela polícia, sobretudo em manifestações públicas.
 
Cronologia

5 de agosto de 2013 - Conectas e o Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria entregam à SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo um 
conjunto de recomendações para a atuação da polícia em manifestações. Não houve resposta.
 
22 de abril de 2014 – Defensoria Pública de São Paulo move 
ação civil pública pedindo que o Judiciário obrigue o estado de São Paulo a adotar essas recomendações. A ação tramita na 10ª Vara da Fazenda Pública.
 
17 de julho de 2014 – Conectas apresenta ao judiciário um
paronama dos principais parâmetros internacionais que regulam o comportamento da polícia e alega que o estado de São Paulo descumpre disposições da Declaração Universal de Direitos Humanos (ONU) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (OEA).
 
24 de outubro de 2014 – O juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10ª Vara da Fazenda Pública, concede decisão liminar. O governo pode recorrer.
 
Parâmetros para atuação policial em manifestações

Diante dos abusos registrados durante as jornadas de junho de 2013, Conectas e o Núcleo Especializado de Direitos Humanos e Cidadania da Defensoria Pública têm se empenhado em divulgar as recomendações nacionais e internacionais que regem a ação da PM em protestos, ampliando a capacidade de monitoramento da sociedade. Esses parâmetros foram consolidados em seis regras principais - algumas delas coincidem com nova determinação da Justiça paulista: 

1. Armamentos :: Armas de fogo nunca devem ser usadas para dispersar protestos. As armas brancas, como cassetetes, não devem ser empregadas quando não haja uma real necessidade, quando não partam de uma ordem legal e quando seu uso não esteja estritamente dentro dos limites de distinção e de proporcionalidade em relação à ameaça que se pretende combater. Se chegarem a ser usadas, não devem visar zonas vitais do corpo. Clique aqui ou na imagem para fazer o download.
2. Dispersão :: A decisão de dispersar um protesto só deve ser tomada em situações excepcionais e extremas. Nesses casos, deve partir de uma ordem legal, prever aviso prévio claro, rotas seguras de dispersão e tempo para que isso ocorra. Clique 
aqui ou na imagem para fazer o download.

3. Choque :: A tropa de choque não deve estar visível o tempo todo e seu emprego só deve ocorrer em último caso e sob estrito respeito às normas legais, após fracassarem todas as alternativas de mediação e negociação. Clique aqui ou na imagem para fazer o download.

4. Registro de imagens :: Nenhum cidadão registrando imagens de funcionários públicos exercendo funções públicas deve sofre repressões da polícia por isso. Clique aqui ou na imagem para fazer o download.
 

5. Violência :: Atos isolados de violência devem ser individualizados e não justificam dispersão de toda a manifestação. A polícia deve agir para proteger os manifestantes e o direito de protesto. Clique aqui ou na imagem para fazer o download.
6. Trânsito :: Reflexos no trânsito são inerentes aos protestos e não devem ser desculpa para dispersão e repressão. O Estado deve prever bloqueios e prover alternativas de tráfego. Clique
aqui ou na imagem para fazer o download.

Fonte: http://www.conectas.org


DE ONDE VEM A “DIALÉTICA DA MALANDRAGEM”?

De onde vem a “dialética da malandragem”? O emérito professor da Universidade de São Paulo, Antonio Candido (Revista do Instituto de estudos brasileiros, n. 8, SP, USP, 1970, p. 67-89), vislumbrou no romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, o que ele chamou de “dialética da malandragem”, que retrataria a dinâmica dos costumes da sociedade brasileira no começo do século XIX (não é difícil constatar que esses costumes valem até hoje). Leonardo (personagem do livro citado) seria o “primeiro grande malandro que entra na novelística brasileira” (que, depois, foi elevado à categoria de símbolo – sem caráter – por Mário de Andrade, no Macunaíma).

Quem é o malandro? O malandro (municipal, estadual ou federal) é um aventureiro, astuto e quase folclórico ao mesmo tempo, que pratica a astúcia desde logo pelo gosto da astúcia, em proveito próprio ou para solucionar um problema, mas sempre lesando terceiros.

O que caracteriza fundamentalmente a dialética da malandragem? É a díade (o par) da ordem e da desordem, que retrataria não somente a sociedade descrita no livro Memórias de um sargento de milícias como a atual (basta prestar atenção no nosso entorno). Por todos os lados e em todas as partes há sempre, na dinâmica da ambiência histórica brasileira, uma ordem comunicando-se com a desordem. Na nossa bandeira a inscrição mais fidedigna (então) seria: (Des)Ordem e Progresso! É o tipo de sociedade que faz, sem sentimento de culpa, o bem e o mal, o certo e o errado, que é egoísta e também altruísta, que é honesta e também desonesta, que faz algo admirável ao lado de tantos atos deploráveis.

A tese do professor citado, em síntese, é a seguinte: as díades (os pares) marcariam o caráter da sociedade brasileira (daí a generalização da ordem e também da malandragem, da corrupção). Quase nunca o brasileiro seria então totalmente honesto, mas também não é totalmente desonesto. Cumpre ordens, mas não totalmente. É capaz de todo bem do mundo assim como de todo mal.

Trata-se de um mundo pendular entre o lítico e o ilícito? Sim. Se correta a tese dualista da malandragem, deveríamos afirmar que a sociedade brasileira (pelo menos vários segmentos dela) vive zanzando entre dois hemisférios, o positivo (da ordem) e o negativo (da desordem). Voltando a Antonio Candido: a dinâmica do livro citado (Memórias de um sargento de milícias) pressupõe uma gangorra dos dois polos, que transita da ordem estabelecida às condutas transgressivas.

“Tutto nel mondo è burla” seria a expressão legítima desse mundo pendular, diáfano, cujas estruturas morais e éticas habitariam um lugar bem distante de toda rigidez. Vive-se ao sabor do balanceio entre ordem e desordem. Trata-se de uma sociedade “na qual poucos trabalham [ao menos duramente], enquanto outros flutuam ao Deus dará, colhendo as sobras do parasitismo, dos expedientes, das munificências (generosidades), da sorte ou do roubo miúdo”.

A sociedade brasileira seria “uma organização fissurada pela anomia, onde se transita entre o lícito e o ilícito, sem muitas vezes podermos dizer o que é um e o que é outro, porque todos acabam circulando de um para outro com uma naturalidade que lembra o modo de formação das famílias, dos prestígios, das fortunas, das reputações, no Brasil urbano da primeira metade do século XIX” [e, com certeza, também do Brasil atual].

Um mundo liberto do peso do erro e do pecado? Nas Memórias, prossegue Antonio Candido, “foi criado um universo que parece liberto do peso do erro e do pecado. Um universo sem culpabilidade e mesmo sem repressão. As pessoas fazem coisas que poderiam ser qualificadas como reprováveis, mas fazem também outras dignas de louvor, que as compensam. E como todos têm defeitos, ninguém merece censura”. Um mundo sem culpa. Em grande parte esses costumes (do século XIX), que pairam sobre a realidade brasileira diáfana atual, constituem um potente filtro da impunidade.

Eles fornecem, ademais, boas pistas para se compreender o corporativismo reinante nas nossas instituições e nos seus agentes, que seriam guiados pelos pares antitéticos (pelas díades) do lícito ou ilícito, do verdadeiro ou falso, do moral ou imoral, do justo ou injusto, da esquerda ou direta, partido X ou partido Y, liberal ou conservador etc.

As antinomias convivem? Os referidos pares são reversíveis, diz Antonio Candido, que agrega: “as antinomias convivem num curioso lusco-fusco, sendo a hipocrisia um dos pilares dessa civilização”. Se no campo dos costumes os extremos se anulam (se compensam), tudo isso fica mais evidente no campo jurídico, onde praticamente tudo é regulado, de forma aparentemente hermética, dando a sensação de uma ordem onipresente que, na verdade, muitas vezes “não pega”.

No tempo da escravidão declarada (século XIX), chegamos a fazer até mesmo algumas leis de abolição, só para “inglês ver”. Tínhamos uma Constituição liberal e escravagista ao mesmo tempo (algo inusitado no mundo). Na área dos direitos sociais e dos direitos humanos fundamentais, são incontáveis os dispositivos legais que jamais são cumpridos. Só para citar um exemplo: a CF assegura saúde para todos, mas grande parte dos hospitais brasileiros sequer conta com médicos.

Há um ofuscamento entre o justo e o injusto, o certo e o errado, o moral e o imoral, o legal e o ilegal. O desaparecimento de Amarildo, no Rio de Janeiro, também se enquadra nesse tipo de obscuridade gelatinosa, visto que nosso policiamento vai da legalidade ao arbítrio e à ação violenta, sem nenhum tipo de remorso, de repressão ou de sanção interior. O assassinato se tornou “normal”. Tudo é indiferente, secundário (adiáforo).

Não temos obsessão pela ordem? Essa é uma das nossas características psicossociológicas: ordem, liberdade, leis, dignidade, direitos humanos, tudo isso se apresenta como algo muito abstrato, no contexto das “formas espontâneas de sociabilidade”, que ostentam choques permanentes entre “a norma e a conduta”, o que torna “menos dramáticos os conflitos de consciência”.

A brasileira poderia ser uma sociedade “flex” (para usar uma palavra da moda), muito pouco hermética, que é viva no seu dinamismo relacional, mas que perde em “inteireza e coerência”. O princípio eixo é o da “acomodação geral”, que tira a força e energia dos extremos, assim como os significados da lei, da ordem, da justiça, da ética etc.

Vivemos numa espécie de “terra-de-ninguém moral”, marcada por uma vulgaridade ímpar, sobretudo em algumas manifestações e extimidades das redes sociais, onde as pessoas, muitas vezes protegidas pelo anonimato, fazem uso abundante do “eu autoexpressivo”, “que é o eu próprio do individualismo narcisista dominante nas atuais sociedades de hiperconsumo, caracterizadas pela produção de necessidades artificiais constantemente renovadas” (Jacobo Muñoz, Claves de razón práctica, 220, p. 23).

Caminhamos dentro de margens bastante ambíguas, marcadas por uma “tolerância corrosiva”, já agora não somente nas classes baixas, senão também nos estratos aburguesados. O Brasil seria “uma terra sem males definitivos ou irremediáveis, regida por uma encantadora neutralidade moral. Não se trabalha, não se passa necessidade, tudo se remedeia” (diz Antonio Candido). Seria um tipo de sociedade “parasitária e indolente”, que é viva desde o tempo do Brasil joanino (D. João VI).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


LICENÇA PARA ROUBAR: ELEITORES E “SUPERELEITORES”

Quem são os “supereleitores” de 2014? Até o dia 6/9/14 eram: JBS (Friboi, R$ 112 milhões doados para os candidatos ou partidos políticos), OAS (R$ 66 milhões), Grupo Vale (R$ 52 milhões), Ambev (R$ 41 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 32 milhões), Bradesco (R$ 30 milhões), UTC (R$ 28 milhões), Queiroz Galvão (R$ 25 milhões), Odebrecht (R$ 25 milhões), BTG Pactual (R$ 17 milhões) (Estado 15/9/14: A4). Mas muito mais dinheiro vai rolar ainda até o final das eleições. Os 19 maiores “financiadores” doaram metade do total (R$ 1 bilhão). Bancos, alimentação, bebidas e empreiteiras são os maiores “doadores”. Em 2010, R$ 52 milhões foram ocultos (mas isso já não é possível).

De que maneira esse dinheiro volta para eles (com excelente retorno)? Emendas parlamentares, convênios fraudulentos, licitações com cartas marcadas, empréstimos com juros baixos etc. Fundamental também é o direcionamento da produção legislativa. Somente as leis que eles querem são aprovadas (nisso existe bastante fidelidade dos parlamentares e governantes). Outro ponto relevante: dentro do Congresso fazem de tudo para proteger essas empresas doadoras de eventuais investigações. De todo esse dinheiro que sai dos cofres públicos para os “doadores”, boa parcela fica como propina nas contas dos políticos (para a construção dos “fundos de campanha”).

Não existe democracia perfeita. A nossa não é diferente. Seus vícios competem diuturnamente com suas virtudes (e muito provavelmente as superam, até mesmo com certa superlatividade). Dentre as mazelas das modernas democracias destaca-se a pedintaria dos eleitores votantes, que acabou forjando ou incrementando os “supereleitores mandantes” (que são os que “democrática” e venenosamente “financiam” as campanhas eleitorais dos mancomunados candidatos, exigindo depois o devido “retorno” – para cada R$ 1 real “investido” em 2010, os “supereleitores” receberam R$ 8,5 de volta, por meio de contratos lícitos (poucos) ou cartelizados, fraudes, corrupção, aprovações de leis protetivas dos seus interesses, favorecimentos e pagamentos de gordas propinas – veja Globo-G1 7/5/14).

O fenômeno, tão conhecido como pouco insólito, bem típico também dos costumes que alimentam e nutrem nossa vida política bolorosa (desde a era Imperial), não escapou da arguta capacidade olfativa e observativa de Timon (personagem criado por João Francisco Lisboa, Jornal de Timon, p. 186 e ss.).

Trágicas e variadas consequências emergem desse deplorável sistema de pedintaria (os eleitores pedem aos candidatos e estes instam os “supereleitores”, os financiadores), que estimula o clientelismo, o servilismo, o favoritismo e a corrupção, em detrimento da promoção de um sério debate em torno de ideias que pudessem encaminhar boas soluções para os graves problemas do país. Dentre as consequências, destacam-se:

Em primeiro lugar, o despudorado uso da máquina pública para cobrir os gastos da campanha [para citar um exemplo, o TRE-RJ está investigando se as propagandas eleitorais da situação foram ou não pagas com dinheiro público]. Como bem sublinhava Timon: “Cumpre notar que os do lado do governo ficam a este último respeito (gastos com campanhas) de melhor partido, porque os soldados [mais gastos com marqueteiros, propagandas impressas, anúncios, panfletos etc.] pagos à custa do tesouro servem para este fim, e andam num contínuo rodopio” [são incontáveis os casos de abuso do poder econômico, de crimes eleitorais e de corrupção cometidos com o "louvável" escopo de vencer as eleições - veja Marlon Reis, Nobre deputado].

Outra fonte de receitas para cobrir os gastos eleitorais é o “dizimo” (cobrado dos parlamentares eleitos assim como dos funcionários enganchados na “folha” do Estado, frequentemente sem nenhum critério meritocrático).

Mas a terceira e mais dramática consequência do sistema de pedintaria reside na necessidade de buscar recursos de particulares ou de empresas para o financiamento dos gastos eleitorais (é por meio desse processo que os mandatos públicos são vendidos, de forma vil e abjeta, a ponto de macular a democracia, atingindo sua medula espinhal).

Trata-se de uma perversão inominável do sistema democrático, porque os “supereleitores” (os grandes eleitores do País), quando depositam suas cédulas nas “urnas donativas”, passam a contar com um poder que vai muito além daquele que pertence ao votante de carne e osso (Estado 8/9/14: A3). A política brasileira está completamente podre (C. A. Di Franco, Estado 15/9/14: A2). Só pode mudar se houver muita pressão popular (daí nosso movimento “fimdareeleição.com.br“).

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Jovem envia mensagem desesperada antes de aborto clandestino

Jovem que foi fazer aborto envia uma última mensagem em pânico antes de desaparecer. “Amor, mandaram desligar o telefone, tô em pânico, ore por mim!”

A jovem de 27 anos Jandira Magdalena dos Santos, auxiliar administrativa, desapareceu momentos depois de realizar o último contato com o ex-marido, Leandro Brito Reis, quando revelou que as pessoas que a encaminhavam para uma clínica pediram para que ela desligasse o celular. “Amor, mandaram desligar o telefone, tô em pânico, ore por mim!”, disse.

Duas horas depois de receber a mensagem da ex-mulher, Leandro — ainda aguardando que ela retornasse à Rodoviária de Campo Grande, local de onde saiu — enviou um SMS a ela, querendo saber notícias, mas não foi respondido. Desde então, ninguém mais conseguiu contato com a jovem. O caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande), que assumiu as investigações.

VEJA TAMBÉM: Uruguai: Quase 7 mil abortos legais e seguros e nenhuma morte registrada

No dia 27 de agosto, agentes encontraram um carro carbonizado com um corpo dentro. De acordo com fontes ligadas à polícia, o corpo estava sem a arcada dentária, os membros superiores e inferiores, além de estar carbonizado dentro de um carro. Familiares de Jandira devem ser chamado para fazer um exame de DNA para saber se trata-se da jovem.

Possível quadrilha especializada

A polícia investiga se uma quadrilha especializada na prática de aborto está envolvida no desaparecimento de Jandira. De acordo com a mãe da jovem, ela teria marcado o procedimento com Rosemere Aparecida Ferreira, conhecida como Rose, que seria a responsável por marcar as cirurgias com as gestantes. De acordo com uma denúncia do Ministério Público feita ao juíz da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, em março do ano passado, Rose e mais seis pessoas respondem por aborto. Ela é uma das principais peças de um grupo que realiza abortos em várias cidades do estado do Rio.

VEJA MAIS: Jovem que divulgou um vídeo do próprio aborto faz um desabafo

Segundo a denúncia, Rose, além de fazer os contatos com as mulheres grávidas, atuava como enfermeira nos procedimentos cirúrgicos, realizados em clínicas clandestinas. Um mandado de prisão contra ela foi expedido em fevereiro desse ano pelo desembargador Antonio Eduardo Duarte, da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela atualmente é considerada foragida da Justiça.

Entenda o caso:

Jandira, de 27 anos, está desaparecida desde o dia 29 de agosto. De acordo com os parentes da jovem, ela decidiu interromper uma gravidez de três meses e duas semanas e conseguiu, por meio de amigas, o contato de Rose, que seria responsável por administrar uma clínica clandestina de aborto. Segundo o ex-marido dela, Leandro, Jandira pediu para ser levada naquele dia à Rodoviária de Campo Grande, local que teria sido escolhido como ponto de encontro para que ela fosse encaminhada até a clínica. Segundo ele, o carro que foi buscá-la — um Gol branco, de quatro portas — era conduzido por uma mulher magra, de cabelos louros, que teria lhe dito para esperar na rodoviária que a jovem seria levada de volta ao mesmo local.

informações: Extra  Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br


PM pega jovem com R$ 420 nas partes íntimas

Uma jovem de 16 anos vai ter que explicar melhor como R$ 423,00 foram parar em suas partes íntimas. Tudo aconteceu quando a polícia desconfiou de um indivíduo de 29 anos esbanjando nervosismo na rua Antônio Ries Coelho, em Coxim. Ao verificar porque o sujeito estava tão preocupado, os agentes encontraram uma porção de maconha e outra de pasta-base.

Após o dedo-duro falar onde adquiriu a mercadoria ilícita, a polícia foi conferir se era verdade. E era mesmo! Lá a polícia encontrou trouxinhas de maconha, uma munição para arma 9mm e outros objetos pouco convencionais. Uma adolescente de 16 anos foi revistada por uma policial feminina, que encontrou em suas partes íntimas R$ 423,00. Surpresa, a jovem não sabia dizer como a grana foi parar lá.

A Polícia Militar da Rotai – Rondas Ostensivas Táticas do Interior, ainda investiga como o fenômeno aconteceu.

Fonte: Fernando Hassessian (www.capitalnews.com.br)


DORMINDO COM O CARRASCO MORTAL

Em 2012, ocorreram 4.719 mortes de mulheres por meios violentos no Brasil, ou seja, 4,7 assassinatos para cada 100 mil mulheres. Entre 1996 e 2012 houve um crescimento de 28%. Na última década com números disponíveis (2002-2012), o crescimento foi de 22.5% no número absoluto de homicídios, vez que em 2002 constatou-se 3.860 mortes e, em 2012, 4.719. Portanto, para esta última década, a média de crescimento anual de homicídios é de 1,93%. Em 2012 foram 393 mortes por mês, 13 por dia, mais de 1 morte a cada duas horas.

O lar, mortal lar…

“O lar, doce lar, não é mais seguro: 68,8% dos homicídios ocorrem dentro de casa e são praticados pelos cônjuges [ou namorados ou noivos ou ex-namorados ou ex-noivos ou ex-maridos]“, disse a senadora. Os efeitos de uma cultura patriarcal dominada por homens são tão demolidores que dá a impressão de que existe uma guerra (invisível, porém guerra) de homens contra mulheres.

Segundo as Nações Unidas, 70% das mulheres experimentaram alguma forma de violência ao longo de sua vida, sendo uma em cada cinco do tipo sexual. Incrivelmente, as mulheres entre 15 e 44 anos têm mais probabilidade de serem atacadas por seu cônjuge ou violentadas sexualmente do que de sofrerem de câncer ou se envolverem em um acidente de trânsito.

Na Espanha e em outros países europeus, quase metade das mulheres vítimas de homicídios tiveram seus cônjuges como algozes, frente a 7% de homens, o que significa que a probabilidade de uma mulher morrer nas mãos do parceiro é seis vezes superior à de um homem com relação à parceira.

A Lei Maria da Penha (de 2006) somente produziu efeito no ano seguinte. Depois, os números só aumentaram. Vários países já contam com a figura do femicídio nos Códigos Penais (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Peru – veja Alice Bianchini), mas a América Latina continua sendo o continente mais violento do planeta.

Segundo a senadora Ana Rita, o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo. “Nos últimos 30 anos foram assassinadas 91 mil mulheres, 43 mil só na última década”, afirmou.

Metade das mortes (49%) foram causadas por armas de fogo; outros 34% por objetos perfuro-cortantes. A região Sudeste é a que revela o maior número absolutos de mortes violentas entre as mulheres, seguida do Nordeste. Contudo, se analisarmos por grupo de 100 mil habitantes mulheres, teremos: Centro-Oeste: 6,7; Norte: 6,0; Nordeste: 5,1; Sul: 4,7; Sudeste: 3,84. Em números absolutos, SP vem em 1º lugar (638 mortes), MG (460), Bahia (433), RJ (364) e Paraná (321) etc.

Considerando-se a taxa de mulheres assassinadas por 100 mil habitantes, a medalha de campeão vai para o Espírito Santo (8,9 assassinatos para cada 100 mil). Em seguida vêm: AL (8,1), GO (7,9), RR (7,2), TO (6,9), PB (6,9), AM (6,5), MT (6,4), RO (6,3), MS (6,1), BA (6,0), PR (5,9) etc. Os três Estados menos violentos (nesse item) são SC (3,2), SP (2,9) e PI (2,8).

Outros dados relevantes são os seguintes: 52% das mulheres vítimas de homicídios estão situadas na faixa etária entre 20 e 39 anos; 62% do total dessas vítimas é de cor preta e parda; 29% das mulheres vítimas de homicídios tem escolaridade entre 4 e 7 anos de estudo, outros 20% estiveram na escola entre 8 e 11 anos; 61% das mulheres vítimas de homicídios em 2012 eram solteiras, outras 13% era casadas. P.S.: para maiores informações, veja o site do Instituto Avante Brasil.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


A mulher que deu à luz algemada

Na reportagem Maternidade Condenada a Pública mostrou, em primeira mão, o processo que condenou o Estado de São Paulo a pagar indenização a uma ex-detenta obrigada a dar à luz algemada pelos pés e pelas mãos em setembro de 2011. Ainda cabe recurso mas a decisão deve ter desdobramentos já que muitas mulheres sofreram a mesma violação de direitos como destaca o juiz na sentença: “(…)apurou-se que até a edição do decreto n. 57.783/2012 era usual o uso de algemas nas custodiadas durante o trabalho de parto” e que são “inegáveis, por outro lado, as sensações negativas de humilhação, aflição e desconforto, entre outras, a que foi submetida a autora diante da cruel, desumana e degradante manutenção de algemas durante seu trabalho de parto. São danos morais indenizáveis e guardam nexo com a ação estatal, de modo que avulta o dever de ressarcimento almejado”.

Leia a seguir a entrevista com a parturiente e sua mãe – autora de uma carta de 40 páginas denunciando as violações de direitos da filha que levou a Defensoria Pública de São Paulo a entrar com a ação. As duas pediram para não ser identificadas. Chamaremos a filha de Clara e a mãe de Maria. Entre uma resposta e outra, trechos da carta de Maria.

Clara, quantos anos você tem e o que aconteceu?

Eu tenho 22 anos, fui presa com 19 e levada para a Penitenciária de Franco da Rocha. No dia 25 de setembro [de 2011] comecei a sentir as dores do parto, umas seis e meia, sete da manhã. Fui tomar banho, fiquei na enfermaria da cadeia, e fui de ambulância para o hospital. Chegando no hospital de Caieiras, eles já me algemaram pelas mãos.

Você chegou no hospital e eles já te algemaram as mãos?

Isso. Aí quando eu entrei, eles me deram aquela roupa de hospital, me mandaram deitar na maca e já me algemaram pelos pés.

E você passou todo o parto algemada pelos pés e pelas mãos?

Sim. Foi muito ruim. Eu estava sozinha. Tinha uma moça na cama do lado, pedi pra ela ligar para a minha mãe, ela avisou, minha mãe foi até o hospital mas não liberaram a entrada dela. Tive minha filha de parto normal.

Quanto tempo você ficou em trabalho de parto?

Não sei a hora direito porque não tinha relógio lá. Mas era dia de visita. Acho que ela nasceu lá pelo meio dia.

Por que você resolveu entrar com a ação contra o Estado?

Na verdade foi a minha mãe que escreveu uma carta contando toda a história. Porque ela também foi muito humilhada. E essa carta virou um processo administrativo.

Quanto tempo você ficou presa? Cumpriu a pena toda ou está respondendo em liberdade?

Eu cumpri a pena toda, um ano e oito meses. Não me tiraram nenhum dia.

Então você entregou seu bebê pra sua mãe?

Entreguei, com sete meses. Eu fiquei uma semana na enfermaria da cadeia, com um monte de doentes e só depois eu fui para o COC. Eles não deram roupas para a neném. Minha mãe tinha levado as roupas pra ela mas eles não deixaram entrar. Ela ficou só com a roupa do hospital.

E como você está se sentindo agora que ganhou o processo contra o Estado, ao menos em primeira instância?

Ah, eu nunca vou esquecer o que aconteceu comigo. E ainda cabe recurso, né, então vamos ver. Mas eu fico feliz. Estou trabalhando, estou com a minha família.

Maria, você escreveu a carta que deu origem ao processo. Como foi isso?

Eu fiquei três dias escrevendo uma carta de 40 páginas porque comecei a ler as leis e comparar com o que estava acontecendo com a gente e não batia. Minha filha foi presa com oito meses de gestação, porque se envolveu com um rapaz que mexia com droga e pagou um preço muito alto por isso. Mas algumas coisas iam contra as leis, os tratados internacionais, tudo. Eu não sou advogada mas sou mãe e estava muito indignada. Então mandei a carta pra todo mundo, presidente, governador, Defensoria Pública. Assim conheci o Patrick Cacicedo e o Bruno Shimizu, que me ajudaram com esse processo.

Você chegou a visitar ela na cadeia depois do parto?

Não me deixaram entrar no hospital quando ela teve o bebê. Uma assistente social me ligou pedindo pra levar comida porque eles só davam almoço e janta mas como ela estava amamentando tinha muita fome. Aí juntei dinheiro, arrumei a comida, levei e não me deixaram entrar. No COC era um pouco melhor, tinha mais conforto e comida. Lá ela ficou seis meses. Ela ter parido algemada foi meu limite. Essa carta virou um processo administrativo e a sentença concluiu que era uma prática mesmo. Eu tentei buscar as progressões dela, porque ela tinha uma criança pequena fora e um bebê lá dentro e eu não tenho marido, estava sozinha aqui fora. Mas eles deixaram ela até o último dia. Progressão é pra rico, não é pra pobre.

E como você se sente com essa primeira vitória?

Ainda cabe recurso, né, mas eu fico feliz. E só tenho a agradecer à Defensoria Pública. Mas eu gostaria muito, muito, vou te falar do que. Quando ela foi presa, me passaram uma lista de coisas que eu precisava mandar pra ela, eu fui obrigada a mandar fazer uniforme da cadeia, eu que mandava papel higiênico e absorvente pra ela. Eu adoraria receber o dinheiro do papel higiênico de volta. O juiz dizer pro Estado: “Vocês vão ter que devolver o dinheiro do papel higiênico”. Essa seria minha grande satisfação.

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Tráfico, assassinatos e outros crimes atraem público de 30 mil em Buenos Aires

A ideia do "Buenos Aires Negra" é misturar histórias reais de crimes com as da ficção. "O que faz sucesso é a combinação", afirma Ernesto Mallo, organizador do evento

Um festival sobre crime em Buenos Aires deve atrair cerca de 30 mil pessoas para ouvir investigadores, policiais, juízes, ex-criminosos, jornalistas e escritores falarem sobre assassinatos, meninos soldados da África, roubos e outros tipos de delitos -o tema mais recorrente do evento, diz o organizador Ernesto Mallo, é o tráfico.

A ideia do "Buenos Aires Negra" é misturar histórias reais de crimes com as da ficção. "O que faz sucesso é a combinação", afirma.

Mais de 90 pessoas farão palestras. Há análises sobre temas, como violência doméstica e descrição de casos, como o da gangue do seguro -nos anos 1990, na Argentina, um grupo de criminosos fazia seguros de vida no nome de terceiros, sem que esses soubessem, e se colocavam como os beneficiários das apólices. Depois matavam os segurados e ficavam com o dinheiro. Os bandidos foram condenados em 2003.

Mallo conta que os palestrantes que mais chamam público são investigadores. "Eles são as estrelas. Como o tema que tem mais aparecido é o tráfico, eles falaram de como operam os sicários, os matadores de aluguel que os traficantes contratam."

Segundo Mallo, alguns grandes narcotraficantes estão perdendo espaço na Colômbia e no México e encontraram na Argentina uma boa opção para se instalar.

As falas dos ex-criminosos também atraem muita gente, afirma ele. Essas sessões são encontros nos quais os palestrantes relatam suas histórias.

Um deles foi o canadense Brian O'Dea, 64. Ele era um grande traficante de maconha nos anos 1970 e 1980, e conta que, em 1991, foi condenado a uma pena de 10 anos nos EUA (depois foi transferido ao Canadá, e conseguiu cumprir uma parte em regime semiaberto).

O'Dea diz que começou levando maconha do México aos EUA, depois mudou-se para a Colômbia e levava a droga de lá e da Jamaica aos EUA até, finalmente, estabelecer contatos com produtores do sudeste asiático, principalmente do Vietnã.

Ele afirma nunca ter visto nenhuma arma e nem ter precisado praticar nenhum ato violento nos anos em que trabalhou traficando maconha.

"Eu dirigia meu trailer até a região central de Nova York, estacionava e um desconhecido se aproximava com malas com milhares de dólares. Nós nos cumprimentávamos, ele me passava o dinheiro e nos despedíamos. Nunca houve nada remotamente violento", afirma.

O ex-traficante conta que foi preso quando já não estava mais no negócio -havia desistido depois de uma overdose de cocaína. Mas a polícia tinha uma investigação com muitas confissões e testemunhos que o colocaram na cadeia.

Ele publicou um livro relatando suas histórias e negocia direitos para um filme.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br


PRESÍDIOS: PELO FIM DA
REVISTA VEXATÓRIA

"Você tem que tirar toda a roupa e agachar três vezes de frente, três vezes de costas. Um dia a funcionária me fez agachar quase 15 vezes. Ela disse que não estava conseguindo me ver. E falava: ‘faz força, abre essa perna direito’”, conta a vendedora P. De O., 27 anos, que durante dois anos visitou o irmão preso todos os finais de semana. “Sem contar quando pedem para você abrir seus órgãos genitais com as mãos. Tem lugar que tem até espelho. É tudo para humilhar, para constranger”, afirma P.”.

A luta “pelo fim da visita vexatória” nos presídios, promovida pela organização não governamental internacional Conectas-Direitos Humanos, é digna de irrestrito apoio.

Nas mãos do governador de São Paulo está o projeto de lei 797/13 (autoria do deputado José Bittencourt), que determina que a revista nos visitantes seja feita apenas por meio de equipamentos eletrônicos ou outros meios que preservem a integridade física, psicológica e moral do visitante revistado (bom senso inquestionável).

Este medieval procedimento (recorde-se que eram os padres inquisidores que vasculhavam as vaginas das “bruxas” para acharem sêmen do Diabo), quando usado fora da estrita e absoluta necessidade, é constitucional e internacionalmente vedado.

A Conectas afirma que, em 2012, 3,5 milhões de pessoas tiraram as roupas e abriram seus órgãos genitais com as mãos para serem revistadas em seus orifícios, sob alegação de barrar a entrada de armas, drogas e celulares nas celas.

Dados colhidos pela Defensoria Pública mostram, entretanto, que em apenas 0,02% dos casos foram encontrados materiais proibidos; “é evidente que esta prática abusiva é usada como mais uma forma de punição contra os presos”.

Milhares de mães, filhas, irmãs e esposas de pessoas presas são obrigadas a se despir completamente, agachar três vezes sobre um espelho, contrair os músculos e abrir com as mãos o ânus e a vagina para que funcionários do Estado possam realizar a revista. Bebês de colo, idosas e mulheres com dificuldade de locomoção são todas massacradas da mesma forma.

O senado aprovou recentemente lei proibindo a revista vexatória, tendo enviado o projeto para a Câmara dos Deputados. Legislativamente estamos avançando para adequar nosso ordenamento jurídico ao que já está previsto na CF e no direito internacional.

Lamenta-se que se tenha que regulamentar exaustivamente o assunto, para se pôr fim a uma prática medieval e cruel, que é puro exercício do estado de polícia (medidas administrativas de coerção direta).

O regimento interno da Secretaria de Administração Penitenciária (de SP) diz que a revista íntima pode ser feita “quando necessário” e “em local reservado, por pessoa do mesmo sexo, preservadas a honra e a dignidade do revistado”. A exceção (“quando necessário”) virou regra. Aqui está o abominável abuso, exercido em todo território nacional.

O que dizem as normas já existentes no Estado de direito?

A CF (art. 5º, inc. III) diz que “ninguém pode ser submetido a tortura ou a tratamento cruel ou desumano”. A dignidade humana, de outro lado, é o valor-síntese do nosso Estado constitucional de direito (art. 1º, III, da CF).

No plano internacional, várias são as normas jurídicas vigentes, destacando-se as dos artigos 5º (que proíbe medida degradante ou tortura assim como a transcendência da pena para outras pessoas), 11 (proteção da privacidade, da honra e da dignidade) e 19 (proteção das crianças), 24 (proteção das mulheres) da Convenção Americana de Direitos Humanos.

Esses direitos não podem ser suspensos nem sequer em circunstâncias extremas (art. 27.2). O exercício da autoridade pública, de outro lado, tem obrigação de respeitar os limites do Estado de direito, que são superiores ao poder do Estado e inerentes à dignidade humana (art. 1.1 da CADH).

Para se estabelecer a inspeção vaginal (diz a jurisprudência internacional) deve o Estado cumprir quatro condições: (a) absoluta necessidade; (b) inexistência de nenhuma outra alternativa; (c) ordem judicial (em princípio); (d) concretização unicamente por profissionais da saúde pública.

Qualquer prática estatal abusiva, fora da estrita necessidade, é tirânica (já dizia Montesquieu, secundado por Beccaria). A Idade Média ainda não acabou. O malleus maleficarum ainda não desapareceu. Estejamos atentos.

 

Fonte: Blog Visão Panorâmica


SARNEY: EVENTUAL CRIME JÁ PRESCREVEU

(O ESTADO BRASILEIRO É O MAIOR
CRIME ORGANIZADO DO PAÍS)

Um dia antes da intervenção do Banco Central no Banco Santos, em 2004, Sarney resgatou da sua conta bancária mais de R$ 2 milhões. O MPF (SP) suspeitou que o parlamentar teria informação privilegiada. O inquérito só foi remetido ao STF no dia 19/5/14, dez anos depois. O Procurador-Geral da República pediu a prescrição porque Sarney já tem mais de 70 anos (a prescrição de 12 anos caiu pela metade). Ou seja: crime já está prescrito. Dias Toffoli (no STF) arquivou o caso. Sarney está livre do crime, “se é que aconteceu, disse o PGR”). O inquérito tramitava na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em SP. Em maio de 2014, dez anos depois dos fatos, foi remetido o inquérito para o STF, porque José Sarney é parlamentar, que deve ser julgado pela Corte Suprema. Na plano penal o arquivamento se tornou inevitável. No plano criminológico, esse caso possui uma riqueza de detalhes impressionante, a confirmar a tese de que o Estado brasileiro se tornou (também) um grande crime organizado.

Explica-se: O Estado brasileiro, como todos os demais, é uma hidra (conta com muitas cabeças) hecatônquira (cem mãos) e centopeica (cem pés). Há, portanto, cabeças, mãos e pés para o bem e para o mal. Nem tudo que o Estado faz é um crime.

Grande parte da sua atividade, no entanto, faz parte de uma organização criminosa, constituída de 4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas; há organizações formais e informais; sempre, no entanto, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza (pecuniária, política, competitiva etc.) mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos. Algumas vezes tem caráter transnacional. Todos os requisitos da organização criminosa estão presentes em grande parte do que o Estado brasileiro faz. Faz o bem (distribuição de renda aos necessitados por meio de bolsas família, por exemplo) e também faz o mal.

A troika maligna que forjou e protagoniza um dos maiores crimes organizados do planeta é composta de (1) agentes financeiros especuladores (estou falando dos “especuladores”, não de todos os agentes financeiros), (2) agentes econômicos extrativistas (estou falando das empresas e corporações que só pensam em lucros ilícitos, abusivos e/ou parasitários) e (3) agentes públicos corruptos (estou falando dos corruptos, de todos os poderes, incluindo-se aí todos os políticos, naturalmente, com as ressalvas necessárias). Ferrajoli (2014/1), num recente trabalho, engrossando as doutrinas de Morrison, Zaffaroni, Bernal, Rivera, Vidal etc., coloca em pauta o objeto de estudo da criminologia, que sempre se ocupou do ladrão de galinha, sem dar a devida atenção aos genocídios, às “guerras humanitárias”, aos crimes de guerra cometidos pela OTAN e pelos EUA, aos genocídios dos Estados. Que tem a criminologia a dizer sobre as catástrofes terríveis da fome, da sede, das enfermidades e da devastação ambiental causadas pelo atual anarcocapitalismo assim como pelo mercado financeiro sem regras? Retomaremos, em outros artigos, esse fértil questionamento levantado por Ferrajoli e tantos outros criminólogos. Por ora, que semelhança existe entre a troika citada e o tráfico de drogas?

A troika maligna mencionada, desde logo, tem as mesmas características do tráfico de drogas localizado, que sempre espoliou a população miserável (que é a que tontamente vai para a cadeia), para cumprir seus dois propósitos: (a) a concentração do dinheiro do bairro nas mãos dos donos do tráfico (nas mãos de poucos); (b) servindo a narcoquímica para manter a população local em um estado suficientemente débil e desesperado para não poder rebelar-se (Taibbi: 2013). Quanto mais droga se distribui, mais fragilizada, adicta e dominada ficam as pessoas.

