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Gozo
do ódio é alternativa
ao controle social
“O coração humano, tal como a civilização
moderna o modelou, está mais inclinado para o
ódio do que para a fraternidade”.
(Bertrand Russel)
A
compreensão da organização humana em grupos
sociais, de uma forma ou outra, pode ser
desenhada entre certa relação de ordem ou de
desordem ou harmonia e conflito.
Como se fosse fácil delimitar
tamanha experiência social em uma definição
precisa desses conceitos. Tal conceituação
suscita pelo menos algumas importantes
inquietações e questionamentos, como a definição
de ordem social, sob qual ponto de vista, sob
quem, sob que regime de dominação, sob que
aspecto de poder e, por aí vai.
Em um mundo mais que complexo e
heterônomo, marcado pela dinamicidade e pela
volatilidade das relações sociais, um conceito
de ordem ou desordem também são submetidos à uma
experiência de liquidez, de nebulosidade. As
fronteiras entre uma sociologia da ordem ou do
conflito se aproximam e se esvaem com tanta
rapidez que nos condenam a certa sensação de
estranhamento frente às questões cotidianas. As
certezas de um mundo de ordem, do contrato
social rosseauniano, são substituídas pela
volatilidade da incerteza. Uma incerteza que
marca até mesmo as relações do Estado (na forma
de políticas públicas de governo) e do Direito.
Mas não nos enganemos sobre a incerteza. Sua
intromissão perante o mundo do contrato, do
certo e do harmônico, não significa uma extinção
das dinâmicas de controle social. Antes,
significa sua reelaboração. Uma reelaboração que
tem nas interpretações das expressões “harmonia
social” e “sociedade fraterna” (ambas citadas no
preâmbulo constitucional brasileiro) o seu
fundamento.
A
harmonia social está assentada em uma
compreensão de sociedade pautada na organização
de poderes em um Estado capaz de, mediante a
ordem geral e a coibição e reprimenda dos atos
individuais, promover o bem estar social. Vale
lembrar que o artigo 3º da Constituição Federal
brasileira traz a promoção do “bem de todos” e
“a construção de uma sociedade solidária”, dois
dos objetivos fundamentais da nossa República.
Tal expressão é o que legitimaria as formas de
controle, criminalização e repúdio das mais
diversas formas de importunações contra essa
“ordem social”. A reprovação da violência e da
criminalidade são os exemplos mais factíveis. Ou
seja, no campo do respeito ao bem comum,
combatemos aquilo que Durkheim chamou de “anomia”,
nada mais do que a desintegração individual e
social que levaria o indivíduo (e sociedade) à
sua própria destruição.
Mas não só. Há outras
manifestações que encontram sua impossibilidade
na justificativa do discurso da “harmonia
social”: os movimentos sociais e suas ambições,
os tabus quanto ao pagamento de impostos na
crença de que sejam revertidos salutarmente à
população, a própria desobediência civil, são
atos sociais que encontram na proibição da
desordem o seu interdito. Tudo isso sob o
apaixonado discurso da fraternidade e
solidariedade (como a bem lembrada cantiga da
manutenção de que o interesse geral deve
prevalecer ao interesse individual). Em outras
palavras: coibimos aquilo que uma vez
intitulamos como desordem, pois ela pode vir a
ser uma ameaça ao nosso grupo social; criamos
mecanismos de controle para impedir (prevenir) e
coibir (reprimir) possíveis ameaças ao bem estar
social; e por último, elegemos uma política
social pautada na solidariedade e na compreensão
fraterna e amorosa como um dever-ser weberiano a
ser seguido (e cobrado) por todos. Assim, não
bastaria apenas uma suposta omissão do indivíduo
frente ao grupo a que pertence, mas também a
necessidade de que esse indivíduo promova um bem
estar pautado na paixão recíproca.
Tal discurso da “harmonia” se
transforma mediante a liquidez do amor fraterno
como condição de possibilidade das relações
sociais. Um amor herdado dos discursos
religiosos como uma racionalidade imperativa na
explicação da ordem social. Uma explicação que
permeia uma série de políticas públicas
assentadas no ideal de uma justiça social
purificada (e de programas sociais que promovem
o amor pelo próximo) ou de um Estado de Bem
Estar. Discurso simples, apaixonado e por vezes
beirando o campo da perfeição retórica, uma vez
que temos a solidariedade, o amor, o
fraternalismo, e a proliferação da paz como
palavras de ordem. Mais ou menos nos moldes das
alocuções religiosas, onde o amor é sim a
palavra e o discurso a ser desenvolvido. Tal
preleção opera-se muito bem no campo do
passionalismo, mais ainda na religiosidade
comum, uma vez que a racionalidade não é
necessária. Eu posso amar, mas o entendimento
desse amor independe de sua racionalização. Isso
é o que por muito tempo propomos e ficamos a
espera de seus resultados. Isso é o que inspirou
todo o nosso discurso social e jurídico.
Mas será que este discurso do
amor conduziu à desejada expressão da harmonia
social?
A cada dia se torna mais difícil
vislumbrar uma sociedade “melhor” pautada nessa
fala, até porque o tempo em sua espera
prescreveu. Tornou-se difícil acreditar que a
nossa sociedade tenha progredido ética e
moralmente seguindo esses preceitos. Tentamos
por muito tempo sobreviver em face de um
discurso apaixonadamente harmonioso, na crença
ilusória de que todo ser humano possui algo de
bom, e que esse algo deve ser transmitido ao
próximo. Não há mais espaço para isso! Não
funcionou, erramos. Então, de que forma
dar-se-ia um novo entender? Uma nova expectativa
de “melhoramento social” pautado em um senso
comum que possa vir a acontecer. Difícil
resposta. Ainda mais estarmos operando no
trauma do reconhecimento e no entender daquilo
que foi chamado por João José Leal de “a
sociedade desajustada em que vivemos”.
O médico psicanalista belga Jean
Pierre Lebrun propõe um novo olhar sobre o
controle social baseado na limitação e domínio
do ódio. Lebrun retoma os ensinamentos
freudianos de que o ódio seria mais originário
que o amor. E assim, desse ódio presente “em
nossa vida cotidiana, em nossas cóleras, em
nossa violência, em nossa agressividade”,
efetivado por meio da fala, poderíamos pensar em
não mais invocar o discurso da provocação do
amor, mas o do controle do ódio.
O ódio como gênero de toda uma
gama de imperfeições humanas. O ódio como gênero
das espécies, raiva, medo, desrespeito,
descontrole, ira, inveja, etc. Tudo isso
direcionado ao outro, pois no mesmo entendimento
“o ódio emerge cada vez que não reconhecemos que
o outro é somente outro com nós”.
Lebrun afirma que devemos antes de tudo
introduzir a diferença do ódio e daquilo que se
chama gozo do ódio. Esse último endereçado numa
instância final resultante em “assassinato e
violência”, uma vez que a necessidade de
renunciá-lo falhou. Assim, “de tudo isso, posso
entender porque meu ódio é inextinguível, que
não há nenhuma razão para pensar que eu possa me
desembaraçar dele, fazê-lo desaparecer, dado que
ele é um processo inerente à condição humana;
mas o que, em contrapartida, deve bem se limpar
com esponja, ou mesmo drenar-se, é o gozo do
ódio. O gozo do ódio é precisamente o fato de
deixar o ódio realizar-se, cumprir-se como se
esquecêssemos que ele é apenas a resposta ao
fato de que não colocamos mais a mão sobre o que
a língua já nos subtraiu”.
Talvez seja essa uma nova
possibilidade. Uma releitura social não mais
pautada na exegese religiosa que por muitas
vezes esbarrou no racionalismo. Não há mais como
exigir do outro para que este promova um habitus
pautado no amor e na solidariedade, mas na
obrigação de conter-se mediante uma futura
reprimenda. Ou seja, para que o indivíduo venha
a conter o seu ódio, suas frustrações e seu
vazio. Segundo Lebrun, é necessário então o
controle do “gozo do ódio”.
Tanto quanto o amor, o ódio também é intrínseco
ao ser humano. Fundamentado no egoísmo
originário, em que todos os atos humanos surgem,
pelo menos de uma significativa parte, de um
egoísmo. Não há nenhum ato que não possa ser
constituído mediante uma satisfação pessoal,
mesmo os mais solidários. Isso não significa que
a solidariedade, o bem fazer ao próximo, se
extinguiram nas relações humanas, mas a
honestidade de reconsiderar o lugar da
satisfação pessoal pelos atos praticados. Um
lugar as vezes pequeno, mas tão intenso que pode
exteriorizar-se de forma violenta ou criminosa
mediante a falta de contenção da explicitação do
gozo do ódio.
O discurso do ódio encontra o
campo propício de atuação em espaços sociais
desencontrados, questionados e confusos. Em que
as dicotomias daquilo que conceituamos como
certo ou errado, justo ou injusto, bom ou mal,
ordem ou desordem, se confundem pela
dinamicidade das representações sociais que
fazemos no dia a dia. Um lugar onde tudo é
mutável, onde aquilo que é velho, bem como seus
significados, perde-se no tempo. Não há mais
espaço para o antigo, para o durável. As coisas,
e as (velhas) idéias tornaram-se descartáveis,
assim como as relações humanas. É esse o
conceito de liquidez de Zygmunt Bauman, ou seja,
a necessidade de se adequar à fluidez da vida
moderna, sob a penitência de poder vir a se
tornar algo dispensável.
Se pensarmos no campo das
instituições sociais, principalmente as públicas
que exercem alguma forma de controle, tal
fundamento não é exceção. Pois nós
(homens-estado) somos constantemente forçados ou
convidados a abandonar o velho para abraçar
irrefletidamente o novo. Ou seja, descartamos o
discurso original que legitima a existência
dessas instituições, e com ele não mais nos
envergonhamos em adotar novas categorias de
atuação. Vejam por exemplo a energia despendida
nas instituições que procuram promover (pelo
menos oficialmente) a pacificação social. Falo
então de todos os órgãos que compõem o sistema
penal. A interferência política, a perpetuação
de poder dos grupos minoritários através da
impunidade, o litígio pela destinação de
recursos públicos, a ferocidade da busca do
totalitarismo das atribuições, o duelo pela
publicização de seus atos através da mídia como
forma de reconhecimento social, e até a vaidade
de seus uniformes e símbolos passaram a ser o
único objetivo da existência dessas
instituições.
