PF apreende arsenal em bunker na mansão do influencer Buzeira, no interior de SP

No local, foram encontrados fuzis, pistola, carregadores, mira holográfica, radiocomunicadores e uma farda igual à do Centro de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal. Havia também armas semelhatantes as de airsoft.

A PF consultou os registros das armas e confirmou que todas que foram apreendidas estavam registradas no nome de Buzeira, que tinha autorização para comprá-las como colecionador, atirador e caçador (CAC). As armas, no entanto, não serão devolvidas por enquanto e serão analisadas. A PF deve pedir a cassação do registro.

Armas encontradas na casa do influencer Buzeira em Igaratá, no interior de São Paulo. — Foto: Reprodução/GloboNews

O que diz a defesa do influencer

Por meio de nota, o advogado criminalista Jonas Reis, que cuida da defesa do influencer, disse que "não há, até o presente momento, qualquer elemento concreto que comprove envolvimento do influenciador em atividades ilícitas".

Segundo o advogado, Bruno Alexssander Souza Silva "é trabalhador, possui residência fixa, fonte de renda lícita e atua há anos de forma pública e transparente nas redes sociais, sendo reconhecido nacionalmente por sua atividade profissional como criador de conteúdo digital".

"A defesa confia no pleno esclarecimento dos fatos e na Justiça Brasileira, reafirmando que não há, até o presente momento, qualquer elemento concreto que comprove envolvimento do influenciador em atividades ilícitas. Reiteramos o pedido de respeito à presunção de inocência, ao devido processo legal e à imagem do investigado, evitando-se especulações e julgamentos precipitados”, afirmou a nota.

Quem é Buzeira?

A investigação aponta que o influencer é ligado ao empresário e contador Rodrigo Morgado, que, segundo a investigação, administrava o dinheiro do esquema criminoso e favoreceu o influencer. Os valores do esquema podem ter sido direcionados para o setor de apostas eletrônicas, as chamadas bets.

Ele ficou famoso nas redes sociais promovendo rifas e sorteios de carros, artigos de luxo e outras ações promocionais. O influencer também é conhecido por ostentar carros de luxo, joias, relógios caros e até helicópteros.

Na época, a polícia paulista já tinha cumprido mandados expedidos pela 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da capital em endereços ligados a ele no município de Mogi das Cruzes.

Por meio de uma rede social, o influenciador digital afirmou na ocasião que a ação policial tinha como objetivo esclarecer a compra de um carro associado a outras pessoas que ele não conhecia.

“Tive que ir à delegacia justificar. Estavam me associando a coisas com as quais eu não tinha nada a ver. Infelizmente, não tem o que fazer. A polícia… o papel dela é investigar, e o meu papel é esclarecer as dúvidas que eles têm em relação a mim. Comprei um carro, e esse carro estava associado a outras pessoas que eu não conhecia. Resumindo, eu tive que ir lá me justificar. Certo? Então, foi isso que aconteceu e é marcha no QR”, explicou o influenciador na postagem da época.

Segundo o boletim de ocorrência, na casa de Buzeira, localizada em um condomínio de alto padrão em Mogi, os policiais apreenderam uma placa de um carro de luxo, uma carta de um banco indicando o encerramento de uma conta dele em Miami, nos Estados Unidos, e duas notificações de multa de outros dois carros de luxo.

Amizades

Os dois são constantemente vistos em eventos públicos e viagens, onde troca abraços, beijos e muita brincadeira.

Na época da prisão de Oruam, Buzeira foi um dos influencers que compartilharam a campanha de libertação dele.

Operação Narco Bet

Polícai Federal apreende carros importados durante a 'Operação Narco Bet', na manhã desta terça-feira (14). — Foto: Divulgação/PF

Na Operação Narco Bet, foram expedidos onze ordens de prisão e 19 mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros: São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Carros de luxo importados, joias e dinheiro em espécie estão entre os itens apreendidos.

As medidas judiciais incluem ainda o bloqueio de bens e valores que somam mais de R$ 630 milhões.

A Operação Narco Bet conta com apoio e cooperação da Polícia Criminal Federal da Alemanha (Bundeskriminalamt – BKA), responsável pela execução de medida cautelar de prisão contra um dos investigados, atualmente localizado em território alemão.

A ação é desdobramento da Operação Narco Vela, que mirou a repressão ao tráfico de entorpecentes por via marítima, a partir do litoral brasileiro.

As investigações indicam que o grupo criminoso usava criptomoedas e enviava recursos para contas no exterior para tentar esconder a origem do dinheiro ilícito.

Os alvos da operação poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional, segundo os investigadores federais.

 
 

Íntegra da nota da defesa de Bruno Alexssander Souza Silva

“A defesa do influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, vem a público esclarecer que ainda não teve acesso integral aos autos da Operação Narco Bet, deflagrada nesta terça-feira (14/10).

