'Serial killer' acusada de matar 4 tentou envenenar colegas de faculdade em SP

Screenshot 2025 10 15 at 16 45 03 Serial killer acusada de matar 4 tentou envenenar colegas de faculdade em SP “Ela foi até a nossa delegacia por conta de um evento de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse bolo envenenado supostamente para tentar incriminar uma terceira pessoa. Através desse inquérito, a gente chegou à conclusão que Ana Paula Veloso não era vítima nesse caso, mas sim uma 'serial killer'”, declarou à TV Globo o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito Policial (DP) de Guarulhos.

Fingindo ser outra pessoa, Ana Paula chegou a escrever um bilhete para que os colegas comessem o bolo: “Para a turma de Direito 4D, um ótimo feriadão! Um bolo para adoçar a manhã de vocês!”.

No entanto, nenhum dos alunos comeu o bolo envenenado, relatou o delegado. De acordo com Halisson, Ana Paula alegou que fez aquilo porque estava tentando se vingar e incriminar a esposa de um policial militar com quem ela mantinha uma relação extraconjugal.

Posteriormente, a delegacia passou a desconfiar de Ana Paula também em outros casos, já que ela também tinha ligação com os lugares onde outras quatro pessoas morreram neste ano. As mortes ocorreram entre janeiro e maio nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Durante as investigações, a polícia concluiu que a universitária matou:

  • Um homem (Marcelo Hari Fonseca) e uma mulher (Maria Aparecida Rodrigues) em Guarulhos;
  • Um idoso (Neil Corrêa da Silva) morador de Duque de Caxias (RJ);
  • E um tunisiano (Hayder Mhazres) na capital paulista.

A polícia aponta que Ana Paula envenenou e matou essas quatro pessoas com a ajuda da sua irmã gêmea e da filha de uma das vítimas. As três mulheres envolvidas nos homicídios foram presas.

Marcelo era dono de um imóvel para quem Ana Paula pagava aluguel. Maria era uma pessoa que a estudante havia conhecido num aplicativo de relacionamentos. Neil era aposentado e pai de uma amiga, ex-colega dela de faculdade. Hayer era namorado da "serial killer" (saiba abaixo mais detalhes sobre cada uma das vítimas).

Segundo o Ministério Público (MP), Ana Paula contou com a ajuda de Roberta para dar veneno e matar todas as quatro pessoas. Michelle, de acordo com a Promotoria, tem participação numa das mortes — a do próprio pai, Neil. Ela pagou R$ 4 mil para as irmãs matarem o aposentado de 65 anos.

'Serial killer' queria dinheiro, diz MP

Em todos os casos, segunda a denúncia do Ministério Público, o objetivo de Ana Paula e Roberta era o de ficar com os bens e dinheiro das vítimas.

Já Michelle contratou as irmãs para matar o pai porque, segundo a acusação, ela não se dava bem com ele. Ela é amiga de Ana Paula, com quem fez faculdade de direito em Duque de Caxias. Depois a "serial killer" seguiu para Guarulhos, onde continuou o curso em outra universidade.

Em setembro o MP denunciou Ana Paula pelos quatro homicídios e pediu a conversão da prisão em flagrante dela em preventiva. A Justiça concordou e tornou a "serial killer" ré no processo, além de determinar que fique presa por tempo indeterminado. Posteriormente será marcada uma audiência para que seja decidido se a acusada será levada a júri popular pelos crimes.

"Além da gravidade em concreto das infrações cometidas ser indiscutível, bem como de estarmos diante de uma verdadeira serial killer", escreveram os promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni na denúncia contra Ana Paula.

Roberta e Michelle ainda não foram denunciadas pela Promotoria. A irmã gêmea de Ana Paula deverá ser acusada de participação nas quatro mortes. E a filha do idoso poderá responder pelo assassinato do pai.

Exumação das vítimas

Filha é suspeita de matar pai envenenado com feijoada

Filha é suspeita de matar pai envenenado com feijoada

Todas as quatro vítimas morreram com edemas nos pulmões e outros sinais internos característicos de envenenamento. Mas o Ministério Público ainda aguarda os resultados dos exames periciais da Polícia Técnico-Científica para saber qual foi a substância usada para matar as pessoas.