No país chamado Brasil, a troika distribui outras drogas, como a da corrupção, da violência e da desigualdade animalesca entre as pessoas. Todas, em conjunto, estão destroçando e despedaçando a população e a nação. Os produtos que a troika distribui, portanto, não são o crack ou a cocaína, sim, escândalos, maracutaias, acordos escusos, vantagens, impunidade, prescrição de crimes, enriquecimentos ilícitos, cadáveres, medo, insegurança, salários precários etc. Tal como se passa no narcotráfico, a troika maligna e criminosa concentra com uma eficácia medonha o dinheiro da população em pouquíssimas mãos (as poucas famílias – os capos da troika -, que detêm 70% do PIB nacional, não se mostram nada abertos nem sequer a dialogar sobre um pacto nacional de emancipação do povo por meio da educação de qualidade para todos). Semelhantemente ao tráfico de drogas, os produtos que a troika distribui (dívidas impagáveis, desespero, cadáveres, indignação, violência, medo, insegurança, sensação de impotência etc.) vêm desmoralizando o brasileiro a ponto de torná-lo incapaz de se rebelar contra a sua dominação parasitária permanente. Altíssima concentração da renda e do capital (tal como denunciada por Piketty) e desmobilização e desmoralização da população inculta e carente: como se vê, a troika maligna usa as mesmas técnicas dos traficantes.

Fonte: Blog Visão Panorâmica


Aprovado por unanimidade

Após campanha nacional, PL contra revista vexatória passa no Senado

Clique aqui  para acessar o site da campanha e assinar a petição. O Senado aprovou hoje por unanimidade o Projeto de Lei 480/2013 que proíbe a realização das “revistas vexatórias” em presídios brasileiros. A aprovação se deu 42 dias após o início de uma grande campanha nacional lançada pela Rede Justiça Criminal, da qual Conectas faz parte, dirigida ao presidente do Senado, Renan Calheiro.

O PLS, de autoria da senadora Ana Rita, teve como relator o senador Humberto Costa. Ele segue agora para a Câmara dos Deputados, antes de ser submetido a sanção presidencial.

“A pressão e a participação dos cidadãos faz a diferença. É preciso redobrar o engajamento agora para que o PL seja aprovado também na Câmara, onde o debate com setores mais conservadores, do ponto de vista do direito penal, pode ser mais duro”, disse Vivian Calderoni, advogada do Programa de Justiça da Conectas.

A revista vexatória é considerada “mau trato” pela ONU (Organização das Nações Unidas) e, dependendo das circunstâncias, configura tortura. Embora já seja expressamente proibida em muitos países e o Estado argentino tenha sido condenado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) em 1996 por esse mesmo motivo, o Brasil continua realizando a revista vexatória.

Por meio deste procedimento, milhares de mães, filhas, irmãs e esposas de pessoas presas são obrigadas a se despir completamente, agachar três vezes sobre um espelho, contrair os músculos e abrir com as mãos o ânus e a vagina para que funcionários do Estado possam realizar a revista. Bebês de colo, idosas e mulheres com dificuldade de locomoção são todas submetidas indiscriminadamente ao mesmo procedimento, muitas vezes sob insultos e ameaças.

Proibição

Em maio, esta prática já havia sido proibida na Grande Recife pela 1ª Vara de Execuções Penais. Na portaria, o juiz responsável, Luiz Rocha, mencionou dados apurados pela Rede Justiça Criminal que, com base em documentos oficiais fornecidos pela própria Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, constatou-se que apenas 0,03% dos visitantes carregavam itens considerados proibidos, ou seja, 3 visitantes de cada 10 mil. Em nenhum dos casos registrou-se a tentativa de entrar com armas. A pesquisalevou em conta dados coletados pelo Governo nos meses de fevereiro, março e abril dos anos 2010, 2011, 2012 e 2013. Enquanto isso, a apreensão de objetos ilegais dentro das celas foi quatro vezes superior à quantidade apreendida com parentes, o que prova que os objetos entram por outros meios, que não os familiares.

Em maio de 2013, a Vara de Execução Penal de Joinville proibiu a revista vexatória em dois presídios do Estado de Santa Catarina. Os dados oficiais demonstram, que durante cinco meses, não houve aumento nas apreensões que possam ser relacionadas com o fim desta prática humilhante. O juiz João Marcos Buch, responsável pela medida, diz que, muito menos motins e rebeliões. Ao contrário disso, segundo ele, o sistema “passou a funcionar com mais tranquilidade. Inclusive os agentes perceberam que a dinâmica de segurança não mudou e que seu trabalho foi otimizado”. Apesar disso, o Tribunal de Justiça, a pedido do Ministério Público Estadual suspendeu a medida.

Fonte: Conectas


Marido desabafa em enterro de esposa assassinada por "justiceiros"

“Para mim a ficha não caiu. Essas pessoas que agrediram ela e as que assistiram não tiveram a coragem de salvar uma pessoa inocente, não deram nem tempo de defesa para minha esposa. Espero que isso não aconteça com a família deles”.

Centenas de pessoas acompanharam, na manhã desta terça-feira, o enterro de Fabiane. A cerimônia reuniu familiares e amigos que não se conformam com a crueldade do crime.

O marido, Jaílson Alves das Neves, comentou o caso e diz não sentir ódio dos suspeitos. “Vou chorar. Não vou aguentar. Para mim a ficha não caiu. Apesar da brutalidade, não guardo ódio, não guardo esse sentimento ruim no coração. Espero que não aconteça com mais famílias. Essas pessoas que agrediram ela e as que assistiram não tiveram a coragem de salvar uma pessoa inocente, não deram nem tempo de defesa para minha esposa. Quero que eles reflitam e que isso não aconteça nunca com a família deles”, explica.

Protesto

Após o enterro de Fabiane Maria de Jesus, dezenas de amigos e familiares realizaram uma passeata no bairro Morrinhos. A população não quer que a imagem do local fique manchada por causa do crime brutal.

Os amigos contaram que Fabiane havia emprestado a Bíblia para uma amiga na quarta-feira passada, ocasião do aniversário da amiga. Fabiane recomendou a leitura de um salmo. No sábado, ela foi buscar o livro que havia ficado na igreja. No caminho de volta para casa, a dona de casa parou em um supermercado para depois prosseguir viagem, quando então foi atacada. A Bíblia, que tinha também uma foto das filhas dela, foi rasgada pelos assassinos. O livro, no entanto, foi recuperado e entregue para a mãe de Fabiane.

Maria José Dias era amiga da vitima há 25 anos e foi a última a ver Fabiane ainda com vida. “Ela foi buscar uma bíblia que tinha esquecido na igreja. Tinha pedido para que eu não esquecesse de rezar por ela. Ela estava bonita no sábado, tinha acabado de cortar e pintar o cabelo. Ela se despediu e disse que ia ao médico. A Fabiane nunca fez mal a ninguém. Tiraram o direito de uma bebê crescer ao lado da mãe. Isso não se faz. Essas pessoas chutaram uma mãe indefesa”, comenta.

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br


Vídeo: estuprador é queimado vivo
pela população

Um vídeo com cenas fortes chegou à redação do Bocão News neste domingo (4). De acordo com as imagens um homem acusado de estupro por populares foi espancado e queimado vivo. A postagem do vídeo no Youtube descreve que o fato aconteceu em São Paulo, mas um dos comentários abaixo do vídeo aponta como João Pessoa na Paraíba. Momentos antes de morrer, o suspeito clama por piedade e grita de dor. Algumas pessoas que não aparecem no vídeo tentam impedir a filmagem na hora da execução. Antes de atear fogo no homem ainda acontece outra sessão de espancamentos. As cenas são chocantes. Acompanhe o vídeo.

 

Fonte: http://www.santacruznoticias.com.br


Vídeo de ladrão amarrado e colocado sobre formigueiro em Teresina causa
polêmica na internet

 

Jovem é visto agonizando por conta do sofrimento que passava.

 

ATENÇÃO: as cenas abaixo podem causar indignação e/ou desconforto.

 

Um vídeo tem causado grande polêmica na web. Ele mostra um jovem ladrão amarrado e colocado sobre um formigueiro para ser picado pelos insetos.

O caso ocorreu em Teresina, no Piauí. A gravação evidencia o sofrimento do infrator, o qual está com os braços e pernas imobilizados para trás e grita desesperadamente.

Segundo informações, o vídeo foi gravado no bairro de Dirceu, e foi postado logo em seguida no Facebook. Não se tem informações do que aconteceu com o infrator e quais ferimentos ele sofreu.




Leia mais em: http://www.techmestre.com


JORNALISTA VÍTIMA DA BANDIDAGEM GRATUITA

O assassinato gratuito e escabroso (de forma intencional, no mínimo dolo eventual) de um cinegrafista da Band num protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro reforça a ideia de que vivemos no país das belezas naturais inigualáveis, mas também da mais escrota e irresponsável bandidagem (seja fraudulenta, seja violenta), que constitui uma das heranças malditas do colonialismo extrativista e saqueador, que ao povo transmitiu a cultura do autoritarismo, do ignorantismo, do parasitismo, do desigualitarismo (segregacionismo) e do cruel selvagerismo.

Com 27,1 assassinatos para cada 100 mil pessoas (em 2011), o Brasil não é o 16º mais violento do mundo por acaso. Aqui acham-se falidas todas as instituições nucleares da vida sustentável em sociedade (Estado/democracia, capitalismo, império da lei e sociedade civil). Quanto mais amplia nossa complexidade, mais o Brasil vai se degringolando e se afogando no sangue dos seus “cadáveres antecipados” (Zaffaroni).

Nossa democracia passa por crise profunda (81% da população afirma que o político brasileiro é corrupto ou muito corrupto – Ibope) e continuamos praticando o capitalismo selvagem e retrógrado (70% do PIB estão em pouquíssimas mãos; o restante é dividido para 200 milhões de pessoas), que não tem nada a ver com o elogiável capitalismo evoluído e distributivo, fundado na educação de qualidade para todos (Dinamarca, Coreia do Sul, Noruega, Finlândia, Canadá, Japão etc.). O império da lei virou zombaria e a sociedade, ao substituir os valores clássicos de convivência (respeito às pessoas, honra, boa reputação, amor ao trabalho etc.) pelos da sociedade vazia e líquida, se tornou totalmente incivilizada e grosseiramente consumista, em razão da sua esplendorosa vulgaridade.

Que nos falta? Romper definitivamente com nosso maldito passado colonialista e extrativista e promover a maior revolução aqui jamais vista nas áreas da educação e da ética, de onde resultará naturalmente o respeito e o império da lei (enforcement) assim como a civilidade/cidadania. EEE: educação, ética e “enforcement” (império da lei e da Justiça): prevenção antes de tudo e, ao mesmo tempo, contenção da bandidagem e da malandragem generalizadas. Não vejo outro caminho mais racional e mais sensato para superarmos nossa barbárie (“guerra de todos contra todos”, como dizia Hobbes) e ingressarmos finalmente na civilização (N. Elias).

Deveríamos sair por aí, todos de branco, quebrando tudo quanto é resistência, sobretudo da burguesia acomodada, que ainda ostenta o espírito espoliador e saqueador do colonialismo selvagem, que há muito tempo foi abandonado ou rejeitado pelas nações capitalistas mais prósperas e mais invejadas do planeta (Dinamarca, Áustria, Alemanha, Cingapura, Noruega etc.).

Leia o original aqui:
http://www.visaopanoramica.com


Pedófilo é preso depois de tentar fazer pai estuprar filha de 9 anos

Suposto pai era na verdade um policial disfarçado. 

Um homem britânico que tentou convencer os pais a abusarem e estuprarem seus próprios filhos foi preso por 5 anos. Mark Luscombe, de 29 anos, de Verwood, Dorset, foi capturado depois de uma operação secreta de policiais dos Estados Unidos e Reino Unido. 

Luscombe usava o nome de 'Badmomlover' em um site, e entrou em contato com um homem que ele acredita ser o pai de uma menina de 9 anos de idade. Ele mandou ao homem, que na verdade era um policial disfarçado em San Jose, Califórnia, 93 imagens indecentes e vídeos, pedindo para que ele estuprasse a filha na frente da webcam. 

Depois de uma investigação, Luscombe foi preso e admitiu à polícia ter relações íntimas com uma menina de 13 anos de idade. Um juiz em Bournemouth Crown Court ordenou prender Luscombe por 5 anos.

Fonte: http://www.techmestre.com


FOLHA DIZ QUE VIOLÊNCIA EPIDÊMICA EM SP É “ACEITÁVEL”

O Estado de São Paulo fechou 2013 com taxa de 10,5 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Frente a 2012, houve redução de 24,5%. Em 2003, ocorreram 10.954 mortes intencionais. É elogiável a redução dos homicídios. Aliás, uma vida que seja preservada já é um feito extraordinário, sobretudo num país semialfabetizado em que a quase totalidade não sabe o que é a ética fundada no respeito à vida, aos animais, à natureza e ao bom uso da tecnologia. Todo esforço pela vida merece nosso apoio, mas dizer que a taxa citada é “aceitável” ou que se trata “de patamar considerado aceitável internacionalmente” (Folha 18/1/14, p. 1) é uma estupidez sem tamanho, pelo seu senso acrítico e desparametrado.

Acima de 10 assassinados para cada 100 mil pessoas já é violência epidêmica, sem controle, conforme a Organização Mundial da Saúde (da ONU). Aceitável, mas não justificável, é a média de 1,8 assassinatos dos 47 países mais desenvolvidos do planeta (o IDH, as desigualdades e os homicídios têm tudo a ver). A violência em SP, quase 6 vezes mais que essa média, é absurda e “inaceitável”. Com violência epidêmica, nem São Paulo (10,5), governado pelo PSDB, nem o Brasil (27,1, em 2011), comandado pelo PT, pode se dizer decente nesse item. São latrinas da insegurança pública.

O que está por trás da linguagem manipuladora de setores do jornalismo assim como de governos tão díspares como PSDB e PT? O exercício do poder simbólico (Pierre Bourdieu), que se funda na fabricação contínua de crenças no discurso dominante, sobretudo pela mídia (falada, televisada, escrita ou compartilhada). Isso induz o humano vulgar chamado Senso Comum a legitimar esse discurso e se posicionar no espaço social de acordo com seus critérios e padrões. Se andam dizendo que a violência epidêmica é “aceitável”, o Senso Comum acredita nisso. É por meio dessa violência simbólica que se exerce o manipulador poder simbólico.

A soma do Senso Comum com a mídia gerou, desde 70, no campo criminológico e político-criminal, o chamado populismo-midiático-vingativo (veja nosso livro Populismo penal midiático: Saraiva, 2013), que é alimentado pelo pior modelo de capitalismo existente no planeta, o extrativista e parasitário, gerador de extremas desigualdades (como no Brasil e nos EUA) e que tem muito pouco a ver com o elogiável capitalismo evoluído e distributivo, fundado na educação de qualidade universalizada e praticado por Dinamarca, Suécia, Suíça, Holanda, Canadá, Japão, Coreia do Sul etc. (onde são assassinadas em média 1,8 pessoas para cada 100 mil, não 10,5).

Leia o original aqui: http://www.visaopanoramica.com
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O Estado de São Paulo fechou 2013 com taxa de 10,5 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Frente a 2012, houve redução de 24,5%. Em 2003, ocorreram 10.954 mortes intencionais. É elogiável a redução dos homicídios. Aliás, uma vida que seja preservada já é um feito extraordinário, sobretudo num país semialfabetizado em que a quase totalidade não sabe o que é a ética fundada no respeito à vida, aos animais, à natureza e ao bom uso da tecnologia. Todo esforço pela vida merece nosso apoio, mas dizer que a taxa citada é “aceitável” ou que se trata “de patamar considerado aceitável internacionalmente” (Folha 18/1/14, p. 1) é uma estupidez sem tamanho, pelo seu senso acrítico e desparametrado.

Acima de 10 assassinados para cada 100 mil pessoas já é violência epidêmica, sem controle, conforme a Organização Mundial da Saúde (da ONU). Aceitável, mas não justificável, é a média de 1,8 assassinatos dos 47 países mais desenvolvidos do planeta (o IDH, as desigualdades e os homicídios têm tudo a ver). A violência em SP, quase 6 vezes mais que essa média, é absurda e “inaceitável”. Com violência epidêmica, nem São Paulo (10,5), governado pelo PSDB, nem o Brasil (27,1, em 2011), comandado pelo PT, pode se dizer decente nesse item. São latrinas da insegurança pública.

O que está por trás da linguagem manipuladora de setores do jornalismo assim como de governos tão díspares como PSDB e PT? O exercício do poder simbólico (Pierre Bourdieu), que se funda na fabricação contínua de crenças no discurso dominante, sobretudo pela mídia (falada, televisada, escrita ou compartilhada). Isso induz o humano vulgar chamado Senso Comum a legitimar esse discurso e se posicionar no espaço social de acordo com seus critérios e padrões. Se andam dizendo que a violência epidêmica é “aceitável”, o Senso Comum acredita nisso. É por meio dessa violência simbólica que se exerce o manipulador poder simbólico.

A soma do Senso Comum com a mídia gerou, desde 70, no campo criminológico e político-criminal, o chamado populismo-midiático-vingativo (veja nosso livro Populismo penal midiático: Saraiva, 2013), que é alimentado pelo pior modelo de capitalismo existente no planeta, o extrativista e parasitário, gerador de extremas desigualdades (como no Brasil e nos EUA) e que tem muito pouco a ver com o elogiável capitalismo evoluído e distributivo, fundado na educação de qualidade universalizada e praticado por Dinamarca, Suécia, Suíça, Holanda, Canadá, Japão, Coreia do Sul etc. (onde são assassinadas em média 1,8 pessoas para cada 100 mil, não 10,5).



Leia o original aqui: http://www.visaopanoramica.com/2014/01/29/folha-diz-que-violncia-epidmica-em-sp-aceitvel/#ixzz2s1f5rln6
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O Estado de São Paulo fechou 2013 com taxa de 10,5 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Frente a 2012, houve redução de 24,5%. Em 2003, ocorreram 10.954 mortes intencionais. É elogiável a redução dos homicídios. Aliás, uma vida que seja preservada já é um feito extraordinário, sobretudo num país semialfabetizado em que a quase totalidade não sabe o que é a ética fundada no respeito à vida, aos animais, à natureza e ao bom uso da tecnologia. Todo esforço pela vida merece nosso apoio, mas dizer que a taxa citada é “aceitável” ou que se trata “de patamar considerado aceitável internacionalmente” (Folha 18/1/14, p. 1) é uma estupidez sem tamanho, pelo seu senso acrítico e desparametrado.

Acima de 10 assassinados para cada 100 mil pessoas já é violência epidêmica, sem controle, conforme a Organização Mundial da Saúde (da ONU). Aceitável, mas não justificável, é a média de 1,8 assassinatos dos 47 países mais desenvolvidos do planeta (o IDH, as desigualdades e os homicídios têm tudo a ver). A violência em SP, quase 6 vezes mais que essa média, é absurda e “inaceitável”. Com violência epidêmica, nem São Paulo (10,5), governado pelo PSDB, nem o Brasil (27,1, em 2011), comandado pelo PT, pode se dizer decente nesse item. São latrinas da insegurança pública.

O que está por trás da linguagem manipuladora de setores do jornalismo assim como de governos tão díspares como PSDB e PT? O exercício do poder simbólico (Pierre Bourdieu), que se funda na fabricação contínua de crenças no discurso dominante, sobretudo pela mídia (falada, televisada, escrita ou compartilhada). Isso induz o humano vulgar chamado Senso Comum a legitimar esse discurso e se posicionar no espaço social de acordo com seus critérios e padrões. Se andam dizendo que a violência epidêmica é “aceitável”, o Senso Comum acredita nisso. É por meio dessa violência simbólica que se exerce o manipulador poder simbólico.

A soma do Senso Comum com a mídia gerou, desde 70, no campo criminológico e político-criminal, o chamado populismo-midiático-vingativo (veja nosso livro Populismo penal midiático: Saraiva, 2013), que é alimentado pelo pior modelo de capitalismo existente no planeta, o extrativista e parasitário, gerador de extremas desigualdades (como no Brasil e nos EUA) e que tem muito pouco a ver com o elogiável capitalismo evoluído e distributivo, fundado na educação de qualidade universalizada e praticado por Dinamarca, Suécia, Suíça, Holanda, Canadá, Japão, Coreia do Sul etc. (onde são assassinadas em média 1,8 pessoas para cada 100 mil, não 10,5).



Leia o original aqui: http://www.visaopanoramica.com/2014/01/29/folha-diz-que-violncia-epidmica-em-sp-aceitvel/#ixzz2s1f5rln6
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PR: detentos fazem agente penitenciário refém em rebelião em presídio

Um grupo de oito detentos se rebelou no final da manhã desta quinta-feira e manteve refém um agente penitenciário, na Penitenciária Estadual de Piraquara (PR), na região metropolitana de Curitiba. De acordo com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, a rebelião atinge apenas uma galeria da unidade, que tem 849 presos no total.

Segundo a secretaria, os oito detentos foram transferidos de Foz do Iguaçu para a penitenciária e começaram a rebelião para reivindicar o retorno à cidade. Outros cerca de 40 detentos aderiram ao motim em apoio aos companheiros de cela. Nas demais galerias, a situação é normal, afirmou a pasta. 

De acordo com a secretaria, por volta das 15h30 a situação estava normalizada. A pasta não informou, porém, se o refém, que não sofreu ferimentos, foi liberado. O diretor do Departamento Penitenciário do Paraná se dirigiu ao local para negociar com os presos. A Polícia Militar tomou a unidade para evitar que mais detentos se rebelem.

Até as 17h, a secretaria não havia definido quais atitudes seriam tomadas com os detentos que iniciaram a rebelião. 

Fonte: http://noticias.terra.com.br


Agente fica seis horas como refém

Um agente penitenciário  foi mantido como refém durante seis horas por cerca de dez presos na Penitenciária Estadual de Piraquara II (Pep II), na Região Metropolitana de Curitiba, ontem.  Ele foi liberado sem nenhum ferimento, segundo a  a assessoria de comunicação da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju).  Os presos estavam reivindicando transferências para outras regiões do Paraná e outros estados brasileiros.

O motim começou por volta do meio-dia e terminou por volta das 18h com a liberação do agente penitenciário. As negociações com os detentos foram realizadas pelas direções do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar.

Seis presos já deixaram o local e estão sendo transferidos para unidades penitenciárias das regiões de Foz do Iguaçu, no oeste do estado, e de Maringá, no norte. Segundo a secretaria, eles têm este direito pelo fato de terem familiares nessas regiões. Os demais presos continuam detidos na Penitenciária de Piraquara.

Fonte: http://www.bemparana.com.br


Direitos Humanos vê militarização do sistema prisional na PB e reclama
de excesso de Virgulino

O Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) da Paraíba apresentou um relatório anual de atividades nesta terça (10) onde aponta graves falhas no sistema prisional do Estado e critica a postura do secretário de Administração Penitenciária Walber Virgulino de promover o endurecimento e militarização dos grupos especiais de policiamento prisional.

O relatório destaca a expectativa positiva do Conselho a respeito da nomeação de Walber Virgulino à Secretaria de Administração Penitenciária, mas ressaltou que essa expectativa ‘se esvaiu com o fortalecimento do endurecimento e militarização dos grupos especiais de policiamento prisional e aos excessos em operações havidas dentro das unidades prisionais’.

As diversas reuniões realizadas ao longo do ano também trouxeram bons frutos, de acordo com o relatório mais importante foi a vinculação do CEDH a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes) podendo assim melhor atender as demandas formuladas junto ao Estado como fornecimento de materiais de suporte técnicos e operacionais e a designação de uma funcionária para atender diariamente as reclamações formuladas pelos cidadãos paraibanos.

O relatório destaca as tentativas de melhoramentos no sistema prisional paraibano. Apontando que uma das reuniões atentava para o fato de reeducandos estarem em situação de serem possíveis beneficiários de progressão de regime e até liberdade. A reunião também  visava reduzir o excesso de presos e pedir que a Administração Penitenciária apresente relatórios prisionais dos possíveis beneficiários.

Na contramão da progressão de regime, o relatório aponta a necessidade de fechamento imediato do presídio Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecido como Róger. o CEDH destacou que em visita feita em fevereiro constatou-se que ‘a realidade naquela ocasião era a mais grave de todos os tempos. Lixo se amontoando dentro das unidades, misturado com roupas e colchões enrolados, roupas espalhadas, creme dental e produtos de limpeza pelo pátio da unidade, proliferação de ratos. Presos doentes misturados nos pavilhões, deficientes visuais, com tuberculose, colostomia e outros’. O relatório expõe ainda que haviam presos isolados e no reconhecimento que não tinham direito a visitas de familiares nem a banho de sol. “Um amontoado humano, estado de calamidade pública e projetando-se uma tragédia anunciada”, denuncia.

O CEDH reclamou que da ‘segurança zero’ para os presos, familiares e funcionários daquela unidade e sugeriu a retirada dos apenados por mutirão ou transferência para comarcas adjacentes. Contudo as medidas para tentar encerrar o funcionamento não lograram êxito.

Além das críticas, o conselho também questiona a atitude do secretário ao encaminhar um procedimento ‘orquestrado’ pela atual diretora do Presídio Feminino Júlia Maranhão, Cynthia Almeida, ‘a fim de tentar criminalizar a conduta legal da defensora dos Direitos Humanos, a conselheira Guiany Campos Coutinho da Pastoral Carcerária, CEDH, Conselho da Comunidade que teve seu nome e honra comprometidos’. Essa situação culminou com o rompimento entre o CEDH e a Seap.

Ainda na questão dos presídios, o CEDH destacou os maus tratos a presas grávidas que foram submetidas a tratamento humilhante e uso indiscriminado de algemas, fato que também se estendeu para internas do Centro Educacional do Jovem (CEJ). 

No CEJ também foram encontrados jovens sofrendo coceiras causada pela doença de pele escabiose, conhecida como sarna, além de os internos alegarem espancamento por parte dos monitores, falta de água nos chuveiros, ausência de serviço odontológico há mais de um ano, número insuficiente de psicólogos e assistentes sociais, atendimento insatisfatório da defensoria pública ausência de condições para visitas de familiares e ausência de assistência medica.

Para tentar solucionar alguns dos problemas encontrados, foi nomeada para a Ouvidoria da Polícia a conselheira Valdênia Paulino Lanfrachi que abriu procedimentos administrativos para tentar apurar desvios de conduta das categorias policiais do estado e após constatar vários excessos e prática de tortura abriu processos administrativos e judiciais de conduta gerando descontentamento dos policiais. A ouvidora sofreu ameaças, precisou andar escoltada e posteriormente saiu do estado e do país.

O lado positivo ficou por parte da criação de celas diferenciadas para travestis atendendo as reivindicações do movimento LGBT no Estado.

O CEDH é composto pelo Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba (ALPB), Ministério Público do Estado da Paraíba, Secretária de Estado da Segurança e Defesa Social (Sedes), Assembleia Estadual da Paraíba, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, Comissão de Direitos Humanos da UFPB, Centro de Referência de Direitos Humanos – UFPB, Pastoral Carcerária, Dignitatis – Assessoria Técnica Popular, Fundação Margarida Maria Alves, Movimento Espírito Lilás (MEL), Associação Paraibana de Imprensa (API).

Fonte: http://www.paraiba.com.br


Penitenciária no noroeste do PR é interditada após pedido do MP

Cadeia de Cruzeiro do Oeste não tem equipe médica e assistência jurídica.
 SEJU diz que espera pela nomeação de aprovados em concurso há um ano.

A penitenciária de Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná, foi interditada parcialmente pela juíza Helênika de Souza Pinto Sperotto após o Ministério Público do Paraná (MP-PR) encontrar diversas irregularidades na unidade que estavam violando os direitos dos presos e da comunidade.  A interdição foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo MP-PR e, segundo o órgão, a penitenciária não oferece serviços essenciais como agentes penitenciários, equipe médica e psicológica , além de atendimento jurídico, que permitam o funcionamento adequado da unidade e a ressocialização dos presos. O local está proibido de receber novos presos até que a situação seja regularizada.

A penitenciária de Cruzeiro do Oeste foi inaugurada há dois anos e, segundo o promotor Marcelo Bruno Marques, há um ano o MP-PR tem solicitado junto ao estado a contratação de profissionais de saúde e de segurança para garantir os direitos dos detentos e não por em risco a segurança da população. “A falta de profissionais de saúde está sobrecarregando o município que não tem obrigação de dar assistência a detentos que estão sob a responsabilidade do estado”, detalha o promotor. Ainda de acordo com o promotor, um preso que também é médico está auxiliando no atendimento enquanto cumpre a pena. “Mesmo assim, o atendimento do Pronto Atendimento Municipal fica sobrecarregado prejudicando o atendimento da população”, acrescenta Marques.

Outro problema apontado pela promotoria é a inexistência de um assistente ou de um defensor público que preste assistência jurídica aos presos e garanta o cumprimento de processos disciplinares que possam surgir dentro da penitenciária. “Os presos que não podem pagar por um advogado, não sabem se seus direitos estão garantidos e já cogitam a possibilidade de rebelião”, diz Marcelo Marques. “A interdição é uma medida para evitar esse tipo de situação e garantir os benefícios que estão previstos na Lei de Execuções Penais. Além disso, nós queremos garantir, caso aconteça alguma confusão na penitenciária, que o detento envolvido receba punição disciplinar que também é prevista em lei”, argumenta.

Nomeações paradas há um ano
O Departamento de Execução Penal (Depen) da Secretaria Estadual de Justiça (Seju) afirma que solicitou a nomeação dos profissionais de saúde que passaram em um concurso público junto ao governo há um ano. O diretor do Depen, Mauricio Kuehne, acrescenta que todas as penitenciárias do estado estão carentes de profissionais de saúde e, que se for por esse motivo, todas as unidades prisionais serão fechadas.

“O governador teria autorizado a nomeação há mais de um ano, mas a Secretaria Estadual da Administração e da Previdência (Seap) ainda não chamou os profissionais por diversas questões”, defende Kuehne. “Todos nós sabemos que o estado está enfrentando problemas de ordem financeira, não pode admitir pessoal, por causa da lei de responsabilidade fiscal, então precisamos que o judiciário tenha um pouco mais de compreensão”, argumenta o diretor do Depen..

A Seju ainda afirmou que atualmente há 600 presos no local, construído para abrigar 1,2 mil, por conta do número reduzido de agentes penitenciários. Mas, conforme o órgão, em março de 2014, novos agentes penitenciários estarão trabalhando na penitenciária de Cruzeiro de Oeste reforçando a segurança do local.

A Secretaria Estadual da Administração e Previdência (Seap) informou que não houve concurso espefícico para a contratação de profissionais da saúde no município. As vagas, portanto, tinham de ser preenchidas com aprovados em Umuarama, que deveriam manifestar o interesse de trabalhar em Cruzeiro do Oeste. Destes, apenas três aceitaram mudar de cidade. Ainda conforme a secretaria, um concurso público com 80 vagas para agentes penitenciários está em andamento.

A Defensoria Pública do Paraná disse que já nomeou 87 defensores públicos que vão atuar no estado e, destes, dois trabalharão em Cianorte, no noroeste do Paraná, prestando auxilio inclusive para a penitenciária. A previsão da defensoria é de que os nomeados estejam na cidade a partir de segunda-feira (9) e verifiquem a situação da penitenciária ao longo do mês de dezembro.

Fonte: http://g1.globo.com


Detentos do semiaberto buscam por conta própria vagas em albergues

Detentos vão para semiaberto e precisam procurar vagas em albergues.
Ainda sem redução na superlotação, problema eleva tensão entre facções.

Em vigor há quase um ano, uma decisão da Justiça gera peregrinação diária de detentos no Rio Grande do Sul. Presos com direito a progressão de regime saem de cadeias do fechado para usar tornozeleiras ou ter que procurar por conta própria um albergue do semiaberto, muitas vezes sem sucesso. Segundo a Superintendência Estadual de Serviços Penitenciários (Susepe), a sede do órgão recebe a cada manhã pelo menos 30 condenados em busca do cumprimento total da pena, como mostra a reportagem do Teledomingo, da RBS TV.

De autoria do do juiz Sidnei Brzusca, a decisão foi tomada devido à falta de vagas e ao fato de milhares de presos ainda ainda estarem em celas do regime fechado apesar de terem o direito de progredir para o semiaberto. Além disso, em função do risco de rebeliões, a Justiça tem permitido que alguns saiam do fechado antes do prazo para não serem mortos. Desde que a medida entrou em vigor, 7% dos apenados fugiram.

“A situação era bastante constrangedora e passou a gerar um clima tenso dentro do regime fechado. Nós percebemos que estávamos diante de uma situação de perder o controle, já que nossas casas são superlotadas, e é difícil você manter o controle com muitos presos e poucos servidores”, disse Brzusca, explicando o motivo da decisão.

De acordo com o magistrado, a concessão para sair do fechado libera o detento a ficar até cinco dias em busca de um lugar em algum albergue do estado. A procura esbarra em um sistema prisional que, para o juiz, entrou em colapso. Outro aspecto preocupa Brzusca: como o estado perdeu o controle de prisões no regime semiaberto, cresceu o poder de facções criminosas. “O semiaberto passa a ser controlado pelo preso, ele deixa de estar sob as ordens do estado e começa a ir e vir como bem entende”.

O superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, reconhece que a situação é delicada: "Nós temos as casas do semiaberto, porém existem muitas vezes incompatibilidade de facções ou de desavenças que eles trazem de outros regimes. Daí, ele retorna para que seja encaminhado para outra casa. É isso que vem ocorrendo. Estamos trabalhando pra que esse preso possa vir a utilizar a tornozeleira, já fizemos um aditivo com a empresa que nos fornece os equipamentos, para que possamos a chegar a até cinco mil tornozeleiras”, afirmou.

“A alternativa para isso é o estado ter casas adequadas, tanto pro regime fechado, aberto e semiaberto e colocar as pessoas nos devidos lugares”, completou Brzusca.

Um homem que estava preso na Penitenciária Modulada de Montenegro hoje mora em Cidreira, no Litoral Norte, e precisa viajar a cada cinco dias mais de cem quilômetros até a Susepe. “Me sinto prejudicado, porque cada vez que viajo tenho que gasta R$ 40”, disse o apenado que não quis se identificar.

O problema é maior do que a despesa. Com as seguidas faltas ao trabalho, ele está ameaçado de perder o emprego. Além disso, o tempo de espera atrasa cada vez mais a liberdade, já que os dias terão que ser cumpridos no final.

Fonte: http://g1.globo.com


Oposição pede intervenção federal na segurança pública do MA

Os deputados Rubens Júnior (PC do B), líder do Bloco de Oposição, Raimundo Cutrim (PC do B), Othelino Neto (PC do B) e Bira do Pindaré (PSB) voltaram a criticar duramente o Sistema de Segurança Pública do Maranhão, na sessão desta terça-feira (12), e anunciaram que vão pedir intervenção federal no sistema de segurança estadual. “O Ministério Público requereu a intervenção no sistema carcerário, nós faremos um aditamento a fim de estender a todo o Sistema de Segurança do Estado do Maranhão”, afirmou Rubens Júnior.

Segundo Rubens Júnior, trocar o comando da Polícia Militar não vai resolver a situação da segurança, pois o problema é de todo o sistema, que está falido e não traz resultado, e do secretário de Segurança, Aluísio Mendes, que não tem apoio popular e nem da corporação. “Fracassou porque foi incompetente e, agora, porque não tem sustentação da base”, argumentou.

Raimundo Cutrim, mais uma vez, voltou a responsabilizar o secretário de Segurança pelo caos no Sistema de Segurança Pública, acrescentando que pode colocar o comandante do Brasil todo, que não vai ter jeito, pois o problema é a cabeça do sistema que está fragilizada. “Desafio um deputado aqui que venha me dizer que a segurança está boa, desafio”, observou.

Para o deputado Othelino Neto, o caos na Segurança Pública do Maranhão é a materialização do desgoverno que vive o Estado, destacando o fato de o presidente da Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA), Gervásio Protásio dos Santos, ter afirmado recentemente que a violência em São Luís está tomando proporção alarmante e que isso é fruto da falta de investimentos.

Othelino Neto enfatizou o descontentamento dos policiais militares que, ontem (11), fizeram uma manifestação na Praça Deodoro, na qual denunciaram e reclamaram da falta de Segurança Pública no Estado do Maranhão. “Os policiais disseram que se não demitir o secretário, se não trocar o secretário, eles vão parar. Aí, com a Polícia Militar em greve, vamos experimentar o absoluto caos”, revelou.

Na opinião de Othelino, não adianta exonerar o comandante da Polícia Militar e que é preciso que a governadora assuma a situação, ou pelo menos tente, para ter, minimamente, condições de sair desse estado grave de insegurança e descontrole por que passa o Maranhão.

Bira do Pindaré, por sua vez, afirmou que o Sistema de Segurança está falido e não consegue mais responder a nada e que sua incapacidade está comprovada. Ele indagou por que a governadora não pede a Força Nacional para ajudar no enfrentamento à criminalidade, e não só ao sistema prisional, bem como a razão por que não devolve os recursos do Orçamento Estadual, que foi reduzido em R$ 8 milhões.

“O que resolve é a gente ter dinheiro para investir, é a gente pedir auxílio do Governo Federal através da Força Nacional, e a gente ter um Comando renovado na Secretaria de Segurança que possa cumprir com essas medidas, com todo o gerenciamento da inteligência e da tropa da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, de todo o Sistema. Aí talvez a gente comece a ter um alívio e mais tranquilidade para enfrentar a situação”, defendeu Bira.

Fonte: http://jornalpequeno.com.br


42 casos de perdas de armas
são investigados

Para ter a dimensão sobre a situação do armamento, a SSPDS
determinou a criação de uma comissão especial

Quarenta e dois casos que envolvem furto, roubo ou extravio de armas em poder de agentes das Forças de Segurança Pública do Estado (polícias Civil e Militar, Bombeiros, Peritos e Agentes Penitenciários) estão em investigação na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). Os dados são referentes ao último dia 24.

A SSPDS determinou que seja criado um banco de dados digitalizado sobre todo o arsenal que está em poder dos órgãos vinculados FOTO: BRUNO GOMES

Sobre os processos em investigação, a Assessoria de Comunicação da CGD não detalhou as ocorrências e informou que "os números informados resultam de pesquisa em bancos de dados que poderão conter algumas inconsistências, visto o fato da área de informática da CGD estar ainda desenvolvendo um novo sistema visando o melhor detalhamento dos dados herdados da extinta Corregedoria e os registrados após a sua criação".

Se até mesmo a Controladoria tem dificuldades em saber quantas armas ´desapareceram´ nas mãos dos agentes, como é feito o controle por parte da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS)?

No último dia 7, o titular do órgão, delegado federal Servilho Silva de Paiva, determinou a criação de uma comissão especial mista temporária para descobrir a real quantidade e a situação das armas à disposição dos órgãos vinculados à Pasta, como as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Perícia Forense.

O documento que determina a implantação da comissão, obtido pelo Diário do Nordeste, considerou "a imperiosa necessidade do efetivo registro e controle na utilização das armas de fogo que estão sob a responsabilidade dos órgãos vinculados da Secretaria". O trabalho da Comissão deve durar, no máximo, 60 dias e será acompanhado e fiscalizado por integrantes da Controladoria Geral.

No fim dos levantamentos, o grupo, que será formado por dois delegados da Polícia Civil, dois oficiais da Polícia Militar, um oficial integrante do Corpo de Bombeiros e um perito forense da Pefoce, deve apresentar ao secretário de Segurança um banco de dados digitalizados sobre a situação do armamento.

A Comissão fará o levantamento junto aos órgãos vinculados da SSPDS, com o objetivo de obter todas as informações sobre as armas de fogo, "inclusive indicando sobre a existência de cautela individual da(s) mesma(s), sob pena de responsabilidade administrativa".

