Venezuelano tira tornozeleira eletrônica, foge do Brasil e deixa sósia com equipamento

 

Como a Rússia transformou o Brasil em 'fábrica de espiões' e como agentes federais atuaram para seu desmantelamento

ac0522 A Rússia teria transformado o Brasil em uma "fábrica de espiões", enviando agentes para países como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio, conforme uma investigação do jornal americano The New York Times. O objetivo era que esses espiões obtivessem identidades brasileiras e passassem anos no país antes de atuarem no exterior.

A escolha do Brasil como base se deu por diversos fatores:

  • O passaporte brasileiro é amplamente aceito e permite entrada sem visto em muitos países.
  • A diversidade da população brasileira facilita que pessoas com traços europeus passem despercebidas.
  • Em áreas rurais, é possível registrar certidões de nascimento com o testemunho de duas pessoas, sem comprovação hospitalar.
  • A postura historicamente neutra do Brasil em relações internacionais e o bom relacionamento com Moscou também contribuíram para a escolha.

A operação foi desmantelada por agentes de contrainteligência da Polícia Federal brasileira, em uma ação chamada Operação Leste, com a colaboração de pelo menos oito países, incluindo Estados Unidos, Israel, Holanda e Uruguai. Os agentes russos usavam documentos falsos e construíam laços sociais, abrindo negócios como joalherias ou se passando por modelos e estudantes, para dar credibilidade aos seus disfarces.

Muitos desses espiões foram identificados e expostos, com alguns sendo presos, como Sergey Cherkasov, que se passava pelo brasileiro Victor Müller Ferreira e está detido em Brasília. As autoridades brasileiras emitiram alertas pela Interpol com base no uso de documentação falsa, já que a espionagem em si não é considerada um crime internacional.

Este desmantelamento representou um golpe significativo no programa de imigração ilegal de Moscou, tornando improvável que esses agentes possam atuar novamente fora da Rússia com suas identidades expostas.

Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/05/21/como-a-russia-transformou-o-brasil-em-fabrica-de-espioes-e-como-agentes-secretos-atuam-para-seu-desmantelamento.ghtml

Juiz acusado de usar nome falso tem pagamento suspenso pelo Tribunal de Justiça de SP

O presidente do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), Fernando Antonio Torres Garcia, anunciou nesta sexta-feira (4) a suspensão de quaisquer pagamentos a que o juiz aposentado José Eduardo Franco dos Reis teria direito de receber após ele ter se tornado réu pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso.

Reis é acusado de usar um nome falso ao longo da carreira como juiz. O Ministério Público de São Paulo afirma que José Eduardo Reis é a verdadeira identidade de Edward Albert Lancelot Dodd-Canterbury Caterham Wickfield, que se apresentava como descendente de nobres ingleses e usou esse nome durante 23 anos de magistratura.

Ele teria criado uma carteira de identidade falsa em 1980, que só foi descoberta no ano passado, quando ele tentou obter a segunda via do documento numa unidade do Poupatempo na Sé, no centro da capital.

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Sala do júri do Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, na capital - Eduardo Knapp - 11.out.2019/Folhapress

Até esta sexta-feira, Reis ainda não havia constituído defesa no processo. A reportagem entrou em contato por e-mail e telefone com um advogado que representa o juiz aposentado em outro processo, sem relação com a denúncia, mas não recebeu resposta.

Aposentado em abril de 2018, o magistrado recebe vencimentos do Tribunal de Justiça pagos com o erário. Em fevereiro, o tribunal pagou a ele o valor bruto de R$ 166.413,94. Em dezembro e janeiro, ele recebeu R$ 187.427 e R$ 155.621, respectivamente.

Reis fez uma viagem ao Reino Unido após o início do inquérito que resultou na denúncia contra ele, segundo uma autoridade a par das investigações. Ele já teria retornado ao Brasil, segundo essa autoridade, mas não foi encontrado na última vez em que foi procurado no endereço que forneceu à Polícia Civil.

De acordo com a nota do tribunal, a decisão de Torres Garcia é administrativa, até nova ordem. "O TJSP reitera que há questão pendente de apreciação no âmbito jurisdicional e que o Poder Judiciário não pode se pronunciar a respeito de efeitos de eventual condenação (artigo 36, inciso III, da Lei Orgânica da Magistratura – Lei n. 35/79, que veda aos magistrados se manifestarem, por qualquer meio de comunicação, a respeito de processos pendentes de julgamento). Observe-se, por fim, que o processo tramita em segredo de Justiça", finaliza o comunicado.