Os aparelhos de justiça social, e
consequentemente seus órgãos, há muito tempo
abandonaram os legítimos interesses sociais
objetivados à paz social, ao controle da
criminalidade e ao mais caloroso discurso
lúdico: “a realização da Justiça”, tudo foi para
a mais longínqua terra do esquecimento.
Promessas não cumpridas. Então, resta
perguntarmos: - Haveria nesse discurso ainda
algum espaço para o amor? Para a solidariedade
como forma de organização social? Achamos que
não! Ingenuidade demais. Talvez daí, Lebrun
tenha razão, ao elencar que na eterna aversão do
amor e do ódio, seja esse gozo do ódio uma
alternativa um pouco mais sincera de repensar o
controle social.
Bibliografia:
BAUMAN,
Zygmund. Amor Líquido. Sobre a Fragilidade dos
laços humanos. Tradução Carlos Alberto Medeiros.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2004.
BAUMAN,
Zygmund. Vida Líquida. Tradução Carlos Alberto
Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2007.
DURKHEIM,
Émile. O suicídio. Livro II. São Paulo, Martin
Claret, 2008.
LEAL, João José. Penitenciarismo
brasileiro, sombra sinistra da sociedade
desajustada em que vivemos. Revista dos
Tribunais. São Paulo: RT. Ano 83, agosto 1994,
vol. 706, p. 437.
LEBRUN, Jean-Pierre. O futuro do
ódio / Jean-Pierre Lebrun; organizador Mario
Fleig; tradução João Fernando Chapadeiro Corrêa.
Porto Alegre: CMC. 2008.
ROUSSEAU, Jean-Jacques.
O
contrato social.
São Paulo: Cultrix, 1993.
Sobre o debate entre positivismo sociológico e
marxismo
LEBRUN, Jean-Pierre. O futuro do ódio. p. 22
IDEM. p. 32.
Rodrigo Bueno Gusso
Delegado
de Policia Civil de Santa Catarina; especialista em
Segurança Pública (PUC-RS); mestre em Direito (UNIVALI-SC);
e doutorando em Sociologia (UFPR).
Revista
Consultor Jurídico, 13 de agosto de 2011
Estatística da violência - Curitiba e Região
Metropolitana
Assassinatos em 2011 (até o dia 01
de agosto)
* Pesquisa
realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos
jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná,
e do Programa 190.
Total de assassinatos :
1.000 (média de 4,7 por dia)
Vítimas:
Homens: 926
Mulheres: 74
-----------------
10
cidades mais violentas
Curitiba: 459
Colombo:
102
São José dos Pinhais:
92
Almirante Tamandaré:
73
Piraquara: 50
Pinhais: 42
Araucária: 42
Fazenda Rio Grande:
34
Campina Grande do Sul:
18
Campo Largo: 14
-----------------
10
bairros mais violentos
Cidade Industrial:
75
Cajuru: 38
Uberaba: 36
Sítio Cercado: 33
Tatuquara: 25
Alto Boqueirão: 18
Novo Mundo: 18
Boqueirão: 16
Campo de Santana:
16
Xaxim: 15
Fonte:
crimescuritiba.com
Genética e o crime
Cuidadosamente, criminólogos voltam a estudar até
que ponto características que induzem à
criminalidade podem ser transmitidas de pai para
filho
Nova
York - O uso da biologia para explicar o
comportamento de criminosos tem sido rejeitado por
criminólogos que preferem ignorar a genética e se
concentrar em causas sociais: miséria, vícios
corrosivos, armas. Agora que o genoma humano foi
sequenciado e cientistas estão estudando a genética
de áreas tão variadas como alcoolismo e afiliação
política, os criminólogos estão cuidadosamente
retornando ao assunto. Um pequeno quadro de
especialistas está explorando como os genes podem
aumentar o risco de se cometer um crime e se tal
traço pode ser herdado.
“Durante os
últimos 30 ou 40 anos, a maioria dos criminólogos
não podia dizer a palavra ‘genética’ sem cuspir”,
diz Terrie E. Moffit, cientista comportamental da
Universidade de Duke. “Hoje as teorias modernas mais
convincentes sobre crime e violência envolvem ambos
os temas sociais e biológicos”.
John H. Laub,
diretor de um instituto de criminologia, que ganhou
o Prêmio Estocolmo de Criminologia esse mês, se
esforça para enfatizar que os genes são governados
pelo ambiente, que pode ou amenizar ou agravar
impulsos violentos. Muitas pessoas com a mesma
tendência à agressão jamais darão um soco em alguém,
enquanto outros sem ele podem ter uma carreira no
crime.
O assunto
ainda levanta questões éticas e políticas sensíveis.
Será que uma predisposição genética deveria
influenciar os vereditos? Será que testes genéticos
poderiam ser usados para adaptar os programas de
reabilitação a criminosos individuais? Será que
adultos e crianças com um marcador biológico para
violência deveriam ser identificados?
Todo mundo na
área concorda que não existe um “gene do crime”. O
que a maioria dos pesquisadores está procurando são
traços herdados relacionados a agressão e
comportamentos antissociais, que podem, por sua vez,
levar ao crime violento. Não espere que alguém vá
descobrir como o DNA de alguém pode identificar o
próximo Bernard L. Madoff [um dos maiores
fraudadores da história dos EUA].
Um gene que
foi ligado à violência regula a produção da
monoamina oxidase Aenzima, que controla a quantidade
de serotonina no cérebro. Pessoas com uma versão do
gene que produz menos dessa enzima tendem a ser
significativamente mais impulsivas e agressivas,
mas, como Moffitt e seu colega Avshalom Caspi
descobriram, o efeito do gene é ativado por
experiências estressantes.
Steven Pinker,
professor de psicologia de Harvard cujo próximo
livro, “The Better Angels of Our Nature” [“Os
melhores anjos de nossa natureza”, em tradução
livre] defende que seres humanos se tornaram menos
violentos ao longo dos milênios, sugere que o melhor
modo de se pensar sobre genética e crime é começar
pela natureza humana e então observar o que causa a
ativação ou não de um traço em particular.
Ele mencionou
um dos maiores fatores de risco que levam ao crime:
permanecer solteiro em vez de casar-se, uma ligação
descoberta por Laub e Robert J. Sampson, um
sociólogo de Harvard que foi covencedor do Prêmio
Estocolmo. O casamento pode servir como uma chave
que redireciona as energias masculinas para serem
investidas numa família em vez de em competição com
outros homens, Pinker afirmou.
Novas
pesquisas tem se focado no autocontrole, além da
frieza e falta de empatia, traços regularmente
envolvidos na decisão de se cometer um crime. Como
com outros traços de personalidade, crê-se que eles
tenham componentes ambientais e genéticos, embora o
grau de herdabilidade seja discutível.
Entre os
achados de um estudo a longo prazo com 1.000 bebês,
em 1972, numa cidade da Nova Zelândia, Moffit e seus
colegas recentemente relataram que quanto menor o
autocontrole exibido aos 3 anos de idade, maior a
probabilidade de que ele ou ela cometa um crime mais
de 30 anos depois. Entre as crianças, 43% das que
obtiveram uma avaliação abaixo de 20% em
autocontrole foram mais tarde condenadas por algum
crime. Já entre as que tiveram avaliações mais
altas, o índice ficou em 13%.
Mas uma
predisposição não é predestinação. “Saber que algo é
herdado de modo algum nos diz qualquer coisa sobre
se isso pode melhorar mudando ou não o ambiente,”
diz Moffit. “Por exemplo, o auto-controle é muito
parecido com a altura, variando amplamente ao longo
da população humana e sendo altamente herdável, mas
se uma intervenção eficaz como uma melhor
alimentação for aplicada a toda a população, então
todo mundo se torna mais alto que a geração
anterior”, explica o pesquisador.
Sampson
insiste que as questões mais interessantes sobre
crime, sobre o porquê de algumas comunidades terem
uma criminalidade maior que outras, não são nem um
pouco rastreáveis pela genética. “Quanto mais
sofisticada a pesquisa genética, mais ela apontará
para a importância do contexto social”.
Tradução:
Adriano Scandolara.
Fonte:
gazetadopovo.com.br
Procuradoria pede
punição a suspeitos de tortura na ditadura
O
Ministério Público Federal em São Paulo recorreu de
decisão da juíza Diana Brunstein, da 7ª Vara Federal
Cível, que impedia o afastamento imediato e a perda
dos cargos ou das aposentadorias de três delegados
da polícia civil paulista que teriam participado
diretamente de atos de tortura e outros crimes
durante o regime militar (de 1964 até 1985).
O pedido
baseia-se em decisão da Corte Interamericana de
Direitos Humanos de novembro de 2010 que condena a
omissão do Estado em relação às violações aos
direitos humanos perpetradas durante a ditadura. A
ação civil contra os delegados foi proposta em
agosto de 2010 e a decisão da juíza foi dada em
março deste ano.
A Procuradoria
alega que, em sua sentença a juíza baseou-se na
validade da Lei de Anistia e considerou que, no
momento da sua sentença, a Corte ainda não havia se
pronunciado sobre o tema. Os procuradores, no
entanto, afirmam não ser verdade e pedem que
prevaleça a determinação do órgão internacional.
Para a juíza,
não cabe à Justiça Federal de primeira instância
discutir questões de direito internacional. "As
decisões proferidas pela Corte Internacional de
Direitos Humanos sujeitam-se às regras firmadas em
tratado internacional, competindo aos Estados
signatários as providências convencionais de seu
cumprimento, operando-se aí mecanismos de Direito
Internacional. Este Juízo lastreou sua decisão na
forma da fundamentação e alicerçando-se no direito
interno e na Constituição Federal Brasileira, não
lhe competindo dirimir conflitos entre Tratado
Internacional e o Direito Interno", escreveu.
Para a
procuradora da República Eugênia Augusta Gonzaga,
autora da apelação, os órgãos integrantes do sistema
de Justiça brasileiro não podem recusar a sentença
condenatória da Corte Interamericana sob a alegação
de prevalência do direito constitucional interno.