A suspeita dos peritos é de que possa ser "chumbinho", nome popular para veneno contra ratos. Três dos quatro corpos foram exumados para análise. Somente o tunisiano não foi exumado porque seu corpo seguiu para Tunísia onde foi enterrado.

Ana Paula, Roberta e Michelle continuam sendo investigadas pela Polícia Civil, que apura se há mais vítimas.

Ana Paula está presa preventivamente numa unidade prisional na capital paulista. Roberta e Michelle estão detidas temporariamente em presídios de Guarulhos. O g1 não conseguiu localizar as defesas das três para comentarem o assunto.

Veja abaixo quem são as 4 vítimas da 'serial killer', segundo a acusação:

 
 

Ana Paula é acusada pelo Ministério Público de matar Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, em 31 de janeiro em Guarulhos. O corpo dele foi encontrado em casa em avançado estado de putrefação.

A estudante e sua irmã Roberta, que alugavam do homem um imóvel nos fundos, acionaram a Polícia Militar (PM) para atender a ocorrência. A Polícia Civil chegou a investigar o caso, mas ele foi arquivado em 5 de maio por falta de provas.

Reaberta, a investigação apontou para a participação das irmãs na morte. A principal suspeita é de envenenamento. A polícia aguarda laudos periciais com os resultados dos exames toxicológicos em Marcelo.

 
 

Ainda em Guarulhos, Ana Paula é acusada pelo MP de ter matado Maria Aparecida Rodrigues em 11 de abril. A estudante conheceu a mulher. Depois de um tempo de amizade deu café e bolo a ela na casa onde morava com a irmã. Ao voltar para sua residência, Maria passou mal e morreu.

A filha da vítima contou à polícia que Ana Paula havia mentido e se identificou com outro nome quando se apresentou à sua mãe. E demonstrou após a morte que queria pegar umas roupas que supostamente teria deixado na residência de Maria. A universitária também não foi ao velório e enterro.

 
 

O aposentado Neil Corrêa da Silva morreu em 26 de abril após comer uma feijoada levada pela estudante _ela e a filha do homem eram amigas na faculdade. Ele tinha 65 anos.

Segundo a investigação, Michelle contratou Ana Paula para que ela fosse de Guarulhos a Duque de Caxias envenenar a comida do pai. A "serial killer" teria matado dez cães durante os testes com o produto para saber se ele faria efeito, de acordo com a investigação.

Segundo a polícia, há ainda trocas de mensagens por WhatsApp entre Ana Paula e Roberta que mostram que as irmãs usavam a sigla "TCC", numa falsa referência acadêmica a "Trabalho de Conclusão de Curso". Só que nesse caso, o termo "TCC" era o código para cobrar os R$ 4 mil que Michelle pagaria a elas para matar o idoso. Pai e filha tinham diversos desentendimentos, segundo policiais.

Nas trocas de informações entre as polícias de São Paulo e do Rio sobre Ana Paula, surgiu na investigação indícios de que ela participou do assassinato de Neil e também de Marcelo, Maria e Hayder. Veja abaixo:

 
 

De acordo com a Promotoria, Ana Paula também matou Hayder Mhazres, um tunisiano de 21 anos com quem mantinha um relacionamento amoroso em São Paulo. O estrangeiro passou mal em seu apartamento num momento em que a estudante estava com ele.

O corpo não foi periciado porque seguiu para a Tunísia. Mas, para a investigação, o jovem foi envenenado.

Em depoimento à polícia, familiares de Hayder disseram que Ana Paula dizia estar grávida do rapaz e que os procurou para pedir dinheiro. Segundo a investigação, a estudante mentiu sobre a gestação.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/10/12/serial-killer-acusada-de-matar-4-pessoas-e-estudante-de-direito-e-ja-tentou-envenenar-colegas-com-bolo-em-faculdade-em-sp.ghtml

Vigilante de escola do DF dispara gás de pimenta em alunas para interromper briga

d1010 Dois estudantes estavam brigando dentro do colégio, segundo a PM, e vigilante usou spray para apartar. Secretaria de Educação diz que prestou apoio aos estudantes.Vigilante usa spray de pimenta para dispersar confusão generaliza em briga de alunas 

Uma vigilante disparou gás de pimenta em uma escola de São Sebastião, no Distrito Federal, para apartar uma briga de alunas nesta terça-feira (7).