Provimento

Não são raros os casos de "sumiços" de armas de quartéis, delegacias ou das mãos de policiais nas ruas. No ano passado, o próprio secretário, quando ainda era controlador-geral, emitiu provimento correcional determinando a comunicação à Polícia Federal de qualquer "extravio, perda, roubo, furto, recuperação ou apreensão de armamento em procedimentos policiais".

Segundo o documento publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), em fevereiro de 2012, a medida considerava seguidas prisões de bandidos com armamento das forças policiais e, na maioria desses casos, o setor responsável pelo controle das armas das instituições não era informado dos fatos, tão pouco inseriam os dados na Rede Infoseg. O provimento mencionava ainda as "constantes comunicações de perda ou extravio de armas", por parte dos agentes públicos de segurança.

Os dois casos recentes que mais chamaram a atenção ocorreram entre 2011 e 2012. Em 2011, uma metralhadora que pertencia à Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) sumiu da central de armas da Especializada. Em janeiro de 2012, uma pistola foi roubada por travestis de um delegado da Polícia Civil. Outros casos emblemáticos marcaram o setor de armamento da SSPDS, como o "desaparecimento" de 12 fuzis do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar, em 2007, e o "sumiço", em 2009, de mais de 30 armas de uma companhia da PM, em Caucaia.

Informações

Solicitamos informações à SSPDS sobre a criação da comissão e os desdobramentos da medida. Indagamos também da Assessoria do órgão quem eram os integrantes da comissão especial, mas até o fechamento desta matéria a resposta não havia sido enviada.

EMERSON RODRIGUES
REPÓRTER


Advogados e servidores usam máscaras nos presídios de Cuiabá

Advogados, servidores e familiares dos reeducandos estão apavorados com o alto índice de tuberculose em três das principais penitenciárias do Estado, sediadas em Cuiabá, que são a Central(PCE), CRC(Carumbé) e Feminina.

Há advogados e funcionários do sistema prisional condicionando o ingresso nos presídios ao uso de máscaras. Cerca de duas semanas atrás, dois funcionários do Sistema Prisional, que trabalharam na sede da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos(Sejudh) e fazem o controle de compra dos presídios foram diagnosticados com a doença.

O número de presos com a doença, conforme dados oficias repassados há mês, já seria superior a 190, assim como o de agentes prisionais, 13. Advogado e professor universitários, Yann Dieggo de Sousa Almeida, 29 anos, que atua principalmente na área criminal, diz que não se sente totalmente protegido, nem mesmo usando máscara. Com dezenas de clientes atrás das grades, Almeida estima que pelo menos 30% deles são portadores de tuberculose.

Como faz visitas na PCE até duas vezes por semana, Yann Almeida entende que está diretamente ao bacilo causador da doença. Os casos da doença e o medo do contágio já viraram tema de debates e críticas contra o governo do Estado nas redes sociais.

Ao ver uma foto do colega advogado Yann Almeida usando máscara e informando que estava ido para o presídio, o professor Francisco Jawsnicker, 47 anos, reagiu: “ou pega a doença como eu”.

À reportagem, o professor contou que há cinco anos, em 2007, quando atuava no Núcleo de Prática Júridica(NPJ), período em que fazia muitas visitas aos presídios, em especial ao PCE, foi diagnosticado com tuberculose.

Além de dar aulas e prestar assistência jurídica gratuita a presos como parte do ensino, Jawsnicker trabalhava como servidor do Tribunal de Justiça, na assessoria da desembargadora Shelma Lombardi.

Foi em um corredor do TJ que se sentiu mal, falta de ar ao ponto de não conseguir caminhar e febre alta. Dias depois recebeu o diagnóstico de tuberculose. “Não havia ninguém na família ou entre amigos com a doença, a única possibilidade é de contaminação durante presídio ou contato com presos”, completa.

Para o presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais, João Batista Pereira, o número de casos é superior aos oficiais, mas ninguém sabe ao certo quantos.

Para o gerente de Saúde do Sistema Prisional, Osamo Delgado, não há razão para pânico. Ele diz que desconhece números diferentes dos oficiais. Indagado se, diante de seu posicionamento, poderia se dizer que a situação está tranquila, sobre controle, Delgado respondeu: “estamos fazendo o que foi preconizado”.

Fonte: http://www.odocumento.com.br


Agentes penitenciários são presos no ES por porte ilegal de arma

Servidores disseram que estavam em busca de um detento fugitivo.
Agentes foram liberados após pagamento de fiança.

Três agentes penitenciários foram presos nesta terça-feira (1), no bairro Amaral, em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do Espírito Santo, por porte ilegal de armas. Segundo a polícia, os servidores trabalham em uma penitenciária de Vila Velha, na Grande Vitória, e disseram ter ido a Cachoeiro em busca de um detento, que teria fugido no último domingo. Os agentes foram liberados após o pagamento de fiança, estabelecida em um salário mínimo para cada um.

O delegado Valdemir Cavalcanti afirmou que os agentes foram encontrados por meio de denúncias. "Houve uma denúncia de que elementos estariam armados nessa localidade. Um P2 esteve no local e constatou que as armas não eram de posse da Secretaria de Justiça (Sejus). Uma delas era fria, sem registro. Eles não podem andar armados", disse Cavalcanti.

Em nota, a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) afirmou que os três agentes estavam em horário de folga e que o caso será investigado. Se for comprovada a má conduta, os servidores podem ser punidos com advertência ou ser expulsos. De acordo com o secretário Sérgio Alves Pereira, a recaptura de presos foragidos do sistema prisional é de competência da polícia.

Fonte: http://g1.globo.com


Briga de facções em presídio de São Luís deixa mortos e feridos

Ao menos 9 presos morreram, mas secretarias divergem sobre o número.
Segundo secretário, 60 presos pretendiam fugir da penitenciária por túnel.

Uma rebelião na Casa de Detenção do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), deixou mortos e feridos na noite de quarta-feira (9). Há divergência, no entanto, quanto ao total de vítimas fatais.

De acordo com nota da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), divulgada na manhã desta quinta (10), nove presos morreram. Já o secretário de Segurança do Estado, Aluísio Mendes, informou também pela manhã que eram 10 mortos. No fim da noite passada, ele havia dito que o número de vítimas era 13, mas depois admitiu ter ocorrido duplicidade na contagem dos corpos.

Os nomes de cinco mortos já foram divulgados pelo Instituto Médico Legal: Carlos Eduardo Oliveira da Silva, Natanael de Souza do Espírito Santo, Daniel Fonseca Rodrigues, Uvanir Duarte de Farias e Idenilson Gaspar Santos Viana. Um sexto corpo deu entrada no IML vindo da Casa de Detenção, mas não foi reconhecido até o momento.

Nos hospitais municipais de São Luís — Djalma Marques, o Socorrão I, e Clementino Moura, o Socorrão II — há outros três corpos de presos, segundo a secretaria de administração penitenciária.

Feridos
De acordo com a Sejap, 20 detentos feridos foram encaminhados ao Socorrão I. Desse total, 13 continuam internados: Nilson Gonçalves Cunha, Leonilson Costa Pereira, Iane dos Santos Lima, Cleiton Rogério Pinto Almeida, Raimundo Nonato Mendonça, Arthur Portela de Carvalho, Emivaldo Conceição as Silva, Rener Pereira da Silva, Roger Fernandes, Charles da Cruz Silva, Wellington Vera Silva, Alessandro Neres e Flávio Aurélio Pinheiro.

Briga de facções e túnel para fuga
Segundo o secretário Aluísio Mendes, a confusão foi motivada por uma briga entre facções criminosas e pela descoberta de um túnel no Bloco F do Pavilhão 2. Segundo ele, cerca de 60 presos pretendiam sair da penitenciária através do buraco.

"As mortes todas são em decorrência de brigas entre detentos de facções adversárias. O tumulto começou após a inteligência da SSP ter descoberto que 60 presos estavam cavando um túnel pelo qual pretendiam sair essa madrugada (de quinta, 10). Quando agentes penitenciários tentaram acessar a cela onde ficava o início do túnel, os presos se rebelaram tentando evitar a revista", explicou o secretário.

Familiares foram até a Casa de Detenção em busca de informações dos presos no início da noite de quarta. O cabo Campos, da Polícia Militar, que estava no local, disse que houve um forte incêndio dentro do presídio, que foi apagado por volta das 23h30. Além disso, ele falou que o movimento de familiares era muito intenso e que houve princípio de confronto. Pedras e outros objetos teriam sido arremessados contra agentes penitenciários.

Outras mortes em outubro
No dia 1º de outubro, a transferência de 18 presos que estavam na Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Anil para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas provocou a morte de três presos. Um deles foi decapitado.

Na ocasião, dois presos foram levados para o Hospital Socorrão II com ferimentos, e um agente penitenciário também foi hospitalizado, após ser atingido com uma pedra na cabeça.

Fonte: http://g1.globo.com


Londrina transfere presos para desarticular PCC

Segundo agentes penitenciários, lista de 100 presos a serem removidos é composta em sua maioria por integrantes da facção criminosa

Após o Ministério Público de São Paulo revelar o Paraná como segundo reduto do Primeiro Comando da Capital (PCC) no país, Londrina se prepara para uma série de transferências em massa de presos do sistema penitenciário local para a Casa de Custódia de Piraquara, região metropolitana de Curitiba.

Cem condenados em cumprimento de pena nas penitenciárias estaduais de Londrina (PEL) 1 e 2 serão retirados de Londrina. Além de fazer “girar” o sistema e minimizar a superlotação que atinge os distritos policiais, a medida também quer desarticular a ação do PCC nas penitenciárias locais.

Agentes penitenciários, que não podem ser identificados, ouvidos pelo JL afirmam que a lista de transferidos é composta, na maioria, por integrantes da facção criminosa, responsável por comandar 90% da população carcerária dos presídios paulistas.

Segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a investigação do Ministério Público daquele estado contabilizou 626 membros “paranaenses” ativos - 545 detidos nas unidades prisionais.

No Paraná, a estratégia é isolar presos perigosos ligados à facção nas penitenciárias estaduais de Piraquara (PEP) 1 e 2. Segundo a Secretaria de Justiça, os detentos de Londrina primeiro serão removidos para a Casa de Custódia de Piraquara, porta de entrada do sistema e que funciona como “filtro” para definir o destino final dos criminosos.

Agentes penitenciários de Londrina disseram que os presos transferidos são os que provocam mais “transtornos” ao sistema. “A falta de infraestrutura faz com que o PCC cresça dentro das unidades”, contou um funcionário do sistema penitenciário.

Outro agente ouvido pelo JL avalia que o grupo criminoso exerce pressão sobre a massa carcerária. “E 90% dos detentos que integram facções pertencem ao PCC. A Justiça não reconhece a presença deles mas, a cada minuto, vemos que o Paraná é um braço da facção”, atestou.

Com a saída desses presos de Londrina para a capital, a Casa de Custódia de Londrina (CCL) também terá espaço liberado com a remoção de novos detentos para a PEL 1 e 2. Dessa forma, a CCL abre vagas para comportar parte dos mais de 250 detidos que abarrotam o 4º e 5º distritos - todos à espera de julgamento.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) negou que a remoção dos presos esteja ligada a presença de integrantes do Primeiro Comando da Capital. Conforme a assessoria de imprensa da Seju, os detentos vão ser transferidos por já terem sido condenados, sem necessariamente pertencerem a facções criminosas. A secretaria reforçou que o remanejamento serve, somente, para reduzir a superlotação das carceragens do 4° e 5° distritos da cidade.

Superlotação nos distritos cairá pela metade, promete juiz

O primeiro grupo de presos deve ser transferido para Curitiba entre hoje e segunda-feira. A intenção do juiz Katsujo Nakadomari, da Vara de Execuções Penais (VEP) de Londrina, é, em 30 dias, reduzir pela metade o número de detentos nos distritos policiais. Neles, 250 presos ocupam espaço para 48. “Esperamos tornar a situação nos distritos mais suportável”. Os detentos serão divididos em grupos de 20 e transferidos de ônibus até Piraquara. De acordo com Nakadomari, terão prioridade detentos com maior pena a cumprir.

As negociações para “abrir” as vagas e confirmar as transferências ocorrem há cerca de duas semanas, garantiu Nakadomari. A situação é tão crítica que a própria Polícia Civil admitia a possibilidade de rebeliões com a chegada do fim do ano. Além dos 100 detentos, a remoção semanal de 15 presos dos distritos para unidades prisionais também devem continuar. “Não teremos mais condenados nos distritos. O número vai cair para entre 60 e 70”, garantiu.

Presidente do Sindicato dos Policiais de Londrina (Sindipol), Admílson Alves Batista, afirmou que as transferências são essenciais para o sistema “respirar” – e fazer com que os investigadores que cuidam de detentos voltem à função. “Precisamos investigar, e não cuidar de presos em locais superlotados.” Ele sustentou que o sindicato, após pedir a interdição dos distritos para a entrada de mais presos, já planejava denunciar a superlotação até no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), caso nada fosse feito. “Uma superlotação no final do ano fica muito difícil de controlar. Poderia ocorrer uma tragédia.” Ontem, a reportagem não consegui contato com o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Márcio Amaro. (Marcelo Frazão e Fábio Calsavara)

Fonte: http://www.jornaldelondrina.com.br


Foragido é flagrado com arma e munições em Sarandi

Um foragido da Colônia Penal Agrícola foi flagrado com uma arma e munições de vários calibres no início da madrugada deste sábado (5) em Sarandi (a 10 quilômetros de Maringá).

Segundo a Polícia Militar (PM), tudo começou por volta da 0h15, quando uma equipe realizava abordagens em um bar na Rua Curitiba, no Jardim Cometa. Os policiais notaram que A.C.F.A., de 21 anos, colocou algo na caçapa de uma mesa de sinuca, e outra pessoa, J.A.R., de 24 anos, fugiu pelos fundos no estabelecimento comercial.

A PM constatou que o objeto colocado na mesa de sinuca era uma embalagem com 28 porções de cocaína.

Na sequência, os policias encontraram o acusado de ter fugido do bar, que portava uma pistola .765 e munições de diversos calibres restritos (9mm,.38,.22,.380,765). O rapaz estava com mandado de prisão em aberto.

Os dois jovens foram detidos e encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Sarandi.

Fonte: http://maringa.odiario.com


Polícia prende traficante foragido
e ladrão em Colombo

Investigadores da Delegacia de Colombo/Sede deram cumprimento, na última quarta-feira (2), ao mandado de prisão expedido contra Wanderlei Lentes, 41 anos,. O mesmo era foragido da Colônia Penal Agrícola (CPA) por ter praticado os crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Um homem com mandado de prisão em aberto por roubo também foi preso. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (04).

Lentes utilizava outro nome. Contra ele também havia um mandado de prisão expedido pela Vara Criminal de Ibiporã, pela receptação de um caminhão furtado em Colombo.

Os policiais de Colombo também prenderam, no mesmo dia, Willian Gonçalves dos Santos de 23 anos, o “Ére”, contra o mesmo havia um mandado de prisão expedido pela 1.ª Vara Criminal de Colombo por roubo. Santos é investigado por ser suspeito de ter praticados outro crimes.

Os dois criminosos encontram-se na carceragem da Delegacia de Colombo à disposição da Justiça.

Fonte: http://www.bemparana.com.br


Justiça derruba proibição à revista íntima
em familiares antes de visita a presos

Secretaria de Justiça reconhece que procedimento é agressivo,
mas justifica que é necessário

A proibição de revistas íntimas a parentes de detentos que visitam as unidades prisionais de Joinville foi derrubada nesta terça-feira pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina em decisão unânime. Para Secretaria de Justiça e Cidadania, a medida é necessária para garantir a segurança.

A existência de supostas revistas ilegais com mulheres sendo submetidas a uma espécie de exame ginecológico antes de entrar nas cadeias foi o motivo para os 11 atentados registrados em maio conforme vídeos gravados por integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

A decisão de proibir revistas constrangedoras partiu do juiz de Execuções Penais de Joinville, João Marco Buch, porque não haveria diferenciação para crianças e idosos no procedimento que inclui tirar a roupa. Também foi apontado desrespeito ao Estatuto da Criança e Adolescente.

A decisão valia apenas para Joinville, mas teve impacto sobre todo o sistema prisional catarinense porque o Departamento de Administração Prisional (Deap) decidiu mudar os métodos e reforçar a revista no detento.

O secretário-adjunto de Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, reconheceu que a medida é agressiva, não adequada e as vezes constrangedora, mas justificou que é necessária. Ele acrescentou que em São Paulo também houve decisão avalizando o procedimento que agora será retomado até a locação de scanners.

O juiz de Execuções Penais afirmou que a decisão será cumprida e espera que o departamento prisional faça adequações para acabar com práticas que causem vexame. Buch declarou que sabe de sinalizações do governador neste sentido e do esforço da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Joinville e adotar scanners corporais.

Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br


Detentos queimam colchões durante tentativa de fuga no Pará

Caso ocorreu na Central de Triagem Metropolitano 1, em Santa Isabel.
Susipe diz que nenhum preso conseguiu escapar nesta segunda, 23.

Detentos da Central de Triagem Metropolitano 1, localizada no Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Isabel do Pará, nordeste do estado, iniciaram uma tentativa de fuga por volta das 16h30 desta segunda-feira (23). A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) informa que os internos chegaram a atear fogo em colchões e objetos pessoais, mas nenhum preso conseguiu fugir.

Detentos de três celas conseguiram danificar as grades e tiveram acesso a área externa do bloco carcerário. Homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais e do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar foram acionados para conter a situação, que já estpa controlada. Ninguém ficou ferido na ação policial.

Os detentos não apresentaram nenhuma reivindicação. Não há indícios de que o plano tenha sido combinado. Os líderes, assim que identificados, serão encaminhados à Polícia e autuados em flagrante por danos ao patrimônio. A Susipe informa ainda que não irá repor os colchões danificados pelos internos.

O CTM1 disponibiliza 12 celas e custodia atualmente 226 internos no regime fechado. A capacidade é para 140.

Fonte: http://g1.globo.com


Maconha delivery: dupla joga encomenda de detento pelo muro de presídio

Agentes penitenciários do Presídio Masculino de Rio Brilhante flagraram na tarde de segunda-feira (16) um homem jogando entorpecente por cima do muro da unidade prisional. A tentativa foi frustrada, pois um agente, ao abrir o portão de saída do presídio, suspeitou do homem que estava rente ao muro falando ao celular.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o agente abriu o portão por volta das 16h30 quando percebeu um homem falando ao celular rente ao muro. Desconfiado, o agente retornou para o presídio indo até a cobertura e viu que o homem arremessou um objeto para dentro do pátio.

O agente ao verificar o objeto viu que se tratava de uma substância esverdeada semelhante à maconha. O suspeito ainda estava nas imediações e se dirigiu na lateral do muro e com auxílio de outro agente detiveram o homem.

Conduzido para o pátio do presídio, Sandro Rozendo de Oliveira, de 28 anos, confessou aos agentes que ele lançou o embrulho com maconha para dentro do presídio e que a “encomenda” seria para o detento Aires Dias Fernandes, de 20 anos, e que iria receber o valor de R$ 50,00 pelo serviço.

Ao ser revistado, os agentes encontraram com Sandro a quantia de R$ 47,00 e um celular da marca LG com chip da Vivo. A maconha pesou 46 gramas e o celular ficou retido.

Sandro foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Rio Brilhante e afirmou que pegou a droga com Maria Angela Ferreira Espinosa, de 29 anos, e que já tem várias passagens pela polícia. Segundo depoimento de Sandro, o detento encomendou a droga para Maria Angela.
 

 


Fonte: Samira Ayub - (www.capitalnews.com.br)

 


Mulher tenta sair do presídio federal
com mensagem ao PCC

A mulher, cujo marido foi transferido de Belo Horizonte para Campo Grande
em janeiro, foi levada para a sede da Polícia Federal

Agentes penitenciários federais prenderam, ontem à tarde, em Campo Grande, uma mulher que após ter feito visita íntima ao marido, tentou deixar o Presídio Federal com uma carta para integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em Minas Gerais. Ela chegou ao estabelecimento penal pela manhã e ao tentar deixar o local, à tarde, saía com a mensagem escondida junto às roupas íntimas.

A carta continha ordens diversas para serem cumpridas por membros da facção criminosa, inclusive, nomes de pessoas que deveriam receber pagamentos. A mulher, cujo marido foi transferido de Belo Horizonte para Campo Grande em janeiro, foi levada para a sede da Polícia Federal. Como parte do flagrante ela também passou no início da noite pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para constatar que estava sem lesões.

Ainda de acordo com as informações, o nervosismo da mulher teria chamado a atenção dos agentes penitenciários, que ampliaram a revista, encontrando a mensagem.

Os agentes revelam que as chamadas visitas íntimas, pela sua própria natureza e condições, ainda é o ponto mais sensível no trabalho de controle e segurança em torno das pessoas que chegam ao estabelecimento prisional para visitas. O presídio está localização nasimediações do lixão, saída para Sidrolândia. 

Fonte: http://www.correiodoestado.com.br


Tortura acontece mais em
delegacias que presídios

Nos últimos 15 anos, a Corregedoria dos Presídios, pertencente à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) registrou apenas um caso de tortura dentro de penitenciárias no Paraná, cometido por agentes penitenciários, e que levou à morte do detento. O caso ainda está sob investigação.

Joran Pinto Ribeiro, coordenador da Corregedoria, explica que tortura e agressão são coisas diferentes. Desde sua nomeação como corregedor, em 2011, ele já apurou 84 denúncias de agressões (algumas paradas desde 2010), em que presos afirmam que apanharam de agentes penitenciários. Destas, 46 foram tidas como verdadeiras. Mas Joran alertou que, em muitos dos casos, os próprios presos causam lesões em si. Depois, fazem denúncias alegando que apanharam dos agentes, apenas para prejudicar os funcionários.

Na grande maioria destes casos considerados verdadeiros, explicou o corregedor, os agentes precisaram usar a força para conter os presos em situações de transgressão disciplinar. Ele deu o exemplo de um detento que tentou entrar na cadeia com maconha entre as nádegas. Quando viu que seria flagrado, tentou correr e dispensar a droga. Ao ser alcançado pelos agentes, o preso resistiu e precisou ser contido. Depois, denunciou os funcionários à Corregedoria, alegando que foi agredido.

Mas destas 46 agressões, em três delas as investigações apontaram que os agentes não tinham motivo nenhum para bater nos presos. Três agentes foram punidos, um com demissão e os outros com suspensão de 90 dias, tempo em que ficaram sem receber salário.

Desde o ano passado, além dos presídios, a Seju vem absorvendo também a gerência das cadeias em delegacias. Por conta disto, denúncias de agressões cometidas por policiais civis e militares são encaminhadas às corregedorias das respectivas entidades.

Fonte: http://www.parana-online.com.br


Presos fazem rebelião e colocam fogo
em presídio de Vila Velha, ES

Segundo Sejus, fiscalização das visitas motivou a rebelião.
Presídio de Xuri conta com 680 detentos
.

Presos da Penitenciária Estadual de Vila Velha I (PEVV I), em Xuri, Vila Velha, realizaram uma rebelião na tarde deste domingo (11). Os presos colocaram fogo em colchões e saíram de celas durante o tumulto. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), não há confirmação de presos ou agentes penitenciários feridos. Durante o motim, familiares dos presos acompanharam a ação do lado de fora. De acordo com a Sejus, a utilização de um equipamento que detecta a entrada de drogas e celulares no presídio motivou a revolta dos presos. A rebelião foi contornada no final da tarde.

Durante a rebelião, a Diretoria de Operações Táticas (DOT) da Sejus foi ao local para tentar contornar o tumulto. Revoltados, familiares tentaram impedir a entrada das viaturas com medo de que houvesse agressão aos presos. De acordo com a Sejus, os familiares permaneceram acompanhando todo o processo  justamente para que a integridade física dos detidos fosse mantida.

O secretário de Justiça, Sergio Alves Pereira, explicou que o rigor na segurança do presídio motivou a rebelião. "Não é questão de alimentação, nem de má instalação das unidades. A comida lá é de excelente qualidade, a instalção é bastante nova. O que motivou o tumulto é que aprimoramos a segurança e estamos impedindo a entrada de celular e drogas de forma mais eficaz. Temos um equipamento que detecta a entrada de drogas e celular pelas pessoas que fazem visitas. Não podemos liberar a entrada de drogas no presídio, se não o familiar é processado", disse.

O secretário também afirmou que durante a ação para contornar a rebelião foram utilizadas armas não letais. Não houve muitos danos ao patrimônio. "Colocaram fogo em alguns colchões, mas o colchão é de uma espuma anti chama, só que ele produz uma fumaça que deixa a parede preta. Dá uma aparência de dano muito maior. O que nos preocupava era a questão da intoxicação, que felizmente não aconteceu", explicou.

Ao todo, segundo a Sejus, 680 presos estão na penitenciária. A partir desta segunda-feira (12), a secretaria vai começar a investigar as principais lideranças que organizaram a rebelião.

Fonte: http://g1.globo.com


Após fuga de 59 menores, rebelião na Fundação Casa é encerrada

Motim durou quase quatro horas em unidade na Zona Leste da capital.
Diretor que foi feito refém teve ferimentos na cabeça e nas costas.

Mais da metade dos internos da unidade Itaquera da Fundação Casa, na Zona Leste de São Paulo, fugiu em uma rebelião na tarde desta segunda-feira (12). Do total de 103 adolescentes, 59 escaparam, segundo a Fundação Casa. A unidade tem capacidade para 150 internos.

O motim em Itaquera foi o segundo registrado nesta segunda. Pela manhã, na unidade Vila Leopoldina, uma outra rebelião foi registrada e terminou pouco antes das 13h. Ninguém fugiu da unidade na Zona Oeste.

Já na Zona Leste, a rebelião começou por volta das 12h e terminou às 15h45, quando os adolescentes liberaram os 29 funcionários que foram feitos reféns.

Entre eles estava o diretor da unidade, que foi ferido com gravidade e foi levado a um pronto-socorro da região com cortes na cabeça e hematomas nas costas. A Fundação Casa informou que a Corregedoria-Geral da entidade vai abrir uma sindicância para apurar as razões dos tumultos.

Vila Leopoldina
Na unidade da Zona Oeste, os 12 reféns foram liberados após quase quatro horas de tumulto, de acordo com o governo estadual.

A confusão foi registrada após uma tentativa de fuga, por volta das 9h. De acordo com a assessoria de imprensa da Fundação Casa, após serem impedidos de fugir, os jovens atearam fogo a cadeiras e colchões.

As 12 pessoas que eram mantidas reféns foram liberadas antes das 13h, após a Superintendência e a Corregedoria-Geral da Fundação Casa negociarem a liberação. Não havia informações sobre feridos. A unidade da Vila Leopoldina tem capacidade para 150 internos e 100 adolescentes estão no prédio.

Fonte: http://g1.globo.com


Agente penitenciário é morto durante tentativa de resgate de preso no RN

Preso estava sendo escoltado para uma consulta médica quando três suspeitos tentaram resgatá-lo e balearam o agente

Um agente penitenciário foi morto na manhã desta quinta-feira (8) em Parnamirm, na Grande Natal, quando fazia a escolta de um preso para uma consulta médica. No trajeto, o veículo do sistema prisional foi interceptado por três criminosos que tentavam resgatar o detento. Maxuel André Marcelino, de 44 anos, e com 11 anos de serviço, foi atingido por sete disparos no abdômen.

O preso Wilson Rodrigues de Medeiros Filho e outro agente que também estava no carro não foram atingidos. O detento foi reconduzido à Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), onde cumpre pena por homicídio. Segundo informações da Polícia Militar, Maxuel André Marcelino chegou a ser socorrido com vida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital.

Os suspeitos do crime estavam num veículo tipo Palio, de cor branca e fugiram do local. Ainda segundo informações da Polícia estavam no carro, dois homens e uma mulher que foi baleada. Os bandidos desceram do carro e dispararm contra o motorista da viatura; o outro agente reagiu atirando com uma espingarda calibre 12.

A Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), por meio da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), emitiu nota oficial sobre o caso, lamentando o falecimento do trabalhador.

"A Sejuc e a Coape consternadas pela morte prematura do colega, se solidarizam com seus familiares neste momento tão difícil. Maxuel André desempenhava suas funções na Penitenciária Estadual de Parnamirim e prestou um excelente trabalho ao Sistema Penitenciário do Estado", disse o comunicado.


Kívia Soares Do NE10/Rio Grande do Norte


Policiais não têm segurança
pra trabalhar

O Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado Paraná (Sinclapol) também está indignado com a prisão dos policiais. Em uma nota divulgada na tarde de ontem, assinada pelo presidente André Luiz Gutierrez, o sindicato também reclamou da ação do MP. “É de se pensar então que não existe nenhuma segurança jurídica ao policial civil no desempenho de suas atribuições, pois basta estar lotado na mesma delegacia onde um fato de comoção popular aconteça para que contra o mesmo seja decretada uma prisão preventiva”, diz a nota.

De acordo com Gutierrez, a prisão preventiva é instrumento processual que pode ser utilizado pelo delegado de polícia ou pelo Ministério Público durante um inquérito policial ou já na ação penal, devendo, em ambos os casos, estarem preenchidos os requisitos legais para sua decretação.

Código

“De acordo com o Código de Processo Penal a prisão preventiva só pode acontecer em três situações. Impedir que o réu continue praticando crimes, evitar que o réu atrapalhe o andamento do processo, ameaçando testemunhas ou destruindo provas, ou ainda, para impossibilitar a fuga do réu, garantindo que a pena imposta pela sentença seja cumprida. Os policiais presos não se enquadram em nenhum destes casos”, afirma Gutierrez, na nota.

Fonte: http://www.parana-online.com.br


Relator da ONU recomenda que STF restrinja uso de ‘solitárias’ em prisões

O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para tortura e tratamento cruel e degradante, Juan Méndez, protocolou em fins de junho, no Supremo Tribunal Federal (STF), um parecer em que critica o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), “solitárias”, usado nos presídios brasileiros.

De acordo com Méndez, a prática do regime de isolamento deve ser abolida ou restringida a situações excepcionais, como último recurso e pelo menor tempo possível.

“Fundamenta-se esta proibição no fato de que o regime de isolamento pode causar grave dor e sofrimento capazes de constituir tratamentos ou penas crueis, desumanos e degradantes, ou até mesmo tortura. Ademais, a prática de regime de isolamento aumenta o risco de que atos de tortura e outras formas de tratamentos ou penas crueis, desumanos ou degradantes não sejam percebidos, tampouco contestados”, argumentou Méndez.

Segundo o relator especial da ONU, o RDD brasileiro “constitui um exemplo claro de regime de isolamento por um longo período de tempo, estabelece a possibilidade de que o regime de isolamento seja aplicado como medida punitiva, bem como permite que sua prática se dê durante a prisão provisória”, indicou, complementando que isso leva a riscos de danos e efeitos psicológicos nocivos, “causados pelo isolamento suficientemente grave para equivaler a tratamento cruel, desumano, e degradante, ou até mesmo tortura, e, portanto, este regime deve ser proibido”.

Méndez alertou ainda que após 15 dias de isolamento, agravam-se os efeitos nocivos para a saúde mental do indivíduo, podendo chegar a níveis irreversíveis. Entre os efeitos estão distúrbios psicóticos, ansiedade, depressão, raiva, distorções sensoriais, paranoia e automutilação.

Em sua avaliação, além da natureza prolongada, “o RDD brasileiro prevê a hipótese de isolamento como medida punitiva ou disciplinar nos casos em que a pessoa detida tenha praticado crimes durante o tempo sob custódia. Esta hipótese constitui outro motivo de preocupação que pode equivaler a uma violação da proibição de tortura”.

Fonte: http://carceraria.org.br


Arquivos e vigilância‏

O Arquivo do Estado de SP disponibilizou no ar recentemente as versões digitalizadas das fichas no Departamento Estadual de Ordem Política e Social. Há milhares de documentos que dão a dimensão do tamanho da vigilância do governo paulista sobre cidadãos, eventos, filmes, livros, prêmios (o Vladimir Herzog, no caso) e anotações sobre o que era publicado em jornais sobre cada um dos vigiados. 

Está tudo na “editoria” Memória Política e Resistência, do arquivo. Aqui:

http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoriapolitica/index.php

O atalho para as fichas é este:

http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoriapolitica/fichas.php 

Faz pensar no tamanho da vigilância do governo norte-americano hoje, na era da informação. Hoje cedo mandei gráfico sobre os pedidos de informação feitos ao Google pela National Security Agency. E o Brasil aparece em segundo lugar em número de pedidos. 

Nos EEUU o assunto tem dominado a imprensa. Intenso debate vem se formando sobre o balanço entre privacidade e segurança. O repórter que deu o furo no Guardian, Glenn Greenwald, foi descrito na coluna dominical de Dorrit Harazim como alguém que “exerce o jornalismo de forma militante e fecunda”.  Aqui:

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/06/09/o-governo-obama-ferveu-por-dorrit-harazim-499545.asp

Hoje Elio Gaspari retoma o assunto:

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/06/12/o-futuro-do-jornalismo-estava-na-gavea-499797.asp. Uma coluna que vê o futuro do jornalismo com bons olhos. 

O site do excelente programa On The Media, espécia de Observatório da Imprensa radiofônico da WNYC, publicou uma matriz para que os ouvintes/internautas se posicionassem em relação ao tema:

http://www.onthemedia.org/blogs/on-the-media/2013/jun/08/where-do-you-stand-government-surveillance.

O programa da sexta passada, que tratou da vigilância norte-americana sobre as comunicações dos cidadãos, pode ser ouvido aqui:

http://www.onthemedia.org/2013/jun/07/state-our-surveillance-state/

Finalmente, o Raul Juste Lores trouxe hoje trechos de entrevista com Nate Silver, matemático e autor do blog 538 do NYT. Destaco: “Estamos apenas descobrindo quão longe essa vigilância vai. Suponho que meu email não esteja hackeado, não acho que o governo esteja ouvindo o que falo, o que não quer dizer que não esteja preocupado com o que o governo anda fazendo.” E “Os americanos são desproporcionalmente preocupados com terrorismo e com armas de destruição em massa. Atentados matam pouca gente em comparação com outros tipos de morte, mas o objetivo do terrorismo é mudar os hábitos de quem sobrevive aos atentados, de todos nós. É difícil ter essa discussão nos EUA. As pessoas ficam irracionais ao falar de terrorismo.” Aqui:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/113582-americanos-sao-irracionais-quando-falam-de-terrorismo.shtml

E ainda vai ter mais, muito mais.


Estupros em locais públicos expõem divisões de classe

Autoridades parecem mais preocupadas em defender a imagem internacional e as classes privilegiadas da cidade do que em proteger mulheres em geral

A recente onda de estupros no Rio de Janeiro – alguns capturados em vídeo – lançam luz sobre as contradições não resolvidas de uma nação que caminha para se tornar uma potência mundial. O Brasil tem uma mulher na presidência, uma mulher no comando da polícia e uma mulher como chefe da Petrobras, e, no entanto, precisou que uma americana fosse estuprada em uma van para que as autoridades investigassem a fundo e prendessem os suspeitos no caso.

De certa forma, a experiência do Brasil reflete recentes acontecimentos na Índia e no Egito, onde ataques horríveis provocaram a indignação coletiva, revelando fissuras profundas em cada uma dessas sociedades. No Brasil, os casos de estupro em locais públicos desencadearam um debate sobre se as autoridades estão mais preocupadas em defender a imagem internacional do Rio de Janeiro e seus habitantes mais privilegiados do que em proteger as mulheres em geral.

É talvez paradoxal que o problema tenha surgido com tanta força no Brasil, um país que tem se esforçado para proteger e promover os direitos das mulheres. Há carros especiais para elas nos trens e metrôs, para evitar que sejam agarradas em vagões superlotados. Há delegacias especiais operadas somente por mulheres. E há uma visão geral de que as mulheres são iguais, plenamente capazes de liderar, mesmo nos cargos mais poderosos.

“Estamos vivendo uma situação esquizofrênica, em que avanços importantes foram conquistados, e mulheres alcançam posições de influência em nossa sociedade”, disse Rogéria Peixinho, diretora da Rede de Mulheres Brasileiras, um grupo de direitos humanos. “Ao mesmo tempo, a situação de muitas mulheres pobres permanece atroz.”

De fato, o debate público sobre a série de agressões sexuais no Rio de Janeiro era praticamente inexistente antes de uma estudante americana ser atacada violentamente no final de março, depois de embarcar em um van em Copacabana. A razão, alguns especialistas argumentam, é que as vítimas anteriores eram, em grande parte, pobres, o que reflete uma das lutas duradouras do Brasil: as divisões de classe extremas da sociedade. 

 


Norma que regula socorro por PMs está sendo mal interpretada em SP

Medida trouxe avanço, mas precisa ser corretamente entendida e aplicada

A Resolução n.º 05 da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo publicada em 08 de janeiro de 2013 está sendo mal interpretada e mal aplicada por falta de informação e problemas de interpretação de seu conteúdo. A medida foi criada para pôr fim aos chamados “autos de resistência” ou “resistência seguida de morte”, extinguindo duas justificativas antes formalmente usadas por policiais interessados em acobertar execuções.

Além de vedar o uso destes termos, a norma também regulamentou a preservação do local em que tenha havido um crime e o socorro médico às vítimas, determinando que este socorro deva ser prestado preferencialmente por profissionais da saúde especializados – resgate, SAMU ou serviço de emergência local (leia nota da Conectas sobre a publicação da resolução, de janeiro). A intenção desta parte da norma é evitar que policiais eventualmente possam subtrair provas do local de investigação, alterar a posição de cadáveres ou simplesmente retardar a prestação de socorro circulando com a vítima ferida dentro de viaturas policiais por tempo indefinido.

O Ministério Público de São Paulo propôs ação civil pública requerendo que parte do texto da resolução referente ao socorro de vítimas fosse suspensa. A decisão liminar de primeiro grau que atendia àquele órgão foi revertida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, também em caráter liminar.

Conectas recorda que após a publicação da resolução foi elaborado um “procedimento operacional padrão” da Polícia Militar paulista regulamentando com detalhes como deve se dar o socorro às vítimas por parte de seus integrantes. Há flagrante má compreensão dessas normas, pois da análise de ambas fica evidente que a intenção é a de que o socorro nos casos graves seja prioritariamente realizado por especialistas da saúde, e não exclusivamente.

Ou seja, do conjunto das normas entende-se que, caso não seja possível o atendimento médico especializado, os policiais poderão socorrer a vítima, informando às centrais de comunicação sobre essa decisão.

Para Marcos Fuchs, diretor adjunto da Conectas Direitos Humanos, “ao que parece, há má compreensão das normas por parte do Ministério Público, o que infelizmente põe em risco uma importante medida adotada para preservar o local do crime a fim de garantir seu devido esclarecimento ou evitar riscos à integridade física das pessoas socorridas”.

Mais importante do que batalhas jurídicas sobre as normas citadas é cobrar do Governo de São Paulo fortes investimentos nos serviços de atendimento de emergência, ampliando e fortalecendo a estrutura de socorro médico em todo o estado.