Neste momento, é prematuro qualquer julgamento ou ilação. Bruno é trabalhador, possui residência fixa, fonte de renda lícita e atua há anos de forma pública e transparente nas redes sociais, sendo reconhecido nacionalmente por sua atividade profissional como criador de conteúdo digital.

A defesa confia no pleno esclarecimento dos fatos e na Justiça Brasileira, reafirmando que não há, até o presente momento, qualquer elemento concreto que comprove envolvimento do influenciador em atividades ilícitas.

Reiteramos o pedido de respeito à presunção de inocência, ao devido processo legal e à imagem do investigado, evitando-se especulações e julgamentos precipitados.”

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/10/14/pf-apreende-arsenal-em-bunker-na-mansao-do-influencer-buzeira-no-interior-de-sp.ghtml

Filho de escrivã da Polícia Civil é morto durante operação da PF dentro de apartamento em Belém

Em depoimento, a tia do jovem, Ana Carolina Carvalho, relatou que os policiais arrombaram a porta do apartamento onde a vítima estava com a mãe e o namorado dela, identificado como Marcelo Pantoja Rabelo, mais conhecido como "Marcelo da Sucata". Ele seria o alvo da operação e foi preso durante a ação. O g1 tenta contato com a defesa dele.

  

“Os policiais entraram no apartamento bastante alterados. O primeiro tiro atingiu meu sobrinho fora do quarto. Assustado, ele correu para dentro, e eles o seguiram, disparando novamente, e ele caiu”, disse.

Porém, em nota, a Polícia Federal informou que "durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, um indivíduo reagiu à abordagem policial, foi atingido e, embora tenha recebido atendimento imediato, não resistiu aos ferimentos."

Ainda de acordo com a tia, a mãe do jovem tentou se identificar como policial civil, mas foi agredida. “Deram dois tapas na cara dela, chamando-a de vagabunda e mandando calar a boca. Ela não chegou a ver o filho morto, porque não deixaram”, acrescentou.

 A Polícia Federal disse que a operação tinha como objetivo desarticular uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas e de lavagem de capitais.
Marcelo era sobrinho-neto da promotora do Ministério Público do Pará (MPPA) Ana Maria Magalhães. Segundo ela, o corpo do jovem está na Polícia Científica do Pará. Ela informou que um perito da PF de Brasília virá para Belém para fazer análise do corpo. Os peritos da Polícia Científica do Pará vão acompanhar e só depois disso que o corpo será liberado para o velório e enterro.
 
 
 

Ala de idosos no presídio da Papuda enfrenta superlotação e comida estragada

oc1006 O Complexo Penitenciário da Papuda, localizado no Distrito Federal, enfrenta uma grave crise de superlotação e condições inadequadas, especialmente na ala destinada a presos idosos. Relatórios recentes indicam uma taxa de ocupação de 186,4%, com 330 detentos para apenas 177 vagas. A situação é alarmante, com a Defensoria Pública recomendando melhorias urgentes.

Além da superlotação, as condições de alimentação e higiene são precárias. Os presos relatam que a comida é frequentemente servida estragada, com itens como frutas e carnes em estado inadequado para consumo. A Defensoria Pública do DF sugere a inclusão de uma quinta refeição diária e a ampliação dos itens que podem ser enviados por familiares.

Condições Críticas

Os problemas estruturais do complexo incluem goteiras, má ventilação e falta de produtos de higiene. Um relatório do Mecanismo Nacional de Combate e Prevenção à Tortura destaca que as celas estão em condições insalubres, com mofo e umidade, o que contribui para a proliferação de infecções de pele entre os detentos. A Seape (Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal) reconhece a situação e afirma que medidas estão sendo adotadas para enfrentá-la.

A situação se agrava com a chegada de novos presos, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando 12 indivíduos ligados a esses acontecimentos permanecem na unidade. A Defensoria Pública também pede a antecipação de direitos para os idosos, priorizando aqueles com mais de 80 anos ou com doenças graves.

Respostas e Medidas

A Seape informou que o fornecimento de alimentos segue critérios rigorosos de fiscalização, com verificações frequentes. No entanto, a Defensoria Pública e o Mecanismo Nacional de Combate à Tortura continuam a alertar sobre a necessidade de reformas significativas no sistema prisional, visando garantir condições dignas e respeitar os direitos humanos dos detentos.

Fonte: https://www.portaltela.com/undefined/internacional/2025/09/22/ala-de-idosos-no-presidio-da-papuda-enfrenta-superlotacao-e-comida-estragada

Tenente-coronel condenado por fraude e corrupção de menores se aposenta e recebe R$ 648 mil

1010101 Um tenente-coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) condenado em 1ª instância por fraude processual e corrupção de menores se aposentou e recebeu R$ 648 mil, dos quais R$ 622 mil são referentes à licença-prêmio.

Clóvis Eduardo Condi foi condenado por participar do caso Naja, em que um estudante de medicina veterinária picado por uma cobra escancarou um esquema de tráfico internacional de animais exóticos e silvestres, segundo as investigações. Condi era padrasto de Pedro Henrique Krambeck, que criava a cobra de forma ilegal dentro do apartamento da família.