Segundo a PM, a funcionária usou o spray para conseguir separar duas estudantes que estavam se agredindo no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Bosque, por volta das 10h30.

A direção da unidade fez um post sobre o ocorrido em uma rede social. O texto diz que "alguns alunos que estavam próximos ao ocorrido passaram mal, mas que todos foram prontamente atendidos e se encontram bem".

O comunicado afirma, ainda, que "a situação foi prontamente controlada e medidas cabíveis foram tomadas de imediato."

Além da Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros do DF também foi acionado para atender os alunos que inalaram o gás. Segundo a corporação, dois estudantes foram levados à UPA da região.

Secretaria de Educação acompanha o caso

Ao g1, a Secretaria de Educação afirmou que, no momento do conflito, "formou-se uma aglomeração de alunos em torno das estudantes envolvidas, o que dificultou a atuação imediata da equipe gestora".

Por isso, segundo a pasta, a vigilante da unidade teve de usar o spray de pimenta.

Ainda segundo a secretaria, a direção da escola prestou apoio aos estudantes que sentiram os efeitos do produto; e que nenhuma das estudantes envolvidas na briga portava qualquer objeto cortante.

A Secretaria de Educação diz que segue acompanhando o caso e adotando as medidas necessárias, "reforçando o compromisso com a promoção de um ambiente escolar seguro, pautado no diálogo e na cultura de paz".

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/10/07/vigilante-de-escola-do-df-dispara-gas-de-pimenta-em-alunas-para-interromper-briga.ghtml
 
 
 
 

Alvos de megaoperação do PCC são sócios em ao menos 251 postos de combustíveis; veja endereços

Alvos de megaoperação do PCC são sócios em ao menos 251 postos de combustíveis

  Os proprietários foram alvos de mandados na Operação Carbono Oculto, que investiga o suposto uso de postos de combustíveis para lavar dinheiro da organização criminosa. O g1 procurou a defesa dos 15 e conseguiu falar com dez. Todas negaram irregularidades, e os demais não se manifestaram. MP não afirmou se os 251 postos estão entre os investigados por terem sido usados para lavagem.

Quinze alvos da Operação Carbono Oculto, a maior realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), são sócios de ao menos 251 postos de combustíveis em quatro estados do país segundo levantamento feito pelo g1.

  • Deflagrada em agosto, a Operação Carbono Oculto teve como alvos mais de 350 pessoas e empresas suspeitas de ajudar o PCC a esconder o dinheiro obtido nos crimes – prática conhecida como lavagem de dinheiro.
  • Segundo uma decisão da Justiça que autorizou buscas e prisões da Operação Carbono Oculto, todos os 15 alvos são supostamente ligados a esse esquema de lavagem.
  • O g1 tentou localizar a defesa de todos os 15 alvos citados nesta reportagem e conseguiu falar com dez delas. Oito responderam, e todas negaram irregularidades (leia mais abaixo).

O g1 levantou as empresas pertencentes a alvos da Carbono Oculto e, depois, cruzou com a lista de postos de combustíveis ativos da ANP.

A maioria dos postos (233) fica no Estado de São Paulo, principalmente na Região Metropolitana da capital e na Baixada Santista. Outros 15 ficam em Goiás, um, em Minas Gerais e dois, no Paraná.

Quase a metade (127) têm bandeira branca – o que significa que não têm vinculação com nenhuma distribuidora. Os demais são vinculados às distribuidoras Ipiranga (52), Rodoil (33), BR Petrobras (29) e Shell (12). Nenhuma das bandeiras foi alvo da operação.

  

O g1 perguntou ao Ministério Público de São Paulo se todos os postos pertencem aos alvos da operação objeto da investigação, mas o órgão alegou que, por sigilo, não poderia se manifestar. A Receita Federal, que diz que mais de 1 mil postos foram utilizados pela organização criminosa, mas não forneceu a lista deles.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão federal que regulamenta o setor, diz que as evidências coletadas na Operação Carbono Oculto poderão servir para instruir processos administrativos que podem levar à perda de autorização de estabelecimentos, e que muitos dos alvos da operação já haviam sido punidos antes de ela ocorrer.

