São Paulo — O investigador de polícia classe especial Elvis Cristiano da Silva, de 54 anos, é investigado — conforme consta em relatório da Corregedoria da Polícia Civil — por “negociar” cadeiras de chefias de investigação, em delegacias subordinadas à 1ª Delegacia Seccional do Centro, para viabilizar um esquema de tráfico de drogas, desviadas de apreensões feitas por comparsas ligados ao policial.
Ele assumiu a chefia da 1ª Seccional, em 2023. Desde então, junto com o investigador de 1ª Classe Eduardo Xavier dos Santos e o também investigador Cléber Rodrigues Gimenez, preso em janeiro deste ano, passou a coordenar o esquema de tráfico de drogas — apontado pelo órgão fiscalizador da instituição.
Elvis coordenava também um “rodízio” de delegacias, são elas: 1º DP, 2º DP, 12º DP e 77º DP. Nesses distritos policiais, os flagrantes eram registrados para tentar despistar o Ministério Público (MPSP).
A reportagem apurou que ele estava trabalhando normalmente, ao menos até essa sexta-feira (7/2), na seccional central. Elvis, na Polícia Civil há 25 anos, teria ligações com o investigador chefe do 77º DP Cléber Rodrigues Gimenez, preso em janeiro deste ano sob a suspeita de desviar cargas de drogas, apreendidas em falsas blitze policiais, e revendê-las para traficantes internacionais.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que “todos os fatos citados”, pelo Metrópoles, “são alvo de apuração para aplicação das medidas cabíveis”.
Em documento da Divisão de Crimes Funcionais-Assistência Policial, é afirmado que Elvis Cristiano da Silva, de 54 anos, assumiu a chefia dos investigadores da 1ª Seccional em 2023. Desde então, conforme denuncia registrada pelo órgão fiscalizador, ele passou a “vender cadeiras de chefia dos distritos [policiais], organizando um esquema de tráfico de drogas”.
Para ajudar nisso, ele teria designado para chefiar a Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da 1ª Seccional, o investigador Eduardo Xavier dos Santos que, junto com Cléber Rodrigues Gimenez, também comandaria “o esquema de tráfico internacional”.
Como mostrado pelo Metrópoles, antes de ser preso, Cléber Rodrigues usava da própria estrutura (física e humana) policial para desviar cargas de entorpecentes e, posteriormente, vendê-las a traficantes internacionais.
Para isso, ele levava as drogas — geralmente cocaína — para um galpão no Bom Retiro, centro paulistano, onde a mesma quantidade da apreensão era substituída por talco, gesso ou algum pó branco.
As apreensões era formalizadas, com o registro de boletins de ocorrência (B.O.) e a falsa droga constatada como verdadeira, por meio de laudos oficiais, feitos por um perito do Instituto de Criminalística, também ligado à quadrilha.
Para ajudar nisso, ele teria designado para chefiar a Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da 1ª Seccional, o investigador Eduardo Xavier dos Santos que, junto com Cléber Rodrigues Gimenez, também comandaria “o esquema de tráfico internacional”.
Como mostrado pelo Metrópoles, antes de ser preso, Cléber Rodrigues usava da própria estrutura (física e humana) policial para desviar cargas de entorpecentes e, posteriormente, vendê-las a traficantes internacionais.
Para isso, ele levava as drogas — geralmente cocaína — para um galpão no Bom Retiro, centro paulistano, onde a mesma quantidade da apreensão era substituída por talco, gesso ou algum pó branco.
As apreensões era formalizadas, com o registro de boletins de ocorrência (B.O.) e a falsa droga constatada como verdadeira, por meio de laudos oficiais, feitos por um perito do Instituto de Criminalística, também ligado à quadrilha.