Família acusa policiais federais de invadir residência e atirar contra o jovem, que trabalhava na administração da Polícia Civil. PF diz que vítima reagiu à abordagem.
O filho de uma escrivã da Polícia Civil foi morto na manhã desta quarta-feira (8) durante uma operação da Polícia Federal (PF), no bairro do Jurunas, em Belém. A PF diz que jovem "reagiu à abordagem", porém a família contesta.
A vítima foi identificada como Marcello Victor Carvalho de Araújo, de 24 anos. Ele era formado em educação física e trabalhava como auxiliar administrativo na Polícia Civil. Ele também era filho da escrivã Ana Suellen Carvalho.
Em depoimento, a tia do jovem, Ana Carolina Carvalho, relatou que os policiais arrombaram a porta do apartamento onde a vítima estava com a mãe e o namorado dela, identificado como Marcelo Pantoja Rabelo, mais conhecido como "Marcelo da Sucata". Ele seria o alvo da operação e foi preso durante a ação. O g1 tenta contato com a defesa dele.
“Os policiais entraram no apartamento bastante alterados. O primeiro tiro atingiu meu sobrinho fora do quarto. Assustado, ele correu para dentro, e eles o seguiram, disparando novamente, e ele caiu”, disse.
Porém, em nota, a Polícia Federal informou que "durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, um indivíduo reagiu à abordagem policial, foi atingido e, embora tenha recebido atendimento imediato, não resistiu aos ferimentos."
Ainda de acordo com a tia, a mãe do jovem tentou se identificar como policial civil, mas foi agredida. “Deram dois tapas na cara dela, chamando-a de vagabunda e mandando calar a boca. Ela não chegou a ver o filho morto, porque não deixaram”, acrescentou.