"Pois é este mesmo direito constitucional que
vinculou o Estado à autoridade do tribunal
internacional. A não responsabilização das graves
violações ocorridas no Brasil impede a conclusão da
transição à democracia e a consolidação do Estado de
Direito. Certamente, dar um basta a essa intolerável
inércia é de interesse de toda a coletividade",
aponta a procuradora.
CASO
A ação pede a
responsabilização pessoal dos delegados aposentados,
Aparecido Laertes Calandra e David dos Santos
Araújo, e do delegado da ativa Dirceu Gravina, além
da condenação à reparação por danos morais coletivos
e restituição das indenizações pagas pela União.
Segundo o
Ministério Pùblico, os oficiais, que utilizavam
codinomes de capitão Ubirajara, capitão Lisboa e JC,
respectivamente, no DOI-Codi (Destacamento de
Operações de Informação dos Centros de Operações de
Defesa Interna), foram reconhecidos por diversas
vítimas ou familiares em imagens de reportagens
veiculadas em jornais, revistas e na televisão.
Fonte:
Folha.com
Algemas não me seguram,
diz preso que foi recapturado em SP
Recapturado
na manhã deste sábado, em Poá (Grande SP), Cristiano
Manoel Moraes, 22, suspeito de assaltar motoristas
nos semáforos da região da avenida Paulista, que
fugiu de dentro do 36º DP (Paraíso) na quinta-feira
(30), disse que conseguiu abrir as algemas com um
clips e que algemas não o seguram, segundo informou
a polícia.
O delegado
Márcio de Castro Nilson, titular do 36º DP, destacou
a atuação dos agentes Luciano Volk e André Makoto,
que desde a quinta-feira estavam sem dormir,
investigando o paradeiro do suspeito. Ele foi
recapturado em uma favela, na rua João José de
Souza, no Jardim São José, em Poá.
A captura,
segundo o delegado, foi fruto de um trabalho
exclusivamente de investigação. "Toda a delegacia
estava mobilizada para recapturá-lo. Inclusive, a
mesma equipe que estava incumbida da escolta da
guarda quando ele fugiu foi quem conseguiu
prendê-lo", revela. Segundo o delegado o suspeito
havia fornecido vários endereços falsos. "Nós
começamos a fazer investigações em familiares dele,
que também são criminosos. Começamos a checar os
endereços dos comparsas e os policiais conseguiram
localizá-lo na casa de um cunhado, que também foi
atuado por favorecimento pessoal".
Mesmo com a
recaptura, os agentes ainda serão investigados pela
corregedoria, pela conduta de terem deixado o
suspeito sozinho na sala, o que facilitou sua fuga.
Moraes estava sozinho no interior de uma sala. Uma
das algemas foi retirada por um policial para que o
preso pudesse comer. A outra algema foi retirada
pelo próprio preso, que fugiu pela janela, no
momento em que um policial que o acompanhava saiu da
sala para buscar água.
O delegado
destaca que não houve má fé dos policiais e sim um
descuido. "O que aconteceu foi uma fatalidade. É
explicável, mas injustificável, houve um descuido.
Foi uma fatalidade. Vou relatar para a corregedoria
a lisura dos policiais, mas o resultado vai depender
da apuração, tanto administrativa quanto criminal.
Espero poder demonstrar que não houve facilitação de
fuga".
Com a
recaptura, os trabalhos de reconhecimento do
suspeito reiniciam. Pelo menos cinco vítimas já o
haviam identificado. A polícia acredita que ainda
tenham outras vítimas. Segundo o delegado, o
suspeito agia principalmente no entorno da rua
Bernardino de Campos com a estação Paraíso.
Após os
policiais encerrarem os trabalhos de reconhecimento,
o suspeito será encaminhado à carceragem do 77º DP
(Santa Cecília).
CRIMES
O rapaz foi
preso na última terça-feira (28), na rua Bernardino
de Campos, após ser abordado por policiais do Deic
(Departamento de Investigações sobre Crime
Organizado) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a
Roubos e Assaltos).
Um médico
passava pelo local e reconheceu o jovem como autor
de um roubo cometido em 19 de junho de 2007. Segundo
a polícia, ele estava com uma arma de brinquedo.
À época do
crime contra a família do médico, Moraes teve a
companhia de Edson Alves Santana, que foi preso na
ocasião. Segundo Nilson, Santana está no CDP (Centro
de Detenção Provisória) de Mauá.
Em 2009,
Moraes já havia sido preso por um roubo na avenida
Indianópolis. Ele recebeu a condicional em abril
deste ano. À polícia, Morais negou os crimes e disse
que achou a arma de brinquedo na rua.
Fonte:
Folha.com
Estatística da
violência - Curitiba e Região Metropolitana
Assassinatos em Junho/11 (até o dia 12)
* Pesquisa realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho,
dos jornais Tribuna do Paraná e
O Estado do Paraná, e do Programa 190. Informações
obtidas a partir de relatórios
do Instituto Médico Legal e levantamento nas delegacias
responsáveis
pelos inquéritos. Casos de suicídio foram excluídos.
Assassinatos:
50
-----------------
Vítimas:
Homens: 43
Mulheres: 7
-----------------
Cidades:
Curitiba: 31
São José dos Pinhais:
7
Colombo: 4
Almirante Tamandaré: 3
Araucária: 2
Itaperuçu: 2
-----------------
Bairros mais
violentos:
Cidade Industrial: 5
Novo Mundo: 3
Uberaba: 3
Tatuquara: 3
Cajuru: 2
Fonte:
crimescuritiba.com
Como identificar e se proteger
de psicopatas
O
Caso Mariana Gonçalves
Como
saber se o perigo mora ao lado? No Mais Você desta segunda,
14, Ana Maria Braga recebeu a psiquiatra Ana Beatriz
Barbosa, autora do livro Mentes Perigosas, para analisar o
caso da jovem Mariana Gonçalves de Souza, assassinada pelo
pedreiro Luiz Carlos Oliveira na segunda-feira de carnaval,
7 de março, no Rio de Janeiro.
Mariana, 21 anos,
tinha ido à escola receber a mensalidade atrasada de uma
aluna. Segundo uma testemunha, Luiz Carlos, que prestava
serviços à família da jovem, teria entrado na escola pouco
antes dela ter sido encontrada morta. A mãe, que estranhou a
demora da filha, foi quem encontrou o corpo com marcas de
espancamento e um corte profundo na garganta.
Mais tarde, o pedreiro se entregou à polícia e confessou o
crime. “Ele acabou com o sonho da minha família. Meus
pais estão em estado de choque”, desabafou Fernanda
Gonçalves. A irmã da vítima disse que Mariana nunca deu
atenção fora do normal ao assassino. “Ele era uma pessoa
que prestava serviços a todos ali”, disse.
Para a tia de Mariana, foi tudo premeditado. “Ele olhou
pra ela porque ela era bonita e começou a premeditar para
pegar a minha fadinha, o meu anjo”, disse Sueli. Ana
Beatriz Barbosa também acredita que ele esperou oportunidade
para agir. “Ele tem perfil de maníaco sexual. Não sei se
você reparou, mas na casa dele tem roupas femininas. E
sempre comentava, observava... Ele esperou uma oportunidade
para agir, como com uma presa. Tem mecanismo predatório de
animal”, analisou a psiquiatra.
CRIME
PASSIONAL?
Ana Beatriz Barbosa
explica a diferença entre os crimes passionais clássicos dos
crimes cometidos por psicopatas. “Passional não é matar
por amor. Quem ama, não mata”, disse. “Passional
envolve emoções e o psicopata é desprovido de emoções. Ele
finge a emoção, ele sabe falar a emoção, mas ele não a
sente. O que ele diz que é emoção, ele não demonstra em atos”,
explica.
Aparentemente um cara
inofensivo? Ou alguém que dava pistas da insanidade? Segundo
Ana Beatriz, antes de ser uma doença, a psicopatia é uma
maneira de ser e de raciocinar e, por isso, não tem cura. “É
um transtorno de personalidade”, disse a expert. A
psiquiatra explicou que psicopatas têm uma mente racional e
que busca sempre o prazer, a diversão, o poder e o status. “O
prazer está com o poder de subjugar o outro”.
CASO ELOÁ
Em outubro de 2008, o
país inteiro acompanhou as cem horas em que Eloá Pimentel,
de apenas 15 anos, foi mantida refém pelo ex-namorado. O fim
foi trágico. Inconformado com o término do relacionamento,
Lindemberg Alves matou a jovem. Nayara Silva, amiga de Eloá,
também estava no local e presenciou os momentos que chocaram
o país. Ana Beatriz garante que o assassino se trata de um
psicopata perigoso. “Foi capaz de manipular a polícia por
cem horas dando uma de Romeu apaixonado. Ele dá a palavra
que a menina iria sair, e não cumpre”.
Para ela, Lindemberg foi tratado como se fosse um caso de
Romeu e Julieta.
“Ele saiu de lá numa altivez, raiva, arrogância de quem
não cumpriu sua meta de matar. Ele não teve reação de quem
perdeu seu amor”, analisou.
COMO IDENTIFICAR PSICOPATAS E SE PROTEGER
A maioria dos psicopatas entra na vida das pessoas querendo
algo, como verdadeiros parasitas, vampiros. Para fazer isso,
se utilizam da confiança. “No início, vão demonstrando
gentilezas, atitudes bajuladoras, dizem tudo o que você quer
ouvir. Mas o que estas pessoas estão tramando é uma teia de
confiança falsa para depois atacarem. Sempre deixam um
rastro de destruição”, disse Ana Beatriz.
A psiquiatra alerta para alguns comportamentos. “Ninguém
surge na nossa vida sem um passado. A dica é sempre observar
e desconfiar de pessoas muito gentis, que mandam muitos
presentes e rapidamente se tornam muito amigas. Pode ser
qualquer pessoa, homens e mulheres. São pessoas que se
colocam na sua vida quase como se você dependesse delas”,
disse.
Para Ana Beatriz, é importante vasculhar o passado destas
pessoas. “Você vai descobrir histórias. E não podemos
procurar justificá-las porque eles nos pegam no que é mais
sagrado, que é o sentimento de compaixão. Não podemos abrir
a guarda achando que pobres coitados são pessoas boas”.
E ressalta que verificar de quem se trata, antes de abrir a
porta da sua casa, é um direito. “É preciso se proteger
com conhecimento, sem vergonha ou constrangimento de
perguntar”.