Fonte: http://www.conectas.org


Nova Lei de Drogas penaliza mais negros e pobres

Conectas alerta para distorções em projeto que vai a voto amanhã

A Câmara dos Deputados deve votar amanhã (08/05) uma nova lei que, se aprovada, aumentará o encarceramento de jovens pobres e negros com a justificativa de “combater as drogas”. O Projeto de Lei n.º 7.663/10 e seus substitutivos “representam um dos maiores retrocessos legislativos dos últimos tempos quanto ao impacto da lei de drogas no sistema prisional”, de acordo com o advogado Rafael Custódio, coordenador do Programa de Justiça da Conectas.

O Brasil já tem hoje a quarta maior população carcerária do mundo, com 550 mil – quase a população de Goiânia. Desde 2005, um ano antes da promulgação da atual lei de drogas, a população prisional por tráfico saltou de 33 mil (11% do total) para 138 mil (25% do total). 

“O chamado combate às drogas é na verdade um instrumento eficaz de criminalização da pobreza e da juventude negra”, diz Custódio. Pesquisas recentes demonstram que a maior parte das pessoas presas por crimes relacionados a drogas são homens, jovens com idade entre 18 e 29, negros e pardos, com escolaridade até o primeiro grau completo, e sem antecedentes criminais.

Ele lembra também que esses jovens são geralmente presos sozinhos, sem arma, com pouca quantidade de droga e sem que tenha havido qualquer atividade de inteligência policial para sua prisão - são presos nas “rondas” das polícias militares. “Não há, portanto, verdadeira articulação estratégica no combate ao tráfico e suas redes, mas tão somente a prisão de usuários como traficantes ou de pequenos traficantes, facilmente substituídos na estrutura do crime quando presos”, diz Rafael.

Se aprovado amanhã, o Projeto segue para o Senado e, em seguida para aprovação da Presidência.

Amici curie e Lei de Drogas

No dia 25 de maio de 2012, Conectas, Pastoral Carcerária, Instituto Sou da Paz e Instituto Terra Trabalho e Cidadania (ITTC), entraram com um amici curie no Supremo Tribunal Federal, questionando a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006), que prevê a proibição do consumo de drogas. A ação foi admitida pelo Ministro Gilmar Mendes e traz um histórico da política de combate às drogas no mundo, com um recorte sobre a posição do Brasil neste cenário. Além disso, traz dados de pesquisas empíricas sobre o impacto da Lei de Drogas na justiça criminal e sistema penitenciário.

Fonte: http://www.conectas.org


Nazismo em Curitiba? 2ª parte

Após o post Nazismo em Curitiba?, hoje mais uma foto assustadora na Gazeta do Povo. Integralistas reunidos na Praça Tiradentes fazendo uma saudação no estilo nazista. A foto é do dia 19 de novembro de 1937 (Acervo Cid Destefani).

Curitiba evoluiu bastante nas últimas décadas, e já não é mais tão conservadora, retrógrada e de direita.

Fonte: http://blogdotarso.com


Comissão quer ouvir 250 agentes da repressão

O prazo final é dezembro, porque a presidente Dilma quer um relatório em 2014

A Comissão da Verdade pretende fazer oitivas com 200 ou até 250 ‘agentes da repressão’. O prazo final é dezembro, porque a presidente Dilma quer um relatório em 2014. Na lista provisória das testemunhas, cujos depoimentos sigilosos já se iniciaram, estão oficiais da reserva das Três Forças e policiais que pertenciam ao DOPS e DOI-CODI. O tenente Sebastião Rodrigues de Moura, famoso ‘Major Curió’, a priori decidiu colaborar, como publicou a coluna, mas ainda não há data marcada.

Coturno na porta

A assessoria da Comissão evita citar nomes dos oficiais e agenda, mas avalia que os testemunhos dos oficiais mais conhecidos serão coletados no segundo semestre.

Revolta na caserna

A caserna está em rebuliço, no entanto. Um movimento de militares da reserva, revoltados com o caso, prega o boicote à comissão.

Oba, oba

Começou farra sobre assunto sério: o caso Feliciano na Comissão de Direitos Humanos. A turma arranjou rima: ‘Até o Papa / renunciou / Feliciano a sua hora já chegou’.

Fator PEC 37

O Congresso está em alerta com o MP Federal. O PMDB, que teve quatro integrantes denunciados ao STF em menos de um mês, desconfia de que por trás da decisão do Procurador-Geral Roberto Gurgel há a campanha de promotores e procuradores contra o avanço da tramitação da PEC 37/11, que proíbe o MP de fazer investigação criminal.

Rumo ao STF

Para festejo dos políticos enrolados, a PEC galgou comissões e avança no Congresso. O PMDB faz revolta velada, por ora. Desde que Renan Calheiros tomou posse na Presidência, já denunciado, foram na esteira mais dois deputados e um senador.

Bebum no D.O.

Substituído há semanas do Ministério da Agricultura, Mendes Ribeiro surgiu no D.O. de Terça assinando decreto que padroniza a fabricação e rótulos de uísque estrangeiro no Brasil. Alguém bebeu na Imprensa Oficial. (Decreto nº 7.968, de 26.3.2013)

Perigo na corrida

Por falta de divulgação do GDF e do Sindicato, tem taxista em Brasília apanhando de passageiro, quando não o contrário, por causa do aumento do valor da corrida.

Sistema $

Ex-presidente do CNI, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) defende o Sistema S contra proposta de colocá-lo sob tutela de um ministério. ‘É um despropósito!’.

Urucubaca

Não haveria pior momento para a presidente Dilma passar pela África do Sul, que sofreu décadas com o apartheid, enquanto o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara chancela a frase ‘o continente africano é amaldiçoado’.

Charminho

O deputado Nilmário Miranda abandonou audiência do Pastor Feliciano na Quarta. ‘Está de modo ilegítimo!’. Mas os próprios PT e Nilmário – que já foi ministro da pasta temática – esnobaram a Comissão de Direitos Humanos antes de ser oferecida ao PSC.

Pela Nação

O deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP) vai apelar ao corintiano Lula em SP para intermediar a crise. De passagem por Brasília ele apresentou documentos nos quais aponta que os 12 torcedores presos na Bolívia correm risco de vida.

Crise, só na Europa

Marcos Troyjo, o economista brasileiro diretor do BRICLab da Columbia University, ganha destaque como fonte da Reuters, CNN, El Pais, etc. Lembra que ‘as exportações do Brasil representam 10% de seu PIB, e a Europa responde só por 20% desse naco’.

Segundo Poder

O senador Mozarildo Cavalcanti está na frente na disputa para ser eleito grão-mestre do Grande Oriente do Brasil. Lidera, com margem pequena contra o atual, Marcos Silva.

Segundo turno

Quando os bastidores vierem à tona, algum dia, vão descobrir como o grupo que votou no Cardeal Bergoglio em 2005 atuou forte pela renúncia de Bento XVI.

Ponto Final

Caso Engenhão: a reforma começa pela cobertura e acaba no bolso do torcedor.

Com Marcos Seabra, Maurício Nogueira e Adelina Vasconcelos

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Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/


Sociedade civil cobra aprovação urgente do projeto de lei que põe fim à “resistência seguida de morte”

A prática é ilegal e encoberta casos de abuso da força policial

Mais de cinquenta movimentos, órgãos e organizações sociais, incluindo Conectas , assinaram uma nota pública para acelerar a aprovação do projeto de lei 4471/2012, que extingue os chamados “autos de resistência” e “resistência seguida de morte”.

Além de não terem amparo legal, essas expressões são muitas vezes utilizadas para encobrir casos de abusos e execuções de civis por forças policiais, que não são investigados, sob justificativa de que os policiais agem em legítima defesa, impossibilitando uma ação do Ministério Público ou do Poder Judiciário.

De acordo com a nota pública, “entre janeiro de 2010 e junho de 2012, apenas nos estados do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, 2.882 pessoas foram mortas em ações registradas como “autos de resistência” ou “resistência seguida de morte” – média de mais de 3 execuções por dia.”

Caso o projeto de lei 4471/2012 seja aprovado, espera-se a ampliação do controle sobre a atividade policial e, consequentemente, uma redução substancial dos casos de execuções cometidas por seus agentes.

Fonte: conectas.org


Anjos e demônios

Pedofilia, pederastia, estupradores, zoofilia, necrófilos e todos os amantes da pornografia infantil, todos incluídos nessa lista perversa, são favorecidos pelo descaso e inércia de uma lei ultrapassada e ineficaz, o poder público está desprovido para ouvir o ruído estrondoso, deste crime horrorizante que destrói o sonho de nossas crianças e causa danos irreparáveis nas meninas. Mulheres molestadas, estupradas por esses facínoras que alguns psicólogos e psiquiatras insistem de chamar de normais.

Todos eles são capazes de disfarçar seu rosto mascarado, encantado por uma faceta gentil e embaraçante, acompanhada por atos gigantes de nobreza , armas letais para engendrar seus planos e com enganos engolir suas inocentes e indefesas vitimas.

São realmente feras a espera de um descuido para apanhar como num banquete suas vitimas de surpresa. Tudo isso na verdade acontece porque nossa lei não os pune com firmeza. Estão nas famílias, escondidos na religião , nas escolas ou em vários outros grupos acima de qualquer suspeita, agem com frieza causando temor e espanto na sociedade, com voraz tenacidade, são demônios carregados de gentilíssima, sua luz de anjo disfarçado traz só infelicidade e tristeza as pessoas e famílias que conseguem destruir.

Enquanto a sociedade se calar mediante a esse tipo de crime isso só tende a crescer e enquanto a lei não punir de verdade quem pratica esses crimes contra crianças e mulheres esses monstros continuarão soltos e causando o mal a quem possam alcançar.

Só não esqueçam que enquanto acontece com a família dos outros é fácil  e agora se alguém da sua família for a próxima vitima!


‘Chifre é coisa do capeta!’

O sermão do Montanha

O pastor Jeremias Miranda, cuja altura e peso deram a ele o apelido de Montanha, era especialista no sermão do chifre. O sermão do chifre consiste num alerta ao rebanho do Senhor pros perigos da carne e na tentativa de convencer os fracos a resistirem ao que ele chamava de “apelos de Satanás”.

A coisa funcionava porque o pastor partia do princípio de que havia pelo menos uma dúzia de infiéis praticantes inveterados dos pecados da carne no meio de um grupo de trinta adultos. Como os demais eram interessados no assunto, Montanha fazia sucesso. E, assim, o pastor corria o Brasil com o sermão do chifre que começava com um alerta estertoroso que tremia os pilares do templo:
“Chifre é coisa do capeta!”.

Depois do alerta, ficava fácil pregar prum grupo de crentes assustados. Foi assim que o pastor Montanha foi parar em Pinhais, pregar no templo frequentado por Michelle Monteiro Voss, irmã de criação de Crizam Moura de Carvalho, 37 anos, dono de barraquinha de cachorro quente na Vila Weissópolis, onde morava.

Crizam, nos fins de semana, frequentava o templo, trajando terno marrom, bíblia preta embaixo do braço, escoltado no culto por sua mulher, Dorotéia de Carvalho, 32 anos. Dorotéia era morena sestrosa, bonita, seios opulentos, perfil quase majestoso, vasta cabeleira negra caindo nas costas, à semelhança de Rita Hayworth, no filme Gilda. E como Rita, uma cintura fina e um conjunto de ancas que por mais discreto e longo e rodado que fosse o vestido, não conseguia ocultar a voluptuosidade da retaguarda de sua anatomia. Aquilo trepidava com elegância, vigor e ritmo.

Quando ela passava, os irmãos saudavam:
“Aleluia, irmã!”.
“Aleluia, irmão!”.

Era uma saudação ambígua. Em silêncio, mais de uma cabeça conjeturava se todo aquele material era usufruído apenas por Crizam de Carvalho ou se mais alguém apareceu pra compartilhar. As suspeitas nasciam no andar sensual, quase pecaminoso, no sorriso quase luxurioso, uma Gilda evangélica – ninguém sorria daquele jeito sem atropelar o sétimo mandamento umas sete vezes, arrastando mais uns três de brinde.

O pastor Jeremias Miranda percebeu ali um enigma a ser resolvido e passou a consultar as irmãs, até descobrir através da indiscrição de uma delas – Neusa Valadares - que Dorotéia de Carvalho traia o marido com Adamastor Feijó, policial aposentado que fazia bico investigando adultério na classe média de Curitiba, contratado por maridos doidos pra reduzirem o ônus de uma separação com um flagrante documentado.

Como investigador Adamastor funciovana bem, mas como amante era desatento e esquecia de fechar as janelas da casa de Dorotéia em suas visitas clandestinas. E por ali, Neusa, a vizinha, flagrou cenas típicas de adultério, embora o ato carnal em si, por mais curiosa que fosse em vê-lo, não presenciou. Tudo acontecia enquanto Crizam vendia cachorro quente na barraca. Era óbvio que Dorotéia praticava o ato reprodutivo – Neusa ouvia gritinhos de luxúria e denunciador riso de felicidade da vizinha - e não era Crizam que estava ali. Montanha quis saber se o cara era irmão. Não era - era católico pecaminoso, que usava capa e chapéu comprados na Casa Edite.

Montanha avaliou que o estrago entre os irmãos seria pequeno e o exemplo seria grande. No sermão seguinte, num dia de setembro de 2011, ele sapecou: “Há entre nós uma mulher que bota chifre no marido. Eu sei o nome dela”.

Ele falou e olhou na direção de Dorotéia.

“Ela sabe que chifre é coisa do capeta! Irmã, se aproxime pra expulsarmos Satanás de seu corpo”.

Dorotéia fingiu não ser com ela. Mas um irmão e depois outro viraram a cabeça na direção da mulher e quando todo mundo olhou, Crizam percebeu que se havia chifrudo no templo era ele. Em vez de receber tabefes de Montanha – era assim que o pastor botava Satanás pra correr -, Doroteia saiu altiva, sensual e gostosa do templo, da mesma forma que entrou. Os olhares a acompanharam em silêncio e ela foi embora. Crizam, com cara de otário, pensou:

“E como eu fico na história?”.

 Ele não ficou. Crizam também saiu do templo, humilhado e ofendido. Nunca mais foi orar com os irmãos. Montanha não fez Dorotéia deixar de ser infiel, botou Crizam pra fora da igreja e perdeu aquela parada pra Satanás. Algumas semanas depois o pastor Montanha foi embora pro Maranhão.

“Eu vou entrar pra política”

Dorotéia nem fez força pra continuar casada com Crizam. Com aquele corpo e aquele fogo ela não ia ter dificuldade pra encontrar novos projetos de vida. E a vida de Crizam também mudou de forma radical depois do sermão do Montanha.

A irmã de criação dele, Michelle Monteiro Voss, insistiu pra ele voltar pra igreja. Não adiantava ficar revoltado com a infidelidade da ex-mulher e tampouco com a forma como foi revelada. Mas Crizam não ouviu os conselhos.

“Se conselho fosse bom ninguém dava. Vendia”.

Ele esperou a chance de dar a volta por cima e ela apareceu. A mãe de Crizam morreu e ele ganhou pequena herança. Com a grana, ele abandonou a barraquinha de cachorro quente, comprou um Renault Megane prateado e anunciou novos planos:

“Eu vou entrar pra política. Vou ter grana, poder e prestígio”.

E foi assim que ele transformou a filiação por acaso ao Partido Verde, em porta de entrada pra política, com a qual pretendia ascender social e financeiramente. Ele tinha algum prestígio em Weissópolis. E ia tirar vantagem disso. O projeto era ser eleito vereador em 2012. E depois deputado. Quem sabe, um dia seria prefeito de Pinhais!   

Fonte: http://www.parana-online.com.br


Presos são tatuados de acordo com o crime que cometem, aponta estudioso

Desenhos funcionam como forma de determinar quem tem mais poder dentro da cadeia ou deixar exposta a razão pelo qual a pessoa foi detida

O crime cometido por um homem preso também fica registrado na pele dele. É isso o que defende o perito da Polícia Científica, Jorge Luiz Werzbitzki, que há dez anos estuda a linguagem usada nas cadeias - em especial a tatuagem – para publicar um livro. Segundo ele, os detentos são marcados de acordo com o delito que cometeram e os desenhos são ferramentas para determinar quem tem mais poder dentro da prisão.

Werzbitzki é um dos responsáveis pela elaboração de retratos-falados e aprendeu, ao longo dos 28 anos de trabalho, que cada sinal é importante para a identificação do suspeito procurado, seja o porte físico, o corte de cabelo, uma cicatriz ou uma tatuagem. E foi assim que ele decidiu se aprofundar no assunto e procurou a Escola Penitenciária de São Paulo, por onde começou sua pesquisa. “Eles já tinham um levantamento sobre tatuagens de presos e começamos a trocar informações. Depois disso, passei a analisar as tatuagens daqui de Curitiba”, contou.

A figura de um crânio é a tatuagem feita pelos responsáveis por homicídios e a quantidade de caveiras é o número de vítimas que teria assassinado, conta o pesquisador.

Segundo ele, os estupradores são marcados, quase sempre à força, com desenhos como coração cortado por flecha, sereia e borboleta. “Os outros presos fazem a tatuagem para que o estuprador seja reconhecido em qualquer lugar”, disse.

Os presos que delataram membros do seu grupo são marcados com uma cobra. Os que mataram policiais comumente têm um revólver tatuado na cintura ou uma caveira com uma faca cravada. Pedófilos são marcados com triângulos. “Linhas grossas significam que as vítimas dele são adolescentes e linhas finas que as vítimas são crianças mais novas”.

As tatuagens são produzidas dentro da cadeia com uma máquina improvisada ou com um aparelho de barbear e tinta plástica, e, dessa forma, o traço do desenho é imperfeito. “Nem todas as pessoas que tem uma caveira tatuada são homicidas. As pessoas precisam observar que a tatuagem de cadeia é muito diferente daquela feita em estúdio”.

Além dos desenhos, os presos são marcados por pontos na mão ou no rosto, conforme o crime que cometeram. Um único ponto tatuado no rosto quer dizer que o preso cometeu um estupro. Dois pontos na mão indicam atentado violento ao pudor, enquanto três pontos mostram que o preso é traficante. Quem recebe quatro pontos foi responsável por furto e cinco, por roubo. O detento com seis pontos formando uma cruz é homicida e se houver um círculo ao redor, ele é também chefe de quadrilha, como conta Jorge.

O perito também explica que os símbolos têm o mesmo significado dentro das cadeias de todo o Brasil. “Cada país tem o seu código, mas alguns desenhos são mundiais, é o caso da suástica em skin heads”, afirmou.

O livro vai se chamar “Linguagem de Cadeia” e ainda não tem data para ser publicado. Além de tatuagens, vai falar sobre os meios que os presos se comunicam, com linguagem de sinais, gírias e espelhos para passar mensagens.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br


CCJ do Senado vota proposta que
reduz maioridade penal

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) deve apresentar na próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), marcada para quarta-feira (5/12), relatório favorável à proposta de emenda à Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na prática de lesão corporal grave e roubo qualificado.

De acordo com a proposta, de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), isso ocorreria apenas em processos que corram em órgãos da Justiça especializados em questões da infância e adolescência e a partir de ação de membro do Ministério Público também especializado.

"A desconsideração da imputabilidade penal dependerá da comprovação da capacidade do agente de compreender o caráter criminoso de sua conduta, levando em conta seu histórico familiar, social, cultural e econômico, bem como seus antecedentes", explica o relator.

Um mérito da proposta, salienta Ferraço, é que ela permite à Justiça distinguir os casos de jovens, "na vida dos quais o ato criminoso relaciona-se com a imaturidade, e aqueles em que o crime reflete uma conduta violenta irreparável". Além disso, continua o relator, Aloysio Nunes afasta "propostas irracionais" que reduzem drasticamente a maioridade penal -em alguns casos a 13 anos.

"Tal redução levaria a que crianças muito mais jovens fossem recrutadas pelos criminosos adultos", avalia.

Conjur, com informações da Agência Senado.

Fonte: http://www.paraibaemqap.com.br


Sim, o Brasil também já teve
campos de concentração

Ao contrário do que geralmente se imagina, campo de concentração não era exclusividade da Alemanha nazista – aliás, tratava-se de um procedimento adotado por muitos países na primeira metade do século XX para internar prisioneiros de guerra. E o Brasil também fez parte desse nada honroso clube.

No entanto, os que foram detidos por aqui não eram exatamente criminosos de guerra – o que só aumenta o tamanho dessa mancha na história nacional. Informações sobre esses episódios ainda não aparecem nos livros didáticos e na maioria das publicações nacionais, mas já contam com obras que ajudam a jogar um pouco de luz sobre tais casos obscuros.

Os “currais humanos” do Ceará

Um dos exemplos vem do Ceará. Entre os anos de 1932 e 1933, quando o Estado viveu uma seca terrível, milhares de retirantes foram parar em campos de concentração – também chamados de “currais humanos” criados pelo governo estadual. O objetivo, para lá de higienista, era “proteger” a elite cearense do dissabor de encontrar pessoas maltrapilhas pelas ruas da capital, Fortaleza.

Os sertanejos eram atraídos aos campos com promessas de emprego, moradia e serviço de saúde, mas na realidade encontravam espaços precários e eram submetidos a trabalhos forçados praticamente em troca apenas de comida. Quem tentasse fugir do campo era punido e encarcerado por soldados armados.

A volta da chuva, em 1933, desmobilizou os campos. No entanto, o estrago já estava feito. Segundo registros oficiais, cerca de 60 mil cearenses morreram de fome ou devido a doenças dentro dos campos, tornando-os ainda mais letais que a própria estiagem. Maiores detalhes sobre esse episódio cruel e pouco conhecido da história brasileira podem ser conhecidos na reportagem da Rede Brasil Atual sobre o tema e no livro “Campos de Concentração no Ceará – Isolamento e Poder na Seca de 1932″.

Campos de internamento para os “súditos do Eixo”

Além do Ceará, o Brasil também contou com campos de concentração espalhados pelo país na época da Segunda Guerra Mundial.  Após o rompimento de relações com os países do Eixo, os campos brasileiros serviram como uma forma de mostrar que o governo estava comprometido com os Aliados. Entre 1942 e 1945, o país manteve campos de concentração nos Estados do Pará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro (2), São Paulo (2), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul.

Os “campos de internamento” – nome adotado em documentos oficiais, pelo Itamaraty, Polícia Federal e pela imprensa da época – eram destinados aos prisioneiros de origem alemã suspeitos de ligação com o nazismo, italiana e japonesa, apontados como “ameaças” pela ditadura Vargas – de forte teor nacionalista e hostil a estrangeiros.  Deve-se deixar claro que os campos brasileiros em nada se comparavam às usinas da morte construídas pelos nazistas. No entanto, não estavam livres de condições insalubres que ameaçavam a vida dos internos e das manobras do governo Vargas para impedir vistorias da Cruz Vermelha aos locais.

Parte dessa história pode ser conhecida por meio do livro “Prisioneiros de Guerra: Súditos do Eixo”, publicação conjunta das Editoras Humanitas e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. O estudo fez parte do Projeto Integrado Arquivo Público do Estado e Universidade de São Paulo (PROIN), que deu origem a outro livro já citado neste blog, “Imigração e Revolução – lituanos, poloneses e russos sob vigilância do Deops-SP”.

Em comum, as duas publicações ajudam a derrubar mitos e ufanismos presentes na história brasileira, além de mostrar que não é de hoje que migrantes – nacionais ou estrangeiros – são alvos de práticas e políticas discriminatórias, seja do governo ou da sociedade. E o resgate e divulgação desses episódios são de suma importância para reflexão e, sobretudo, impedir que voltem a ocorrer no futuro.

http://migramundo.wordpress.com


Hora do ‘tranca’: Você daria as costas para criminosos, drogados e psicopatas?

Onze perguntas para quem não tem noção nenhuma do que
é trabalhar no sistema prisional.

A foto que você vê acima diz respeito a um dos momentos mais críticos do trabalho no sistema penitenciário. Antes do banho de sol, os agentes devem entrar nos pavilhões e abrir as celas onde estão os presos, para que os detentos gozem de seu direito de aquecer o corpo com os raios do astro rei. Ao término do banho de sol, idem.

Como o efetivo de funcionários sempre foi irrisório (e continua sendo), ‘dois’ servidores para cumprir essa missão parece ser um exército suficiente aos olhos das autoridades competentes e para parcela da sociedade que, por desconhecimento ou má fé, subestima o valor de quem tem a coragem de exercer tal trabalho.

Assim, nesta matéria especificamente, vamos mudar um pouco a estrutura textual ‘padrão’ do jornalismo e dar prosseguimento ao raciocínio com algumas perguntas direcionadas [principalmente] às pessoas que não têm a mínima noção do que é conviver com o perigo real.

Leia, reflita e responda a si mesmo. Se puder. 

1 – Uma arma de fogo ‘infiltrada’ nesse pavilhão mataria esses dois trabalhadores pais de família?

2 – Você certamente acha que “os presos não teriam coragem”. Mas uma pessoa analfabeta, com 20 anos de cadeia para tirar, 10 pedras de crack na ‘cachola’ e ameaçada de morte se recusasse tal ordem não teria coragem?

3 – Quantos agentes penitenciários já foram assassinados dentro dos presídios no Brasil?

4 – Um agente penitenciário tem condições de cumprir a lei trabalhando em condições como esta?

5 – Um agente prisional que “pega no pé” dos presos, fazendo revistas em celas, retirando celulares e drogas, causando prejuízos de cinco, dez, vinte mil reais a criminosos dentro E FORA dos presídios tem como viver bem desarmado nas ruas, quando estiver de folga?

6 – Você sabe quantos presos passam por este presídio da foto no decorrer de um ou dez anos? É fácil memorizar a fisionomia de todos eles? Mas será que todos eles não são capazes de reconhecer esses dois agentes... ‘por aí’?

7 – Grades serradas antes da chegada desses agentes possibilitariam uma rebelião com dos ‘importantes’ reféns?

8 – É novidade para alguém a informação de que os pavilhões dos presídios brasileiros são lotados de presos com Tuberculose? Como essa doença é transmitida?

9 – Você se sente ‘mais seguro’ sabendo que as peças mais perigosas da sociedade estão devidamente encarceradas? Quem, com todas as dificuldades possíveis, garante esse seu ‘sossego’?

10 – Você sabe há quanto tempo os agentes penitenciários trabalham nessas (e noutras!) circunstâncias?

11 – ‘Opinar’ sobre o mundo sem sair da sala da faculdade, de um gabinete burocrático ou da frente de um microfone é muito mais fácil do que assumir o papel desses agentes. Não é mesmo?

Fonte: http://www.paraibaemqap.com.br


Para evitar atos violentos, mãe mantém filho acorrentado durante 21 anos na China

Homem começou sofrer episódios psicóticos depois de uma grave depressão que sofreu quando terminou um namoro, durante a adolescência.

Um chinês de 37 anos passou 21 deles acorrentado pelo pulso. Hong Chunlin, que é doente mental, é cuidado por sua mãe, Chen Jiufang, de 71 anos. Com medo dos episódios violentos do filho, ela decidiu mantê-lo preso em casa, na Província de Jiangsu.

Chen Jiufang disse que seu filho começou sofrer episódios psicóticos depois de uma grave depressão que sofreu quando terminou um namoro, durante a adolescência.

Ele sempre reage de maneira agressiva quando vê a cor vermelha — pois sua namorada estava usando um vestido vermelho quando terminou o relacionamento.

Chen Jiufang disse que seu filho começou sofrer episódios psicóticos depois de uma grave depressão que sofreu quando terminou um namoro, durante a adolescência.

"Ele sempre queria sair de casa para brigar com os outros, então decidi mantê-lo trancado", conta a mãe de Hong Chunlin "Tudo o que posso fazer é mantê-lo limpo, seguro e bem alimentado", contou ao Daily Mail.

A idosa diz que ver o filho acorrentado lhe "corta o coração", mas que ele pode se tornar bastante violento e machucar os outros ou a si mesmo.

"Gostaria que ele ficasse bem de novo, mas não temos dinheiro", afirmou.

Os vizinhos confirmaram o comportamento agressivo do chinês. Um morador contou que, antes de viver acorrentado, ele perseguia e batia nos vizinhos, "especialmente nas mulheres que se vestiam com roupas vermelhas".

A idosa diz que ver o filho acorrentado lhe "corta o coração", mas que ele pode se tornar bastante violento e machucar os outros ou a si mesmo.

"Gostaria que ele ficasse bem de novo, mas não temos dinheiro", afirmou.

Os vizinhos confirmaram o comportamento agressivo do chinês. Um morador contou que, antes de viver acorrentado, ele perseguia e batia nos vizinhos, "especialmente nas mulheres que se vestiam com roupas vermelhas".

Hong tem ferimentos no corpo por ficar muito tempo na cama. Ele passa o dia inteiro acorrentado e deitado em uma cama sem colchão.

Fonte: R7 / paraibaemqap.com.br


Um relato sobre o pouco do muito que ocorre nos presídios

Sabe quem mais pratica tortura nas penitenciárias do planeta chamado Terra?

O texto que segue é um comentário feito por um internauta que com certeza conhece de perto os problemas do sistema prisional. A mensagem foi publicada pelo Blog Tião Lucena. Não se apavorem com o que acontece na escuridão do mundo além das grades. Presídio é isso mesmo... 

Caro Jornalista Tião Lucena: Gostaria muito de te pedir algo, mesmo sabendo que é dificil, apesar de não ser um promotor ou conselheiro dos DH, sou um simples membro da segurança Pública deste estado, alguém que arrisca a vida, e é pago(mal por sinal), para garantir a segurança de Você e de toda a população: PUBLIQUE MEU COMENTÁRIO EM UM TÓPICO EM SEU BLOG, do mesmo modo que o Promotor teve sua opinião ampliada, caso discorde, use isso para seu conhecimento. Obrigado

"Um dia estava trabalhando em um dos presídios aqui da Capital, em dado momento ví 5 presos se masturbando em um dos lados do pavilhão, estava aproveitando a "cena" em que um preso de facção rival estava amarrado em uma grade, enquanto outros o estupravam e ejaculavam em uma lata, isso para não sujar o que os outros íam usar, um outro preso, esse de nome Thiago Silva foi morto a espetadas por mais de 25 presos, que antes de o matarem, cortaram suas orelhas, língua, pênis e unhas, isso aconteceu dentro do presídio do róger, mês passado.

Sabe porque relatei cenas tão grotescas, com as desculpas devidas, para que os senhores tenham uma leve noção do que acontece dentro dos muros. Sabe caro Tião, o que um promotor de Justiça, ou algumas advogadas e religiosos não vêem, porque estão dentro de seus gabinetes com ar climatizado ou em carros de luxo, que entram em uma instituição e apontam defeitos, quando o defeito não é da instituição, nem dos homens que a fazem, vem da lei e de outras coisas que me fariam gastar mil linhas e não conseguiria explicar!

Tião, sabe porque existe tudo isto no PB1? Porque o Major Sérgio impõe respeito e é "linha dura" nas faltas disciplinares, o "chapão" referido pelo promotor, é uma cela para castigo, e é aprovada no projeto levado ao DEPEN, celulares, estes que mandam matar e comandam o crime aqui de fora, estes lá são combatidos, um apenado, de alcunha "cavanhaque", que já processou alguns agentes por abuso de autoridade, mandou matar uma mulher grávida de um rival, estes presos se rebelaram por conta do túnel descoberto semana passada, todo mundo sabe disto,quebraram o presidio e querem o que? Senhor promotor, porque o senhor não representa a OAB ou então, como em matéria que o senhor mesmo publicou, defendendo o poder do Ministério Público investigar, instaura uma investigação para apurar o envolvimento de advogados e principalmente advogadas com as rebeliões? Porque o senhor não requisita ao GAECO, que combate o crime organizado, para investigar as facções criminosas que pagam advogados por mês, que negociam transferências, que levam chips e celulares para apenados e que recebem e efetuam ligações para dentro de presídios?

Sabem quem manda os recados para a facção criminosa que domina os presidios do estado? 2 advogadas conhecidas por todos, essa mesma advogada que acionou as comissões.Existe maus tratos nos presidios da Paraíba? Sim existe, nos da Paraíba e nos do Brasil inteiro ou melhor, nos do mundo inteiro, porque preso que quebra cela, quebra banheiro quer dormir onde? No PB1 estão aqueles presos que estruparam e mataram mulheres em queimadas, o "mata sete", abdon estuprador de crianças e outros assassinos e psicopatas, o que o senhor acha destas familias senhor promotor?

Não defendo a ilegalidade, mas acho engraçado como é a hipocrisia neste estado, roubaram um celular de uma pessoa de renome, aciona a polícia e achem a qualquer custo, promotor ou Juíz ameaçado; escolta armada, sabe o que fizeram quando uma certa Juíza foi assaltada na Capital? Determinaram uma operação e o cerco de um bairro, isso é legal? Para "nosoutros" aqui de baixo existiriam os mesmos critérios? Do ponto de vista legal, existe uma lei federal que disciplina a entrada de produtos eletrônicos e a proibição da entrada de celulares, será que isto habilita os senhores conselheiros a fornecer algum instrumento não permitido pela lei Federal e pela portaria estadual? Meu apoio ao Comando do PB1. Infelizmente senhor promotor e conselheiros, bandido só entende uma linguagem e só "chiam" para os senhores quando seus interesses dentro da cadeia são contrariados.

Fonte: http://www.paraibaemqap.com.br


Em julgamento conturbado, Advogado Ércio Quaresma discute com capitão da PM


Saiba como é a execução para traficantes de drogas na Indonésia

Nem tanto. Mas também não deveria ser tão pouco. Nós brasileiros somos MENOS populosos e MAIS violentos do que os indonésios.

Tudo bem, pensar em pena de morte num país como o Brasil é algo extremamente perigoso, tendo em vista o perfil das pessoas que povoam o sistema carcerário nacional. Quantos playboys seriam executados no país do futebol?

Mas uma coisa não se pode negar: os legisladores brasileiros foram embriagados pela “Síndrome de Estolcomo” e adoram fechar os olhos para determinadas realidades. Um país que sequer obriga o preso a trabalhar não pode dar um futuro melhor para os seus cidadãos, estejam eles dentro ou fora das grades.

Mas vamos ao assunto. Um brasileiro foi preso na Indonésia no ano de 2003, tentando entrar naquele país com quase 14 kg de cocaína. Dançou. Condenado à morte.

De acordo com matéria da Folha de São Paulo, a execução acontece da seguinte forma:

A execução é feita por 12 soldados. Apenas dois fuzis são carregados, sem que os soldados saibam quais são. Cada soldado atira no peito do condenado uma vez. Se ele sobreviver, é alvejado na cabeça. O corpo é entregue à família.

Se é uma punição severa demais, aí somente as famílias destruídas por viciados em crack é que podem opinar. O fato é que existem determinados setores aqui no Brasil que enchem os olhos de lágrimas quando detentos queimam colchões e matam colegas de cela numa rebelião qualquer.

E olha que o preso brasileiro – pelo menos o paraibano, sobre o qual temos melhor análise – dispõe de quatro refeições diárias, horário para futebol, visita íntima [SEXO!] e, vez por outra, uma saidinha básica da prisão em determinadas épocas do ano.

Claro, cada caso é um caso. Mas o descaso brasileiro não se interessa em promover a separação de casos. Enquanto isso, vejamos o quadro abaixo e reflitamos: “a violência se agiganta por acaso”?

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes divulgou um estudo global sobre homicídio inédito, que coloca o Brasil como país mais violento do mundo. O país registrou, durante o ano de 2010, o maior número absoluto de homicídios, ocupando um indesejável primeiro lugar no ranking mundial: foram 43.909 homicídios. O país é o quinto país mais populoso do mundo – atrás de China, Índia, EUA e Indonésia –, mas mesmo assim, registrou mais homicídios que nesses países. O segundo com mais homicídios, de acordo com o estudo, foi a Índia, com 40.752 mortes em 2009 (o estudo usou os dados mais recentes disponíveis em cada país).

Fonte: paraibaemqap.com.br


PRECATÓRIOS

Presidente da OAB teria pago propina a juiz

Está cada vez mais complexo o caso dos precatórios do Sintero. De acordo com o Inquérito Polícial 765/DF que está em andamento na Polícia Federal, a servidora do Tribunal Regional do Trabalho Débora Moreira Leite Ferreira, que se encontra no programa de proteção à testemunha, “a declarante viu o advogado Hélio entregando uma caixa contendo maços de dinheiro para ele (Domingos Sávio)”.

Debora é testemunha chave em todo o processo que culminou com o afastamento do juiz e do desembargador Vulmar Coelho. A ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça determinou a suspensão dos pagamentos dos precatórios do Sintero.

Fonte: rondoniaovivo.com.br


Bicheiro que vazou operação

visitou casa de juiz

Não se sabe como Olímpio Queiroga obteve as informações sobre a Operação Monte Carlo. Mas ele esteve na residência do juiz Leão Aparecido perto do carnaval. O juiz não estava, mas, dali, ele foi se encontrar com Carlinhos Cachoeira

Amigo do juiz titular da 11ª Vara Federal de Goiás, Leão Aparecido Alves, o bicheiro José Olímpio de Queiroga Neto, que vazou para o parceiro Carlinhos Cachoeira a existência da Operação Monte Carlo, esteve na casa do magistrado em 7 de fevereiro. A Polícia Federal seguiu Queiroga em Goiânia, quando ele entrou na casa do juiz Leão. O magistrado não estava lá, pelas investigações da PF. Mas da casa do juiz, Queiroga foi até um restaurante na cidade. Ali, se encontrou com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pivô de uma CPI que apura suas relações com políticos como o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e com empresas como a construtora Delta.

O registro da ida do bicheiro aliado do chefe da “organização criminosa” desbaratada faz parte de um inquérito que apura a responsabilidade pelo vazamento da Operação. A visita aconteceu em meio a várias conversas entre Queiroga, Cachoeira e sua quadrilha em que eles demonstram já conhecerem detalhes da Operação em curso: nome da investigação, vara onde corria o inquérito, nome do juiz responsável e relatórios sobre o ex-senador Demóstenes Torres. Num dos diálogos, de cinco dias antes, o bando diz aguardar nova ida de Queiroga até a cidade de Goiânia, para buscar mais informações.

Porém, para os investigadores, não houve prejuízo à ação da PF e do Ministério Público, que conseguiu efetuar as prisões em 29 de fevereiro. Esse é o principal argumento do juiz Leão Aparecido para argumentar que ele não repassou nenhuma informação sigilosa à quadrilha. Mas, como mostrou o Congresso em Foco, os responsáveis pela investigação dizem que ela só não acabou desbaratada porque Cachoeira não acreditou no relato de Queiroga. Investigadores ouvidos pelo site avaliam que o sucesso da operação acabou sendo uma questão de “sorte”.

A mulher do magistrado, Maria do Carmo Alves, já foi ouvida pela polícia, quando negou ter repassado informações a Queiroga. Em nota, o juiz nega qualquer responsabilidade tanto sua quanto de sua mulher nos vazamentos.

A íntegra da nota

Mulher “da Justiça”

Apesar da vigilância e da constatação da visita no dia 7 de fevereiro, investigadores ouvidos pelo site disseram que, ao menos por enquanto, não encontraram provas da participação do juiz na revelação das informações. Um deles argumentou que, se a apuração revelasse indícios, a essa altura o material que poderia comprometer Leão já estaria no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, onde o magistrado poderia ser investigado, porque tem direito a foro privilegiado.

Mas falta ainda a tomada de depoimentos para complementar a investigação da PF. Ainda não foram ouvidos, por exemplo, todos os funcionários da Justiça Federal. Em um dos grampos, revelados pelo Congresso em Foco, Cachoeira disse que Olímpio Queiroga lhe revelou que sua fonte era uma mulher “da Justiça”.