  

O que disseram as distribuidoras

A Ipiranga afirmou que “não compactua com práticas ilícitas” e que vem atuando no combate ao mercado ilegal, defendendo mais controle e fiscalização no setor. A empresa disse ver “com otimismo o avanço da Operação Carbono Oculto” e informou que pediu acesso aos inquéritos, mas ainda não teve o pedido concedido.

A Rodoil afirmou que desde março de 2025 já realizava monitoramento dos postos credenciados e "já havia identificado algumas inconsistências e iniciado o processo de distrato com os postos em questão, inclusive judicialmente. Esses contratos foram rompidos e os estabelecimentos estão em fase de retirada da marca".

A Vibra, responsável pela marca Petrobras, afirmou que mantém “padrões rigorosos de compliance, due diligence e integridade, auditados de forma contínua” e que, caso sejam confirmadas irregularidades, “os revendedores serão removidos da rede”. A companhia disse ainda que, nos últimos dois anos, desvinculou mais de 100 postos em São Paulo por irregularidades e que “repudia veementemente qualquer ação ilegal ou que prejudique a livre concorrência no setor de combustíveis”.

A Raízen, detentora da marca Shell, informou que está apurando as informações e que tomará as medidas cabíveis. A empresa afirmou que “não compactua com qualquer prática ilegal” e que apoia ações que reforcem seus valores de “ética, transparência e integridade”.

Quem são os 15 alvos da Carbono Oculto sócios de 251 postos

56 postos pertencem a Pedro Furtado Gouveia Neto, sócio da GGX Global. Essa empresa é apontada pela Justiça de São Paulo como ligada ao grupo de Mohamad Hussein Mourad, principal suspeito de comandar a lavagem de dinheiro do PCC, e que está foragido. Procurada, a defesa de Neto não se manifestou até a publicação desta reportagem.

49 postos pertencem a Luiz Felipe do Valle Silva do Quental de Menezes, descrito na decisão da Justiça como laranja do grupo. Procurado, Menezes ele refutou qualquer ilegalidade e disse que iria pedir a exclusão de seu nome da investigação.

"Por ter adquirido, em 2022, 23 estabelecimentos que pertenciam a outra rede do setor, o meu nome está exposto em investigação policial como suposto “laranja” de outras pessoas. Supor que essa compra dos postos serviu para encobrir interesses escusos é uma conclusão equivocada, pois até o momento não recebi quaisquer solicitações para prestar esclarecimentos sobre esse assunto", afirmou o empresário. "Informo que toda documentação que comprova a legalidade dos atos encontra-se à disposição para análise e compõe o material a ser apresentado aos responsáveis pela investigação", completou.

38 postos pertencem a Guilherme da Silva Oliveira, citado na decisão como “testa de ferro” do grupo de Mohamad Mourad. Segundo a decisão, Oliveira aparece em um esquema de transferência fraudulenta de postos e está vinculado à Rede Boxter, também já investigada na Operação Rei do Crime por conexões com o PCC. O g1 não localizou a defesa de Oliveira.

38 postos pertencem a Bruno Sato Alves Pereira, apontado na decisão como sócio de Rogério Garcia Peres, também dono de postos e descrito como alguém ligado ao grupo de Mohamad. A defesa de Pereira nega participação "nos fatos investigados pela operação". (Leia a íntegra da nota abaixo.)

16 postos pertencem a Ricardo Romano, descrito pelos investigadores como figura-chave do grupo de Mohamad, explicitamente vinculado ao PCC e atuante na lavagem de dinheiro por meio de postos e conveniências. Procurada, a defesa de Romano não se manifestou.

15 postos pertencem a Armando Hussein Ali Mourad, irmão de Mohamad Mourad e descrito na decisão como principal articulador do suspeito de ser o chefe do esquema de lavagem do PCC. Procurada, a defesa de Mourad não se manifestou.

13 postos pertencem a Luiz Ernesto Franco Monegatto, citado pela Justiça como sócio em empresas de combustíveis e em transações imobiliárias ligadas à lavagem de capitais do grupo Mohamad. O g1 não conseguiu localizar a defesa de Monegatto.