Fonte: maisvoce.globo.com
Seis policiais presos por forjar provas no caso "Morro do
Boi"
Quatro
policiais militares, um delegado e um policial civil foram
presos durante uma operação que terminou na manhã desta
quinta-feira (16), acusados de forjar provas para tentar
inocentar Juarez Ferreira Pinto, condenado a mais de 65 anos
de prisão pelo crime do Morro do Boi.
A Operação Posseidon foi uma ação conjunta da Corregedoria
da Polícia Militar e Civil e do Ministério Público, através
do Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), e teve início assim que a Delegacia de Matinhos
apresentou Paulo Delci Unfried, 32 anos, como o suspeito com
maior probabilidade de ter cometido o assassinato do que
Juarez.
"Eles tentaram fazer alguém assumir o crime, querendo fazer
crer que a prisão do Juarez era um erro da Polícia Civil e
da Justiça. Eles então engendraram este plano. Encontraram o
Paulo, imputaram a ele uma série de roubos e fizeram
aparecer com ele a arma que foi efetivamente usada no
crime", explica Leonir Batisti, procurador de Justiça e
coordenador estadual do Gaeco.
De acordo com Batisti, a arma que Juarez utilizou no crime
foi alugada de um traficante e devolvida após o incidente.
Ela foi recuperada e apresentada pelos policiais militares
como sendo de Paulo, que foi torturado para confessar
envolvimento no caso. "Os policiais o induziram a se
suicidar e criaram condições para isso, a pretexto de que
ele estava arruinado. Eles teriam dito que iriam até
prejudicar o filho dele", relata o procurador.
Prisões
O Gaeco ainda conseguiu na Justiça a quebra do sigilo
telefônico de Paulo e descobriu que ele não estava nos
locais onde aconteceram roubos dos quais ele foi acusado. As
testemunhas que reconheceram Paulo como autor dos delitos
prestaram depoimento novamente e informaram que foram
induzidas a apontá-lo como assaltante.
Por este motivo, foi preso em Curitiba o delegado de
Matinhos, José Tadeu Inocêncio Bello, acusado de fraude
processual. Também na capital paranaense foi preso o irmão
de Juarez, Altair Ferreira Pinto, o "Taíco", apontado nas
investigações como mentor do plano para acusação de Paulo e,
consequentemente, a libertação de Juarez.
No litoral, foram detidos os policiais militares do 9º
Batalhão Edison Pereira, Edmildo da Silva Mesquita, Paulo
Roberto da Graça e Rodrigo Alves Barbosa, que participaram
da prisão de Paulo. Permanece foragido o colega deles,
Renato Pereira da Silva. Todos são investigados por formação
de quadrilha, tortura e denunciação caluniosa. As prisões
são temporárias, com duração prevista de cinco a 30 dias.
Foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão em busca
de mais provas, que assim como os mandados de prisão, foram
expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Matinhos.
As acusações feitas contra Paulo não foram acatadas pelo
Ministério Público e ele está em liberdade. Juarez foi
condenado a 65 anos e cinco meses e permanece preso.
Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp)
informou que “o inquérito finalizado pelo Ministério Público
será remetido às corregedorias de cada órgão, para que os
procedimentos administrativos ou penais sejam tomados".
Segundo a Sesp, "Todos os crimes cometidos por policiais, em
claro desvio de conduta, são rigorosamente apurados e os
responsáveis punidos dentro dos limites que a lei
estabelece”.
Morte
O crime aconteceu em 23 de janeiro de 2009, quando o
estudante Osíris del Corso, 22 anos, e a namorada dele,
Monik Pegoraro, 23, estavam na trilha do Morro do Boi, em
Matinhos.
O casal foi abordado por um suspeito, que levou R$ 90 de
Osíris e pediu para que Monik tirasse a roupa. O namorado
interveio, foi baleado e morreu na hora. Monik também foi
baleada e permaneceu 18 horas esperando por socorro. Nesse
período, segundo ela, o suspeito retornou e abusou
sexualmente dela.
Foi feito um retrato falado assim que ela se recuperou e
semanas depois Juarez foi preso e reconhecido por Monik.
Quatro meses após a prisão de Juarez, Paulo foi preso. O
traficante que forneceu a arma para o homicídio foi preso em
2010.
O julgamento referente ao caso aconteceu em fevereiro do ano
passado. Juarez foi condenado a 65 anos e cinco meses de
prisão pelo latrocínio de Osíris e por tentativa de
latrocínio e atentado violento ao pudor, cometidos contra
Monik. O recurso da defesa de Juarez está marcado para o
próximo mês.
Fonte:
oestadodoparana.com.br
De olho no futuro
Toda
mudança é salutar e, dependendo da velocidade em que ela
vem assusta, porque traz novidades boas para alguns, ruins
para outros, principalmente aos acostumados à rotina. É como
o despertar de um vulcão que entra em erupção e pega muita
gente desprevenida. Assim começou o ano, com a troca ou
recondução de governantes no comando do País e dos Estados
brasileiros. Cada um montando suas estratégias e alianças
políticas utilizando-se do jogo-de-cintura e muita
diplomacia para acomodar os apaniguados em cargos de
confiança. Estes, com raras exceções, se achegam, nem sempre
com ânsia de mostrar serviço, mas com uma fome devoradora
de poder, o grande mal da humanidade, que às vezes sobe à
cabeça num piscar de olhos e faz com que as pessoas
transformem a sua personalidade (ou mostram quem realmente
são) e passem por cima de virtudes como respeito, dignidade
e outros valores em relação aos seus semelhantes, para
mostrar que “podem”, até mesmo quando assumem uma “
chefia de latrina”.
Na expectativa de um
novo paradigma, o povo do Paraná foi contemplado com a posse
de Beto Richa, como governador, considerado um dos melhores
prefeitos do Brasil, conforme índice de aprovação
divulgado pela mídia, de quase 80% durante o período em que
ficou à frente da Prefeitura de Curitiba e, eleito no
primeiro turno nas eleições de 2010, com mais de 70% dos
votos. Pela sua maneira de agir, conforme demonstrou no seu
discurso de posse, na indicação dos seus assessores diretos
e também em outras solenidades, sempre reafirma
taxativamente sobre o seu plano de governo, o qual já
colocou em prática, que haverá muitas inovações e que irá
impor uma fórmula dinâmica para o desenvolvimento do Estado
do Paraná. Tem dado a entender que pretende estabelecer uma
administração bastante avançada e comprometida com a
eficiência, com a moralidade e com a honestidade. Enfatiza
sempre que na sua gestão as secretarias de Estado deverão
atuar de forma integrada, em sintonia com o plano de ações
governamentais.
No período de campanha
o atual governador teve a oportunidade de verificar “in
loco” que o Paraná possui uma área territorial bastante
extensa e que carece de atenção em todos os setores. Muitos
municípios localizados no chamado “cinturão da pobreza” que
apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo
estão abandonados pela falta de oportunidades dos seus
habitantes, que migram para outros mais próximos da capital
ou se aglomeram na periferia das cidades de maior porte, sem
qualquer tipo de esperança. Essas áreas vêm sofrendo há
muito tempo pela falta de industrialização, investimento na
agricultura, na cultura, na educação e demais setores.
Alguns dos municípios do Norte Pioneiro, principalmente,
sobrevivem do plantio da cana-de-açúcar, monopolizado pelas
grandes usinas, que aos poucos estão se modernizando e
mandando embora os trabalhadores, a maioria sem capacitação
ou qualificação e que, por este motivo, quando despedidos,
encontram consolo nos bares das cidades onde afogam suas
mágoas. Pra completar, quando não caem bêbados nas
calçadas, voltam para suas casas e espancam esposa e
filhos. Os trabalhadores mais novos, analfabetos ou
semi-analfabetos, sem profissão e melhores oportunidades de
emprego caem no vício ou no tráfico de drogas. Quem visitar
esses locais poderá, tranqüilamente, constatar essa
realidade e verificar que, principalmente nesses, e nas
demais regiões do Estado os índices de criminalidade
aumentam assustadoramente. Sobre este aspecto, certamente o
novo governo já vislumbrou que terá muito trabalho pela
frente.
Segurança, o grande
desafio
Dentre os maiores
anseios da população paranaense, a segurança pública está
sendo o carro-chefe das ações do governo nesta gestão, a
qual colocou como prioridade. O dia a dia mostra que a
violência e a criminalidade aumentam em todos os lugares,
tanto nas pequenas quanto nas grandes cidades. Estatísticas
apontam que a maior parte dos assassinatos e de outros
crimes violentos é causada pelo tráfico e uso de drogas como
a cocaína, o crack e álcool e envolvem jovens e
adolescentes na faixa etária entre 14 e 24 anos. Os grandes
roubos, perpetrados por quadrilhas especializadas, têm no
contrabando de armas através da fronteira com outros países,
o seu principal meio de articulação. Para combater esses
tipos de crimes somente ações integradas com outros órgãos e
também com a sociedade civil, pois hoje a segurança pública
é matéria interdisciplinar e inclui investimentos e
participação na cultura, educação entre outras áreas. Esse
inter-relacionamento é intrínseco, pois as ações conjuntas
com outros órgãos e o trabalho de informação são muito
importantes, tendo em vista a diversidade de crimes, e a
ação policial é essencial para a prevenção e elucidação.
Acrescente-se, que os
órgãos de segurança estadual não podem trabalhar
“engessados” pelos problemas que há tempos obstaculizam o
combate à criminalidade e a violência em todo o País. No
Paraná não é diferente. A nova equipe de governo tem pela
frente a falta de condições materiais, humanas e
financeiras, a resolução de problemas dos técnicos da
segurança, no caso da Polícia Civil, relegados à função de
guarda de presos condenados, em cadeias públicas
superlotadas. Falta também a motivação e salários
compatíveis para a valorização dos seus trabalhos e
programas que viabilizem uma vida digna.
Corrobora ainda esta
situação a necessidade de reforma e construção de
delegacias, muitas com mais de um centenário e a reposição e
ampliação dos quadros de pessoal das polícias, há muito
tempo sem reposição necessária e proporcional ao aumento da
população.