Como mostrou este site, em 2 de fevereiro, às 22h17, Cachoeira fala com o ex-sargento Idalberto “Dadá” Matias sobre a insatisfação com as informações trazidas por Queiroga. Ao final da conversa, Dadá diz que é melhor esperar o aliado ir a Goiânia novamente buscar mais dados. Cinco dias depois, em 7 de fevereiro, a PF registra os passos dele Queiroga até a casa do juiz Leão Aparecido Alves. Mas o magistrado não estava lá.

Aviso

Em janeiro e parte de fevereiro, Leão esteve em Brasília auxiliando magistrados da capital. Numa conversa grampeada no mesmo dia 7 de fevereiro, Cachoeira diz a um interlocutor que o juiz Leão voltará dia 14 e, assim, poderia ajudar a confirmar algum problema para o grupo. “Dia 14, o Leão assume a Vara, e ele ficou de avisar se vai ter prisão ou não”, afirmou o bicheiro.

Mas o juiz afirma que, como houve as prisões, é fato que ele não avisou a quadrilha da Operação Monte Carlo. “Se eles foram presos, significa que ela [a pessoa acusada, o juiz] não avisou”, disse o magistrado na nota.

“Além disso, em depoimento à Polícia Federal, minha esposa negou que tivesse prometido informações a José Olímpio. Esse fato foi confirmado por José Olímpio em declaração entregue à autoridade policial federal”, continua o juiz.

Legal ou ilegal?

Paralelamente à investigação criminal, o TRF faz uma apuração administrativa sobre o caso, solicitada pelo próprio Leão. Entretanto, o objetivo da Corregedoria do tribunal não é saber se o juiz da 11ª Vara vazou ou não a Monte Carlo. As conclusões se voltarão apenas para o fato de Leão ter sido ou não investigado ilegalmente pela PF.

A investigação da Corregedoria deveria terminar dias atrás, mas ainda prossegue. O corregedor, desembargador Carlos Olavo Pacheco, é quem vai apresentar o relatório sobre o caso.

Rádio Nextel

Leão disse em nota que, se houvesse vazamento por parte de algum funcionário da Justiça, a quadrilha do bicheiro saberia que seus rádios Nextel não eram à prova de grampos, como imaginavam. Porém, um diálogo mostra que Cachoeira já tinha essa desconfiança. Em 14 de fevereiro, ele conversa com o delegado Fernando Byron e pergunta se ele já tinha resposta sobre uma consulta que fizera sobre a possibilidade de grampo nos Nextel.

“Aquele negócio lá de Brasília vocês… eles não devolveram a resposta, não?”, pergunta Cachoeira. “Com relação àquele negócio do rádio, não. Mas eu tô achando que eles vão demorar pra responder”, explica Byron, que fica de obter mais esclarecimentos na PF. A Polícia resumiu o diálogo como “Carlos questiona sobre a possibilidade de monitoramento dos rádios”.

Celular do filho

Leão já informou que os registros telefônicos de sua esposa foram quebrados. As contas mostram ligações para linhas telefônicas em nome de parentes de Carlinhos Cachoeira. Mas Leão afirmou que se trata de um engano já que o seu filho é amigo de um filho de Cachoeira, ambos estudando juntos na mesma sala de aula há cinco anos.

“Em não raras ocasiões”, o filho de Cachoeira emprestou o celular para o filho do juiz falar com Maria do Carmo. Leão disse que não há registros de conversas entre ele e Olímpio Queiroga, de quem é amigo. Afirmou que Maria do Carmo telefonou várias vezes para a irmã de Queiroga, madrinha de batismo do filho do casal.

Em férias

Procurado, Leão não respondeu às perguntas enviadas por escrito para o correio eletrônico de seu gabinete. Ele não foi localizado pela reportagem, pela sua assessoria e pelo setor de comunicação da Justiça Federal em Goiás. De acordo com seus auxiliares, Leão está em férias. Desde o dia 5 de julho, eles dizem não conseguir localizar o magistrado.

Assessores do juiz disseram que ele é uma pessoa “íntegra” e que não está fugindo dos esclarecimentos. Lembraram ainda da nota divulgada por Leão em que detalhou sua versão para o caso.

O advogado de Queiroga, Edson Marauí, disse que não comentaria o caso. O advogado de Carlinhos Cachoeira, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, afirmou ao site que responderia às questões na semana passada. Mas os esclarecimentos não foram prestados até o fechamento da edição.

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br


Guarda Prisional português preso
por tráfico de drogas

Guarda prisional levava ‘drogas’

Um guarda prisional, de 54 anos, tentou ontem entrar no Estabelecimento Prisional de Coimbra com 405 cápsulas de uma substância em pó dissimuladas nas calças . Tinha à sua espera a Polícia Judiciária de Coimbra, que o deteve, sendo suspeito de um crime de corrupção passiva para acto ilícito.
O detido estava prestes a entrar ao serviço quando foi sujeito a uma revista minuciosa, durante a qual foram encontradas as cápsulas, dissimuladas nas pernas, entre as dobras das calças da farda.
"Ele teve o cuidado de dissimular muito bem as cápsulas, que poderiam escapar numa revista mais simples", disse fonte policial, adiantando que a PJ contou com a "estreita colaboração" do Estabelecimento Prisional de Coimbra.
A composição química do pó branco, que terá sido colocado nas cápsulas de forma artesanal, ainda não está determinada, suspeitando-se que se trate de um produto estupefaciente ou de esteróides anabolizantes. As cápsulas eram para um recluso, que "prometeu pagar" ao guarda 200 euros.
Ouvido em Tribunal, foi suspenso de funções e sujeito a apresentações bi-semanais, enquanto aguarda julgamento. Será ainda sujeito a um processo disciplinar, aberto pela Direcção Geral dos Serviços Prisionais.

Fonte: http://jenisandrade.blogspot.com.br


Colunistas da revista Veja exigem que Lula seja algemado e preso

Colunistas da Veja, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, em artigos sucessivos, exigem para Lula o mesmo que a ditadura militar determinou ao ex-presidente em 1980: PRISÃO. O primeiro quer até quatro anos; o outro, algemas. Ambos merecem
rodar ao volante na janelinha de uma viatura da ROTA.

A partir de 19 de abril de 1980, em plena vigência da ditadura militar, no plantão de João Figueiredo e sob a custódia do delegado Romeu Tuma, Luiz Inácio Lula da Silva passou 30 dias no xadrez do temido Dops – o Departamento de Ordem Política e Social. A ditadura acabou, Figa e Tumão morreram e o Dops foi extinto. Mas há quem continue querendo mandar Lula para trás das grades outra vez. Mais precisamente, e não por coincidência, dois dos mais hidrófobos colunistas de Veja.com: Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, vizinhos de página virtual.

Cada um ao seu modo, Azevedo com seus jatos biliáticos e Nunes usando e se lambuzando de adjetivos, eles partiram de dois fatos isolados, sem dúvida protagonizados por Lula, para embicarem seus leitores na rota do autoritarismo. Ao mesmo tempo investigadores e juízes, fizeram como se estivessem um ao volante de uma daquelas antigas viaturas da Rota, e o outro na janelinha, para exigirem cadeia sem recurso para o que entenderam como crimes de Lula.

Reinaldo enxergou na conversa reproduzida à Veja pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, e negada à revista pelo ex-ministro Nelson Jobim, um verdadeiro atentado de Lula sobre a autonomia do Supremo – ainda que o próprio Mendes, em sua versão atrasada em 30 dias sobre o fato, mal tenha sido enfático sobre a pressão que sobre ele teria sido praticada. Para o colunista, no entanto, Lula deveria ser enquadrado imediatamente no Código Penal como quem tentou obstruir a Justiça e, assim, amargar uma pena de até quatro anos de cadeia.

Nunes, cuja pena claudica à direita num movimento que pode manchar de maneira indelével sua biografia de jornalista centrado, é sempre mais engraçado que Reinaldo, além de ter um estilo incomparavelmente melhor. Mas igualmente escorregou para a pressa e o açodamento, ao enxergar na entrevista de Lula ao Programa do Ratinho um ataque do ex-presidente à legislação eleitoral que mereceria não menos que a humilhante prisão em flagrante com algemas. Nada de reprimendas, multas ou até mesmo a cassação do candidato beneficiado, mas cadeia, xadrez, xilindró. É autoritarismo demais, né, não?

O problema dos dois colunistas não está em seu posicionamento político. Eles podem, é claro, escrever o que quiserem – a tela do computador, afinal, aceita tudo. Mas ao usarem o poder de crítica para pedir a ultrapassagem de todo os ritos democráticos legais existentes na sociedade para tratar de casos como os mencionados – e levar Lula direto de volta para a cadeia –, do primeiro ao quinto se associaram ao que a ditadura fez com o ex-presidente. O pior é que nessa Rota da imprensa ainda tem mais gente querendo entrar para fazer patrulha. Hoje, como dantes, Lula ainda incomoda demais.

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br


QUEM MATOU ESSES BRASILEIROS?

AS VÍTIMAS DAS ESQUERDAS ANTES DO AI-5 SERÃO TAMBÉM
INVESTIGADAS PELA COMISSÃO DA "VERDADE"?

1 - 12/11/64 - Paulo Macena, Vigia - RJ

Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto

2 - 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército - Paraná

Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

3 - 25/07/66 - Edson Régis de Carvalho, Jornalista - PE

Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Ver próximo nome.

4 - 25/07/66 - Nelson Gomes Fernandes, almirante - PE

Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.

5 - 28/09/66 - Raimundo de Carvalho Andrade - Cabo da PM, GO

Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.

6 - 24/11/67 - José Gonçalves Conceição (Zé Dico) - fazendeiro - SP

Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.

7 - 15/12/67 - Osíris Motta Marcondes, bancário - SP

Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

8 - 10/01/68 - Agostinho Ferreira Lima - Marinha Mercante - Rio Negro/AM

No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.

9 - 31/05/68 - Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário - RJ

O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani

10 - 26/06/68- Mário Kozel Filho - Soldado do Exército - SP

No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.

11 - 27/06/68 - Noel de Oliveira Ramos - civil - RJ

Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

12- 27/06/68 - Nelson de Barros - Sargento PM - RJ

No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.

13 - 01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - major do Exército Alemão - RJ

Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.

14 - 07/09/68 - Eduardo Custódio de Souza - Soldado PM - SP

Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.

15 - 20/09/68 - Antônio Carlos Jeffery - Soldado PM - SP

Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.

16- 12/10/68 - Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército dos Estados Unidos - SP

Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua mulher, Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).

17 - 24/10/68 - Luiz Carlos Augusto - civil - RJ

Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.

18 - 25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - civil - RJ

Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).

19 - 07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - Civil - SP

Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.

Quando a lista estiver completa, reparem que a ALN (Ação Libertadora Nacional) e a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) estão entre os grupos mais violentos. À primeira, pertenceu o ministro Paulo Vannuchi, que hoje comanda a banda que quer a “revanche”; a ministra Dilma Rousseff, cuja pasta deu forma final ao “decreto”, integrou a segunda. Aos mortos:

20 - 07/01/69 - Alzira Baltazar de Almeida - dona de casa - Rio de Janeiro/RJ

Uma bomba jogada por terroristas embaixo de uma viatura policia, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou Alzira, que passava pela rua

21 - 11/01/69 - Edmundo Janot - Lavrador - Rio de Janeiro / RJ

Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.

22 - 29/01/69 - Cecildes Moreira de Faria - Subinspetor de Polícia - BH/ MG

23 - 29/01/69 - José Antunes Ferreira - guarda civil-BH/MG

Policiais chegaram a um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva , “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor Cecildes Moreira da Silva (ver acima), que deixou viúva e oito filhos menores. Ferreira também morreu. Além do assassino, foram presos os seguintes terroristas: Afonso Celso L.Leite (Ciro), Mauricio Vieira de Castro (Carlos), Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida (Pedro), Jorge Raimundo Nahas (Clovis ou Ismael) e Maria José de Carvalho Nahas (Celia ou Marta). No interior do “aparelho”, foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.

24 - 14/04/69 - Francisco Bento da Silva - motorista - SP

Morto durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os seguintes terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto

25 - 14/04/69 - Luiz Francisco da Silva - guarda bancário -SP

Também Morto durante o assalto acima relatado.

26 - 08/05/69 - José de Carvalho - Investigador de Polícia - SP

Atingido com um tiro na boca durante um assalto ao União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN.

27 - 09/05/69 - Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil - SP

Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

28 - 27/05/69 - Naul José Montovani - Soldado PM - SP

Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César Corbusier metralharam o soldado Naul José Montovani, que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo, que correu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado paralítico.

29 - 04/06/69 - Boaventura Rodrigues da Silva - Soldado PM - SP

Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan.

30 - 22/06/69 - Guido Boné - soldado PM - SP

Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a rádio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.

31 - 22/06/69 - Natalino Amaro Teixeira - Soldado PM - SP

Morto por militantes da ALN na ação acima relatada.

32 - 11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento - Motorista de táxi - RJ

Morto a tiros quando conduzia, em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares.

33 - 24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - Soldado PM - SP

O Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, foi assaltado por uma frente de grupos de esquerda. Foram roubados sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação:

- Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal;

- Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos Quintino dos Santos, Chaouky Abara;

- Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.

Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado Oliveira. Já caído, ele recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos.

34 - 20/08/69 - José Santa Maria - Gerente de Banco - RJ

Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual era gerente

35 - 25/08/69 - Sulamita Campos Leite - dona de casa, PA

Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na casa dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de explosivos escondida pelo terrorista

36 - 31/08/69 - Mauro Celso Rodrigues - Soldado PM - MA

Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por movimentos subversivos.

37 - 03/09/69 - José Getúlio Borba - Comerciário - SP

Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros, o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa, e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito.

38 - 03/09/69 - João Guilherme de Brito - Soldado da Força Pública/SP

Morto na ação acima narrada.

39 - 20/09/69 - Samuel Pires - Cobrador de ônibus - SP

Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus.

40 - 22/09/69 - Kurt Kriegel - Comerciante - Porto Alegre/RS

Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre.

41 - 30/09/69 - Cláudio Ernesto Canton - Agente da Polícia Federal - SP

Após ter efetuado a prisão de um terrorista, foi atingido na coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.

42 - 04/10/69 - Euclídes de Paiva Cerqueira - Guarda particular - RJ

Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de valores do Banco Irmãos Guimarães

43 - 06/10/69 - Abelardo Rosa Lima - Soldado PM - SP

Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique) , Walter Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos. Organizações Terroristas: REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes).

44 - 07/10/69 - Romildo Ottenio - Soldado PM - SP

Morto quando tentava prender um terrorista.

45 - 31/10/69 - Nilson José de Azevedo Lins- civil - PE

Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar

46 - 04/11/69 - Estela Borges Morato - Investigadora do DOPS - SP

Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o terrorista Carlos Marighela.

47 - 04/11/69 - Friederich Adolf Rohmann - Protético - SP

Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela.

48 - 14/11/69 - Orlando Girolo - Bancário - SP

Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.

49 - 17/11/69 - Joel Nunes - Subtenente PM - RJ

Neste dia, o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião, foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.

50 - 18/12/69 - Elias dos Santos - Soldado do Exército - RJ

Havia um aparelho do PCBR na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, disparou um tiro de pistola 45 contra Elias dos Santos

E continua a lista com os nomes das vítimas dos terroristas de esquerda. Neste grupo, destaca-se a impressionante covardia de Carlos Lamarca, o grande herói do panteão da mistificação. Sabe-se que era um assassino frio. Mas prestem atenção às circunstâncias da morte de Alberto Mendes Junior, a vítima nº 56: era também perverso.

51 - 17/01/70 - José Geraldo Alves Cursino - Sargento PM - São Paulo / SP

Morto a tiros por terroristas.

52 - 20/02/70 - Antônio Aparecido Posso Nogueró - Sargento PM - São Paulo

Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.

53 - 11/03/70 - Newton de Oliveira Nascimento - Soldado PM - Rio de Janeiro

No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e duas filhas menores, de quatro e dois anos.

54 - 31/03/70 - Joaquim Melo - Investigador de Polícia - Pernambuco

Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”

55 - 02/05/70 - João Batista de Souza - Guarda de Segurança - SP

Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), e mais Eduardo Leite (Bacuri), pela Resistência Democrática (REDE), assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de segurança João Batista de Souza.

56 - 10/05/70 - Alberto Mendes Junior- 1º Tenente PM - SP

Esta é uma das maiores expressões da covardia e da violência de que era capaz o terrorista Carlos Lamarca. No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por ele, estavam numa pick-up e pararam num posto de gasolina em Eldorado Paulista. Foram abordados por policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha. Em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Por volta das 21h, houve o encontro com os terroristas, que estavam armados com fuzis FAL, enquanto os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos, e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando de urgentes socorros médicos. Julgando-se cercado, Mendes aceitou render-se desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras.

De madrugada, a pé e sozinho, Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca, que decidiu seguir com seus companheiros e com os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade, foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas - Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega - desgarraram-se do grupo, e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando junto o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o tenente pararam para descansar. Carlos Lamarca, Yoshitame Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um “tribunal revolucionário”, que resolveu assassinar o Tenente Mendes. Os outros dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro.

Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram. Yoshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI-CODI e apontou o local onde o tenente estava enterrado.

57 - 11/06/70 - Irlando de Moura Régis - Agente da Polícia Federal - RJ

Foi assassinado durante o seqüestro do embaixador da Alemanha, Ehrendfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben. A operação foi executada pelo Comando Juarez Guimarães de Brito. Participaram Jesus Paredes Soto, José Maurício Gradel, Sônia Eliane Lafóz, José Milton Barbosa, Eduardo Coleen Leite (Bacuri), que matou Irlando, Herbert Eustáquio de Carvalho, José Roberto Gonçalves de Rezende, Alex Polari de Alverga e Roberto Chagas da Silva.

58 - 15/07/70 - Isidoro Zamboldi - segurança - SP

Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin.

59 - 12/08/70 - Benedito Gomes - Capitão do Exército - SP

Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas.

60 - 19/08/70 - Vagner Lúcio Vitorino da Silva - Guarda de segurança - RJ

Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização terrorista MR-8 ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém-chegados do curso em Cuba.

61 - 29/08/70 - José Armando Rodrigues - Comerciante - CE

Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros por terroristas da ALN. Após seu assassinato, seu carro foi lançado num precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues Menezes (autor dos disparos), José Sales de Oliveira, Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques, Timochenko Soares de Sales e Francisco William.

62 - 14/09/70 - Bertolino Ferreira da Silva - Guarda de segurança - SP

Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em são Paulo.

63 - 21/09/70 - Célio Tonelly - soldado da PM - SP

Morto em Santo André. Quando de serviço em uma rádio-patrulha, tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel.

64 - 22/09/70 - Autair Macedo - Guarda de segurança - RJ

Morto por terroristas, durante assalto a empresa de ônibus Amigos Unidos

65 - 27/10/70 - Walder Xavier de Lima - Sargento da Aeronáutica - BA

Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia terroristas presos, em Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos (Marcos) o atingiu com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário).

66 - 10/11/70 - José Marques do Nascimento - civil - SP

Morto por terroristas que trocavam tiros com a polícia.

67 - 10/11/70 - Garibaldo de Queiroz - Soldado PM - SP

Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo.

68 - 10/11/70 - José Aleixo Nunes - soldado PM - SP

Também morto na ocorrência relatada acima.

69 - 10/12/70 - Hélio de Carvalho Araújo - Agente da Polícia Federal - RJ

No dia 07/12, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, foi seqüestrado pela VPR. Participaram da operação os terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polari de Alverga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca. Após interceptar o carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo, calibre 38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e, a uma distância de dois metros, atirou, duas vezes contra o agente Hélio. Os terroristas levaram o embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido para o hospital Miguel Couto, morreu no dia 10/12/70.

70 - 07/01/71 - Marcelo Costa Tavares - Estudante - MG

Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais.

Autor dos disparos: Newton Moraes.

71 - 12/02/71 - Américo Cassiolato - Soldado PM - São Paulo

Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus.

72 - 20/02/71 - Fernando Pereira - Comerciário - Rio de Janeiro

Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente.

73 - 08/03/71 - Djalma Peluci Batista - Soldado PM - Rio de Janeiro

Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do Rio de Janeiro.

74 - 24/03/71 - Mateus Levino dos Santos - Tenente da FAB - Pernambuco

O PCBR necessitava roubar um carro para participar do seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26/06/70, o grupo decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. Ao tentarem render o motorista, descobriram tratar-se de um tenente da Aeronáutica. Carlos Alberto disparou dois tiros contra o militar: um na cabeça e outro no pescoço. Depois de nove meses de intenso sofrimento, morreu no dia 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou o PCBR a desistir do seqüestro.

75 - 04/04/71 - José Julio Toja Martinez - Major do Exército - Rio de Janeiro

No início de abril, a Brigada Pára-Quedista recebeu uma denúncia de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua Niquelândia, 23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Sessão do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Sessão da Brigada, chefiada pelo major Martinez, montou um esquema de vigilância da casa. Por volta das 23h, chega um casal de táxi. A mulher ostentava uma volumosa barriga, sugerindo gravidez.

O major Martinez acabara de concluir o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde, por três anos, exatamente o período em que a guerra revolucionária se desenvolvera, estivera afastado desses problemas em função da própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na Brigada de Pára-Quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista.

Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área. Ato contínuo, da barriga, formada por uma cesta para pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a “grávida” retirou um revólver, matando-o antes que pudesse esboçar qualquer reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio, que causou a morte do casal de terroristas. Eram os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e Marilena Villas-Bôas Pinto, responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No “aparelho” do casal, foram encontrados explosivos, munição e armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de diplomatas estrangeiros e de generais do Exército. Martinez deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à época, com 11 anos.

76 - 07/04/71 - Maria Alice Matos - Empregada doméstica - Rio de Janeiro

Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de construção.

77 - 15/04/71 - Henning Albert Boilesen - (Industrial - São Paulo)

Quando da criação da Operação Bandeirante, o então comandante do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais, municipais e com industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente terrorismo que estava em curso no estado de São Paulo. Assim, vários industriais, entre eles Boilesen, se cotizaram para atender ao pedido daquela autoridade militar. Por de3cisão de Lamarca, Boilesen, um dinamarquês naturalizado brasileiro, foi assassinado. Participaram da ação os terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos. No relatório escrito por Yuri, e apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação. Mais uma vitória da Revolução Brasileira”. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Duas mulheres foram feridas. Sobre o corpo de Boilesen, atingido por 19 tiros, panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça: “Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.

78 - 10/05/71 - Manoel da Silva Neto - Soldado PM - SP

Morto por terroristas durante assalto à Empresa de Transporte Tusa.

79 - 14/05/71 - Adilson Sampaio - Artesão - RJ

Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti.

80 - 09/06/71 - Antônio Lisboa Ceres de Oliveira - Civil - RJ

Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro

 


Segredos vão pro túmulo

Edilson Pereira

O repórter Márcio Barros encontrou-se com o superintendente da delegacia de Piraquara, Marco Aurélio Furtado, num domingo à noite, dia 22 de maio de 2011, para uma entrevista sobre a chacina na estrada Nova Tirol. Furtado narrou como estavam as investigações e estampou um grande e misterioso sorriso: "Eu tenho novidades importantes para os próximos dias. Faltam apenas detalhes para os assassinos serem respon-sabilizados pelo crime". Como acontece nestes casos entre jornalista e fonte, Barros ficou tranquilo e esperou as novidades.

Mas as novidades não vieram. Na noite seguinte, uma segunda-feira, às 23 horas, Furtado estava deitado na cama de sua casa na Rua Vicente Machado, no Batel, quando se sentiu mal, sentou, vomitou e em seguida morreu.  Foi sepultado no dia seguinte, terça-feira, às 17 horas e levou com ele os segredos que afirmara ter. Policiais amigos que estiveram no velório disseram que Furtado havia se submetido a uma cirurgia do coração e fazia exames frequentes. Antes de morrer ele revelou que nos últimos trinta dias trabalhara sem cessar para desvendar o caso. Se ele chegou perto dos autores da chacina ou desvendou o crime, ninguém sabe: é mais um mistério deste caso.

Polaco virou pó

Outro mistério neste caso foi a morte de Valdir Assis Cabral, 34 anos, também conhecido pela alcunha de Polaco. Evadido da Colônia Penal Agrícola, Polaco fora preso numa sexta-feira, dia 8 de julho de 2011. Recaía sobre ele a suspeita de envolvimento na chacina na estrada Nova Tirol.  Como ele virou suspeito também é um mistério: ele foi apontado como provável participante por alguém, cujo nome a polícia não revelou. Outra versão é a de que algumas mulheres que teriam visto os assassinos saírem da chácara disseram que um deles seria parecido com Polaco.

No entanto, na noite de segunda-feira, dia 11 de julho, Polaco morreu no Complexo Médico Penal (CMP) e sepultou todas as dúvidas a respeito de sua participação no caso. A causa da morte não ficou esclarecida. O desenrolar deste caso também é nebuloso. Funcionários da delegacia informaram que Valdir seria transferido para o Centro de Observação e Triagem às 16 horas de segunda-feira. No entanto, repentinamente, ele passou mal por volta do meio-dia e pediu ajuda. Ele foi medicado no Hospital de Pinhais e transferido para o CMP. Neste centro  os médicos levantaram a suspeita de que o preso teria meningite.

No entanto, uma amiga de Valdir Assis Cabral informou que o homem sangrava muito pelo ouvido, tinha ferimentos no corpo e não apresentava quadro clínico compatível com meningite (febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez do pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele). Márcia, irmã do preso, disse ter conversado com o médico-legista e ele teria revelado que o corpo de Valdir Assis Cabral estava muito escuro na parte superior, indicando possível asfixia. Ou seja, ele poderia ter sido sufocado, enforcado ou estrangulado.  Se ele realmente sabia alguma coisa sobre a chacina, foi mais um que levou os segredos para o túmulo.

O delegado Amadeu Trevisan Araújo refuta as suspeitas dos familiares. Diz que a prisão de Polaco foi um equívoco da Polícia Militar e que ele estava doente: "Chegou aqui e na minha frente disse que não ouvia muito bem e tinha o vírus HIV. De repente seu quadro piora". Para o delegado, Polaco era apenas mais um caso de um sujeito que ficou largado no mundo, passou nove de seus 34 anos na cadeia e foi morrer depois de ser novamente preso.

Mais mistérios

Estas mortes alimentam ainda mais os rumores que circularam depois da chacina de que os autores seriam presos que saíam durante a madrugada para cometer crimes. Antes de amanhecer, escondiam as armas próximo à entrada do presídio e voltavam para as celas sob discreta cumplicidade de funcionários públicos. O superintendente Marco Aurélio Furtado confessou, antes morrer, que foram encontrados documentos dos mortos da chacina nas proximidades do complexo penitenciário, mas que, num primeiro momento, "isto não provaria nada".
Tanto Furtado poderia estar chegando perto da solução do caso quanto Valdir Assis Cabral, o Polaco, poderia ter passado por algo mais letal que uma meningite e sua morte não foi acidental. As duas mortes apenas alimentam o arsenal de enigmas sobre a Chacina de Piraquara.

"Por pouco eu não fui assassinado"

Otávio Cordeiro, 50 anos, tem um pesque-pague na estrada Nova Tirol, a mil metros distantes da chácara em que ocorreu a chacina de Piraquara. Mais: há 30 anos era amigo do ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando. "Ele não saía de minha casa", conta. E naquela noite por pouco também esteve no grupo surpreendido pelos criminosos. "O Jorge me pediu umas mudas de morango e eu ia avisar que tinha chegado as mudas que ele encomendou. E, naturalmente, eu ia ficar para comer o peixe", recorda. No entanto, outro compromisso o afastou dali. Foi assim que ele escapou de morrer.
Para evitar depredação e furtos na propriedade, Otávio Cordeiro vai todos os dias na área que pertenceu ao ambientalista. "No dia seguinte ao crime eu vim aqui para levar os carros da ONG para minha casa. Eram um caminhão, um Gol, uma Saveiro e uma camioneta. Eu recolhi e ainda assim já tinha aparecido gente que levou a turbina do caminhão e os pneus da camioneta", diz ele.  Dia destes alguém chegou sorrateiro e levou alguns fios elétricos da casa.
"A viúva me pediu para eu ficar e eu fiquei. Eu disse que cuidaria da propriedade por um ano, um ano e meio, até alguma coisa esclarecer. Ela vem aqui no fim de semana. Ela até gostaria de morar aqui, mas tem medo. Ninguém sabe direito como foi o crime, nem a razão. Por causa de terra não foi. Então tem que tomar cuidado. E não pode abandonar. Se abandonar, os vândalos vêm e acabam com tudo", diz.

Fonte: paraná-online


Brasileiro é condenado à prisão perpétua nos EUA por 5 estupros

Criminoso usava armas de chumbinho e dizia ser policial.

Um brasileiro recebeu a pena de prisão perpétua nesta sexta-feira nos Estados Unidos após ter sido condenado, em fevereiro, pelo estupro de cinco prostitutas.

Um júri realizado na Corte Superior do condado de Alameda considerou Gleiston Andrade, 41, culpado de seis acusações de sexo oral forçado e sete acusações de estupro em uma série de ataques a prostitutas na região de Oakland, no Estado da Califórnia.

Segundo informações do canal CBS, Andrade foi preso na cidade de Emeryville, depois de policiais receberem informações de que um homem estaria levando prostitutas para um estacionamento nos fundos de uma loja para estuprá-las.

Andrade, que trabalhava como caminhoneiro, foi preso em flagrante no estacionamento no dia 6 de outubro de 2009.

Além dos depoimentos de quatro vítimas, o Ministério Público apresentou como provas dos crimes exames de DNA que apontaram a presença de material genético do brasileiro em duas mulheres.

De acordo com o Ministério Público, Andrade usou uma arma de chumbinho para forçar as prostitutas a fazer sexo. Depois, para intimidar as vítimas, dizia que era policial. A CBS afirma que ele era policial no Brasil.

Nesta sexta, o juiz Allan Hymer leu a sentença na presença dele e de algumas das vítimas. O juiz determinou que ele seja submetido a teste de Aids e que seja incluído no registro de abusadores sexuais dos EUA.

De acordo com a CBS, uma das vítimas disse para ele, chorando: "Minha vida está arruinada por sua causa. Você tirou tudo de mim, inclusive minha fé nos seres humanos".

Andrade ainda poderá recorrer da decisão.

OUTRO LADO

Sua advogada disse no julgamento que havia poucas provas ligando o brasileiro aos crimes. Segundo Colleen Murray, as amostras de DNA recolhidas foram contaminadas, o que coloca os exames em dúvida.

Ela disse que Andrade nunca se encontrou com as vítimas e que, na época dos crimes, a polícia de Oakland acumulava casos de estupro não resolvidos em que o agressor dizia ser policial e que por isso creditaram todos ao brasileiro quando ele foi preso.

A reportagem não conseguiu localizar parentes de Andrade no Brasil ou nos Estados Unidos para comentar o caso. Sua advogada não respondeu a pedido de entrevista.

Fonte: http://www.paraibaemqap.com.br


As facetas de um crime
(Continuação)

Como já foi dito anteriormente existem muitas coisas que envolvem a vida de um criminoso, junto a ela estão ligadas pessoas acima de qualquer suspeita e com grande influência na sociedade, onde que por conta disso tudo se torna manipulável, uma troca de favores, onde basta apenas um telefonema e no máximo um almoço e tudo está resolvido.
Hoje estou digamos assim" EM UM NÍVEL SUPERIOR AOS DEMAIS'', onde ao longo de anos construí fama e respeito de todos, inclusive no meio do crime, é isso que vale pois amigos de verdade nesse meio são raros, pois só estão interessados naquilo que você tem  e em tudo que pode proporcionar a eles, seja com seu nome ou com ajuda financeira, isso é o que mais acontece.
Pessoas que cometeram algum tipo de crime na vida seja grande ou de pequeno poder ofensivo para a sociedade, se aproximam da gente no intuito de obter ajuda, para crescer na escala criminosa, tendo fortalecimento com com armas, dinheiro ou até mesmo com nosso nome, pois para ingressar neste sistema(crime) não é de qualquer forma ou jeito, se você tiver um padrinho as portas se abrem, é como na política é meio caminho andado.

Pessoas como donos de mercados e outros empresários de outros ramos crescem rapidamente, e aos olhos da sociedade isso acontece com a maior dignidade, mais por traz desse mérito tem muitas vezes ladrões, estelionatários e golpistas que ganham dinheiro também, uma ajuda mútua como diz uma amigo meu, ai e onde acontecem as lavagens de dinheiro. Muitas fachadas de empresas são montadas tipo aquela do túnel do assalto ao banco central, com o intuito de macular ou creditar uma façanha criminosa, onde sempre algum banco ou estado são lesados.

Certa vez presenciei e até conheci algumas pessoas que roubavam cargas de bebidas( cervejas) e vendiam para um dono de uma balada de alguma capital de Brasil, esse empresário na época de médio porte, comprava a carga pelo preço de 50% do valor da nota fiscal, onde ele conseguia fazer uma promoção imbatível no seu estabelecimento que era frequentado por assaltantes e policiais corruptos, todos faziam parte do esquema, com isso ele vendia muito e o numero de frequentadores triplicou. Pois com as bebidas mais baratas ele conseguia chamar cada vez mais clientes e sendo assim logo ampliou seus horizontes no ramo, e hoje e um forte empresário nesta área, possuindo várias casas noturnas e bares na capital paulista.

Como falei em episódios anteriores nem todo mundo que tem nome na sociedade construiu esse nome dignamente, nem tudo que a mídia fala e escreve é verdade. Sempre tem alguém que se levantou encima dos pilares do crime, ainda que seja crime de colarinho branco. E não necessariamente crimes do colarinho branco, a sociedade em geral não imagina quanta coisa acontece nos bastidores do crime, são empresários que contratam pessoas para eliminar a concorrência, onde eles enxergam grandes chances de aumentar seu lucro e que na maioria das vezes da certo, só dando errado quando se contrata para o serviço pessoas não competentes para o serviço ou quando não querem pagar o preço e ai cometem o erro de contratar os vulgarmente falando "nóias", onde em 99% das vezes acabam delatando toda a bronca e todos vão para a cadeia. Já ouviram falar que o barato sai caro, e economizando em uma coisa lá na frente acaba perdendo o triplo, e geralmente são essas broncas que a delegacia de homicídios conseguem elucidar, em outras palavras somente as autorias conhecidas...

Conheço vários empresários hoje considerados como fortes (ricos), que começaram de baixo, mais quando começaram já se aliaram ao crime, onde hoje estão muito bem sucedidos e nesse caminho trilhado para chegar ao auge muitas coisas acontecem, nesse meio aparece a policia que deveria prender, mais como todos já sabem a corrupção prevalece, ai vem o tão falado "acerto", que a primeira vez com certeza é alto mais ai como se fala na linguagem do crime os policiais entram para a lista de pagamento da rede criminosa e a partir dai tudo está resolvido, já ninguém mais se mete com o que está acontecendo e passam a pegar um dinheiro por semana ou quinzena e tudo fica como se nada tivesse acontecido, todos ganham e ficam felizes.

Todos tem famílias, filhos e muitos gastos ai com um salário de 2500 por mês se vive? Por isso tanta corrupção é mais fácil pegar um dinheiro aqui  outro ali do que fazer o tal 'BICO'', enfrente a farmácias, mercados, e boates para ganhar 50 reais por noite, arriscando a levar um tiro de um ''NOIADO'',que vai roubar para consumir drogas e quando isso acontece você passa a ser mais um nas estatísticas e no outro dia ninguém mais lembra de você.

Assim são os bastidores do crime, que alicerçam muitos nomes fortes da sociedade......


Tatuagem de prisão é a nova sensação

 

Fonte: http://noticias.r7.com


É de tirar o chapéu ao Marcola...

Ao PCC (Primeiro Comando da Capital), ao CV (Comando Vermelho). E de lastimar o Judiciário. Numa entrevista feita com ele, mostra a realidade promíscua desse país. Serve de exemplo para sabermos encarar a vida como ela é, e não como querem que ela seja.

Na entrevista, ele responde: 

" - Solução? Não há mais solução, cara... A própria ideia de 'solução' já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo?? ... teria de haver uma revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma 'tirania esclarecida', que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice. " 

Essas são algumas das palavras proferidas por um dos líderes do PCC, e não tiro a razão dele. Por anos ninguém se manifestou contra os pequenos acontecimentos nessa área, porém, foi crescendo e hoje já comanda uma nação. Ótimo. O Judiciário perdeu. Tem medo de enfrentar algo que se tornou mais poderoso que os três poderes juntos. O PCC comanda mais que um distintivo, mais que um diploma, mais que uma cadeira da presidência. Tudo isso porque não houve mudança no sistema penal, não houve lei rigorosa e cumprida. Parece que não querem mudança, afinal, pessoas como Marcola, Fernandinho Beira-Mar, comandam o que na verdade, deveriam comandar o Judiciário.  Teria que mexer na estrutura política de um país, o que é praticamente, impossível. 

Penso eu, que pra uma cabeça feminina, isso esteja além da capacidade. 

O que o sistema Judiciário tem feito? Nada. Colocar policiais monitorando favelas, seja do Rio de Janeiro, São Paulo ou qualquer lugar, não impedirá ninguém de seguir sua rota. Marcola mesmo cita na sua entrevista: 

" vocês é que tem medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... mas eu posso mandar matar vocês lá fora..." 

" se funcionário vacila, é despedido e jogado no microondas... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão, vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio, vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo." 

É a mais pura verdade. Lendo todos os livros que ele lê na prisão, está muito mais informado que a maioria que trabalha num tribunal, que não sabe nem um por cento do que se passa na cabeça de quem está preso. Os presos têm todo o tempo possível para aprender, mesmo entre quatro paredes, pois podem ler a vontade. Eis o aprendizado mais culto que já vi: a leitura. De nada adianta ter um diploma, ser graduado se não souber lidar com o ser humano. E olha que já me deparei com criminoso, um pior que o outro, entendendo o que se passa no seu interior...

Há leis incabíveis na nossa Constituição, há leis que nunca sequer foram usadas, há leis que o próprio Judiciário atropela. E queremos ditar as regras em voz alta?  

Já passou da hora de revermos conceitos e valores, bato sempre na mesma tecla, mas parece que esse Brasil, país do Carnaval, do Samba, do Futebol e do Big Brother não quer acordar. Uma dolência assustadora. 

Com toda essa fuzarca, há de se entender que, a cada dia os comandos das capitais se tornam mais ilustres que a nossa própria Constituição, o que os leva a crer que, a cada viagem do presidente,  o preso aprende a lutar pelos seus direitos, e nós aqui, fazemos o que? Pagamos tanto pela viagem quanto pela noite na prisão. É de se admirar um país do tamanho do Brasil perder para os comandantes criminais. Como diz Marcola:  

- " vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência, ..., vocês não entendem a extensão do problema." 

E realmente, quase ninguém entende a extensão desse problema que vem contaminando o país. E países afora. Ser democrata, ser liberal, ser conservador, ditar regras, legislar, executar as leis, não vão fazer com que o país se desenvolva e sim caminhe rumo a um PCC. Dando crédito e moral para que uma entrevista dessa altura seja divulgada.