Fonte: https://www.correio24horas.com.br/brasil/tenente-coronel-condenado-por-fraude-e-corrupcao-de-menores-se-aposenta-e-recebe-r-648-mil-0925

PM preso n Região Serrana do RJ colocava GPS em viaturas para traficantes monitorarem agentes

ooc0310 A Polícia Civil do RJ, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a delegacia de Itaipava fazem uma operação nesta quinta (2) contra a expansão territorial do Comando Vermelho (CV). Desta vez, a iniciativa mira o avanço da facção para a Região Serrana, sobretudo Petrópolis, a partir do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.


Onze pessoas foram presas, entre elas, o policial militar Bruno da Cruz Rosa e o assessor especial da Prefeitura de Petrópolis Robson Esteves de Oliveira. Segundo as investigações, o PM trabalhava como informante para traficantes do CV e colocava aparelhos de GPS nas viaturas dos policiais. Os dispositivos, segundo a polícia, eram repassados ao policial pelo assessor da prefeitura.

 

 

Fonte: https://www.instagram.com/reel/DPT9xSSgNTY/?igsh=YzljYTk1ODg3Zg%3D%3D

'Pistola na cintura e diesel': como funcionava esquema do PCC com posto

oc00001 Troca de áudios e textos mostra suspeitos antecipando fiscalizações e até se preparando com armas; investigação detalha sete etapas do esquema bilionário de combustíveis. Quadrilha usava portos, usinas, distribuidoras, fintechs e fundos de investimento para movimentar R$ 30 bilhões e lavar dinheiro do crime organizado.

 Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam como uma quadrilha ligada ao PCC se antecipava a fiscalizações e estruturava um esquema bilionário no setor de combustíveis. Em uma das conversas, o suspeito Thiago Augusto de Carvalho Ramos escreveu:
 A investigação, cujo desdobramento revelado pelo Fantástico, mostrou que o grupo não apenas adulterava gasolina e etanol, mas também usava usinas, distribuidoras, postos, fintech e até fundos de investimento da Faria Lima para lavar dinheiro. A Receita Federal estima que a facção controlava cerca de 1,2 mil postos no país.

1. Porto de Paranaguá (PR): o ponto de partida era a importação clandestina de produtos químicos como metanol e nafta. Substâncias que deveriam abastecer indústrias químicas eram desviadas para adulterar combustíveis. Segundo especialistas, o metanol é altamente tóxico e pode causar perda de visão e falência de órgãos.

2. Usinas de etanol: a quadrilha comprou ao menos cinco usinas endividadas no interior de São Paulo. Além de abastecer a rede criminosa, elas serviam para lavar dinheiro. Em algumas operações, a cana foi paga até 43% acima da média do mercado.

3. Distribuidoras: empresas como a Duvale, em Jardinópolis (SP), foram usadas para dar escala ao esquema. Sem faturamento até 2019, a companhia saltou para quase R\$ 800 milhões em 2021. Parte do dinheiro foi transferida diretamente para o empresário Rafael Renard Gineste, preso ao tentar fugir de lancha em Santa Catarina.

4. Transportadoras: caminhões da G8 Log, ligada a Mohamed Hussein Murad, conhecido como Primo, levavam combustível adulterado. Ao mesmo tempo, o empresário publicava posts motivacionais nas redes sociais da transportadora.

5. Postos de combustíveis: a rede criminosa chegou a 1,2 mil estabelecimentos no Brasil. Em alguns, fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) encontraram até 50% de metanol na gasolina e 90% no etanol — fraudes que aumentavam o lucro do grupo e causavam prejuízo aos consumidores.

6. Fintechs: o dinheiro circulava em contas chamadas “bolsão”, que dificultavam o rastreamento. A BK Instituição de Pagamento, com sede em Barueri (SP), movimentou R\$ 46 bilhões em cinco anos.

7. Fundos de investimento na Faria Lima: o dinheiro sujo chegava ao centro financeiro de São Paulo. Gestoras administravam 42 fundos ligados ao esquema, somando R$ 30 bilhões já bloqueados pela Justiça. Segundo a força-tarefa, administradoras e fintechs criaram, na prática, “um verdadeiro paraíso fiscal” dentro do país.

Investigações em curso

Parte dos suspeitos segue foragida, entre eles Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, apontado como o maior adulterador de combustível do país. Em nota, a defesa dele negou qualquer envolvimento com o PCC.

Promotores e investigadores afirmam que a megaoperação marcou um recado ao crime organizado: "A sociedade brasileira acordou e o Estado pôde mostrar que não é mais possível se tolerar um crime organizado venha desafiar a sociedade, a desafiar o povo brasileiro", disse um dos integrantes da força-tarefa.

Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/09/01/pistola-na-cintura-e-diesel-como-funcionava-esquema-bilionario-do-pcc-que-envolvia-postos-e-a-faria-lima-veja-etapas.ghtml

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