Enfim, muitos
obstáculos estão à guiza de ações de grande impacto e a
população paranaense, conforme demonstrado no resultado das
urnas acredita na capacidade e ousadia do atual governador,
que indicou para o comando das principais instituições de
segurança do Estado técnicos conhecedores da área e com
dinamismo: dois delegados de polícia, um da Polícia Federal
como secretário de Segurança, um da Polícia Civil, como
diretor do Departamento da Polícia Civil e, logicamente, um
coronel da Polícia Militar como comandante dessa
instituição. Conforme afirmou na posse do Delegado Geral da
Polícia Civil na Escola Superior de Polícia CIvil: “Tivemos
especial cuidado na escolha de nomes, que estão entre os
melhores quadros da Polícia, e com eles estamos prontos e
preparados para dar as respostas que o povo deste Estado
aguarda por muito tempo”.
Cada gestão tem a
suas dificuldades e que podem e devem ser superadas com bom
senso, determinação e paciência. Os problemas do Paraná são
muitos e os cidadãos paranaenses sabem disso e por isso
acreditam nas virtudes do governador e na competência da
equipe de trabalho escolhida para assessorá-lo.
João Carlos da
Costa
Bel. em Direito (aprovado na OAB), Bel. Químico,
Professor e Escrivão de Polícia.
Presa
quadrilha que preparava resgate de presos do PCC em Maringá
Policiais
de Maringá e Sarandi, no norte do Paraná, prenderam hoje dez
pessoas que integram uma quadrilha que estaria planejando
invadir a Cadeia Pública de Maringá para resgatar, segundo a
polícia, presos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles
são conhecidos na região por assaltarem propriedades rurais
e ônibus de sacoleiros. Também foram apreendidos veículos,
armas, celulares, munição e droga.
Segundo o delegado de
Maringá, Antônio Brandão Neto, a quadrilha começou a ser
investigada há um mês, quando outros nove integrantes foram
presos depois de cometerem alguns assaltos. Entre os
proprietários rurais que foram vítimas está o prefeito de
Nova Olímpia e presidente da Associação dos Municípios do
Paraná, Luiz Sorvos.
A quadrilha foi flagrada
em um condomínio fechado de chácaras, às margens do Rio
Ivaí, em Ivatuba, próximo a Maringá. "Estavam todos
dormindo", disse o delegado. Segundo ele, fazem parte da
quadrilha pessoas do Paraná e de São Paulo. "Eles agiam
nesta região do Estado, mas alguns integrantes desta
quadrilha eram de São Paulo e faziam parte do PCC",
acrescentou.
Foram presos: Orlandino
César Moreira, Edson Povoa Soares, Alaudair Marques de
Miranda, Juliano Garcia Miranda, Mauro Arruda, Airton
Francisco Cordeiro, Jocelene Aparecida de Oliveira,
Claudicéia da Silva Tavares, Daiane Oliveira Martins e
Andréia Barreto Costa.
Fonte: Paraná-online
Um drible na morte
A história é dramática. Tem ingredientes como
amor e ódio, confiança e mentiras, traição e violência. A
protagonista é uma “gata borralheira” que pretendia virar
princesa, mas por ganância e loucura acabou como criminosa.
O príncipe não tinha nada de encantado. Era um homem comum,
bastante tímido por conta de seu peso excessivo. As
diferenças entre eles eram muitas, inclusive de idade.
Porém, por um daqueles acasos do destino, ficaram juntos e
tentaram formar uma família. Não deu certo. Ela decidiu
matá-lo e contratou dois homens para a execução. O plano,
que parecia perfeito, naufragou. Ele simplesmente se recusou
a morrer. Levou quatro tiros na cabeça, todos à
queima-roupa, e a cada impacto das balas, jurava para si
mesmo que iria sobreviver.
Sete anos depois do atentado que revolucionou
sua vida, o publicitário e apresentador de TV Nilton Sérgio
Saciotti, 55 anos, decidiu contar em detalhes como tudo
aconteceu. Em uma nova série da Tribuna na Justiça,
seis capítulos, iniciados hoje, desvendarão toda a trama,
revelando detalhes do planejamento e execução daquele que
deveria ser o assassinato de Saciotti. A ex-mulher dele,
Rosana Grein, 34, acusada de ser a mentora intelectual do
crime, está em liberdade, mas não se sabe por quanto tempo.
|
“Eu não vi túnel de luz nem a vida me passou
pela cabeça em um segundo, como dizem as pessoas
que estiveram bem próximo da morte. Eu não
queria morrer e concentrei todas as minhas
forças em ficar vivo. Em lutar contra a morte”.
Nilton Saciotti |
“Senti o primeiro tiro na cabeça. Houve um
formigamento, primeiro na nuca e depois se espalhou pelo
rosto e pescoço. Eu pensava, porque ele está fazendo isso?
Não precisa me matar. Não reagi, não fiz nada para
irritá-lo. Muito pelo contrário. O tempo todo fiquei pedindo
calma, disse que eu e ela iríamos cooperar. Que poderiam
levar o que tínhamos de dinheiro. E ainda avisei que o carro
não era nosso. A camioneta bonita e novinha era de uma
montadora que nos havia emprestado para um teste drive.
Afinal, a gente trabalhava na televisão, apresentando um
programa sobre veículos. Só que não adiantou. O garoto me
fez deitar no chão, entre o banco de trás e o da frente, com
o rosto quase nos pés dele. E atirou. O sangue escorreu.
Senti o pescoço úmido e a vista turvou. Em seguida senti
três golpes, como se ele estivesse dando coronhadas na minha
cabeça. Ele está me batendo, pensei, mas eram mais três
tiros. Não conseguia entender porque tanta violência. Achei
melhor me fingir de morto, mas dizia o tempo todo que não
iria morrer. Não queria morrer porque tinha mulher e filho
para cuidar. Fiquei imóvel. Escutei as portas da frente do
carro serem batidas simultaneamente. Perdi a noção do tempo.
Sabia que o motor ainda estava ligado, por causa da
trepidação. E o rádio também. Ouvia um som distante.
Quando
não agüentei mais ficar naquela posição incômoda (minhas
pernas estavam doendo muito), estiquei o braço e passei pelo
banco, no lugar onde o assaltante havia sentado. Não tinha
ninguém. Pensei na Rosana, achei que poderiam tê-la matado.
Estiquei-me todo e passei a mão no banco do motorista, onde
ela estava. Não havia ninguém. Não conseguia enxergar,
estava tudo embaçado. Cheguei a trocar de óculos, tirando o
de sol e colocando o de grau, que estava no bolso da minha
camisa. Não adiantou. Lembrei então que o motor estava
ligado e as janelas, elétricas, abririam com um toque.
Sentei-me no banco traseiro, abri o vidro e fiquei acenando,
em busca de ajuda.
Via ao longe vultos de carros e de alguns
ciclistas. Continuei a acenar, até que um rapaz de bicicleta
se aproximou. Disse que tinha sido assaltado e precisava de
ajuda. Ele saiu gritando por socorro. Chamaram o Siate.
Apresentei meus documentos, disse meu nome, perguntei sobre
a minha mulher. Em nenhum momento perdi a consciência. Só
apaguei no Hospital Cajuru, quando recebi anestesia para a
remoção das balas. Mal sabia eu que a partir dali minha
vida, pela qual tanto lutei naqueles momentos de pavor,
sofreria mudanças tão drásticas e perturbadoras.”
Um dos tiros transfixou a cabeça de Saciotti.
Os três outros se alojaram na caixa craniana. As balas,
segundo a perícia, eram do tipo “dundum”, que explodem
quando atingem seu alvo. Por verdadeiro milagre, na
avaliação dos médicos, o apresentador não morreu. Ficou
internado por 12 dias e saiu do hospital já sabendo que
Rosana é quem havia tramado seu assassinato. De seqüela tem
um zumbido permanente no ouvido esquerdo, do qual perdeu a
audição, e uma dor imensa no coração. ‘Perdi a confiança nas
pessoas‘, diz ele, desejando agora recomeçar a viver com um
pouco mais de paz.
O crime
A tentativa de homicídio aconteceu em 17
de fevereiro de 2004, numa rua sem asfalto e de pouco
movimento, no Jardim Ipê, em São José dos Pinhais, por
volta das 14h30. Alem de Rosana Grein, um rapaz que na
época tinha 16 anos e era conhecido pelo apelido de “Leandrinho”,
e outro maior de idade, chamado de “Jorge Tadeu”, ambos
guardadores de carros no centro da cidade, foram os
autores.
|
Reconstituição da tentativa de
assassinato promovida pela Polícia Civil, em
2004. |
Fonte: parana-online
Sociedade civil
pede federalização de
investigação
sobre crimes do PCC
cometidos
em maio de 2006
Cinco anos após
os crimes de maio de 2006 ocorridos em todo o estado
de São Paulo e atribuídos ao Primeiro Comando da
Capital (PCC) – organização criminosa que atua
dentro dos presídios paulistas –, a sociedade civil
pede a federalização da investigação.
Estudo da organização
não governamental (ONG) Justiça Global aponta que o
governo paulista falhou ao gerir seu sistema prisional e
foi omisso ao saber da possibilidade dos ataques e não
tomar providências para evitá-los ou proteger seus
agentes públicos.
Segundo Fernando
Delgado, da Clínica de Direitos Humanos, instituição
ligada à Universidade de Harvard e que ajudou a elaborar
os estudos, a federalização pode ocorrer de duas formas:
por meio de uma investigação da Polícia Federal ou por
meio de um pedido do procurador-geral da República ao
Superior Tribunal de Justiça (STJ) para transferência da
investigação para a Justiça Federal.
“Já passaram cinco
anos e o governo do estado não deu uma resposta
adequada. Não há um relatório unificado que explique o
que aconteceu, como aconteceu e quem fez. Então, está na
hora de o governo federal fazer a sua parte porque o
Brasil precisa dessa apuração e tem assumido obrigações
internacionais que exigem isso [apurações]”, disse
Delgado.
Para Débora Silva,
mãe de uma das vítimas dos crimes do PCC e integrante da
ONG Mães de Maio, o pedido de federalização é importante
para a democracia do país. “Não adianta dizer que tem
democracia no país se não tem justiça.”
Segundo o professor
da Universidade de Harvard e coordenador do estudo,
James Casallaro, também deve ser feito um pedido para
criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito.
“Esperamos que medidas como essa possam ser tomadas a
nível federal porque, infelizmente, as autoridades
paulistas não cumpriram com suas obrigações.”