Com todo respeito, tanto pelo Judiciário quanto pelo PCC, não tenho nem o que argumentar a respeito, Marcola tem toda razão no que disse. Nós não estamos à altura deles, estamos caminhando atras, sem contexto, sem probabilidades, sem chances de retomar a educação de um povo que já nem acredita mais no próprio país. Enquanto eram poucos, ninguém se dava ao trabalho de ao menos tentar combater, hoje nós somos os poucos, o resto, enquanto eles comandam.

Minha pergunta: 

Qual a solução? 

E termino com a frase de Dante, citado por Marcola: 

"Lasciate ogna speranza voi cheentrate!"

 Luciane Born

Jornalista – DRT 0009156/PR

Perita Criminal


Defesa de Lindemberg culpa PM
 

e imprensa pela morte de Eloá

A defesa de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a estudante Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, apresentou aos jurados, nesta segunda-feira, mais de uma hora e meia de reportagens de TV em que é questionado o trabalho dos negociadores do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar e da imprensa durante o sequestro, que durou mais de 100 horas. O julgamento do caso começou hoje no Fórum de Santo André, na Grande São Paulo. Relembre o cárcere privado mais longo do Estado de São Paulo Ao que indicam as reportagens, a estratégia inicial dos advogados do réu é culpar a PM e a imprensa pelo prolongamento do sequestro de Eloá e da amiga Nayara Rodrigues da Silva, que foi baleada. O primeiro vídeo a que os jurados assistiram foi uma reportagem da TV Globo, exibida a pedido da promotora Daniela Hashimoto, em que o perito Ricardo Molina, convocado como testemunha de defesa, analisa a sequência de atos que antecederam os disparos contra a jovem. Segundo essa reportagem, não há dúvidas de que os tiros que mataram Eloá e feriram Nayara partiram da arma de Lindemberg. Esse foi o único vídeo exibido pelo Ministério Público, responsável pela acusação. Já a advogada Ana Lúcia Assad exibiu diversas matérias em que se questiona a ação do Gate. Em uma delas, uma das fontes ouvidas diz que a Polícia Militar teve a oportunidade de atirar contra Lindemberg e não o fez. Em outro vídeo exibido, o Conselho Tutelar diz discordar do retorno de Nayara para o cativeiro e, novamente, culpa os negociadores do Gate pelo que chama de "erro". A defesa exibiu ainda a entrevista que a apresentadora Sônia Abrão, também convocada para testemunhar, fez com Lindemberg ao vivo durante o sequestro. Antes, porém, existem diversas reportagens em que o trabalho da imprensa é criticado. Em um desses vídeos, o apresentador Brito Junior, da TV Record, diz que os jornalistas deveriam fazer uma "auto-análise" sobre até que ponto a cobertura "interferiu" nos trabalhos dos negociadores - a declaração foi feita em uma palestra. Em outro momento, o apresentador José Datena, da Band, ataca os jornalistas "metidos a negociadores". Antes da apresentação dos vídeos, a advogada de Lindemberg já havia demonstrado que a crítica ao "sensacionalismo" da imprensa seria uma de suas estratégias de defesa. "A imprensa marrom atrapalhou bastante o meu trabalho". Para a defesa, caso a PM tivesse agido antes e a imprensa não tivesse espetacularizado o caso, Lindemberg teria se entregado e Eloá não teria morrido. Ao todo, 19 testemunhas, sendo cinco de acusação de 14 de defesa foram convocadas. Porém, quatro testemunhas foram dispensadas pelos advogados de Lindemberg: os jornalistas Roberto Cabrini (SBT), Sônia Abrão (Rede TV!), e Reinaldo Gottino (Record), e o perito Ricardo Molina. Além deles, a defesa pediu para substituir duas testemunhas: foram dispensados o perito Nelson Gonçalves e a jornalista Ana Paula Neves (Record), para que a mãe e o irmão de Eloá, Ana Cristina e Douglas, fossem ouvidos. A promotoria discordou da troca, mas a juíza Milena Dias aceitou a substituição. O mais longo cárcere de SP A estudante Eloá Pimentel, 15 anos, morreu em 18 de outubro de 2008, um dia após ser baleada na cabeça e na virilha dentro de seu apartamento, em Santo André, na Grande São Paulo. Os tiros foram disparados quando policiais invadiam o imóvel para tentar libertar a jovem, que passou 101 horas refém do ex-namorado Lindemberg Alves Fernandes. Foi o mais longo caso de cárcere privado no Estado de São Paulo. Armado e inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg invadiu o local no dia 13 de outubro, rendendo Eloá e três colegas - Nayara Rodrigues da Silva, Victor Lopes de Campos e Iago Vieira de Oliveira. Os dois adolescentes logo foram libertados pelo acusado. Nayara, por sua vez, chegou a deixar o cativeiro no dia 14, mas retornou ao imóvel dois dias depois para tentar negociar com Lindemberg. Entretanto, ao se aproximar do ex-namorado de sua amiga, Nayara foi rendida e voltou a ser feita refém. Mesmo com o aparente cansaço de Lindemberg, indicando uma possível rendição, no final da tarde no dia 17 a polícia invadiu o apartamento, supostamente após ouvir um disparo no interior do imóvel. Antes de ser dominado, segundo a polícia, Lindemberg teve tempo de atirar contra as reféns, matando Eloá e ferindo Nayara no rosto. A Justiça decidiu levá-lo a júri popular.

Fonte: http://blogapoeira.blogspot.com


Marie estava doente e tinha 13 anos

 quando foi estuprada por um padre

Marie disse ter ficado confusa, porque “as mãos que abusavam do meu corpo à noite eram as mesmas que me ofereciam a sagrada hóstia na manhã seguinte”

A irlandesa Marie Collins (foto), 65, aos 13 anos de idade teve de ser internada em um hospital. Era a primeira vez que ficava longe de sua família. Quando o padre do hospital apareceu à noite para rezar e ler a Bíblia, ela se tranquilizou um pouco. Mas então foi submetida a um trauma que abalou a sua vida para sempre. O padre a estuprou.

Acompanhada de um psiquiatra, Marie contou o seu drama nesta terça-feira (7) na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, em um simpósio para discutir a pedofilia na Igreja Católica promovido pelo Vaticano.

Marie disse que, antes do estupro, o padre a tocou e fotografou o seu corpo. Quando ela insistiu em recusá-lo, ele disse que “era um padre e que nada o que fazia podia ser considerado como errado”.

Marie disse ter ficado confusa, porque “as mãos que abusavam do meu corpo à noite eram as mesmas que me ofereciam a sagrada hóstia na manhã seguinte”.

Anos depois, ela soube que, após ter obtido alta, o hospital descobrira que o padre “era um especialista em abusar das crianças internadas” e que a única “punição” da Igreja foi transferi-lo de paróquia.

Contou que por um bom tempo achava que a culpa era dela, e não do padre violentador. “Eu me afastei da minha família e amigos, evitava o contato com eles porque estava convencida de que eu era uma pessoa má.”

Casou-se aos 29 anos, mas psicologicamente continuava destroçada. Mal conseguia cuidar do filho. Adquiriu a síndrome de pânico e se enfurnou em casa.

Aos 47 anos, falou pela primeira vez sobre o abuso ao seu médico, que lhe recomendou que denunciasse o padre. Ela procurou o sacerdote de sua paróquia e sentiu como se estivesse sido violentada pela segunda vez.

Além de não revelar o nome do abusador, o sacerdote disse que a responsabilidade de tudo que tinha ocorrido podia ser dela. “Essa resposta me destroçou e fez com que ressurgissem os sentimentos de culpa e de vergonha”, disse. Marie ficou mais dez anos sem tocar no assunto. Nesse período, teve de ser internada várias vezes por causa de sua depressão.

Mais recentemente, quando os casos de padres pedófilos vieram à tona na Irlanda e em outros países, ela tomou coragem para denunciar de novo o violentador. Disse ter ficado preocupada com a possibilidade de o tarado ter continuado a atacar as crianças.

Ela escreveu uma carta ao arcebispo de sua diocese contando tudo, mas a resposta demorou em chegar. E só chegou porque Marie estava disposta a tornar o caso público, independentemente do que a Igreja pudesse ou não decidir.

A suspeita dela se confirmou: o padre estuprador estava dando aula de catecismo às crianças. Ele acabou admitindo ser um pedófilo e foi finalmente afastado das atividades clericais.

Simpósio sobre pedofilia na igreja

No simpósio, a bispos e arcebispos de mais 100 países, Marie disse que só sentiu aliviada quando o seu agressor foi levado à Justiça. Mesmo assim, embora tenham se passado 50 anos, ela lembra do abuso todos os dias. “Nunca poderei escapar disso.”

O cardeal William Levada, presidente do simpósio, informou que nos últimos dez anos a Congregação para a Doutrina da Fé recebeu denúncias de mais de quatro mil casos de pedofilia cometidas por padres. Por se tratar de uma informação oficial, é de se supor que os casos tenham sido muito mais.

Marie foi convidada a dar o seu testemunho no simpósio só depois de ter falado à imprensa, entre outras coisas, estar decepcionada com a não resposta de uma carta que enviara ao papa Bento 16.

“O papa culpa a secularização da sociedade irlandesa e a má interpretação da lei canônica, mas ele não assume qualquer responsabilidade pelo papel do Vaticano no encobrimento de abusos’, disse. “Não há o reconhecimento de que se trata de um problema mundial da Igreja.”

Fonte: pragmatismopolitico.com.br


Dez anos depois, Norambuena ainda é

 uma ameaça ao Estado

O líder da quadrilha que sequestrou Washington Olivetto está no

presídio federal de Campo Grande

Passados dez anos do fim do sequestro de Washington Olivetto, o líder da quadrilha, Mauricio Hernandez Norambuena, ainda é considerado uma ameaça ao Estado.

Norambuena é o único criminoso preso em São Paulo que hoje está detido na rede penitenciária federal. Desde 2010 ele está no presídio federal de Campo Grande (MS).

Já estiveram lá Fernandinho Beira-Mar, Juan Carlos Ramirez Abadia e Elias Maluco (assassino de TIm Lopes). O traficante Nem, detido no Rio dia 10 de novembro, foi transferido para Campo Grande nove dias depois.

O caso: Fim do sequestro de Washington Olivetto completa 10 anos

Atualmente, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado (SAP) e a defesa de Norambuena travam uma disputa na Justiça do Mato Grosso do Sul quanto ao retorno do sequestrador para São Paulo. A defesa quer o retorno enquanto a secretaria pede a manutenção de Norambuena em Campo Grande.

Segundo a SAP, o motivo da transferência é o fato de Norambuena ter duas condenações à prisão perpétuas No Chile. “Como é sabido, nenhuma Penitenciária do Estado de São Paulo destina-se a receber presos que possuem esse tipo de penalidade”, explicou a secretaria por email.

Autoridades que tiveram contato com o caso dizem em conversas reservadas que existe outro motivo da preocupação das autoridades paulistas, a ligação do sequestrador com facções do crime organizado.

Segundo investigações da Polícia Civil e da própria secretaria, ele dava aula de terrorismo a integrantes do PCC na penitenciária de Presidente Bernardes, em 2006, onde estavam os líderes máximos da facção. Um ano antes a Polícia Federal do Rio de Janeiro descobriu um plano de resgate do sequestrador que envolveria 80 homens do PCC e do Comando vermelho.

Casa do cativeiro: 'Comprei o cativeiro de um amigo', diz ator que comprou casa no Brooklin

Condenado a duas penas de prisão perpétuas no Chile pelo assassinato de um senador e pelo sequestro do filho de um empresário da mídia chilena, Norambuena era o líder máximo do grupo terrorista de extrema esquerda Frente Patriótica Manoel Rodriguez.

Depois de uma fuga cinematográfica em um helicóptero em 1996 ele teria passado pela Colômbia, onde se alinhou às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), guerrilha esquerdista que se transformou em braço do narcotráfico com fortes ligações com traficantes brasileiros.

No presídio de Presidente Bernardes, ela era tratado pelos líderes do PCC como “irmão”. Em 2006, perdeu o direito a progressão de pena por supostamente agredir um médico penitenciário na cadeia.
“Aguardamos uma decisão sobre a transferência para pedirmos novamente a progressão de pena”, disse o advogado de Norambuena, Jaime Alejandro Motta Salazar, que afirmou desconheces as ligações do chileno com o crime organizado.

Dos seis sequestradores de Olivetto, apenas três continuam presos no Brasil. Martha Ligia Mejia está presa em Campinas (SP) e Alfredo Augusto Canales Moreno em Itaí (SP). Karina Dana Germano Lopez foi extraditada para a Argentina, onde continua presa condenada por crimes violentos.

Marcos Rodolfo Rodrigues Ortega e William Gaona Becerra estão foragidos desde outubro de 2010. Eles foram beneficiados com a liberdade temporária no Dia das Crianças e não voltaram.

Os dois haviam recebido o benefício outras quatro vezes e chegaram a obter na Justiça a progressão para o regime semi-aberto. A estratégia legal deles era conseguir progressões penais.

O Ministério Público recorreu e conseguiu uma liminar proibindo a ida da dupla para o semi aberto. Com isso, Ortega e Becerra também deveriam perder o direito à saída no Dia das Crianças. No entanto, por uma falha de comunicação entre a secretaria e o Tribunal de Justiça de São Paulo, a direção do presídio não foi informada da liminar. Os sequestradores saíram e até hoje constam da lista de procurados da Polícia Civil.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br


Policiais invadem mansão de jogos e prostituição para "poderosos" e nenhum delegado aparece

 

Depois de uma denúncia anônima, cerca de 60 policiais invadiram uma mansão de 2 mil metros quadrados no bairro Parolin, em Curitiba. No local descobriram que funcionava um cassino clandestino e, nos 2° e 3° andares, uma casa de prostituição de luxo.

No momento da abordagem, às 23 horas desta quinta-feira (26), os policiais flagraram vários clientes e quatro funcionários, além de mulheres que possivelmente se prostituiam.

Nenhum delegado

Apesar da gravidade do flagrante, de forma inexplicável, nenhum delegado apareceu para atender a ocorrência. Com isso, cerca de 15 policiais civis permanecem na mansão sem conseguir um contato sequer com alguma autoridade responsável para assumir o caso.

Os clientes foram ouvidos pelos próprios policiais e dispensados tamanha a demora na chegada de algum delegado. Segundo os policiais, todos que foram procurados não atenderam o telefone.

Mordomia

A mansão de cerca de 2 mil metros quadrados fica na rua Padre Isaías de Andrade. Segundo a reportagem da Banda B, que está dentro da casa com os policiais e transmite ao vivo toda a movimentação, a casa é extremamente luxuosa, com cerca de 10 suítes, piscina, banheiras de hidromassagem e serviço de valet para atender os clientes, com estacionamento para mais de 100 veículos.

Dezenas de máquinas de caça-níqueis estavam ligadas no momento da abordagem. Cardápios com bebidas de até R$ 400 era oferecido aos clientes.

Sem ter o nome revelado, os investigadores afirmaram ter descoberto que pessoas "poderosas" frequentavam a casa e, segundo a suspeita dos próprios policiais, talvez isso explique a ausência de qualquer delegado para comandar a operação.a

Registros

A Banda B teve acesso a documentos da casa, como registro de aluguel, contas de água, luz e telefone. Somente a residência teria sido alugada pelo valor de R$ 5.191 e o estacionamento por R$ 1.430. O local estava registrado como restaurante.

Além disso foram encontradas fotografias com várias personalidades políticas. Uma caderneta com a relação de nomes e telefones de vários clientes também foi encontrada.

Risco

Depois de mais de oito horas de espera, os investigadores começaram a retirar as máquinas de jogos para o pátio. Disseram que haviam contratado um serviço de frete com o próprio dinheiro para levar o material até o 2º Distrito Policial. Eles correm o risco de sofrer medidas administrativas por causa das apreensões sem a presença de um delegado.

Um dos policiais informou à nossa reportagem que poucas horas depois do início da operação, ele recebeu uma ligação com ameaças de morte caso as equipes não deixassem o local.

Uma informação extraoficial da conta de que um delegado segue para o local, exatamente nove horas depois do flagrante.

Fonte: http://bandab.pron.com.br


Funai investiga se criança indígena foi queimada viva por madeireiros

A Funai (Fundação Nacional do Índio) investiga uma denúncia de que uma criança da etnia awá-guajá foi queimada por madeireiros na terra indígena Arariboia, no município maranhense de Arame (350 km de São Luís).

Segundo a Coordenação Regional da Funai em Imperatriz, uma equipe foi deslocada para a região onde teria ocorrido o crime. A fundação afirma que só irá se pronunciar oficialmente sobre o caso na semana que vem, depois de concluir as investigações.

De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o crime ocorreu entre setembro e outubro do ano passado. Em outubro, um índio da etnia guajajara, também conhecida como tenetehara, encontrou o corpo da criança carbonizado em meio a um acampamento abandonado pelos Awás, a 20 km da aldeia.

Ainda segundo o Cimi, os guajajaras suspeitam que madeireiros que atuam na região tenham atacado os índios e ateado fogo na criança.

O Cimi também afirma que os awá-guajá que ocupavam esse acampamento vivem isolados, e não foram mais vistos depois do suposto ataque.

"Eram muitos. Agora desapareceram. Nesse período, os madeireiros estavam lá. Até para nós é perigoso andar, imagine para os isolados", disse Luís Carlos Tenetehara, da aldeia Patizal.

Em 2008, uma menina de sete anos da etnia guajajara foi morta por um tiro também em Arame. Quando foi atingida, ela estava numa aldeia que ficava nas margens da rodovia MA-006.

Segundo os índios, o disparo foi efetuado por um homem que estava na garupa de uma moto, e que atirou aleatoriamente contra os índios. Um ano depois, um suspeito foi preso pela Polícia Federal.

Estima-se que existam três grupos isolados na Terra Indígena Arariboia, num total de 60 índios. Os Tenetehara conservam relação amistosa e afastada com os isolados, pois dividem o mesmo território.

Fonte: Folha.com


Para suportar pedofilia, menina divide personalidade em duas

Embora seja narrado pelo ponto de vista de uma criança, com toda a inocência e beleza da infância, "Tigre, Tigre" (Rocco, 2011), livro de memórias da escritora americana Margaux Fragoso, não é uma leitura leve. Aos poucos a autora revela, com detalhes sórdidos, todos os artifícios que um inescrupuloso e doentio predador sexual, já passado dos 50, usou para seduzi-la aos sete anos e mantê-la neste "feitiço" até tornar-se adulta.

Uma das estratégias que a garota criou para lidar com a confusão criada em sua cabeça pelo molestador foi cindir a própria personalidade em duas. Uma era Margaux, inocente e em crescimento, que ia para escola e tentava ter uma vida normal, como as demais pessoas. A outra era Nina, uma mulher lasciva que encarnava todas as perversões sexuais que o pedófilo a incitava a imaginar e realizar.

Além de roubar sua infância e adolescência, o abuso sexual causou danos graves à protagonista. Primeiro, uma degradação ainda maior de seu núcleo familiar já em frangalhos. Depois, a fez sofrer de distúrbios de ansiedade, insônia, autoestima e um déficit de atenção altíssimo, que resultou no afastamento de seus colegas de escola e em xingamentos que insinuavam que ela fosse deficiente mental. e

A mãe da menina, também traumatizada por um abuso sofrido na infância, tratado da pior maneira possível por seus pais, vivia entupida de remédios e, quase catatônica, tornou-se a acompanhante inocente de Margaux nas visitas que fazia ao predador. O pai da autora, um porto-riquenho orgulhoso, estourado e alcoólatra, não sabia como educar a filha e preferiu calar-se a admitir que deixou o crime acontecer debaixo de seu nariz.

A perspectiva do livro fica cada vez mais assustadora conforme o leitor percebe que --após ser manipulada durante toda a infância e viver em um universo criado pelo pedófilo--a garota está apaixonada por ele. Comum em casos de abusos de longa duração, ela passa a ser a maior defensora do criminoso.

Enquanto isto, toda a vizinhança sabe ou desconfia do que acontece entre o velho, que já abusou de outras crianças, e a garota, mas ou se omitem ou têm seus esforços de interferir frustrados pelas negativas da própria vítima. As páginas ficam tensas e o maior incentivo para terminar a angustiante leitura é a cruel certeza de que o pedófilo morrerá nas últimas páginas do volume, conforme a própria escritora avisa na introdução da obra.

Afora os méritos literários --Margaux é especialista em técnicas de redação e em língua inglesa--, o livro termina por ser um grande alerta de que a sociedade está pouco preparada para perceber e agir em crimes deste tipo. Os criminosos se protegem embaixo do véu do silêncio e da desatenção. A ausência de educação sexual das crianças e o descuido dos pais facilitam sua atuação, principalmente em lares desestruturados.

Fonte: Folha.com


Vigilante mata cliente de banco preso em porta giratória

Naturalmente, em casos como o do vídeo abaixo, as investigações podem apontar para várias possibilidades que expliquem a ocorrência – inclusive um possível conhecimento anterior entre o autor e a vítima dos tiros. Mas a situação aponta para a possibilidade de despreparo e alvoroço desnecessário do vigilante, situação que pode ocorrer com qualquer um que porte uma arma de fogo. A falta de condições para atuar na área da segurança (pública ou privada) pode até não ter desdobramentos em algumas circunstâncias, mas a possibilidade de tragédia é real.

Fonte: http://abordagempolicial.com


Foto inédita mostra Dilma em interrogatório em 1970

ÉPOCA publica na edição desta semana uma imagem da presidente Dilma Rousseff aos 22 anos, na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro

A vida quer coragem (Editora Primeiro Plano), do jornalista Ricardo Amaral, chega às livrarias na primeira quinzena de dezembro. A foto abaixo, inédita, está no livro que conta a trajetória de Dilma Rousseff da guerrilha ao Planalto. Amaral, que foi assessor da Casa Civil e da campanha presidencial, desencavou a imagem no processo contra Dilma na Justiça Militar. A foto foi tirada em novembro de 1970, quando a hoje presidente da República tinha 22 anos. Após 22 dias de tortura, ela respondia a um interrogatório na sede da Auditoria Militar do Rio de Janeiro.  

A RÉ DILMA
Dilma na sede da Auditoria Militar no Rio de Janeiro, em novembro de 1970. Ao fundo, os oficiais que a interrogavam sobre sua participação na luta armada escondem o rosto com a mão (Foto: Reprodução que consta no processo da Justiça Militar)


Clique para ampliar a imagem

Fonte: http://veja.abril.com.br


QUANTO VOCÊ COBRARIA PARA SER POLICIAL?

Quem não é policial muitas vezes ignora quais são os reais motivos pelos quais os profissionais de segurança pública reivindicam atenção e reconhecimento. Neste texto, pretendemos mostrar um pouco das agruras por que passam os policiais, além de algumas de suas funções que parecem ser dignas de observação quando estamos falando de valorização profissional. Ao final, o leitor poderá responder à pergunta: “Quanto você cobraria para ser policial?”:
Passar noites sem dormir
A maioria das pessoas só vê a polícia quando ocasionalmente passa por uma viatura ou guarnição durante seu cotidiano diurno, ou na parte inicial da noite. Para quem não sabe, porém, a polícia trabalha ininterruptamente todos os dias, inclusive no momento em que os cidadãos “normais” se encontram no aconchego dos seus lares, aquecidos e descansados, dormindo para enfrentar a rotina do dia posterior. Às vezes, esta jornada noturna se estende, em virtude de ocorrências mais demoradas e problemáticas. Durante o serviço policial, dormir, e todos os benefícios que o ato traz ao corpo, são exceção.
Faltar a eventos familiares/afetivos
Natal? Revellion? Carnaval? Dia dos pais? Dia das mães? Aniversário? O policial não tem direito a qualquer destas comemorações, caso esteja escalado de serviço. Também não pode deixar de trabalhar, se for o caso, para ir à apresentação de teatro do filho na escola, tampouco para fazer uma viagem romântica com o(a) cônjuge. Na polícia, o ditado popular se faz valer: “primeiro a obrigação, depois a diversão”.
Correr risco de morte
Certamente este é o mais óbvio dos ônus de se tornar policial, mas também o mais preocupante: ser policial é trabalhar com a possibilidade de morte a qualquer momento do serviço. Não são poucos os casos de policiais mortos em confronto, ou mesmo em acidentes e incidentes possíveis no desenrolar da atividade: colisão de viaturas em perseguições, manuseio equivocado de arma de fogo etc.
Ser reconhecido fora de serviço
Um desdobramento do aspecto acima mencionado está presente também quando o policial não está mais em serviço. Caso seja reconhecido no momento de um assalto, por exemplo, dificilmente os suspeitos serão benevolentes com o policial, pelo receio da represália imediata e posterior. Assim, admitir-se policial em qualquer ambiente é quase se oferecer aos riscos inerentes a esta condição.
Salvar vidas de vítimas do crime
Cotidianamente a polícia põe fim a seqüestros, assaltos com reféns, tentativas de homicídio, roubos, furtos etc. Cotidianamente a polícia salva vidas, tal como o médico o faz, com uma diferença: expondo sua própria vida.
Ser generoso, polido e negociador
Embora a imagem que as polícias tenham entre a população brasileira seja a de uma instituição rústica, truculenta e abrupta, o fato é que a maioria dos policiais lidam com os problemas que se lhe apresentam no dia a dia de modo muito mais brando. Isto porque seria praticamente impossível resolver a gama de problemas nas ocorrências caso agisse sempre arbitrariamente. Sem o talento da mediação, o policial estará fadado ao fracasso.

***

Frente ao contexto apresentado de modo resumido e superficial ao leitor, repetimos a pergunta título deste texto: “Quanto você cobraria para ser policial?”.
Como dizem por aí, “perguntar não ofende” (bom seria que os governadores dos estados brasileiros respondessem a indagação).

Fonte: http://bodestive.blogspot.com


Evolução Histórica da maioridade

1.1 – Na Antiguidade

Nos primórdios da Antiguidade desconhecia-se o direito em relação à criança. Nas antigas legislações era permitido aos pais a eliminação dos filhos débeis mentais e até mesmo os defeituosos, enquanto outras toleravam a asfixia com relação aos recém-nascidos do sexo feminino.

Como o estado de menoridade não fora regulamentado com precisão no curso histórico, fica complicado traçar com exatidão o rumo que os juristas seguiram com relação ao tratamento da criança, pois, houve períodos com lacunas legislativas.

No período inicial do Direito Romano, os pais tratavam as crianças como propriedade, tinham direito absoluto de vida ou morte. Embora anterior, a lei mosaica, não se diferia muito da lei romana. Encontra-se no Velho Testamento inúmeras práticas severas contra os jovens. E, a exemplo disso segue o molde exemplificando por algumas passagens, com seu índice.

1.2 – Nos Tempos modernos

Neste período houve "a polêmica sobre as bases do direito de punir não se esgotaram na luta dos clássicos e positivistas, desdobrando-se em doutrinas, chamadas ecléticas por Ferri".

Foi proposta uma conciliação entre os princípios já defendidos, independentes do caminho seguido, a proposição para o adolescente e para a criança foi à mesma: excluir a pena retributiva e sujeitá-los às sanções quando tivessem caráter emendativo.

O século XX foi testemunha da divisão dos criminalistas em dois grandes blocos: indeterministas e deterministas, onde se procurava novas sustentações para suas idéias.

"A tendência do direito penal moderno é, na verdade, de satisfazer-se com uma responsabilidade social de Ferri e é capaz de fundamentar um regime penal como o vigente. Assim, imputar é atribuir a alguém a responsabilidade de alguma coisa e imputabilidade penal" (Minahim, 1992, p. 48).

Na primeira metade do século, vários países dispunham em suas legislações de dispositivos especiais, onde era traduzido na norma dos sentimentos dominantes no tratamento com a infância e adolescência criminosas.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

2.1- No Código do Império

O Código Penal Brasileiro perpetuou-se através dos tempos caminhando e se atualizando mediante as inovações temporais e a evolução necessária.

Primeiramente havia o Direito Penal indígena, usado pelos povos indígenas, antes e após o descobrimento (século XVI) tão primitivo quanto rudimentar, de uso dos aborígines (TOLEDO, 2001, p. 55).

Logo depois foi organizada as Ordenações do Reino, Livro V das Ordenações Filipinas, onde aplicava-se um direito difuso, inexorável e pautado pela responsabilidade objetiva e coletiva, cheio de mitos e tabus, que não se transitava a terceiros (TOLEDO, 2001, p. 55).

As Ordenações Afonsinas é que impetraram as noções básicas do Direito Penal, primeiramente pelas Ordenações Manuelinas, e por último, pelas Ordenações Filipinas.

"As Ordenações Filipinas refletiam o espírito então dominante, que não distinguia o direito moral da religião" (TOLEDO, 2001, p. 56).

O Código Criminal do Império (1830) foi ordenado após a proclamação da Independência do Brasil (1822) seguindo os moldes da confecção da Carta Constitucional de 1824. Conservava importantes dispositivos onde refletia diretamente a legislação criminal, verificando as influências das velhas Ordenações do Reino (TOLEDO, 2001, p. 57).

2.2- No Código Penal

O Código Penal Pátrio dispõe que menor é toda pessoa com menos de 18 anos, sendo para tanto incapaz juridicamente de exercer seu direito ou interesse; nem responsável por deveres inerentes ao maior de idade (GUIMARÃES, 2003, p. 397).

No sistema penal brasileiro é considerado imputável aquele que comete fato típico aos primeiros instantes do dia em que completar 18 (dezoito anos), sendo que os menores de dezoito anos estarão sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial; ou seja, é inimputável quem é menor de 18 (dezoito) anos, não podendo considerar menor quem está completando essa idade, pois uma coisa não pode deixar de ser ao mesmo tempo.

Para apreciar a imputabilidade, deve-se considerar o momento da ação ou omissão. Se o agente praticou o fato quando ainda era menor e o resultado veio a ocorrer depois de completar 18 (dezoito) anos, ainda assim não poderá ser responsabilizado penalmente. Exceto nos crimes permanentes, onde embora o agente tenha 17 (dezessete) anos no dia do início da conduta (exemplos: rapto, seqüestro), e completa 18 (dezoito) anos e não fora cessado sua consumação.

O Código Penal de 1940 foi influenciado ricamente pelo famoso Código Rocco, ou Código Italiano e também do Suíço (1937). Segundo cita, nosso Código tem boa técnica e é simples, tendo a lei de fácil manejo; mesmo tendo a mancha do período pós-guerra e entre-guerras, obtendo caráter repressivo, vigiado pela pena de prisão, dentre outros a pena indeterminada, a privação de liberdade e a prisão perpétua.


Crime organizado:
A máfia siciliana na atualidade

 

A máfia, organização criminosa também conhecida por "Cosa Nostra", tem atuação na Sicília, Itália. A bela ilha, que foi dominada e influenciada por etruscos, gregos, romanos, árabes, normandos, espanhóis e franceses, guarda peculiaridades econômicas e sociais únicas. Nenhuma obra retratou tão bem a sua complexidade como Il Gattopardo, de Tomaso Lampedusa, imortalizado no filme dirigido por Lucchino Visconti, com magistral participação de Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.

A Máfia tem mais de 100 anos de existência e, no passado, era chamada de "Fratellanza". Não deve ser confundida com a Camorra de Nápoles, a Ndrangheta da Calábria ou a "Sacra Coroa Unita" da Puglia, entidades congêneres.

A Cosa Mostra siciliana é composta de várias famílias. Os seus integrantes cultivam a religiosidade, a família e as amizades, valores típicos sicilianos. Sua atividade mais tradicional é a cobrança de uma taxa de proteção chamada "pizzo" que, além da renda, simboliza o domínio do território.

Até poucos anos o ingresso de uma pessoa na organização era selado com uma gota de sangue sobre um santinho, por vezes enquadrado e posto na parede de casa. Este método foi abolido porque constituía meio de prova documental. O silêncio (omertá), é sua regra de ouro e por isso não há prova testemunhal nos seus processos.

A Máfia não é um problema exclusivamente policial, mas também econômico (uma região com alto índice de desemprego), social (fornece postos de trabalho), cultural (porque há uma centenária resistência ao Estado) e político (porque há muitos que se elegem sob seu patrocínio).

Registre-se que há cerca de 30 anos ninguém reconhecia a sua existência e não havia uma legislação específica para combatê-la. Os seus casos eram tratados pelo Código Penal como crimes de ameaça, extorsão, homicídio ou de bando ou quadrilha Durante anos vários dezenas de pessoas foram assassinadas, como juízes, promotores, policiais, prefeitos, mas os processos terminavam em absolvição por insuficiência de provas.

Em 3.9.1982 o assassinato do General dos Carabinieri, Carlos A. Della Chiesa, chefe da Polícia de Palermo, teve grande repercussão e gerou a Lei Antimáfia (Ragnoni La Torre), editada 4 meses depois. A partir daí diversos diplomas legais foram introduzidos no sistema jurídico italiano, sempre dando ênfase à possibilidade do confisco de bens e ao rigor das medidas de prisão e de execução da pena.

Em 23.10.1983, a prisão, no Brasil (Ilha Bela, SP) de Tommaso Buscetta, resulta na primeira delação premiada. Ele, pela primeira vez, rompe a regra da "omertá" e descreve todas as atividades mafiosas. Nesta época um mega-processo penal é aberto contra 470 acusados, criando-se um Fórum especial para acomodar tantas pessoas no julgamento. Foram dezenas de condenações. Buscetta, considerado um "colaborador da Justiça" e teve sua pena comutada.

Em 23.5.1992 foi assassinado o magistrado Giovanni Falcone (esq.) e 1 mês e meio depois seu colega Paolo Borselino (dir.). O fato provocou comoção social em toda a Itália e foi considerado uma afronta ao Estado. Dele resultou a adoção de meios mais fortes no combate ao crime organizado. A Procuradoria-Geral Antimáfia passa a trabalhar de forma integrada com outros órgãos, como a Polícia de Finanças e o Banco Central. O CPPl muda. O acusado passa a ter a responsabilidade de provar a origem de seus bens, o que antes era ônus do Ministério Público. Pagar taxa de proteção passa a ser crime. As penas se elevam (v.g., prisão perpétua em caso de homicídio) e o regime penitenciário passa a ser mais severo, sendo proibidas visitas de familiares, trabalho externo e permitindo-se a filmagem do interior das celas.

Paralelamente, a sociedade civil reage. Criam-se instituições de divulgação dos fatos e do combate ao crime organizado, como a Fundação Giovanni e Francesca Falcone, que edita livros, concede bolsas de estudos, e a ONG "Addio Pizzo", formada por jovens voluntários, que estimula a recusa ao "pizzo" e dá apoio aos que resistem à cobrança.

Novo passo é dado em 2002 com a Convenção de Palermo, na qual os países se comprometem a combater a criminalidade organizada internacional, se incentiva o confisco de bens, a execução da sentença de um país em outro e a cooperação judicial, através da qual um juiz solicita a um colega de outro país uma diligência sem necessidade das jurássicas cartas rogatórias.

Em 2010 a Lei 136 agrava ainda mais o trato da matéria. Cria um sistema próprio para as ações penais envolvendo atos mafiosos. Por exemplo, se um comerciante paga o "pizzo", não é considerado automaticamente vítima, podendo tornar-se réu caso esteja obtendo alguma vantagem, como proteção contra assaltos, contra a propositura de ações trabalhistas dos seus empregados ou mesmo que se impeça a abertura de um comércio nas proximidades. Se o bem confiscado é vendido o fato configura crime. Ameaça é apenada com até 5 anos de prisão.

A investigação dos crimes antimáfia pode ser feita pela Polícia Judiciária, que é especializada (Departamento de Investigações Antimáfia - DIA). A Polícia, a partir da Lei 136, de 2010, passou a ter poderes para infiltrar agentes nas organizações mafiosas. Tal fato vem suscitando discussões jurídicas sobre a participação do agente no crime, se é ou não responsável por ter incentivado a ação delituosa.

O MP, que na Itália pertence à magistratura em uma única carreira, pode também investigar e requisitar informações bancárias e outras, diretamente. Um juiz participa da investigação inicial ("indagine") e outro, ordinário, processará a ação penal. Juízes e procuradores que atuam nos processos contra mafiosos recebem permanente proteção policial. Se a vítima de um processo é o juiz, a competência passa à comarca vizinha. Audiências são feitas por vídeo-conferência.

A par das medidas de caráter penal, há outras administrativas. Um suspeito que revele patrimônio pessoal incompatível com os seus rendimentos, poderá tê-los confiscados em processo administrativo sem as garantias do processo penal. Há uma agência para a gestão dos bens. Não é tarefa fácil, pois entre eles há veículos, supermercados, fazendas e empresas. O jornal Province, de 29.9.2001, p. 16, noticiava o confisco de 84 painéis que produziam quase 20 kw/h de energia. A morte de um mafioso não impede o confisco de seus bens, mesmo que estejam em nome da mulher ou filhos, o qual pode ser feito em até 5 anos depois do óbito. Há também um Fundo de Proteção às vítimas, que lhes dá assistência e, inclusive, paga advogados para ações no âmbito civil.

Atualmente a Cosa Nostra é menos violenta e mais sofisticada. A exigência do "pizzo", muitas vezes, não é dinheiro, mas sim certo número de postos de trabalho. A infiltração na política é cada vez maior, troca-se apoio nas eleições por benefícios no futuro. Trabalha-se com as empresas, aplicando-se o dinheiro ilícito em atividades lícitas, em processo de lavagem de dinheiro.

Vladimir Passos de Freitas

Desembargador federal aposentado do TRF 4ª Região, onde foi presidente, e professor doutor de Direito Ambiental da PUC-PR.


VÍDEO: CENAS FORTES, DOIS POLICIAIS TOMBAM
EM PATRULHAMENTO DE ROTINA


Dois policiais estavam patrulhando um bairro bastante violento. Um deles usava um óculos espião com o objetivo de registrar qualquer anormalidade principalmente porque naquele local, por várias vezes, viaturas foram apedrejadas.

Infelizmente o que foi registrado no tal dia não foram inofensivas pedras mas, perfurações de tiro de fuzil passando pelo parabrisa e acertando os companheiros que não resistiram e acabaram tombando em serviço.

 

Fonte: B.O. de Stive


Jornalista é agredida por assessor da Prefeitura de Quatro Barras (PR)

A jornalista Cristiane Fortes, dona do jornal Metropolitan's, da cidade de Quatro Barras (PR), foi agredida nesta quarta-feira (24) pelo assessor da Secretaria de Planejamento da Prefeitura, Frederico Bernardi. Ela recebeu socos e chutes do funcionário público, que fugiu após a chamada da polícia por uma funcionária do local que presenciou tudo.

Fortes foi à instituição para reclamar de matéria veiculada sobre ela no jornal Agora Paraná desta quinta-feira (25), na qual o promotor de Justiça, Otacílio Sacerdote Filho, a acusa de ser interesseira. Na chamada do diário, a seguinte fala dele está em destaque: "Ela publica nota elogiando os políticos e quando não há interesse pessoal, ela começa a criticá-los".

"Eu sou vista por eles como uma inimiga, porque o trabalho que eu faço chega a ser perigoso mesmo. É investigativo, pra poder desmantelar tudo que acontece na Prefeitura e na Câmara", afirmou a jornalista. Segundo ela, sua coleção de denúncias contra o governo abrangem casos de nepotismo, superfaturamento de obras, licitações irregulares e favorecimento de cargos nas instituições citadas. "Tudo que eu publico tem um vazamento legal, tem informações que dão respaldo para o que eu noticio. Isto deixa o prefeito e a equipe dele bem nervosos", ressaltou.