10 postos pertencem a Himad Abdallah Mourad, primo de Mohamad e descrito pelos investigadores como um dos expoentes da organização criminosa, responsável por criar estruturas empresariais e usar fundos para blindagem patrimonial e lavagem de capitais. Segundo as investigações, Himad participa, ao todo, do quadro societário de 103 postos de combustíveis ligados ao núcleo familiar e empresarial de Mohamad. O g1 não conseguiu localizar a defesa.

7 postos pertencem a Tharek Majide Bannout, descrito na decisão como pessoa-chave do grupo Mohamad, envolvido em transações para ocultação de bens e lavagem de capitais e supostamente conectado com grupos criminosos maiores, como o PCC.

Procurada, a defesa de Bannout negou ""qualquer ligação com organização criminosa"" e destacou que ""todas as aquisições e operações realizadas serão devidamente comprovadas em sua licitude"".

"Esclarecemos que o Sr. Tharek Majide Bannout é comerciante do setor de energia e permanece como sócio dos postos de combustíveis mencionados. Todas as aquisições e operações realizadas serão devidamente comprovadas em sua licitude. Destacamos que inexiste qualquer ligação com organização criminosa, sendo absolutamente leviana a associação do nome do Sr. Tharek ao PCC, tratando-se de narrativa de cunho meramente midiático", explica a defesa.

Três postos pertencem a Luciane Gonçalves Brene Motta de Souza, descrita na decisão como membro da organização criminosa de Mohamad, envolvida em fraudes em combustíveis e titular de 12 empresas ligadas ao contador do grupo. De acordo com as investigações que embasaram a operação, ela estava focada na obtenção de vantagens indevidas mediante fraudes em sistemas de marcadores de volume nas bombas de combustíveis. Procurada, a defesa de Souza disse que só se manifestará nos autos do processo.

Dois postos pertencem a Latuj Participações, que, segundo a decisão da Justiça de São Paulo, é ligada ao grupo de Mohamad. O g1 não localizou a defesa de Latuj Participações Ltda.

Um posto pertence a Rogério Garcia Peres, descrito pela decisão o como administrador da Altinvest e integrante do Conselho da Rede Sol Fuel, com participação em fundos usados pelo grupo Mohamad para movimentação e blindagem patrimonial. Procurada, a defesa de Peres nega ter conhecimento de atividades ligadas ao crime organizado em seu estabelecimento.

"Rogério Garcia Peres informa que não opera postos de combustíveis, apenas investiu em imóveis da BR Distribuidora. Reitera que jamais manteve relação ou conhecimento de atividades ligadas ao crime organizado. Ressalta que todas as suas atividades sempre foram conduzidas dentro da legalidade. Desde o início das investigações, Rogério tem colaborado integralmente com as autoridades competentes e confia que os fatos serão devidamente esclarecidos pelas instâncias responsáveis", afirma a defesa.

Um posto pertence a Miriam Favero Lopes, descrita como sócia de postos e holdings ligadas a operações de lavagem de capitais. A defesa de Lopes disse repudiar as alegações.

Um posto pertence a Valdemar de Bortoli Júnior, descrito como proprietário de uma rede usada para blindar o grupo Mohamad e como envolvido em operações financeiras suspeitas ligadas a fundos de investimento. A defesa afirma que o posto segue todas as normas de compliance, due diligence e integridade estabelecidas pela Vibra, responsável pela marca Petrobras, e não possui qualquer envolvimento com irregularidades.

"É fundamental destacar que o Sr. Valdemar de Bortoli Junior atua no setor de combustíveis há mais de 35 anos, sempre conduzindo sua trajetória empresarial com irrepreensível legalidade, como contumaz pagador de tributos, fiel cumpridor das normas legais e respeitador do ordenamento jurídico", diz a defesa. "O compromisso do Sr. Valdemar e de seu empreendimento é, e sempre será, com a qualidade dos produtos, a transparência nas operações e o respeito aos consumidores, valores que norteiam sua atuação empresarial há mais de três décadas."

Um posto pertence a Door Participações S.A, descrita como empresa ligada ao grupo investigado, presente no quadro de pelo menos 11 postos de combustíveis em associação com a Rede Alpha, Bruno Sato Alves Pereira e outros. Foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua sede.