(Agência Brasil)
Fonte: ohoje
9 serial killers
brasileiros
iStockphoto
Vítimas de
serial killers podem ter o corpo queimado ou mutilado
Pedro Rodrigues Filho, Eudóxio Donizete
Bento, Edson Isidro Guimarães, João Acácio Pereira da Rocha.
O que esses homens têm em comum? Todos são assassinos. Todos
figuram na lista de serial killers brasileiros. Para ser
considerado um
serial killer, o assassino
precisa ter matado duas ou mais pessoas com um intervalo de
tempo entre os crimes, seguindo o mesmo modus operandi e o
mesmo ritual e deixando sua assinatura. Os serial killers
acima mataram mais de dez, seguindo uma espécie de roteiro
para abordar e matar suas vítimas, que tinham o mesmo perfil
(mulheres e crianças) e a mesma faixa etária.
Os assassinos seriais geralmente começam a
agir entre os 20 e os 30 anos de idade e não têm motivo
aparente para matar suas vítimas. Elas são escolhidas ao
acaso. Segundo Ilana Casoy, escritora e uma
das maiores especialistas da área, existem dois
tipos de assassinos seriais: os organizados e os
desorganizados. O primeiro tipo é socialmente
competente e geralmente casado. Tem bons empregos por
parecer confiável e aparenta saber mais do que na realidade
sabe. Para esse tipo, o crime é um jogo. "Planejam o crime
com cuidado, carregam o material necessário para cumprir
suas fantasias, interagem com a vítima e se gratificam com o
estupro e a tortura", diz Ilana, que colabora com a Polícia
Civil de São Paulo na montagem de perfil de serial killers.
" Eles levam um pertence da vítima como troféu ou
lembrança."
O segundo tipo de serial killer, o
desorganizado, age por impulso e perto de onde mora, usando
armas e instrumentos encontrados no local da ação. Ilana diz
que esse tipo raramente mantém contato com a vítima antes de
agir. "Agem com fúria, gratificam-se com estupro ou
mutilação post-mortem, e são, na maioria, canibais ou
necrófilos." Costumam deixar evidências no local do crime e
não param em emprego nenhum.
O caso mais famoso de serial killer
brasileiro é o do motoboy Francisco de Assis
Pereira, o " Maníaco do Parque". Mas ele está longe de ser o
pior serial killer do país. Alguns mataram mais de 100,
outros usaram crueldade inimaginável com um número bem menor
de vítimas. Nesta lista estão nove serial killers em ordem
cronológica. Se fôssemos listá-los por número de vítimas, a
ordem seria bem diferente. Os escolhidos estão aqui pelas
características extremamente violentas de seus crimes, cuja
crueldade chega a embrulhar o estômago até de policias
experientes.
9. O linguiceiro da rua do Arvoredo
1863. Província de Porto Alegre.
O açougueiro José Ramos, um homem
elegante e viajado, que frequentava as casas de ópera da
cidade e tinha excelente gosto musical, fazia sucesso
entre a população com a venda de linguiças que ele e a
mulher, Catarina Pulse, preparavam. O que ninguém sabia
é que o ingrediente principal da referida iguaria era a
carne das vítimas do casal, seduzidas pela promessa de
uma noite de luxúria com Catarina. No matadouro
disfarçado de alcova, as vítimas eram distraídas com
conversa inebriante e recebiam boa comida e boa bebida -
além de um golpe certeiro de machadinha desferido por
Ramos, que abria suas cabeças de alto a baixo.
Com a ajuda de Carlos Claussner, o
açougueiro Ramos degolava, esquartejava, descarnava,
fatiava e guardava as vítimas em baús, moendo-as aos
poucos e transformando-as nas famosas linguiças, que
eram vendidas em seu açougue na rua da Ponte (hoje rua
Riachuelo). Os crimes da rua do Arvoredo
foram descobertos em 1894, chocando os cerca de 20 mil
habitantes da cidade. Ramos foi condenado à forca.
Catarina foi internada em um hospício, onde morreu
louca. Claussner, àquela altura, já havia virado
linguiça. Apesar do escândalo, os crimes foram ignorados
pela imprensa da época. A história repercutiu apenas nos
jornais da França e do Uruguai. Acredita-se que o caso
tenha sido abafado porque a população da cidade queria
esquecer que tinha sido transformada por Ramos em
canibal.
Não se sabe ao certo quantos
pobres diabos Ramos matou.
Nem os motivos que o levaram a isso. Mas ele pode ser
considerado o primeiro serial killer brasileiro de que
se tem registro. Oficialmente, no entanto, o primeiro
foi Preto Amaral, que você vai conhecer na próxima
página.
8. Preto Amaral
Wikimedia
Commons
Preto Amaral,
considerado o primeiro serial killer
brasileiro
|
Aos 17 anos, o escravo José
Augusto do Amaral foi liberto pela Lei
Áurea e entrou para o exército, servindo em todo o
país. Na Guerra dos Canudos (1897), ele foi
promovido a tenente. Finda a guerra, Amaral integrou
batalhões de polícia e desertou. Acabou sendo preso
em Bagé, Rio de Janeiro, ao tentar desertar do
exército nacional. Foi condenado a sete meses de
prisão e, ao sair, aos 56 anos, passou a fazer bicos
em São Paulo.
Em 1927, Amaral foi preso novamente.
Desta vez, acusado de seduzir, estrangular e
estuprar três rapazes. Em seu depoimento, Amaral
contava que seduzia e depois asfixiava as vítimas,
estuprando-as depois de mortas. A primeira vítima
tinha 27 anos e conheceu Amaral na Praça Tiradentes,
depois de pedir-lhe fósforos. Conversa vai, conversa
vem, foram para um botequim tomar café, onde Amaral
o convidou para assistir a um jogo de futebol. O
corpo de Antônio Sanchez foi
encontrado próximo ao Campo de Marte, na zona norte
de São Paulo.
A segunda vítima tinha apenas 10 anos
e foi atraída por Amaral com balões que ele vendia
na região do Canindé, também na zona norte. O corpo
de José Felippe Carvalho foi
encontrado 13 dias depois, sem os membros
superiores. Antônio Lemos tinha 15
anos quando foi abordado por Amaral nos arredores do
Mercado Municipal, na região central da cidade.
Amaral ofereceu almoço à vítima e partiu com ela num
bonde rumo à Lapa. Foi só quando o corpo de Lemos
foi encontrado que a polícia percebeu estar diante
de um assassino incomum. Mas não havia nenhuma pista
do assassino, até que Roque Piccili,
um engraxate de 9 anos conseguiu escapar de Amaral.
O assassino levou o menino para debaixo de uma ponte
e já o estrangulava quando se assustou ao ouvir
vozes e fugiu. O menino contou à polícia e Amaral
foi preso e torturado. Na cadeia, confessou os
crimes, contando em detalhes como matou suas
vítimas.
Os crimes ganharam as manchetes
nacionais. Amaral foi chamado de "monstro negro",
"diabo preto" e "estrangulador de crianças". Acabou
ficando conhecido como "Preto Amaral". Morreu na
Cadeia Pública de São Paulo, cinco meses depois de
ser preso, de tuberculose, antes de ser julgado. Os
motivos reais que levaram Amaral aos crimes ainda
são um mistério, mas o psiquiatra que o examinou na
prisão relacionou-os ao tamanho do pênis do
ex-escravo. Na época, era comum relacionar o tamanho
do pênis ao tamanho da bestialidade do criminoso.
Apesar de ter confessado os crimes,
Amaral pode não ter sido o real culpado. Crimes
semelhantes continuaram ocorrendo mesmo depois da
prisão de Amaral, que tinha apresentado álibis para
os dois primeiros assassinatos. Mesmo assim, Amaral
acabou ganhando o título de primeiro serial killer
brasileiro.
7. O Filho da Luz
Polícia Civil RJ
Febrônio Índio do Brasil |
Nem bem Preto Amaral foi preso, e
outro assassino serial apareceu para aterrorizar a
população em 1927 - Febrônio Índio do Brasil.
Os corpos de suas vítimas foram encontrados no
ilha do Ribeiro, no Rio de Janeiro,
nus, tatuados com as letras DCVXVI,
e com marcas de estupro e estrangulamento.
Auto-intitulado "Filho da Luz" (por
estar em uma luta contra o demônio), ele abordava as
vítimas com a promessa de um emprego que
complementaria a parca renda familiar. Depois as
levava para a isolada ilha do Ribeiro, onde as
tatuava, estuprava e matava. O serial killer ainda
tentou matar outros rapazes - todos com idades entre
8 e 14 anos -, que conseguiram escapar depois de
sessões de tortura e estupro.
Quando foi preso, depois de ser
reconhecido por familiares das vítimas, negou a
autoria dos crimes. Mas acabou confessando ter
estrangulado, em 13 de agosto de 1927, o menor
Almiro José Ribeiro e jogado o corpo da vítima num
matagal. Depois, assumiu a autoria do assassinato e
estupro de Jonjoca, um menino de 10 anos. Ao
levantar a ficha de Febrônio, os policiais viram que
ele já havia sido preso 29 vezes, por fraude,
pederastia e tendências homossexuais, tentativa de
atentado violento ao pudor e exercício ilegal da
odontologia. O Filho da Luz dizia ter visões que
ordenavam que ele tatuasse dez rapazes para seguir
sua missão contra o demônio. As letras tatuadas nas
vítimas e em seu próprio tórax, segundo ele,
significavam "Deus Vivo" ou "Imana Viva". Com uma
religiosidade aflorada,
Febrônio chegou a mandar publicar o seu
próprio evangelho, intitulado "As revelações do
príncipe do fogo". Todas as cópias foram queimadas
pela polícia quando Febrônio, considerado
inimputável, foi para o manicômio, onde permaneceu
até morrer, aos 89 anos de idade.