Jornalista Cristiane Fortes após agressão

Com machucados na boca e no nariz, Fortes passou por procedimento de sutura, com cinco pontos internos e dois externos. Segundo comunicado oficial da prefeitura, a agressão realizada por Bernardi foi feita em legítima defesa, já que a jornalista teria iniciado a situação, com gritos e empurrões: "A sede administrativa da Prefeitura Municipal foi invadida na manhã de hoje pela senhora Cristiane Fortes, que passou a ofender e desacatou os servidores municipais. Ao tentar adentrar ao Gabinete do Prefeito Municipal, agrediu o assessor de Planejamento, doutor Frederico Bernardi. Segundo ele, sua reação foi em legítima defesa", diz trecho da nota emitida pelo órgão.

Também foi informado pela instituição que o assessor pediu afastamento do cargo após o ocorrido, alegando problemas de saúde. O prefeito consentiu a medida.

Sobre o acontecido, a jornalista é categórica: "Eu vou continuar fazendo denúncias, investigando. Não vou ficar quieta. Possivelmente moverei uma ação contra o assessor". E acrescentou, ainda, que pode revidar a agressão sofrida de outra forma. "Quando eu tenho algo contra alguém, eu agrido noticiando, eu faço a notícia. É a forma que eu atinjo".

Há nove anos em circulação, o jornal Metropolitan's possui tiragem de sete mil exemplares. É distribuído para as cidades de Quatro Barras, Campina Grande e órgãos do governo de Curitiba. 

O Portal IMPRENSA tentou contato com o assessor Frederico Bernardi, mas não conseguiu localizá-lo.

Fonte: portalimprensa.uol.com.br

Gozo do ódio é alternativa
ao controle social

“O coração humano, tal como a civilização moderna o modelou, está mais inclinado para o ódio do que para a fraternidade”.
(Bertrand Russel)

A compreensão da organização humana em grupos sociais, de uma forma ou outra, pode ser desenhada entre certa relação de ordem ou de desordem ou harmonia e conflito.

Como se fosse fácil delimitar tamanha experiência social em uma definição precisa desses conceitos. Tal conceituação suscita pelo menos algumas importantes inquietações e questionamentos, como a definição de ordem social, sob qual ponto de vista, sob quem, sob que regime de dominação, sob que aspecto de poder e, por aí vai.

Em um mundo mais que complexo e heterônomo, marcado pela dinamicidade e pela volatilidade das relações sociais, um conceito de ordem ou desordem também são submetidos à uma experiência de liquidez, de nebulosidade. As fronteiras entre uma sociologia da ordem ou do conflito se aproximam e se esvaem com tanta rapidez que nos condenam a certa sensação de estranhamento frente às questões cotidianas. As certezas de um mundo de ordem, do contrato social rosseauniano, são substituídas pela volatilidade da incerteza. Uma incerteza que marca até mesmo as relações do Estado (na forma de políticas públicas de governo) e do Direito.  Mas não nos enganemos sobre a incerteza. Sua intromissão perante o mundo do contrato, do certo e do harmônico, não significa uma extinção das dinâmicas de controle social. Antes, significa sua reelaboração. Uma reelaboração que tem nas interpretações das expressões “harmonia social” e “sociedade fraterna” (ambas citadas no preâmbulo constitucional brasileiro) o seu fundamento.

A harmonia social está assentada em uma compreensão de sociedade pautada na organização de poderes em um Estado capaz de, mediante a ordem geral e a coibição e reprimenda dos atos individuais, promover o bem estar social. Vale lembrar que o artigo 3º da Constituição Federal brasileira traz a promoção do “bem de todos” e “a construção de uma sociedade solidária”, dois dos objetivos fundamentais da nossa República. Tal expressão é o que legitimaria as formas de controle, criminalização e repúdio das mais diversas formas de importunações contra essa “ordem social”.  A reprovação da violência e da criminalidade são os exemplos mais factíveis. Ou seja, no campo do respeito ao bem comum, combatemos aquilo que Durkheim chamou de “anomia”, nada mais do que a desintegração individual e social que levaria o indivíduo (e sociedade) à sua própria destruição. 

Mas não só. Há outras manifestações que encontram sua impossibilidade na justificativa do discurso da “harmonia social”: os movimentos sociais e suas ambições, os tabus quanto ao pagamento de impostos na crença de que sejam revertidos salutarmente à população, a própria desobediência civil, são atos sociais que encontram na proibição da desordem o seu interdito. Tudo isso sob o apaixonado discurso da fraternidade e solidariedade (como a bem lembrada cantiga da manutenção de que o interesse geral deve prevalecer ao interesse individual). Em outras palavras: coibimos aquilo que uma vez intitulamos como desordem, pois ela pode vir a ser uma ameaça ao nosso grupo social; criamos mecanismos de controle para impedir (prevenir) e coibir (reprimir) possíveis ameaças ao bem estar social; e por último, elegemos uma política social pautada na solidariedade e na compreensão fraterna e amorosa como um dever-ser weberiano a ser seguido (e cobrado) por todos. Assim, não bastaria apenas uma suposta omissão do indivíduo frente ao grupo a que pertence, mas também a necessidade de que esse indivíduo promova um bem estar pautado na paixão recíproca.

Tal discurso da “harmonia” se transforma mediante a liquidez do amor fraterno como condição de possibilidade das relações sociais. Um amor herdado dos discursos religiosos como uma racionalidade imperativa na explicação da ordem social. Uma explicação que permeia uma série de políticas públicas assentadas no ideal de uma justiça social purificada (e de programas sociais que promovem o amor pelo próximo) ou de um Estado de Bem Estar. Discurso simples, apaixonado e por vezes beirando o campo da perfeição retórica, uma vez que temos a solidariedade, o amor, o fraternalismo, e a proliferação da paz como palavras de ordem. Mais ou menos nos moldes das alocuções religiosas, onde o amor é sim a palavra e o discurso a ser desenvolvido. Tal  preleção opera-se muito bem no campo do passionalismo, mais ainda na religiosidade comum, uma vez que a racionalidade não é necessária. Eu posso amar, mas o entendimento desse amor independe de sua racionalização. Isso é o que por muito tempo propomos e ficamos a espera de seus resultados. Isso é o que inspirou todo o nosso discurso social e jurídico.

Mas será que este discurso do amor conduziu à desejada expressão da harmonia social?

A cada dia se torna mais difícil vislumbrar uma sociedade “melhor” pautada nessa fala, até porque o tempo em sua espera prescreveu. Tornou-se difícil acreditar que a nossa sociedade tenha progredido ética e moralmente seguindo esses preceitos. Tentamos por muito tempo sobreviver em face de um discurso apaixonadamente harmonioso, na crença ilusória de que todo ser humano possui algo de bom, e que esse algo deve ser transmitido ao próximo. Não há mais espaço para isso! Não funcionou, erramos. Então, de que forma dar-se-ia um novo entender? Uma nova expectativa de “melhoramento social” pautado em um senso comum que possa vir a acontecer.  Difícil resposta. Ainda mais estarmos operando  no trauma do reconhecimento e no entender daquilo que foi chamado por João José Leal de  “a sociedade desajustada em que vivemos”.

O médico psicanalista belga Jean Pierre Lebrun propõe um novo olhar sobre o controle social baseado na limitação e domínio do ódio. Lebrun retoma os ensinamentos freudianos de que o ódio seria mais originário que o amor. E assim, desse ódio presente “em nossa vida cotidiana, em nossas cóleras, em nossa violência, em nossa agressividade”, efetivado por meio da fala, poderíamos pensar em não mais invocar o discurso da provocação do amor, mas o do controle do ódio.

O ódio como gênero de toda uma gama de imperfeições humanas. O ódio como gênero das espécies, raiva, medo, desrespeito, descontrole, ira,  inveja, etc.  Tudo isso direcionado ao outro, pois no mesmo entendimento “o ódio emerge cada vez que não reconhecemos que o outro é somente outro com nós”[2]. Lebrun afirma que devemos antes de tudo introduzir a diferença do ódio e daquilo que se chama gozo do ódio. Esse último endereçado numa instância final resultante em “assassinato e  violência”, uma vez que a necessidade de renunciá-lo falhou. Assim, “de tudo isso, posso entender porque meu ódio é inextinguível, que não há nenhuma razão para pensar que eu possa me desembaraçar dele, fazê-lo desaparecer, dado que ele é um processo inerente à condição humana; mas o que, em contrapartida, deve bem se limpar com esponja, ou mesmo drenar-se, é o gozo do ódio. O gozo do ódio é precisamente o fato de deixar o ódio realizar-se, cumprir-se como se esquecêssemos que ele é apenas a resposta ao fato de que não colocamos mais a mão sobre o que a língua já nos subtraiu”.

 

Talvez seja essa uma nova possibilidade. Uma releitura social não mais pautada na exegese religiosa que por muitas vezes esbarrou no racionalismo. Não há mais como exigir do outro para que este promova um habitus pautado no amor e na solidariedade, mas na obrigação de conter-se mediante uma futura reprimenda. Ou seja, para que o indivíduo venha a conter o seu ódio, suas frustrações e seu vazio. Segundo Lebrun, é necessário então o controle do “gozo do ódio”.

Tanto quanto o amor, o ódio também é intrínseco ao ser humano. Fundamentado no egoísmo originário, em que todos os atos humanos surgem, pelo menos de uma significativa parte, de um egoísmo. Não há nenhum ato que não possa ser constituído mediante uma satisfação pessoal, mesmo os mais solidários. Isso não significa que a solidariedade, o bem fazer ao próximo, se extinguiram nas relações humanas, mas a honestidade de reconsiderar o lugar da satisfação pessoal pelos atos praticados. Um lugar as vezes pequeno, mas tão intenso que pode exteriorizar-se de forma violenta ou criminosa mediante a falta de contenção da explicitação do gozo do ódio.  

O discurso do ódio encontra o campo propício de atuação em espaços sociais desencontrados, questionados e confusos. Em que as dicotomias daquilo que conceituamos como certo ou errado, justo ou injusto, bom ou mal, ordem ou desordem, se confundem pela dinamicidade das representações sociais que fazemos no dia a dia. Um lugar onde tudo é mutável, onde aquilo que é velho, bem como seus significados, perde-se no tempo.  Não há mais espaço para o antigo, para o durável. As coisas, e as (velhas) idéias tornaram-se descartáveis, assim como as relações humanas. É esse o conceito de liquidez de Zygmunt Bauman, ou seja, a necessidade de se adequar à fluidez da vida moderna, sob a penitência de poder vir a se tornar algo dispensável.

Se pensarmos no campo das instituições sociais, principalmente as públicas que exercem alguma forma de controle, tal fundamento não é exceção. Pois nós (homens-estado) somos constantemente forçados ou convidados a abandonar o velho para abraçar irrefletidamente o novo. Ou seja, descartamos o discurso original que legitima a existência dessas instituições, e com ele não mais nos envergonhamos em adotar novas categorias de atuação. Vejam por exemplo a energia despendida nas instituições que procuram promover (pelo menos oficialmente) a pacificação social. Falo então de todos os órgãos que compõem o sistema penal. A interferência política, a perpetuação de poder dos grupos minoritários através da impunidade, o litígio pela destinação de recursos públicos, a ferocidade da busca do totalitarismo das atribuições, o duelo pela publicização de seus atos através da mídia  como forma de reconhecimento social, e até a vaidade de seus uniformes e símbolos passaram a ser o único objetivo da existência dessas instituições.

Os aparelhos de justiça social, e consequentemente seus órgãos, há muito tempo abandonaram os legítimos interesses sociais objetivados à paz social, ao  controle da criminalidade e ao mais caloroso discurso lúdico: “a realização da Justiça”, tudo foi para a mais longínqua terra do esquecimento. Promessas não cumpridas. Então, resta perguntarmos: - Haveria nesse discurso ainda algum espaço para o amor? Para a solidariedade como forma de organização social? Achamos que não! Ingenuidade demais.  Talvez daí, Lebrun tenha razão, ao elencar que na eterna aversão do amor e do ódio, seja esse gozo do ódio uma alternativa um pouco mais sincera de repensar o controle social.

Bibliografia:

BAUMAN, Zygmund. Amor Líquido. Sobre a Fragilidade dos laços humanos. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2004.

BAUMAN, Zygmund. Vida Líquida. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2007.

DURKHEIM, Émile. O suicídio. Livro II. São Paulo, Martin Claret, 2008.

LEAL, João José. Penitenciarismo brasileiro, sombra sinistra da sociedade desajustada em que vivemos. Revista dos Tribunais. São Paulo: RT. Ano 83, agosto 1994, vol. 706, p. 437.

LEBRUN, Jean-Pierre. O futuro do ódio / Jean-Pierre Lebrun; organizador Mario Fleig; tradução João Fernando Chapadeiro Corrêa. Porto Alegre: CMC. 2008.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. São Paulo: Cultrix, 1993. 


[1] Sobre o debate entre positivismo sociológico e marxismo

[2] LEBRUN, Jean-Pierre. O futuro do ódio. p. 22

[3] IDEM. p. 32.

Rodrigo Bueno Gusso
Delegado de Policia Civil de Santa Catarina; especialista em Segurança Pública (PUC-RS); mestre em Direito (UNIVALI-SC); e doutorando em Sociologia (UFPR).

Revista Consultor Jurídico, 13 de agosto de 2011


Grande Curitiba chega a 1.000 assassinatos no ano

Estatística da violência - Curitiba e Região Metropolitana

Assassinatos em 2011 (até o dia 01 de agosto)


* Pesquisa realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná, e do Programa 190.
 


Total de assassinatos : 1.000 (média de 4,7 por dia)

Vítimas:
Homens: 926
Mulheres: 74
-----------------
10 cidades mais violentas
Curitiba: 459
Colombo: 102
São José dos Pinhais: 92
Almirante Tamandaré: 73
Piraquara: 50
Pinhais: 42
Araucária: 42
Fazenda Rio Grande: 34
Campina Grande do Sul: 18
Campo Largo: 14
-----------------
10 bairros mais violentos
Cidade Industrial: 75
Cajuru: 38
Uberaba: 36
Sítio Cercado: 33
Tatuquara: 25
Alto Boqueirão: 18
Novo Mundo: 18
Boqueirão: 16
Campo de Santana: 16
Xaxim: 15

Fonte: crimescuritiba.com


Genética e o crime

Cuidadosamente, criminólogos voltam a estudar até que ponto características que induzem à criminalidade podem ser transmitidas de pai para filho

Nova York - O uso da biologia para explicar o comportamento de criminosos tem sido rejeitado por criminólogos que preferem ignorar a genética e se concentrar em causas sociais: miséria, vícios corrosivos, armas. Agora que o genoma humano foi sequenciado e cientistas estão estudando a genética de áreas tão variadas como alcoolismo e afiliação política, os criminólogos estão cuidadosamente retornando ao assunto. Um pequeno quadro de especialistas está explorando como os genes podem aumentar o risco de se cometer um crime e se tal traço pode ser herdado.

“Durante os últimos 30 ou 40 anos, a maioria dos criminólogos não podia dizer a palavra ‘genética’ sem cuspir”, diz Terrie E. Moffit, cientista comportamental da Universidade de Duke. “Hoje as teorias modernas mais convincentes sobre crime e violência envolvem ambos os temas sociais e biológicos”.

John H. Laub, diretor de um instituto de criminologia, que ganhou o Prêmio Estocolmo de Criminologia esse mês, se esforça para enfatizar que os genes são governados pelo ambiente, que pode ou amenizar ou agravar impulsos violentos. Muitas pessoas com a mesma tendência à agressão jamais darão um soco em alguém, enquanto outros sem ele podem ter uma carreira no crime.

O assunto ainda levanta questões éticas e políticas sensíveis. Será que uma predisposição genética deveria influenciar os vereditos? Será que testes genéticos poderiam ser usados para adaptar os programas de reabilitação a criminosos individuais? Será que adultos e crianças com um marcador biológico para violência deveriam ser identificados?

Todo mundo na área concorda que não existe um “gene do crime”. O que a maioria dos pesquisadores está procurando são traços herdados relacionados a agressão e comportamentos antissociais, que podem, por sua vez, levar ao crime violento. Não espere que alguém vá descobrir como o DNA de alguém pode identificar o próximo Bernard L. Madoff [um dos maiores fraudadores da história dos EUA].

Um gene que foi ligado à violência regula a produção da monoamina oxidase Aenzima, que controla a quantidade de serotonina no cérebro. Pessoas com uma versão do gene que produz menos dessa enzima tendem a ser significativamente mais impulsivas e agressivas, mas, como Moffitt e seu colega Avshalom Caspi descobriram, o efeito do gene é ativado por experiências estressantes.

Steven Pinker, professor de psicologia de Harvard cujo próximo livro, “The Better Angels of Our Nature” [“Os melhores anjos de nossa natureza”, em tradução livre] defende que seres humanos se tornaram menos violentos ao longo dos milênios, sugere que o melhor modo de se pensar sobre genética e crime é começar pela natureza humana e então observar o que causa a ativação ou não de um traço em particular.

Ele mencionou um dos maiores fatores de risco que levam ao crime: permanecer solteiro em vez de casar-se, uma ligação descoberta por Laub e Robert J. Sampson, um sociólogo de Harvard que foi covencedor do Prêmio Estocolmo. O casamento pode servir como uma chave que redireciona as energias masculinas para serem investidas numa família em vez de em competição com outros homens, Pinker afirmou.

Novas pesquisas tem se focado no autocontrole, além da frieza e falta de empatia, traços regularmente envolvidos na decisão de se cometer um crime. Como com outros traços de personalidade, crê-se que eles tenham componentes ambientais e genéticos, embora o grau de herdabilidade seja discutível.

Entre os achados de um estudo a longo prazo com 1.000 bebês, em 1972, numa cidade da Nova Zelândia, Moffit e seus colegas recentemente relataram que quanto menor o autocontrole exibido aos 3 anos de idade, maior a probabilidade de que ele ou ela cometa um crime mais de 30 anos depois. Entre as crianças, 43% das que obtiveram uma avaliação abaixo de 20% em autocontrole foram mais tarde condenadas por algum crime. Já entre as que tiveram avaliações mais altas, o índice ficou em 13%.

Mas uma predisposição não é predestinação. “Saber que algo é herdado de modo algum nos diz qualquer coisa sobre se isso pode melhorar mudando ou não o ambiente,” diz Moffit. “Por exemplo, o auto-controle é muito parecido com a altura, variando amplamente ao longo da população humana e sendo altamente herdável, mas se uma intervenção eficaz como uma melhor alimentação for aplicada a toda a população, en­­tão todo mundo se torna mais alto que a geração anterior”, explica o pesquisador.

Sampson insiste que as questões mais interessantes sobre crime, sobre o porquê de algumas comunidades terem uma criminalidade maior que outras, não são nem um pouco rastreáveis pela genética. “Quanto mais sofisticada a pesquisa genética, mais ela apontará para a importância do contexto social”.

Tradução: Adriano Scandolara. Fonte: gazetadopovo.com.br


Procuradoria pede punição a suspeitos de tortura na ditadura

O Ministério Público Federal em São Paulo recorreu de decisão da juíza Diana Brunstein, da 7ª Vara Federal Cível, que impedia o afastamento imediato e a perda dos cargos ou das aposentadorias de três delegados da polícia civil paulista que teriam participado diretamente de atos de tortura e outros crimes durante o regime militar (de 1964 até 1985).

O pedido baseia-se em decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos de novembro de 2010 que condena a omissão do Estado em relação às violações aos direitos humanos perpetradas durante a ditadura. A ação civil contra os delegados foi proposta em agosto de 2010 e a decisão da juíza foi dada em março deste ano.

A Procuradoria alega que, em sua sentença a juíza baseou-se na validade da Lei de Anistia e considerou que, no momento da sua sentença, a Corte ainda não havia se pronunciado sobre o tema. Os procuradores, no entanto, afirmam não ser verdade e pedem que prevaleça a determinação do órgão internacional.

Para a juíza, não cabe à Justiça Federal de primeira instância discutir questões de direito internacional. "As decisões proferidas pela Corte Internacional de Direitos Humanos sujeitam-se às regras firmadas em tratado internacional, competindo aos Estados signatários as providências convencionais de seu cumprimento, operando-se aí mecanismos de Direito Internacional. Este Juízo lastreou sua decisão na forma da fundamentação e alicerçando-se no direito interno e na Constituição Federal Brasileira, não lhe competindo dirimir conflitos entre Tratado Internacional e o Direito Interno", escreveu.

Para a procuradora da República Eugênia Augusta Gonzaga, autora da apelação, os órgãos integrantes do sistema de Justiça brasileiro não podem recusar a sentença condenatória da Corte Interamericana sob a alegação de prevalência do direito constitucional interno. "Pois é este mesmo direito constitucional que vinculou o Estado à autoridade do tribunal internacional. A não responsabilização das graves violações ocorridas no Brasil impede a conclusão da transição à democracia e a consolidação do Estado de Direito. Certamente, dar um basta a essa intolerável inércia é de interesse de toda a coletividade", aponta a procuradora.

CASO

A ação pede a responsabilização pessoal dos delegados aposentados, Aparecido Laertes Calandra e David dos Santos Araújo, e do delegado da ativa Dirceu Gravina, além da condenação à reparação por danos morais coletivos e restituição das indenizações pagas pela União.

Segundo o Ministério Pùblico, os oficiais, que utilizavam codinomes de capitão Ubirajara, capitão Lisboa e JC, respectivamente, no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação dos Centros de Operações de Defesa Interna), foram reconhecidos por diversas vítimas ou familiares em imagens de reportagens veiculadas em jornais, revistas e na televisão. Fonte: Folha.com


Algemas não me seguram, diz preso que foi recapturado em SP

Recapturado na manhã deste sábado, em Poá (Grande SP), Cristiano Manoel Moraes, 22, suspeito de assaltar motoristas nos semáforos da região da avenida Paulista, que fugiu de dentro do 36º DP (Paraíso) na quinta-feira (30), disse que conseguiu abrir as algemas com um clips e que algemas não o seguram, segundo informou a polícia.

O delegado Márcio de Castro Nilson, titular do 36º DP, destacou a atuação dos agentes Luciano Volk e André Makoto, que desde a quinta-feira estavam sem dormir, investigando o paradeiro do suspeito. Ele foi recapturado em uma favela, na rua João José de Souza, no Jardim São José, em Poá.

A captura, segundo o delegado, foi fruto de um trabalho exclusivamente de investigação. "Toda a delegacia estava mobilizada para recapturá-lo. Inclusive, a mesma equipe que estava incumbida da escolta da guarda quando ele fugiu foi quem conseguiu prendê-lo", revela. Segundo o delegado o suspeito havia fornecido vários endereços falsos. "Nós começamos a fazer investigações em familiares dele, que também são criminosos. Começamos a checar os endereços dos comparsas e os policiais conseguiram localizá-lo na casa de um cunhado, que também foi atuado por favorecimento pessoal".

Mesmo com a recaptura, os agentes ainda serão investigados pela corregedoria, pela conduta de terem deixado o suspeito sozinho na sala, o que facilitou sua fuga. Moraes estava sozinho no interior de uma sala. Uma das algemas foi retirada por um policial para que o preso pudesse comer. A outra algema foi retirada pelo próprio preso, que fugiu pela janela, no momento em que um policial que o acompanhava saiu da sala para buscar água.

O delegado destaca que não houve má fé dos policiais e sim um descuido. "O que aconteceu foi uma fatalidade. É explicável, mas injustificável, houve um descuido. Foi uma fatalidade. Vou relatar para a corregedoria a lisura dos policiais, mas o resultado vai depender da apuração, tanto administrativa quanto criminal. Espero poder demonstrar que não houve facilitação de fuga".

Com a recaptura, os trabalhos de reconhecimento do suspeito reiniciam. Pelo menos cinco vítimas já o haviam identificado. A polícia acredita que ainda tenham outras vítimas. Segundo o delegado, o suspeito agia principalmente no entorno da rua Bernardino de Campos com a estação Paraíso.

Após os policiais encerrarem os trabalhos de reconhecimento, o suspeito será encaminhado à carceragem do 77º DP (Santa Cecília).

CRIMES

O rapaz foi preso na última terça-feira (28), na rua Bernardino de Campos, após ser abordado por policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos).

Um médico passava pelo local e reconheceu o jovem como autor de um roubo cometido em 19 de junho de 2007. Segundo a polícia, ele estava com uma arma de brinquedo.

À época do crime contra a família do médico, Moraes teve a companhia de Edson Alves Santana, que foi preso na ocasião. Segundo Nilson, Santana está no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá.

Em 2009, Moraes já havia sido preso por um roubo na avenida Indianópolis. Ele recebeu a condicional em abril deste ano. À polícia, Morais negou os crimes e disse que achou a arma de brinquedo na rua. Fonte: Folha.com


Estatística da violência - Curitiba e Região Metropolitana

Assassinatos em Junho/11 (até o dia 12)

* Pesquisa realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos jornais Tribuna do Paraná e
O Estado do Paraná, e do Programa 190. Informações obtidas a partir de relatórios
do Instituto Médico Legal e levantamento nas delegacias responsáveis
pelos inquéritos. Casos de suicídio foram excluídos.


Assassinatos: 50
-----------------

Vítimas:
Homens: 43
Mulheres: 7
-----------------
Cidades:
Curitiba: 31
São José dos Pinhais: 7
Colombo: 4
Almirante Tamandaré: 3
Araucária: 2
Itaperuçu: 2
-----------------
Bairros mais violentos: 
Cidade Industrial: 5
Novo Mundo: 3
Uberaba: 3
Tatuquara: 3
Cajuru: 2

Fonte: crimescuritiba.com


Como identificar e se proteger de psicopatas 

O Caso Mariana Gonçalves

Como saber se o perigo mora ao lado? No Mais Você desta segunda, 14, Ana Maria Braga recebeu a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora do livro Mentes Perigosas, para analisar o caso da jovem Mariana Gonçalves de Souza, assassinada pelo pedreiro Luiz Carlos Oliveira na segunda-feira de carnaval, 7 de março, no Rio de Janeiro.

Mariana, 21 anos, tinha ido à escola receber a mensalidade atrasada de uma aluna. Segundo uma testemunha, Luiz Carlos, que prestava serviços à família da jovem, teria entrado na escola pouco antes dela ter sido encontrada morta. A mãe, que estranhou a demora da filha, foi quem encontrou o corpo com marcas de espancamento e um corte profundo na garganta.

Mais tarde, o pedreiro se entregou à polícia e confessou o crime. “Ele acabou com o sonho da minha família. Meus pais estão em estado de choque”, desabafou Fernanda Gonçalves. A irmã da vítima disse que Mariana nunca deu atenção fora do normal ao assassino. “Ele era uma pessoa que prestava serviços a todos ali”, disse.

Para a tia de Mariana, foi tudo premeditado. “Ele olhou pra ela porque ela era bonita e começou a premeditar para pegar a minha fadinha, o meu anjo”, disse Sueli. Ana Beatriz Barbosa também acredita que ele esperou oportunidade para agir. “Ele tem perfil de maníaco sexual. Não sei se você reparou, mas na casa dele tem roupas femininas. E sempre comentava, observava... Ele esperou uma oportunidade para agir, como com uma presa. Tem mecanismo predatório de animal”, analisou a psiquiatra.

CRIME PASSIONAL?

Ana Beatriz Barbosa explica a diferença entre os crimes passionais clássicos dos crimes cometidos por psicopatas. “Passional não é matar por amor. Quem ama, não mata”, disse. “Passional envolve emoções e o psicopata é desprovido de emoções. Ele finge a emoção, ele sabe falar a emoção, mas ele não a sente. O que ele diz que é emoção, ele não demonstra em atos”, explica.

Aparentemente um cara inofensivo? Ou alguém que dava pistas da insanidade? Segundo Ana Beatriz, antes de ser uma doença, a psicopatia é uma maneira de ser e de raciocinar e, por isso, não tem cura. “É um transtorno de personalidade”, disse a expert. A psiquiatra explicou que psicopatas têm uma mente racional e que busca sempre o prazer, a diversão, o poder e o status. “O prazer está com o poder de subjugar o outro”.

CASO ELOÁ

Em outubro de 2008, o país inteiro acompanhou as cem horas em que Eloá Pimentel, de apenas 15 anos, foi mantida refém pelo ex-namorado. O fim foi trágico. Inconformado com o término do relacionamento, Lindemberg Alves matou a jovem. Nayara Silva, amiga de Eloá, também estava no local e presenciou os momentos que chocaram o país. Ana Beatriz garante que o assassino se trata de um psicopata perigoso. “Foi capaz de manipular a polícia por cem horas dando uma de Romeu apaixonado. Ele dá a palavra que a menina iria sair, e não cumpre”.

Para ela, Lindemberg foi tratado como se fosse um caso de Romeu e Julieta.
Ele saiu de lá numa altivez, raiva, arrogância de quem não cumpriu sua meta de matar. Ele não teve reação de quem perdeu seu amor”, analisou.

COMO IDENTIFICAR PSICOPATAS E SE PROTEGER

A maioria dos psicopatas entra na vida das pessoas querendo algo, como verdadeiros parasitas, vampiros. Para fazer isso, se utilizam da confiança. “No início, vão demonstrando gentilezas, atitudes bajuladoras, dizem tudo o que você quer ouvir. Mas o que estas pessoas estão tramando é uma teia de confiança falsa para depois atacarem. Sempre deixam um rastro de destruição”, disse Ana Beatriz.

A psiquiatra alerta para alguns comportamentos. “Ninguém surge na nossa vida sem um passado. A dica é sempre observar e desconfiar de pessoas muito gentis, que mandam muitos presentes e rapidamente se tornam muito amigas. Pode ser qualquer pessoa, homens e mulheres. São pessoas que se colocam na sua vida quase como se você dependesse delas”, disse.
Para Ana Beatriz, é importante vasculhar o passado destas pessoas. “Você vai descobrir histórias. E não podemos procurar justificá-las porque eles nos pegam no que é mais sagrado, que é o sentimento de compaixão. Não podemos abrir a guarda achando que pobres coitados são pessoas boas”. E ressalta que verificar de quem se trata, antes de abrir a porta da sua casa, é um direito. “É preciso se proteger com conhecimento, sem vergonha ou constrangimento de perguntar”.
Fonte: maisvoce.globo.com


Seis policiais presos por forjar provas no caso "Morro do Boi"

Quatro policiais militares, um delegado e um policial civil foram presos durante uma operação que terminou na manhã desta quinta-feira (16), acusados de forjar provas para tentar inocentar Juarez Ferreira Pinto, condenado a mais de 65 anos de prisão pelo crime do Morro do Boi.

A Operação Posseidon foi uma ação conjunta da Corregedoria da Polícia Militar e Civil e do Ministério Público, através do Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e teve início assim que a Delegacia de Matinhos apresentou Paulo Delci Unfried, 32 anos, como o suspeito com maior probabilidade de ter cometido o assassinato do que Juarez.

"Eles tentaram fazer alguém assumir o crime, querendo fazer crer que a prisão do Juarez era um erro da Polícia Civil e da Justiça. Eles então engendraram este plano. Encontraram o Paulo, imputaram a ele uma série de roubos e fizeram aparecer com ele a arma que foi efetivamente usada no crime", explica Leonir Batisti, procurador de Justiça e coordenador estadual do Gaeco.

De acordo com Batisti, a arma que Juarez utilizou no crime foi alugada de um traficante e devolvida após o incidente. Ela foi recuperada e apresentada pelos policiais militares como sendo de Paulo, que foi torturado para confessar envolvimento no caso. "Os policiais o induziram a se suicidar e criaram condições para isso, a pretexto de que ele estava arruinado. Eles teriam dito que iriam até prejudicar o filho dele", relata o procurador.

Prisões

O Gaeco ainda conseguiu na Justiça a quebra do sigilo telefônico de Paulo e descobriu que ele não estava nos locais onde aconteceram roubos dos quais ele foi acusado. As testemunhas que reconheceram Paulo como autor dos delitos prestaram depoimento novamente e informaram que foram induzidas a apontá-lo como assaltante.

Por este motivo, foi preso em Curitiba o delegado de Matinhos, José Tadeu Inocêncio Bello, acusado de fraude processual. Também na capital paranaense foi preso o irmão de Juarez, Altair Ferreira Pinto, o "Taíco", apontado nas investigações como mentor do plano para acusação de Paulo e, consequentemente, a libertação de Juarez.

No litoral, foram detidos os policiais militares do 9º Batalhão Edison Pereira, Edmildo da Silva Mesquita, Paulo Roberto da Graça e Rodrigo Alves Barbosa, que participaram da prisão de Paulo. Permanece foragido o colega deles, Renato Pereira da Silva. Todos são investigados por formação de quadrilha, tortura e denunciação caluniosa. As prisões são temporárias, com duração prevista de cinco a 30 dias.

Foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão em busca de mais provas, que assim como os mandados de prisão, foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Matinhos.

As acusações feitas contra Paulo não foram acatadas pelo Ministério Público e ele está em liberdade. Juarez foi condenado a 65 anos e cinco meses e permanece preso.

Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou que “o inquérito finalizado pelo Ministério Público será remetido às corregedorias de cada órgão, para que os procedimentos administrativos ou penais sejam tomados". Segundo a Sesp, "Todos os crimes cometidos por policiais, em claro desvio de conduta, são rigorosamente apurados e os responsáveis punidos dentro dos limites que a lei estabelece”.

Morte

O crime aconteceu em 23 de janeiro de 2009, quando o estudante Osíris del Corso, 22 anos, e a namorada dele, Monik Pegoraro, 23, estavam na trilha do Morro do Boi, em Matinhos.

O casal foi abordado por um suspeito, que levou R$ 90 de Osíris e pediu para que Monik tirasse a roupa. O namorado interveio, foi baleado e morreu na hora. Monik também foi baleada e permaneceu 18 horas esperando por socorro. Nesse período, segundo ela, o suspeito retornou e abusou sexualmente dela.

Foi feito um retrato falado assim que ela se recuperou e semanas depois Juarez foi preso e reconhecido por Monik. Quatro meses após a prisão de Juarez, Paulo foi preso. O traficante que forneceu a arma para o homicídio foi preso em 2010.
O julgamento referente ao caso aconteceu em fevereiro do ano passado. Juarez foi condenado a 65 anos e cinco meses de prisão pelo latrocínio de Osíris e por tentativa de latrocínio e atentado violento ao pudor, cometidos contra Monik. O recurso da defesa de Juarez está marcado para o próximo mês.
Fonte: oestadodoparana.com.br


De olho no futuro

Toda mudança é salutar e, dependendo da velocidade em que  ela  vem assusta, porque traz novidades boas para alguns, ruins para outros, principalmente aos acostumados à rotina. É como o despertar de um vulcão que entra em erupção e pega muita gente desprevenida. Assim começou o  ano, com a troca ou recondução de governantes no comando do País e dos Estados brasileiros.  Cada um montando suas estratégias e alianças políticas utilizando-se do jogo-de-cintura e muita diplomacia para acomodar os apaniguados em cargos de confiança. Estes, com raras exceções, se achegam, nem sempre com ânsia de mostrar serviço, mas com uma fome devoradora de  poder,  o grande mal da humanidade, que às vezes  sobe à cabeça num piscar de olhos e faz com que as pessoas transformem a sua personalidade (ou mostram quem realmente são) e passem por cima de virtudes como respeito, dignidade e outros valores  em relação aos seus semelhantes, para mostrar que “podem”,  até mesmo quando assumem  uma  “ chefia de latrina”. 

Na expectativa de um novo paradigma, o povo do Paraná foi contemplado com a posse de Beto Richa, como governador, considerado um dos melhores prefeitos do Brasil, conforme  índice de aprovação  divulgado pela mídia, de quase 80% durante o período em que ficou à frente da  Prefeitura de Curitiba e, eleito no primeiro turno nas eleições de 2010, com mais de 70% dos votos.  Pela sua maneira de agir, conforme demonstrou no seu discurso de  posse, na indicação dos seus assessores diretos e também  em outras  solenidades, sempre reafirma taxativamente sobre  o seu plano de governo, o qual já colocou em prática, que haverá muitas  inovações e que irá impor uma fórmula dinâmica para o desenvolvimento do Estado do Paraná. Tem dado a entender que pretende estabelecer uma administração bastante avançada  e comprometida com a eficiência, com a moralidade e com a honestidade. Enfatiza sempre que na sua gestão as secretarias de Estado deverão atuar de forma integrada, em sintonia com o plano de ações governamentais.

No período de campanha o atual  governador teve a oportunidade de verificar “in loco” que o Paraná possui uma área territorial bastante extensa e que carece de atenção em todos os setores. Muitos municípios localizados no chamado “cinturão da pobreza”  que apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo estão  abandonados pela falta de oportunidades dos seus habitantes, que migram para outros mais próximos da capital ou se aglomeram na periferia das cidades de maior porte, sem qualquer tipo de esperança. Essas áreas vêm sofrendo há muito tempo pela falta de industrialização,  investimento na agricultura, na cultura, na educação e demais setores. Alguns dos municípios do Norte Pioneiro, principalmente, sobrevivem do plantio da cana-de-açúcar, monopolizado pelas grandes usinas, que aos poucos estão se modernizando e mandando embora os trabalhadores, a maioria sem capacitação ou qualificação e que, por este motivo,  quando despedidos, encontram consolo nos bares das cidades onde afogam suas mágoas. Pra completar,  quando não caem bêbados nas calçadas, voltam para suas casas e espancam esposa e filhos.  Os trabalhadores mais novos, analfabetos ou semi-analfabetos, sem profissão e melhores oportunidades de emprego caem no vício ou no tráfico de drogas. Quem visitar esses locais poderá, tranqüilamente, constatar essa realidade e verificar que, principalmente nesses, e nas demais regiões do Estado os índices de criminalidade aumentam assustadoramente. Sobre este aspecto, certamente  o novo governo já vislumbrou que terá muito trabalho pela frente.

 Segurança, o grande desafio

Dentre os maiores anseios da população paranaense, a segurança pública está sendo  o carro-chefe das ações do governo nesta gestão, a qual colocou como prioridade. O dia a dia mostra que a violência e a criminalidade aumentam em todos os lugares, tanto nas pequenas quanto nas grandes cidades. Estatísticas apontam que a maior parte dos assassinatos e de outros crimes violentos é causada pelo tráfico e uso de drogas como a cocaína, o crack e  álcool e envolvem jovens e adolescentes na faixa etária entre 14 e 24 anos. Os grandes roubos, perpetrados por quadrilhas especializadas, têm no contrabando de armas através da fronteira com outros países, o seu principal meio de articulação.  Para combater esses tipos de crimes somente ações integradas com outros órgãos e também com a sociedade civil, pois hoje a segurança pública é matéria interdisciplinar e inclui investimentos e participação  na cultura, educação entre outras áreas. Esse inter-relacionamento é intrínseco, pois as ações conjuntas com outros órgãos e o trabalho de informação são muito importantes, tendo em vista a diversidade de crimes, e a ação policial é essencial para a prevenção e elucidação.

 Acrescente-se, que os órgãos de segurança estadual não podem trabalhar “engessados” pelos problemas que há tempos obstaculizam o combate à criminalidade e a violência em todo o País. No Paraná não é diferente. A nova equipe de governo tem pela frente a falta de condições materiais, humanas e financeiras, a resolução de problemas dos técnicos da segurança, no caso da Polícia Civil, relegados à função de guarda de  presos condenados, em cadeias públicas superlotadas. Falta também  a motivação e salários compatíveis para a valorização dos seus trabalhos e programas que viabilizem uma vida digna.