Em nota, a defesa da Door Participações e de Bruno Sato Alves Pereira afirmou que os clientes negam vínculo, participação ou responsabilidade nos fatos investigados pela operação. "A Door Participações reitera que: todos os postos que integram a rede operam com licenças, registros e contratos regulares junto às autoridades competentes e às distribuidoras parceiras e passam pelas fiscalizações de praxe; coopera integralmente com as autoridades sempre que requisitada e está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos necessários; a empresa reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e as boas práticas de mercado", diz o texto.

Influenciador suspeito de desviar R$ 146 milhões via PIX é detido durante fuga no Panamá

d0310 Gabriel Spalone estava foragido desde terça-feira (23), quando a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a 'Operação Dubai'. O empresário tentava fugir para Holanda. Defesa afirma que a prisão foi 'ilegal e abusiva'.

O influenciador e empresário Gabriel Spalone, de 29 anos, foi detido na noite de sexta-feira (26) pelo Setor de Imigração no Aeroporto Internacional do Panamá, segundo apurou a TV Globo. Ele é suspeito de participar de um esquema que teria desviado R$ 146 milhões por meio de operações via PIX.

Dono de fintechs e com mais de 800 mil seguidores no Instagram, Spalone estava foragido desde terça-feira (23), quando a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a “Operação Dubai”. Há um mandado de prisão temporária expedido contra ele.

Procurado pelo g1, o advogado Eduardo Mauricio, que representa o empresário, afirmou que ele foi detido de "forma ilegal e abusiva". Em menos de 24 horas, Gabriel foi liberado (leia na íntegra abaixo.)

De acordo com as investigações, após deixar o Brasil, o influenciador seguiu para o Paraguai, onde comprou uma passagem com destino a Nova York, nos Estados Unidos, com escala no Panamá. O objetivo final da viagem era chegar a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

No entanto, ao chegar ao Panamá, Spalone desistiu da conexão para Nova York e adquiriu uma nova passagem com destino à Holanda. Foi nesse momento, enquanto tentava embarcar, que acabou detido.

Conforme a TV Globo apurou, o empresário seria deportado para o Paraguai, país onde a fuga começou, e, em seguida, transferido para o Brasil. Contudo, o advogado informou que o influencer era uma pessoa livre para viajar e não tem qualquer ordem de prisão internacional ou inclusão na Interpol.

Spalone é investigado por suspeita de participação em um esquema que desviou R$ 146 milhões via PIX de um banco e de empresas vítimas das transferências ilegais. Segundo seu perfil na rede social, Spalone mora em Dubai, embora também possua endereços em São Paulo.

Ele é proprietário das empresas Dubai Cash e Next Trading Dubai, que se apresentam como fintechs voltadas a pagamentos e investimentos, com promessas de atuação no Brasil e no exterior.

Como funcionava o esquema

Policiais cumprem mandados de busca e apreensão de carros e entram em imóveis de investigados no esquema de fraude com o PIX em São Paulo — Foto: Reprodução/Divulgação

Segundo as investigações, em 26 de fevereiro de 2025, um banco identificou um movimento atípico: entre 4h23 e 9h47, foram realizadas 607 transferências via PIX, somando R$ 146,5 milhões.

As operações partiram de dez contas vinculadas a uma empresa parceira do banco, prática conhecida como “PIX indireto”, considerada ilegal.

Mais de R$ 100 milhões foram recuperados graças à reação rápida da instituição financeira, mas R$ 39 milhões permanecem como prejuízo para o banco e empresas correntistas.

Outros dois suspeitos, Guilherme Sateles Coelho e Jesse Mariano da Silva, também foram presos durante a operação em cumprimento à decisão judicial — em São Paulo e Campinas, respectivamente — e teriam se beneficiado em quase R$ 75 milhões do esquema.

O que diz a defesa

"Eduardo Maurício, advogado de defesa do empresário e influencier Gabriel Spalone afirma que hoje a justiça foi feita, isso porque as autoridades do Panamá houveram por bem decidir pela sua liberação e restituição da liberdade .