6. O Monstro do Morumbi
No final dos anos 60 e começo dos 70,
sete mulheres foram brutalmente
assassinadas por estrangulamento e seus corpos
abandados em terrenos baldios do Morumbi. A polícia
não tinha pistas do criminoso. Suas vítimas foram
encontradas do mesmo jeito: nuas ou seminuas, pés e
mãos amarrados com uma corda improvisada com pedaços
de suas roupas (meias de náilon, sutiãs, calcinhas,
lenços, blusas, saias), boca, nariz e ouvidos
tampados com pedaços de jornal e papel amassados, e
uma tira de tecido que servia como mordaça e como
enforcador ao mesmo tempo. De cada uma das vítimas,
o assassino levava o dinheiro, as jóias e uma peça
de roupa, que dava de presente à companheira. Foi
ela que, cansada de pular de emprego em emprego por
conta do marido, acabou denunciando-o à polícia. Ao
saber-se descoberto, o assassino fugiu e foi para o
Pará, onde matou outras três mulheres e foi,
finalmente, capturado. Ao ser preso, José
Guerra Leitão, o "Monstro do Morumbi",
confessou os crimes.
O modo como escolhia a vítima era
sempre o mesmo - com as mesmas características
físicas que, mas tarde, viria a se saber que eram as
da sua mãe. Para ganhar a confiança das mulheres que
matava, José Guerra Leitão criava um vínculo com
elas, convidando-as para sair ou pedindo-as em
namoro. Quando elas caíam em sua lábia, ele as
levava para um matagal na região do Morumbi e as
matava. Segundo especialistas, o motivo que o levou
a cometer os crimes pode estar ligado à sua infância
traumática. Com seis anos de idade, Leitão era
responsável por limpar as feridas do pai hanseníaco,
e sua mãe, prostituta, o levava para seus programas.
Enquanto o pai definhava na cama, Leitão presenciava
a vida sexual da mãe. Passou a nutrir ódio
compulsivo pelas mulheres, o que o teria levado a
praticar os crimes.
Leitão dizia com naturalidade ter
matado mais de 24 mulheres, mas a polícia não
conseguiu provas para acusá-lo de todos os crimes.
Foi condenado pelo assassinato de quatro vítimas.
Cumpriu a pena máxima de 30 anos e foi libertado em
2001. Sua localização é desconhecida.
5. Chico Picadinho
Em 1966, a bailarina austríaca e
boêmia Margareth Suida conheceu o
corretor de imóveis Francisco Costa Rocha.
A boa aparência e a boa lábia do moço, misturadas à
bebida, acabaram atraindo Suida para o apartamento
de Rocha. E para uma morte horrível. No meio da
relação sexual, Rocha tornou-se violento. Mordeu-a,
socou-a e tentou estrangulá-la com as mãos. Sem
sucesso, terminou o trabalho com um cinto. Depois de
certificar-se que Suida estava morta, decidiu
livrar-se do corpo. Mas como? Rocha pegou uma lâmina
de barbear, uma tesoura e uma faca e começou a
retalhar o corpo ali mesmo, no tapete do sala.
Começou cortando os seios, depois retirou os
músculos da parte da frente. Levou o corpo para
banheiro, retirou as vísceras e as jogou no vaso
sanitário. Desistiu, pegou uma sacola plástica e
colocou lá as tripas da moça. Voltou ao corpo, agora
na banheira, e retirou parte dos músculos das costas
e um pedaço das nádegas. Foi denunciado pelo amigo
com quem dividia a quitinete, condenado a 18 anos de
prisão e libertado na metade da pena por bom
comportamento. Era um preso exemplar, que lia
Nitzsche, Dostoiéviski, Frankel e Kafka. Ganhou a
confiança do diretor e a liberdade condicional em
junho de 1974.
Dois anos, dois casamentos e dois
filhos depois, Francisco matou e retalhou a
prostituta Ângela da Silva Souza
com os mesmos requintes de crueldade com que havia
matado Suida. Para esconder o corpo, Francisco
arrastou-o até o banheiro e, munido de uma faca de
cozinha, um canivete e um serrote, começou a
retalhar o cadáver. Cortou fora os seios, abriu o
ventre, retirou as vísceras e jogo-as no vaso
sanitário. Como o encanamento entupiu, Francisco
decidiu mudar de tática: picou o corpo de Souza bem
miúdo e distribuição porções em sacos plásticos e em
uma mala de viagem para facilitar o trasnporte.
Demorou entre 3 e 4 horas para concluir o "serviço".
Novamente, foi denunciado pelo companheiro de
apartamento.
"Chico Picadinho", como ficou
conhecido, voltou para a prisão. Foi condenado a 22
anos e meio pelo crime e deveria ter sido solto ao
fim da pena máxima de 30 anos. Mas ao término da
pena, em 1998, em vez de ser posto em liberdade,
Chico Picadinho foi mandado para a Casa de Custódia
de Taubaté, sob a alegação de que criminosos
psicopatas podem ser mantidos indefinidamente em
estabelecimentos psiquiátricos para receber
tratamento. Chico Picadinho ainda está preso.
4. O Vampiro de Niterói
Marcelo Costa de Andrade
era considerado o pior serial killer brasileiro até
a prisão, em 2004, de Francisco Chagas de Brito pelo
assassinato de 42 crianças. O "Vampiro de
Niterói", como ficou conhecido,
matou brutalmente 13 meninos entre 6 e 13 anos no
Rio de Janeiro, entre 1991 e 1992. Marcelo
atraía suas vítimas para áreas desertas,
estuprava-as e as estrangulava. Depois de matá-las,
Marcelo bebia seu sangue ("para ficar bonito e jovem
como eles") e praticava sexo com seus corpos até que
o estado de decomposição adiantado o impedisse. Foi
preso após ser denunciado por uma de suas vítimas,
um menino de 10 anos que conseguiu fugir de Marcelo
depois de ter sido violentado e de ter presenciado o
estupro e a morte do irmão de 6 anos.
Quando confessou os crimes, Marcelo,
um garoto pobre que viveu nas ruas e se prostituiu,
disse que "preferia garotos porque eles são
melhores e têm a pele macia". Evangélico e
homossexual, Marcelo não sente remorso pelo que fez.
Ele acredita ter feito um favor às crianças que
matou. "O pastor disse que as crianças vão
automaticamente para o céu quando morrem antes dos
13. Então eu sei que eu fiz um favor os enviando
para o céu". Foi absolvido pela justiça por ser
considerado inimputável e mandado para o Hospital de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo, em
Niterói, sem previsão de libertação. Em todos os
exames de cassação de periculosidade pelos quais
passou foi atestado pelos peritos como não tendo
condições mentais de ser desinternado.
3. Maníaco do Parque
Nove. Este foi o número de mulheres
encontradas mortas, com sinais de espancamento e
estupro, no Parque do Estado, na divisa de São Paulo
com Diadema, em 1998. Elas não tinham nada em comum,
a não ser o desejo escondido de se tornar modelo
fotográfico. Foi com a promessa de uma sessão de
fotos para um catálogo que o motoboy
Francisco de Assis Pereira conseguiu atrair
para o Parque 14 moças. Cinco conseguiram escapar
depois de ser estupradas e ter coxas, seios e costas
mordidas pelo motoboy. As nove restantes não tiveram
a mesma sorte. Foram mortas por estrangulamento, com
o cadarço dos sapatos ou uma cordinha que Pereira
levava na pochete. O "Maníaco do Parque",
como ficou conhecido, fugiu quando seu retrato
falado foi divulgado pela polícia. Foi preso uma
semana depois, no Rio Grande do Sul, quando um
pescador reconheceu o rosto do retrato falado e
denunciou sua presença à polícia local.
Ao ser preso, Pereira primeiro negou
a autoria dos crimes, depois confessou que havia
matado todas as nove mulheres encontradas no Parque
do Estado. Foi condenado a 274 anos de
prisão e jurado de morte pelos internos.
Quando foi questionado sobre os motivos que o
levaram a matar as mulheres, Pereira disse: "Eu
tenho um lado ruim dentro de mim. É uma
coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar.
Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo
todo suado. Tinha noite que não saía de casa porque
sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me
segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar"
[fonte: Veja]. Pereira atribui isso ao fato de ter
sido molestado por uma tia quando criança e de ter
sido violentado por um patrão na adolescência.
2. Maníaco do Trianon
No dia 17 de agosto de 1987, a
empregada do psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo
chegou para trabalhar e encontrou um cenário de
horror. Debruçado sobre uma poça de sangue, com pés
e mãos amarrados e uma meia na boca, estava o médico
formado pela Escola Paulista de Medicina. Quando a
polícia chegou ao local, percebeu se tratar de mais
uma vítima do Maníaco do Trianon, um serial killer
que atuava nas imediações do Parque Tenente
Siqueira Campos, conhecido ponto de
prostituição masculina na região da avenida
Paulista. Suas vítimas eram profissionais
bem-sucedidos, que moravam sozinhos e eram
homossexuais. Os crimes aterrorizaram a comunidade
gay da época, já assustada com a escalada de
violência contra os homossexuais por conta da
disseminação do vírus da Aids.
Entre 1986 e 1989, Fortunato
Botton Neto, garoto de programa que atuava
no Trianon, matou 13 homens - com
idades entre 30 e 60 - com requintes de crueldade.
Quando foi preso, confessou os crimes com detalhes
de embrulhar o estômago. Depois de combinar o preço
do programa, ele seguia para o apartamento das
vítimas, onde bebia com elas até que ficassem
totalmente alcoolizadas. Amarrava os tornozelos e os
pulsos, amordaçava e matava por estrangulamento,
golpes de faca ou chave de fenda. Em alguns casos,
chegou a pisotear as vítimas até que os órgãos
internos saíssem pela boca, ouvidos, nariz e ânus.
Terminado o serviço, ele vasculhava o apartamento da
vítima à procura de dinheiro e objetos valiosos que
pudessem ser vendidos facilmente sem levantar
suspeitas.
A frieza com que Neto relatou os
crimes chocou os policias que trabalhavam no caso.
Em de seus depoimentos, o maníaco diz: "Matar
é como tomar sorvete: quando acaba o
primeiro, dá vontade de tomar mais, e a coisa não
para nunca". Neto foi condenado por três dos sete
crimes que confessou. Morreu na prisão em fevereiro
de 1997, de broncopneumonia decorrente da Aids.
1. Francisco das Chagas Rodrigues de
Brito
42 meninos entre 6 e 15 anos.
Este foi o número de vítimas feitas por
Francisco das Chagas Rodrigues Brito entre
1989 e 2004, no Maranhão e no Pará. Brito é
considerado o pior serial killer brasileiro.