 Corrobora ainda esta situação a necessidade de reforma e construção de delegacias, muitas com mais de um centenário e a reposição e ampliação dos quadros de pessoal das polícias, há muito tempo  sem reposição necessária e proporcional ao aumento da população.

Enfim, muitos obstáculos estão à guiza de ações de grande impacto e a população paranaense, conforme demonstrado no resultado das urnas acredita na capacidade e ousadia do atual governador, que indicou para o comando das principais instituições de segurança do Estado técnicos conhecedores da área e com dinamismo: dois delegados de polícia, um da Polícia Federal como secretário de Segurança, um da Polícia Civil, como diretor do Departamento da Polícia Civil e, logicamente, um coronel da Polícia Militar como comandante dessa instituição. Conforme afirmou na posse do Delegado Geral da Polícia Civil na Escola Superior de Polícia CIvil: “Tivemos especial cuidado na escolha de nomes, que estão entre os melhores quadros da Polícia, e com eles estamos prontos e preparados para dar as respostas que o povo deste Estado aguarda por muito tempo”.

 Cada gestão tem a suas  dificuldades e que podem e devem ser superadas com bom senso, determinação e paciência. Os problemas do Paraná são muitos e os cidadãos paranaenses sabem disso e por isso  acreditam nas virtudes do governador e na competência da equipe de trabalho escolhida para assessorá-lo.

João Carlos da Costa
Bel. em Direito (aprovado na OAB), Bel. Químico,
Professor e Escrivão de Polícia.


Presa quadrilha que preparava resgate de presos do PCC em Maringá

Policiais de Maringá e Sarandi, no norte do Paraná, prenderam hoje dez pessoas que integram uma quadrilha que estaria planejando invadir a Cadeia Pública de Maringá para resgatar, segundo a polícia, presos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles são conhecidos na região por assaltarem propriedades rurais e ônibus de sacoleiros. Também foram apreendidos veículos, armas, celulares, munição e droga.

Segundo o delegado de Maringá, Antônio Brandão Neto, a quadrilha começou a ser investigada há um mês, quando outros nove integrantes foram presos depois de cometerem alguns assaltos. Entre os proprietários rurais que foram vítimas está o prefeito de Nova Olímpia e presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Luiz Sorvos.

A quadrilha foi flagrada em um condomínio fechado de chácaras, às margens do Rio Ivaí, em Ivatuba, próximo a Maringá. "Estavam todos dormindo", disse o delegado. Segundo ele, fazem parte da quadrilha pessoas do Paraná e de São Paulo. "Eles agiam nesta região do Estado, mas alguns integrantes desta quadrilha eram de São Paulo e faziam parte do PCC", acrescentou.

Foram presos: Orlandino César Moreira, Edson Povoa Soares, Alaudair Marques de Miranda, Juliano Garcia Miranda, Mauro Arruda, Airton Francisco Cordeiro, Jocelene Aparecida de Oliveira, Claudicéia da Silva Tavares, Daiane Oliveira Martins e Andréia Barreto Costa. Fonte: Paraná-online


Um drible na morte

A história é dramática. Tem ingredientes como amor e ódio, confiança e mentiras, traição e violência. A protagonista é uma “gata borralheira” que pretendia virar princesa, mas por ganância e loucura acabou como criminosa. O príncipe não tinha nada de encantado. Era um homem comum, bastante tímido por conta de seu peso excessivo. As diferenças entre eles eram muitas, inclusive de idade. Porém, por um daqueles acasos do destino, ficaram juntos e tentaram formar uma família. Não deu certo. Ela decidiu matá-lo e contratou dois homens para a execução. O plano, que parecia perfeito, naufragou. Ele simplesmente se recusou a morrer. Levou quatro tiros na cabeça, todos à queima-roupa, e a cada impacto das balas, jurava para si mesmo que iria sobreviver.

Sete anos depois do atentado que revolucionou sua vida, o publicitário e apresentador de TV Nilton Sérgio Saciotti, 55 anos, decidiu contar em detalhes como tudo aconteceu. Em uma nova série da Tribuna na Justiça, seis capítulos, iniciados hoje, desvendarão toda a trama, revelando detalhes do planejamento e execução daquele que deveria ser o assassinato de Saciotti. A ex-mulher dele, Rosana Grein, 34, acusada de ser a mentora intelectual do crime, está em liberdade, mas não se sabe por quanto tempo.

“Eu não vi túnel de luz nem a vida me passou pela cabeça em um segundo, como dizem as pessoas que estiveram bem próximo da morte. Eu não queria morrer e concentrei todas as minhas forças em ficar vivo. Em lutar contra a morte”. Nilton Saciotti

 “Senti o primeiro tiro na cabeça. Houve um formigamento, primeiro na nuca e depois se espalhou pelo rosto e pescoço. Eu pensava, porque ele está fazendo isso? Não precisa me matar. Não reagi, não fiz nada para irritá-lo. Muito pelo contrário. O tempo todo fiquei pedindo calma, disse que eu e ela iríamos cooperar. Que poderiam levar o que tínhamos de dinheiro. E ainda avisei que o carro não era nosso. A camioneta bonita e novinha era de uma montadora que nos havia emprestado para um teste drive. Afinal, a gente trabalhava na televisão, apresentando um programa sobre veículos. Só que não adiantou. O garoto me fez deitar no chão, entre o banco de trás e o da frente, com o rosto quase nos pés dele. E atirou. O sangue escorreu. Senti o pescoço úmido e a vista turvou. Em seguida senti três golpes, como se ele estivesse dando coronhadas na minha cabeça. Ele está me batendo, pensei, mas eram mais três tiros. Não conseguia entender porque tanta violência. Achei melhor me fingir de morto, mas dizia o tempo todo que não iria morrer. Não queria morrer porque tinha mulher e filho para cuidar. Fiquei imóvel. Escutei as portas da frente do carro serem batidas simultaneamente. Perdi a noção do tempo. Sabia que o motor ainda estava ligado, por causa da trepidação. E o rádio também. Ouvia um som distante.

 Quando não agüentei mais ficar naquela posição incômoda (minhas pernas estavam doendo muito), estiquei o braço e passei pelo banco, no lugar onde o assaltante havia sentado. Não tinha ninguém. Pensei na Rosana, achei que poderiam tê-la matado. Estiquei-me todo e passei a mão no banco do motorista, onde ela estava. Não havia ninguém. Não conseguia enxergar, estava tudo embaçado. Cheguei a trocar de óculos, tirando o de sol e colocando o de grau, que estava no bolso da minha camisa. Não adiantou. Lembrei então que o motor estava ligado e as janelas, elétricas, abririam com um toque. Sentei-me no banco traseiro, abri o vidro e fiquei acenando, em busca de ajuda.

Via ao longe vultos de carros e de alguns ciclistas. Continuei a acenar, até que um rapaz de bicicleta se aproximou. Disse que tinha sido assaltado e precisava de ajuda. Ele saiu gritando por socorro. Chamaram o Siate. Apresentei meus documentos, disse meu nome, perguntei sobre a minha mulher. Em nenhum momento perdi a consciência. Só apaguei no Hospital Cajuru, quando recebi anestesia para a remoção das balas. Mal sabia eu que a partir dali minha vida, pela qual tanto lutei naqueles momentos de pavor, sofreria mudanças tão drásticas e perturbadoras.”

Um dos tiros transfixou a cabeça de Saciotti. Os três outros se alojaram na caixa craniana. As balas, segundo a perícia, eram do tipo “dundum”, que explodem quando atingem seu alvo. Por verdadeiro milagre, na avaliação dos médicos, o apresentador não morreu. Ficou internado por 12 dias e saiu do hospital já sabendo que Rosana é quem havia tramado seu assassinato. De seqüela tem um zumbido permanente no ouvido esquerdo, do qual perdeu a audição, e uma dor imensa no coração. ‘Perdi a confiança nas pessoas‘, diz ele, desejando agora recomeçar a viver com um pouco mais de paz.

O crime

A tentativa de homicídio aconteceu em 17 de fevereiro de 2004, numa rua sem asfalto e de pouco movimento, no Jardim Ipê, em São José dos Pinhais, por volta das 14h30. Alem de Rosana Grein, um rapaz que na época tinha 16 anos e era conhecido pelo apelido de “Leandrinho”, e outro maior de idade, chamado de “Jorge Tadeu”, ambos guardadores de carros no centro da cidade, foram os autores.

Reconstituição da tentativa de assassinato promovida pela Polícia Civil, em 2004.

Fonte: parana-online


Sociedade civil pede federalização de

 investigação sobre crimes do PCC

 cometidos em maio de 2006

Cinco anos após os crimes de maio de 2006 ocorridos em todo o estado de São Paulo e atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) – organização criminosa que atua dentro dos presídios paulistas –, a sociedade civil pede a federalização da investigação.

Estudo da organização não governamental (ONG) Justiça Global aponta que o governo paulista falhou ao gerir seu sistema prisional e foi omisso ao saber da possibilidade dos ataques e não tomar providências para evitá-los ou proteger seus agentes públicos.

Segundo Fernando Delgado, da Clínica de Direitos Humanos, instituição ligada à Universidade de Harvard e que ajudou a elaborar os estudos, a federalização pode ocorrer de duas formas: por meio de uma investigação da Polícia Federal ou por meio de um pedido do procurador-geral da República ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para transferência da investigação para a Justiça Federal.

“Já passaram cinco anos e o governo do estado não deu uma resposta adequada. Não há um relatório unificado que explique o que aconteceu, como aconteceu e quem fez. Então, está na hora de o governo federal fazer a sua parte porque o Brasil precisa dessa apuração e tem assumido obrigações internacionais que exigem isso [apurações]”, disse Delgado.

Para Débora Silva, mãe de uma das vítimas dos crimes do PCC e integrante da ONG Mães de Maio, o pedido de federalização é importante para a democracia do país. “Não adianta dizer que tem democracia no país se não tem justiça.”

Segundo o professor da Universidade de Harvard e coordenador do estudo, James Casallaro, também deve ser feito um pedido para criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. “Esperamos que medidas como essa possam ser tomadas a nível federal porque, infelizmente, as autoridades paulistas não cumpriram com suas obrigações.” (Agência Brasil) Fonte: ohoje


9 serial killers brasileiros

iStockphoto
Vítimas de serial killers podem ter o corpo queimado ou mutilado

Pedro Rodrigues Filho, Eudóxio Donizete Bento, Edson Isidro Guimarães, João Acácio Pereira da Rocha. O que esses homens têm em comum? Todos são assassinos. Todos figuram na lista de serial killers brasileiros. Para ser considerado um serial killer, o assassino precisa ter matado duas ou mais pessoas com um intervalo de tempo entre os crimes, seguindo o mesmo modus operandi e o mesmo ritual e deixando sua assinatura. Os serial killers acima mataram mais de dez, seguindo uma espécie de roteiro para abordar e matar suas vítimas, que tinham o mesmo perfil (mulheres e crianças) e a mesma faixa etária.

Os assassinos seriais geralmente começam a agir entre os 20 e os 30 anos de idade e não têm motivo aparente para matar suas vítimas. Elas são escolhidas ao acaso. Segundo Ilana Casoy, escritora e uma das maiores especialistas da área, existem dois tipos de assassinos seriais: os organizados e os desorganizados. O primeiro tipo é socialmente competente e geralmente casado. Tem bons empregos por parecer confiável e aparenta saber mais do que na realidade sabe. Para esse tipo, o crime é um jogo. "Planejam o crime com cuidado, carregam o material necessário para cumprir suas fantasias, interagem com a vítima e se gratificam com o estupro e a tortura", diz Ilana, que colabora com a Polícia Civil de São Paulo na montagem de perfil de serial killers. " Eles levam um pertence da vítima como troféu ou lembrança."

O segundo tipo de serial killer, o desorganizado, age por impulso e perto de onde mora, usando armas e instrumentos encontrados no local da ação. Ilana diz que esse tipo raramente mantém contato com a vítima antes de agir. "Agem com fúria, gratificam-se com estupro ou mutilação post-mortem, e são, na maioria, canibais ou necrófilos." Costumam deixar evidências no local do crime e não param em emprego nenhum.

O caso mais famoso de serial killer brasileiro é o do motoboy Francisco de Assis Pereira, o " Maníaco do Parque". Mas ele está longe de ser o pior serial killer do país. Alguns mataram mais de 100, outros usaram crueldade inimaginável com um número bem menor de vítimas. Nesta lista estão nove serial killers em ordem cronológica. Se fôssemos listá-los por número de vítimas, a ordem seria bem diferente. Os escolhidos estão aqui pelas características extremamente violentas de seus crimes, cuja crueldade chega a embrulhar o estômago até de policias experientes.

9. O linguiceiro da rua do Arvoredo

1863. Província de Porto Alegre. O açougueiro José Ramos, um homem elegante e viajado, que frequentava as casas de ópera da cidade e tinha excelente gosto musical, fazia sucesso entre a população com a venda de linguiças que ele e a mulher, Catarina Pulse, preparavam. O que ninguém sabia é que o ingrediente principal da referida iguaria era a carne das vítimas do casal, seduzidas pela promessa de uma noite de luxúria com Catarina. No matadouro disfarçado de alcova, as vítimas eram distraídas com conversa inebriante e recebiam boa comida e boa bebida - além de um golpe certeiro de machadinha desferido por Ramos, que abria suas cabeças de alto a baixo.

Com a ajuda de Carlos Claussner, o açougueiro Ramos degolava, esquartejava, descarnava, fatiava e guardava as vítimas em baús, moendo-as aos poucos e transformando-as nas famosas linguiças, que eram vendidas em seu açougue na rua da Ponte (hoje rua Riachuelo). Os crimes da rua do Arvoredo foram descobertos em 1894, chocando os cerca de 20 mil habitantes da cidade. Ramos foi condenado à forca. Catarina foi internada em um hospício, onde morreu louca. Claussner, àquela altura, já havia virado linguiça. Apesar do escândalo, os crimes foram ignorados pela imprensa da época. A história repercutiu apenas nos jornais da França e do Uruguai. Acredita-se que o caso tenha sido abafado porque a população da cidade queria esquecer que tinha sido transformada por Ramos em canibal.

Não se sabe ao certo quantos pobres diabos Ramos matou. Nem os motivos que o levaram a isso. Mas ele pode ser considerado o primeiro serial killer brasileiro de que se tem registro. Oficialmente, no entanto, o primeiro foi Preto Amaral, que você vai conhecer na próxima página.

8. Preto Amaral


Wikimedia Commons
Preto Amaral, considerado o primeiro serial killer brasileiro

Aos 17 anos, o escravo José Augusto do Amaral foi liberto pela Lei Áurea e entrou para o exército, servindo em todo o país. Na Guerra dos Canudos (1897), ele foi promovido a tenente. Finda a guerra, Amaral integrou batalhões de polícia e  desertou. Acabou sendo preso em Bagé, Rio de Janeiro, ao tentar desertar do exército nacional. Foi condenado a sete meses de prisão e, ao sair, aos 56 anos, passou a fazer bicos em São Paulo.

Em 1927, Amaral foi preso novamente. Desta vez, acusado de seduzir, estrangular e  estuprar três rapazes. Em seu depoimento, Amaral contava que seduzia e depois asfixiava as vítimas, estuprando-as depois de mortas.  A primeira vítima tinha 27 anos e conheceu Amaral na Praça Tiradentes, depois de pedir-lhe fósforos. Conversa vai, conversa vem, foram para um botequim tomar café, onde Amaral o convidou para assistir a um jogo de futebol. O corpo de Antônio Sanchez foi encontrado próximo ao Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

A segunda vítima tinha apenas 10 anos e foi atraída por Amaral com balões que ele vendia na região do Canindé, também na zona norte. O corpo de José Felippe Carvalho foi encontrado 13 dias depois, sem os membros superiores. Antônio Lemos tinha 15 anos quando foi abordado por Amaral nos arredores do Mercado Municipal, na região central da cidade. Amaral ofereceu almoço à vítima e partiu com ela num bonde rumo à Lapa. Foi só quando o corpo de Lemos foi encontrado que a polícia percebeu estar diante de um assassino incomum. Mas não havia nenhuma pista do assassino, até que Roque Piccili, um engraxate de 9 anos conseguiu escapar de Amaral. O assassino levou o menino para debaixo de uma ponte e já o estrangulava quando se assustou ao ouvir vozes e fugiu. O menino contou à polícia e Amaral foi preso e torturado. Na cadeia, confessou os crimes, contando em detalhes como matou suas vítimas.

Os crimes ganharam as manchetes nacionais. Amaral foi chamado de "monstro negro", "diabo preto" e "estrangulador de crianças". Acabou ficando conhecido como "Preto Amaral". Morreu na Cadeia Pública de São Paulo, cinco meses depois de ser preso, de tuberculose, antes de ser julgado. Os motivos reais que levaram Amaral aos crimes ainda são um mistério, mas o psiquiatra que o examinou na prisão relacionou-os ao tamanho do pênis do ex-escravo. Na época, era comum relacionar o tamanho do pênis ao tamanho da bestialidade do criminoso.

Apesar de ter confessado os crimes, Amaral pode não ter sido o real culpado. Crimes semelhantes continuaram ocorrendo mesmo depois da prisão de Amaral, que tinha apresentado álibis para os dois primeiros assassinatos. Mesmo assim, Amaral acabou ganhando o título de primeiro serial killer brasileiro.

7. O Filho da Luz


Polícia Civil RJ
Febrônio Índio do Brasil

Nem bem Preto Amaral foi preso, e outro assassino serial apareceu para aterrorizar a população em 1927 - Febrônio Índio do Brasil. Os corpos de suas vítimas foram encontrados no ilha do Ribeiro, no Rio de Janeiro, nus, tatuados com as letras DCVXVI, e com marcas de estupro e estrangulamento. Auto-intitulado "Filho da Luz" (por estar em uma luta contra o demônio), ele abordava as vítimas com a promessa de um emprego que complementaria a parca renda familiar. Depois as levava para a isolada ilha do Ribeiro, onde as tatuava, estuprava e matava. O serial killer ainda tentou matar outros rapazes - todos com idades entre 8 e 14 anos -, que conseguiram escapar depois de sessões de tortura e estupro.

Quando foi preso, depois de ser reconhecido por familiares das vítimas, negou a autoria dos crimes. Mas acabou confessando ter estrangulado, em 13 de agosto de 1927, o menor Almiro José Ribeiro e jogado o corpo da vítima num matagal. Depois, assumiu a autoria do assassinato e estupro de Jonjoca, um menino de 10 anos. Ao levantar a ficha de Febrônio, os policiais viram que ele já havia sido preso 29 vezes, por fraude, pederastia e tendências homossexuais, tentativa de atentado violento ao pudor e exercício ilegal da odontologia. O Filho da Luz dizia ter visões que ordenavam que ele tatuasse dez rapazes para seguir sua missão contra o demônio. As letras tatuadas nas vítimas e em seu próprio tórax, segundo ele, significavam "Deus Vivo" ou "Imana Viva". Com uma religiosidade aflorada, Febrônio chegou a mandar publicar o seu próprio evangelho, intitulado "As revelações do príncipe do fogo". Todas as cópias foram queimadas pela polícia quando Febrônio, considerado inimputável, foi para o manicômio, onde permaneceu até morrer, aos 89 anos de idade.

6. O Monstro do Morumbi

No final dos anos 60 e começo dos 70, sete mulheres foram brutalmente assassinadas por estrangulamento e seus corpos abandados em terrenos baldios do Morumbi. A polícia não tinha pistas do criminoso. Suas vítimas foram encontradas do mesmo jeito: nuas ou seminuas, pés e mãos amarrados com uma corda improvisada com pedaços de suas roupas (meias de náilon, sutiãs, calcinhas, lenços, blusas, saias), boca, nariz e ouvidos tampados com pedaços de jornal e papel amassados, e uma tira de tecido que servia como mordaça e como enforcador ao mesmo tempo. De cada uma das vítimas, o assassino levava o dinheiro, as jóias e uma peça de roupa, que dava de presente à companheira. Foi ela que, cansada de pular de emprego em emprego por conta do marido, acabou denunciando-o à polícia. Ao saber-se descoberto, o assassino fugiu e foi para o Pará, onde matou outras três mulheres e foi, finalmente, capturado. Ao ser preso, José Guerra Leitão, o "Monstro do Morumbi", confessou os crimes.

O modo como escolhia a vítima era sempre o mesmo -  com as mesmas características físicas que, mas tarde, viria a se saber que eram as da sua mãe. Para ganhar a confiança das mulheres que matava, José Guerra Leitão criava um vínculo com elas, convidando-as para sair ou pedindo-as em namoro. Quando elas caíam em sua lábia, ele as levava para um matagal na região do Morumbi e as matava. Segundo especialistas, o motivo que o levou a cometer os crimes pode estar ligado à sua infância traumática. Com seis anos de idade, Leitão era responsável por limpar as feridas do pai hanseníaco, e sua mãe, prostituta, o levava para seus programas. Enquanto o pai definhava na cama, Leitão presenciava a vida sexual da mãe. Passou a nutrir ódio compulsivo pelas mulheres, o que o teria levado a praticar os crimes.

Leitão dizia com naturalidade ter matado mais de 24 mulheres, mas a polícia não conseguiu provas para acusá-lo de todos os crimes. Foi condenado pelo assassinato de quatro vítimas. Cumpriu a pena máxima de 30 anos e foi libertado em 2001. Sua localização é desconhecida.

5. Chico Picadinho

Em 1966, a bailarina austríaca e boêmia Margareth Suida conheceu o corretor de imóveis Francisco Costa Rocha. A boa aparência e a boa lábia do moço, misturadas à bebida, acabaram atraindo Suida para o apartamento de Rocha. E para uma morte horrível. No meio da relação sexual, Rocha tornou-se violento. Mordeu-a, socou-a e tentou estrangulá-la com as mãos. Sem sucesso, terminou o trabalho com um cinto. Depois de certificar-se que Suida estava morta, decidiu livrar-se do corpo. Mas como? Rocha pegou uma lâmina de barbear, uma tesoura e uma faca e começou a retalhar o corpo ali mesmo, no tapete do sala. Começou cortando os seios, depois retirou os músculos da parte da frente. Levou o corpo para banheiro, retirou as vísceras e as jogou no vaso sanitário. Desistiu, pegou uma sacola plástica e colocou lá as tripas da moça. Voltou ao corpo, agora na banheira, e retirou parte dos músculos das costas e um pedaço das nádegas. Foi denunciado pelo amigo com quem dividia a quitinete, condenado a 18 anos de prisão e libertado na metade da pena por bom comportamento. Era um preso exemplar, que lia Nitzsche, Dostoiéviski, Frankel e Kafka. Ganhou a confiança do diretor e a liberdade condicional em junho de 1974.

Dois anos, dois casamentos e dois filhos depois, Francisco matou e retalhou a prostituta Ângela da Silva Souza com os mesmos requintes de crueldade com que havia matado Suida. Para esconder o corpo, Francisco arrastou-o até o banheiro e, munido de uma faca de cozinha, um canivete e um serrote, começou a retalhar o cadáver. Cortou fora os seios, abriu o ventre, retirou as vísceras e jogo-as no vaso sanitário. Como o encanamento entupiu, Francisco decidiu mudar de tática: picou o corpo de Souza bem miúdo e distribuição porções em sacos plásticos e em uma mala de viagem para facilitar o trasnporte. Demorou entre 3 e 4 horas para concluir o "serviço". Novamente, foi denunciado pelo companheiro de apartamento.

"Chico Picadinho", como ficou conhecido, voltou para a prisão. Foi condenado a 22 anos e meio pelo crime e deveria ter sido solto ao fim da pena máxima de 30 anos. Mas ao término da pena, em 1998, em vez de ser posto em liberdade, Chico Picadinho foi mandado para a Casa de Custódia de Taubaté, sob a alegação de que criminosos psicopatas podem ser mantidos indefinidamente em estabelecimentos psiquiátricos para receber tratamento. Chico Picadinho ainda está preso.

4. O Vampiro de Niterói

Marcelo Costa de Andrade era considerado o pior serial killer brasileiro até a prisão, em 2004, de Francisco Chagas de Brito pelo assassinato de 42 crianças. O "Vampiro de Niterói", como ficou conhecido, matou brutalmente 13 meninos entre 6 e 13 anos no Rio de Janeiro, entre 1991 e 1992. Marcelo atraía suas vítimas para áreas desertas, estuprava-as e as estrangulava. Depois de matá-las, Marcelo bebia seu sangue ("para ficar bonito e jovem como eles") e praticava sexo com seus corpos até que o estado de decomposição adiantado o impedisse. Foi preso após ser denunciado por uma de suas vítimas, um menino de 10 anos que conseguiu fugir de Marcelo depois de ter sido violentado e de ter presenciado o estupro e a morte do irmão de 6 anos.

Quando confessou os crimes, Marcelo, um garoto pobre que viveu nas ruas e se prostituiu, disse que "preferia garotos porque eles são melhores e têm a pele macia". Evangélico e homossexual, Marcelo não sente remorso pelo que fez. Ele acredita ter feito um favor às crianças que matou. "O pastor disse que as crianças vão automaticamente para o céu quando morrem antes dos 13. Então eu sei que eu fiz um favor os enviando para o céu". Foi absolvido pela justiça por ser considerado inimputável e mandado para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo, em Niterói, sem previsão de libertação. Em todos os exames de cassação de periculosidade pelos quais passou foi atestado pelos peritos como não tendo condições mentais de ser desinternado.

3. Maníaco do Parque

Nove. Este foi o número de mulheres encontradas mortas, com sinais de espancamento e estupro, no Parque do Estado, na divisa de São Paulo com Diadema, em 1998. Elas não tinham nada em comum, a não ser o desejo escondido de se tornar modelo fotográfico. Foi com a promessa de uma sessão de fotos para um catálogo que o motoboy Francisco de Assis Pereira conseguiu atrair para o Parque 14 moças. Cinco conseguiram escapar depois de ser estupradas e ter coxas, seios e costas mordidas pelo motoboy. As nove restantes não tiveram a mesma sorte. Foram mortas por estrangulamento, com o cadarço dos sapatos ou uma cordinha que Pereira levava na pochete. O "Maníaco do Parque", como ficou conhecido, fugiu quando seu retrato falado foi divulgado pela polícia. Foi preso uma semana depois, no Rio Grande do Sul, quando um pescador reconheceu o rosto do retrato falado e denunciou sua presença à polícia local.

Ao ser preso, Pereira primeiro negou a autoria dos crimes, depois confessou que havia matado todas as nove mulheres encontradas no Parque do Estado. Foi condenado a 274 anos de prisão e jurado de morte pelos internos. Quando foi questionado sobre os motivos que o levaram a matar as mulheres, Pereira disse: "Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar" [fonte: Veja]. Pereira atribui isso ao fato de ter sido molestado por uma tia quando criança e de ter sido violentado por um patrão na adolescência.

2. Maníaco do Trianon

No dia 17 de agosto de 1987, a empregada do psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo chegou para trabalhar e encontrou um cenário de horror. Debruçado sobre uma poça de sangue, com pés e mãos amarrados e uma meia na boca, estava o médico formado pela Escola Paulista de Medicina. Quando a polícia chegou ao local, percebeu se tratar de mais uma vítima do Maníaco do Trianon, um serial killer que atuava nas imediações do Parque Tenente Siqueira Campos, conhecido ponto de prostituição masculina na região da avenida Paulista. Suas vítimas eram profissionais bem-sucedidos, que moravam sozinhos e eram homossexuais. Os crimes aterrorizaram a comunidade gay da época, já assustada com a escalada de violência contra os homossexuais por conta da disseminação do vírus da Aids.

Entre 1986 e 1989, Fortunato Botton Neto, garoto de programa que atuava no Trianon, matou 13 homens - com idades entre 30 e 60 - com requintes de crueldade. Quando foi preso, confessou os crimes com detalhes de embrulhar o estômago. Depois de combinar o preço do programa, ele seguia para o apartamento das vítimas, onde bebia com elas até que ficassem totalmente alcoolizadas. Amarrava os tornozelos e os pulsos, amordaçava e matava por estrangulamento, golpes de faca ou chave de fenda. Em alguns casos, chegou a pisotear as vítimas até que os órgãos internos saíssem pela boca, ouvidos, nariz e ânus. Terminado o serviço, ele vasculhava o apartamento da vítima à procura de dinheiro e objetos valiosos que pudessem ser vendidos facilmente sem levantar suspeitas. 

A frieza com que Neto relatou os crimes chocou os policias que trabalhavam no caso. Em de seus depoimentos, o maníaco diz: "Matar é como tomar sorvete: quando acaba o primeiro, dá vontade de tomar mais, e a coisa não para nunca". Neto foi condenado por três dos sete crimes que confessou. Morreu na prisão em fevereiro de 1997, de broncopneumonia decorrente da Aids.

1. Francisco das Chagas Rodrigues de Brito

42 meninos entre 6 e 15 anos. Este foi o número de vítimas feitas por Francisco das Chagas Rodrigues Brito entre 1989 e 2004, no Maranhão e no Pará. Brito é considerado o pior serial killer brasileiro. Matou 3 vezes mais do que o Vampiro de Niterói, até então o primeiro do ranking de assassinos seriais do país. Chagas escolhia meninos fisicamente parecidos, pobres de periferia que vendiam doces e perambulavam pelo local onde trabalhava ou morava. O modus operandi era sempre o mesmo: ele puxava conversa com a criança e a convidava para pegar frutas no mato. Quando entrava na mata fechada, matava a criança por estrangulamento, a pedradas ou com objetos cortantes. Depois as mutilava: retirava seus testículos ou órgãos genitais, decepava partes do corpo e levava com ele um souvenir: osso, roupas, um dedo, uma orelha ou outro pedaço amputado. Em alguns casos, estuprou a vítima e há suspeitas de que tenha comido partes de algumas. Seu caso ficou conhecido como "os meninos emasculados de Altamira".

Ao ser preso como suspeito pela morte de Jonatham Silva Vieira, de 15 anos, Chagas negou envolvimento no crime, mas a polícia acabou apresentando provas científicas que confirmavam o envolvimento do mecânico de bicicletas na morte do garoto. Chagas acabou confessando esta e outras 17 mortes em Altamaria a que havia sido relacionado. Depois viria a confessar um total de 42 mortes.

Especialistas ainda tentam entender os motivos que levaram Chagas a praticar os crimes. À escritora Ilana Casoy, maior especialista em serial killers do país e que colaborou na investigação do caso, Chagas disse que o motivo estava na bíblia, Isaías 14:21: "Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e possuam a terra, e encham o mundo de cidades". Apesar da motivação aparentemente religiosa dos crimes, os especialistas acreditam que a chave da psicopatia de Chagas esteja na infância: criança abandonada pelos pais que apanhava da avó severa com chicote de cipó. 

Qualquer que tenha sido o motivo real, Chagas não mostrou arrependido pelo que fez em nenhum momentos dos depoimentos ou de seu julgamento. Quando, diante do júri popular, conto o porquê de ter matado as crianças, ele disse que ouvia vozes ordenando que as matasse e que, depois, era tomado por uma "força" exterior. Em 2006, ele foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão pela morte de Jonatham e ainda aguarda julgamento pelos demais assassinatos. Fonte: pessoas.hsw.uol.com.br


Estatística da violência - Curitiba e Região Metropolitana

Assassinatos em Abril de 2011 (até o dia 13)


* Pesquisa realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná, e do Programa 190. Informações obtidas a partir de relatórios do Instituto Médico Legal e levantamento nas delegacias responsáveis pelos inquéritos. Casos de suicídio foram excluídos.
 

Total de assassinatos: 60
 

Vítimas:
Homens: 54
Mulheres: 6
-----------------

Cidades mais violentas:
Curitiba: 26
Colombo: 10
São José dos Pinhais: 7
Almirante Tamandaré: 3
-----------------

Bairros mais violentos: 
Cidade Industrial: 6
Sítio Cercado: 4
Alto Boqueirão: 2
Cajuru: 2
Tatuquara: 2                                                                        
  Fonte: crimescuritiba.com


Estatística da violência em Curitiba e Região Metropolitana

Fevereiro de 2011


* Pesquisa realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná, e do Programa 190. Informações obtidas a partir de relatórios do Instituto Médico Legal e levantamento nas delegacias responsáveis pelos inquéritos. Casos de suicídio foram excluídos.

Crimes:
Homicídio: 126
Confronto com polícia: 4
Latrocínio: 3

Total: 133
-----------------
Vítimas:
Homens: 129
Mulheres: 4
-----------------
Cidades:
Curitiba: 56
Colombo: 18
Araucária: 9
São José dos Pinhais: 9
Pinhais: 8
Piraquara: 7
Almirante Tamandaré: 5
Fazenda Rio Grande: 4
Quatro Barras: 4
Campina Grande do Sul: 3
Lapa: 3
Agudos do Sul: 2
Rio Branco do Sul: 2
Campo Largo: 1
Doutor Ulysses: 1
Itaperuçu: 1
-----------------
Bairros mais violentos: 
Uberaba: 8
Cidade Industrial: 6
Sítio Cercado: 5
Boqueirão: 4
Cajuru: 3
Ganchinho: 3
Novo Mundo: 3
-----------------
Idades:
0 a 15 anos: 3
16 a 25 anos: 52
26 a 35 anos: 40
36 a 45 anos: 26
46 anos ou mais: 10
Não apurado: 2
-----------------
Dias da semana:
Domingo: 26
2ª-feira: 12
3ª-feira: 11
4ª-feira: 13
5ª-feira: 24
6ª-feira: 22
Sábado: 25
-----------------
Causas da morte:
Ferimentos por arma de fogo: 111
Agressão Física: 13
Ferimentos por arma branca: 6
Carbonizado: 2
Não apurado: 1                                                                
       Fonte: crimescuritiba.com

Viciada em drogas é assassinada em Colombo

Mariana Gomes Bernardo, 26 anos

Mãe de um bebê recém-nascido, foi assassinada na frente de uma lanchonete na Rua José Coradin, no Jardim Ana Terra, em Colombo.

A Polícia Militar foi acionada por volta das 2h, depois que populares encontraram a jovem caída, debaixo do toldo do estabelecimento e pensaram que ela estava apenas desmaiada. Quando a polícia chegou, foi constatado que Mariane tinha ferimentos por arma de fogo na barriga.

Quinta-feira (06/01).

Pai mata rapaz que namorava sua filha

Genivaldo de Freitas Bueno, 18 anos

Revoltado com o jovem que namorava sua filha, de 13 anos, Wanderlei de Palma Pinto, 35 anos, resolveu por fim ao relacionamento de maneira brutal. No final da manhã de ontem, ele foi até a residência de Genivaldo  e o matou com três tiros no peito.

O crime aconteceu no Jardim Serrinha, em Balsa Nova. Após o assassinato, o homem foi até a rodoviária da cidade e fugiu de ônibus. Conforme foi apurado pela polícia, Genilvaldo se relacionava há quatro meses com uma das filhas de Wanderlei.

Quarta-feira (05/01).

Mulher presencia execução do namorado no Xaxim

Magno Aparecido de Lima, 27 anos

O envolvimento com o tráfico de drogas pode ter sido o motivo da morte de Magno, assassinado com vários tiros, por volta de 20h40 de quarta-feira.

O crime aconteceu num beco que tem acesso pela Rua Arthur Muller, no Xaxim, quando ele estava acompanhado da namorada. Dois homens armados chegaram no local, foram direto em Magno, efetuaram o disparos e correram até um carro escuro, que os aguardava em uma rua transversal.
Quarta-feira (05/01).

Estatísticas da violência em Curitiba e Região Metropolitana
 De 01 a 29 de Dezembro/2010

 

125 assassinatos - média de 4,3 por dia

Vítimas:

114 homens

11 mulheres

Cidades mais violentas:

Curitiba: 62
Colombo: 10
Piraquara: 10
São José dos Pinhais: 8
Almirante Tamandaré: 7
Fazenda Rio Grande: 5
Pinhais: 5

Bairros mais violentos:
Cidade Industrial: 13
Uberaba: 7
Tatuquara: 7
Sítio Cercado: 3
Xaxim: 3

Fonte: www.crimescuritiba.com

Dono de cachorro vai defender animal e morre com seis tiros

Leandro Faria Lima, 29 anos

Um crime bárbaro chocou os moradores da Vila Independência em São José dos Pinhais.  Rapaz foi morto, neste domingo (02), com seis tiros por um suspeito de vários crimes na região, conhecido como Sherk, após uma discussão envolvendo o cachorro da vítima.

Domingo (02/01).

Primeiro homicídio do ano foi no Cajuru

Vitor Fernando Biss, 24 anos

Primeiro homicídio do ano aconteceu por volta das 3h do dia 1.º, quando alguns fogos ainda eram disparados e se confundiram com os tiros que mataram Vitor. Ele foi executado com oito balaços, na Rua João Crysostomo da Rosa, Cajuru, quando comemorava a entrada do ano novo com os amigos na rua. Um adolescente que estava com ele e não teve o nome divulgado também foi ferido. Ele foi socorrido e encaminhado ao hospital sem risco de morte.

Sábado (01/01).

Esfaqueada pelo sobrinho de 13 anos

Sandra Regina Alves de Abreu, 35 anos

Foi esfaqueada pelo próprio sobrinho, que saiu de uma casa de recuperação na quarta-feira e, de acordo com ela, passou a noite consumindo drogas. O garoto de 13 anos foi apreendido pela Guarda Municipal na Colônia Rio Grande, em São José dos Pinhais. Sandra foi socorrida por uma equipe do Siate.

Sexta-feira (17/12).

Taxista é assassinado a pauladas na CIC

Mário Batista Moreira, 54 anos

A morte brutal do taxista  deve começar a ser esclarecida na manhã de hoje, quando a principal testemunha será ouvida na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). Mário foi assassinado a pauladas, por volta das 22h30 de quarta-feira, na Rua Cyro Correia Pereira, na Cidade Industrial.

Sexta-feira (17/12).

Morto com a cabeça esfacelada e parcialmente carbonizada

Vilson dos Santos Machado, 59 anos

Com a cabeça esfacelada e parcialmente carbonizada, o lavrador , foi encontrado morto, no início da manhã, no Jardim Flórida, em Campina Grande do Sul. Vilson estava caído debaixo do toldo de um mercado na Rua Lucídio Florêncio Ribeiro.

Quinta-feira de manhã (16/12).

Assassinado dentro de carro no Cidade Industrial

Cristiano Rodrigues, 24 anos

Enquanto esperava a namorada voltar com cigarros, o rapaz,  foi assassinado dentro do carro, por volta da meia-noite, na Rua Desembargador Cid Campelo esquina com a Rua Francisco Barranco, na Cidade Industrial.

Quinta-feira de manhã (16/12).

Estatísticas da violência em Curitiba e Região Metropolitana
 De dia 01 a 14 de Dezembro/2010

64 assassinatos - média de 4,5 por dia

Vítimas:

58 homens

6 mulheres

Cidades mais violentas:Curitiba: 33
São José dos Pinhais: 8
Colombo: 4
Campo Largo: 3
Fazenda Rio Grande: 3
Pinhais: 3
Piraquara: 3

Bairros mais violentos:
Cidade Industrial: 8
Tatuquara: 5
Uberaba: 5
Boa Vista: 2
Pinheirinho: 2
Xaxim: 2

Fonte: www.crimescuritiba.com











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