Dr. Eduardo Maurício afirma que essa decisão foi fundamentada no pedido de liberdade feito pela defesa, que acatou a tese de imediata liberação do influencer já que Spalone não possui uma ordem de detenção internacional e inclusão na lista da Interpol, e que sua prisão, ilegal e abusiva, teria sido realizada no Panamá por um pedido da autoridade policial civil de São Paulo sem qualquer validade no campo jurídico internacional, já que desrespeitou o princípio da legalidade e sobretudo normas de cooperação jurídica internacional, eis que uma prisão temporária emitida pelas autoridades brasileiras não lhe dá direito à autoridade policial brasileira de requerer prisão em solo estrangeiro sem seguir o que a lei determina, e muito menos justifica uma inclusão na Interpol já que não é prisão preventiva, e quem deve fazer essa inclusão é o juiz competente após preenchimento do formulário para tanto".

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/27/influenciador-suspeito-de-desviar-r-146-milhoes-via-pix-e-preso-durante-fuga-no-panama.ghtml

 

Desvio de R$ 1 milhão em empresa é descoberto após funcionária ostentar compras nas redes

d090202 O dono de uma administradora de condomínios descobriu que uma funcionária desviou mais de R$ 1 milhão após ela ostentar compras caras nas redes sociais. A empresa administra mais de 40 condomínios em Londrina, no norte do Paraná.

Segundo a Polícia Civil, a assistente administrativa Joelma Gonçalves Pinheiro fez publicações mostrando compras recentes de geladeira, uma lava-louças de R$ 4.500, fogão, máquina de lavar, além de uma reforma em apartamento e uma caminhonete.

Os posts chamaram a atenção do dono da empresa, que, na segunda-feira (25), pediu que a funcionária entregasse os relatórios financeiros dos condomínios. Joelma, porém, ficou nervosa e tentou contornar a situação.

Porém, depois de constatado o rombo nas contas, a funcionária confessou que estava desviando valores do escritório para a conta dela e do marido, José Carlos Pinheiro.

Com isso, o empresário chamou a polícia, que prendeu o casal. Eles passaram uma noite na cadeia e, no dia seguinte, foram soltos.

Os dois responderão em liberdade pelos crimes de fraude e furto qualificado.

O advogado que representa Joelma e José afirmou que não teve acesso a todos os documentos do inquérito e que vai se manifestar no processo.

Segundo a polícia, a funcionária trabalhava na empresa há cerca de um ano.

Fonte: https://www.tnh1.com.br/noticia/nid/desvio-de-r-1-milhao-em-empresa-e-descoberto-apos-funcionaria-ostentar-compras-nas-redes

Ministério Público denuncia advogada que se apropriou de dinheiro de clientes

d0902 O Ministério Público de Mato Grosso, por meio da Promotoria de Justiça de Brasnorte (577 km de Cuiabá), protocolou nesta quinta-feira (28) três denúncias contra a advogada D. M. D. pela prática do crime de apropriação indébita qualificada. Os casos envolvem a retenção indevida de valores previdenciários pertencentes a três clientes, totalizando R$ 141.831,35. 

Nas denúncias, a promotora de Justiça Roberta Camara Vieira Jacob, cita que a advogada se apropriou de recursos recebidos em nome dos clientes por meio de Requisições de Pequeno Valor (RPVs), sem realizar o repasse devido. Os valores desviados foram em trê processos diferentes, sendo cada um de: R$ 63.387,42; R$ 57.333,52; e R$ 21.110,41. 

Em todos os casos, os clientes haviam outorgado procuração à denunciada para atuar em ações previdenciárias. Os valores foram liberados judicialmente, mas não chegaram aos titulares, sendo retidos pela advogada. 

Além das denúncias, a promotora de Justiça também oficiou a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT) para que tome ciência e adote as providências cabíveis quanto à conduta da profissional, que já responde a outros procedimentos criminais por fatos semelhantes. 

“A conduta da denunciada, caracteriza apropriação indébita qualificada, pois recebeu valores de terceiros em razão da função exercida, com dolo de se apropriar do montante que legalmente pertencia aos seus clientes”, destacou a promotora de Justiça, nas denúncias. 

Fonte: https://www.midiajur.com.br/justica/ministerio-publico-denuncia-advogada-que-se-apropriou-de-dinheiro-de-clientes/72456

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