Matou 3 vezes mais do que o Vampiro de Niterói, até
então o primeiro do ranking de assassinos seriais do
país. Chagas escolhia meninos fisicamente parecidos,
pobres de periferia que vendiam doces e perambulavam
pelo local onde trabalhava ou morava. O modus
operandi era sempre o mesmo: ele puxava
conversa com a criança e a convidava para pegar
frutas no mato. Quando entrava na mata fechada,
matava a criança por estrangulamento, a pedradas ou
com objetos cortantes. Depois as mutilava: retirava
seus testículos ou órgãos genitais, decepava partes
do corpo e levava com ele um souvenir: osso, roupas,
um dedo, uma orelha ou outro pedaço amputado. Em
alguns casos, estuprou a vítima e há suspeitas de
que tenha comido partes de algumas. Seu caso ficou
conhecido como "os meninos emasculados de
Altamira".
Ao ser preso como suspeito pela morte
de Jonatham Silva Vieira, de 15
anos, Chagas negou envolvimento no crime, mas a
polícia acabou apresentando provas científicas que
confirmavam o envolvimento do mecânico de bicicletas
na morte do garoto. Chagas acabou confessando esta e
outras 17 mortes em Altamaria a que havia sido
relacionado. Depois viria a confessar um total de 42
mortes.
Especialistas ainda tentam entender
os motivos que levaram Chagas a praticar os crimes.
À escritora Ilana Casoy, maior
especialista em serial killers do país e que
colaborou na investigação do caso, Chagas disse que
o motivo estava na bíblia, Isaías 14:21: "Preparai a
matança para os filhos por causa da maldade de seus
pais, para que não se levantem, e possuam a terra, e
encham o mundo de cidades". Apesar da motivação
aparentemente religiosa dos crimes, os especialistas
acreditam que a chave da psicopatia de Chagas esteja
na infância: criança abandonada pelos pais que
apanhava da avó severa com chicote de cipó.
Qualquer que tenha sido o motivo
real, Chagas não mostrou arrependido pelo que fez em
nenhum momentos dos depoimentos ou de seu
julgamento. Quando, diante do júri popular, conto o
porquê de ter matado as crianças, ele disse
que ouvia vozes ordenando que as
matasse e que, depois, era tomado por uma "força"
exterior. Em 2006, ele
foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão pela
morte de Jonatham e ainda aguarda julgamento pelos
demais assassinatos. Fonte:
pessoas.hsw.uol.com.br
Estatística da violência - Curitiba e Região Metropolitana
Assassinatos
em Abril de 2011 (até o dia 13)
* Pesquisa realizada
pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos jornais Tribuna do Paraná
e O Estado do Paraná, e do Programa 190. Informações obtidas a
partir de relatórios do Instituto Médico Legal e levantamento
nas delegacias responsáveis pelos inquéritos. Casos de suicídio
foram excluídos.
Total
de assassinatos: 60
Vítimas:
Homens: 54
Mulheres: 6
-----------------
Cidades mais
violentas:
Curitiba: 26
Colombo: 10
São José dos Pinhais: 7
Almirante Tamandaré: 3
-----------------
Bairros mais
violentos:
Cidade Industrial: 6
Sítio Cercado: 4
Alto Boqueirão: 2
Cajuru: 2
Tatuquara: 2
Fonte: crimescuritiba.com
Estatística da violência em
Curitiba e Região Metropolitana
* Pesquisa realizada pelo jornalista Marcelo Vellinho, dos
jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná, e do Programa 190.
Informações obtidas a partir de relatórios do Instituto Médico Legal e
levantamento nas delegacias responsáveis pelos inquéritos. Casos de
suicídio foram excluídos.
Crimes:
Homicídio: 126
Confronto com polícia: 4
Latrocínio: 3
Total: 133
-----------------
Vítimas:
Homens: 129
Mulheres: 4
-----------------
Cidades:
Curitiba: 56
Colombo: 18
Araucária: 9
São José dos Pinhais: 9
Pinhais: 8
Piraquara: 7
Almirante Tamandaré: 5
Fazenda Rio Grande: 4
Quatro Barras: 4
Campina Grande do Sul: 3
Lapa: 3
Agudos do Sul: 2
Rio Branco do Sul: 2
Campo Largo: 1
Doutor Ulysses: 1
Itaperuçu: 1
-----------------
Bairros mais violentos:
Uberaba: 8
Cidade Industrial: 6
Sítio Cercado: 5
Boqueirão: 4
Cajuru: 3
Ganchinho: 3
Novo Mundo: 3
-----------------
Idades:
0 a 15 anos: 3
16 a 25 anos: 52
26 a 35 anos: 40
36 a 45 anos: 26
46 anos ou mais: 10
Não apurado: 2
-----------------
Dias da semana:
Domingo: 26
2ª-feira: 12
3ª-feira: 11
4ª-feira: 13
5ª-feira: 24
6ª-feira: 22
Sábado: 25
-----------------
Causas da morte:
Ferimentos por arma de fogo: 111
Agressão Física: 13
Ferimentos por arma branca: 6
Carbonizado: 2
Não apurado: 1
Fonte: crimescuritiba.com
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Viciada
em drogas é assassinada em Colombo
Mariana Gomes Bernardo, 26 anos
Mãe de
um bebê recém-nascido, foi assassinada na frente de
uma lanchonete na Rua José Coradin, no Jardim Ana
Terra, em Colombo.
A
Polícia Militar foi acionada por volta das 2h,
depois que populares encontraram a jovem caída,
debaixo do toldo do estabelecimento e pensaram que
ela estava apenas desmaiada. Quando a polícia
chegou, foi constatado que Mariane tinha ferimentos
por arma de fogo na barriga.
Quinta-feira (06/01).
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Pai mata rapaz que
namorava sua filha
Genivaldo de Freitas Bueno, 18 anos
Revoltado com o
jovem que namorava sua filha, de 13 anos,
Wanderlei de Palma Pinto, 35 anos, resolveu por
fim ao relacionamento de maneira brutal. No
final da manhã de ontem, ele foi até a
residência de Genivaldo e o matou com três
tiros no peito.
O crime aconteceu no
Jardim Serrinha, em Balsa Nova. Após o
assassinato, o homem foi até a rodoviária da
cidade e fugiu de ônibus. Conforme foi apurado
pela polícia, Genilvaldo se relacionava há
quatro meses com uma das filhas de Wanderlei.
Quarta-feira (05/01).
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Mulher
presencia execução do namorado no Xaxim
Magno Aparecido de Lima, 27 anos
O
envolvimento com o tráfico de drogas pode ter sido o
motivo da morte de Magno, assassinado com vários
tiros, por volta de 20h40 de quarta-feira.
O
crime aconteceu num beco que tem acesso pela Rua
Arthur Muller, no Xaxim, quando ele estava
acompanhado da namorada. Dois homens armados
chegaram no local, foram direto em Magno, efetuaram
o disparos e correram até um carro escuro, que os
aguardava em uma rua transversal.
Quarta-feira (05/01).
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Estatísticas da violência em
Curitiba e Região Metropolitana
De 01 a 29
de Dezembro/2010
125 assassinatos
- média de 4,3 por dia
Curitiba: 62
Colombo: 10
Piraquara: 10
São José dos Pinhais: 8
Almirante Tamandaré: 7
Fazenda Rio Grande: 5
Pinhais: 5
Bairros mais
violentos:
Cidade Industrial: 13
Uberaba: 7
Tatuquara: 7
Sítio Cercado: 3
Xaxim: 3
Fonte: www.crimescuritiba.com
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Dono de
cachorro vai defender animal e morre com seis tiros
Leandro Faria Lima, 29 anos
Um
crime bárbaro chocou os moradores da Vila
Independência em São José dos Pinhais.
Rapaz foi morto, neste domingo (02), com seis
tiros por um suspeito de vários crimes na
região, conhecido como Sherk, após uma discussão
envolvendo o cachorro da vítima.
Domingo (02/01).
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Esfaqueada pelo sobrinho de 13 anos
Sandra
Regina Alves de Abreu, 35 anos
Foi
esfaqueada pelo próprio sobrinho, que saiu de uma
casa de recuperação na quarta-feira e, de acordo com
ela, passou a noite consumindo drogas. O garoto de
13 anos foi apreendido pela Guarda Municipal na
Colônia Rio Grande, em São José dos Pinhais. Sandra
foi socorrida por uma equipe do Siate.
Sexta-feira (17/12).
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Taxista
é assassinado a pauladas na CIC
Mário Batista Moreira, 54 anos
A morte
brutal do taxista deve começar a ser
esclarecida na manhã de hoje, quando a principal
testemunha será ouvida na Delegacia de Furtos e
Roubos (DFR). Mário foi assassinado a pauladas, por
volta das 22h30 de quarta-feira, na Rua Cyro Correia
Pereira, na Cidade Industrial.
Sexta-feira (17/12).
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Morto com a cabeça
esfacelada e parcialmente carbonizada
Vilson dos Santos
Machado, 59 anos
Com a cabeça esfacelada
e parcialmente carbonizada, o lavrador , foi encontrado morto, no
início da manhã, no Jardim Flórida, em Campina Grande do Sul. Vilson
estava caído debaixo do toldo de um mercado na Rua Lucídio Florêncio
Ribeiro.
Quinta-feira de manhã
(16/12).
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Assassinado dentro de carro no Cidade Industrial
Cristiano Rodrigues, 24 anos
Enquanto esperava a namorada voltar com cigarros, o
rapaz, foi assassinado dentro do carro, por
volta da meia-noite, na Rua Desembargador Cid
Campelo esquina com a Rua Francisco Barranco, na
Cidade Industrial.
Quinta-feira de manhã (16/12).
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Estatísticas da violência em
Curitiba e Região Metropolitana
De dia 01 a 14
de Dezembro/2010
64 assassinatos - média de 4,5 por
dia
Vítimas:
58 homens
6 mulheres
Cidades mais violentas: Curitiba:
33
São José dos Pinhais: 8
Colombo: 4
Campo Largo: 3
Fazenda Rio Grande: 3
Pinhais: 3
Piraquara: 3
Bairros mais violentos:
Cidade Industrial: 8
Tatuquara: 5
Uberaba: 5
Boa Vista: 2
Pinheirinho: 2
Xaxim: 2
Fonte: www.crimescuritiba.com |
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