Reis prestou depoimento sobre o caso no dia 2 de dezembro na Delegacia de Combate a Crimes de Fraude Documental e Biometria, no centro. Ele foi denunciado em fevereiro deste ano.

Ao prestar depoimento, ele informou à polícia um endereço de residência na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. Após ser indiciado pela Polícia Civil, oficiais de Justiça voltaram ao local para intimá-lo a ir até a delegacia para um interrogatório, mas ele não foi encontrado. Apesar disso, Reis não está foragido, uma vez que não há mandado de prisão contra ele.

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No depoimento que prestou em dezembro, ele declarou que Edward Wickfield é seu irmão gêmeo, que teria sido dado a outra família durante a infância. Disse também que só conheceu o irmão na década de 1980, após a morte de seu pai. Segundo ele, Wickfield era professor e retornou à Inglaterra após a aposentadoria.

Reis forneceu à polícia um endereço no bairro de West Kensington, em Londres, e um número de telefone para contato. Apresentando-se à autoridade como artesão, alegou que foi ao Poupatempo da Sé para renovar o RG a pedido do suposto irmão gêmeo.

A investigação acredita que a viagem foi uma tentativa de validar a versão de que Wickfield mora na Inglaterra, mas a Polícia Civil e a Promotoria já estão convencidas do contrário. O delegado responsável pelo caso chegou a enviar um ofício eletrônico a autoridades do Reino Unido, questionando se o juiz tinha passaporte inglês. A resposta, segundo a investigação, foi que não havia nenhum cidadão com aquele nome no país.

Evidências diferentes serviram para convencer os policiais e a Promotoria de que Reis e Wickfield são a mesma pessoa, a começar pela coincidência de impressões digitais —gêmeos univitelinos não têm a mesma biometria nas pontas dos dedos. Além disso, ele apresentava certidões de nascimento com o mesmo número de registro em cartório para sustentar as duas identidades. Uma delas, com os cinco sobrenomes em inglês, era a falsa.

Reis e Wickfield também compartilhavam o mesmo registro de endereço em São Paulo, apesar da alegação de que o magistrado morava no exterior. E embora a investigação tenha identificado que ele tem duas irmãs, ele afirmou que as desconhecia quando os nomes foram apresentados durante o depoimento. Quando Polícia Civil chamou um familiar de Reis para depor, ouviu uma versão diferente, que não incluía a história dos gêmeos.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/04/juiz-acusado-de-usar-nome-falso-tem-pagamento-suspenso-pelo-tribunal-de-justica-de-sp.shtml

Candidata a delegada é expulsa de concurso por casar com ex-traficante

ac0331 Lays Lopes Carneiro Barcelos, de 32 anos, enfrenta uma batalha judicial para continuar no processo seletivo para o cargo de delegada da Polícia Civil de Santa Catarina.

Organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o certame tem oito fases. Embora a candidata tenha avançado nas quatro primeiras, foi desclassificada na etapa de investigação social por ser casada com Guilherme Henrique de Souza, que já foi condenado por tráfico de drogas.

A advogada impetrou um mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) para reverter a decisão da banca, alegando que o esposo foi condenado antes do início do relacionamento entre eles. Segundo Lays, o casal começou a namorar sete meses após Guilherme ter deixado o crime.

A advogada defende que a reputação dela é íntegra e que a eliminação fere princípios como os da razoabilidade, da proporcionalidade e da pessoalidade. Esse último princípio estabelece que nenhuma pena pode ultrapassar a pessoa do condenado — ou seja, ninguém pode ser responsabilizado pela conduta de terceiros.

O relator do caso, desembargador João Henrique Blasi, concedeu uma liminar para que a candidata pudesse continuar no concurso, argumentando que, sem essa decisão, seria impossível ou extremamente difícil reverter o resultado da disputa posteriormente.

A FGV recorreu, pedindo a improcedência da ação, afirmando que não houve qualquer violação aos direitos da advogada.

Já o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) se posicionou a favor da candidata, sustentando que a desclassificação está baseada exclusivamente na condenação do marido.

Em 18 de fevereiro, o TJSC decidiu, por unanimidade, negar o mandado de segurança, mantendo a eliminação da candidata do concurso. A decisão se baseou em entendimento anterior do Supremo Tribunal Federal (STF), que considera ser possível a exigência de requisitos mais rigorosos de conduta social para cargos relacionados à segurança pública.

A reportagem tentou contato com a defesa de Lays, mas não obteve retorno.

Fonte: https://arede.info/cotidiano/565130/candidata-a-delegada-e-expulsa-de-concurso-por-casar-com-ex-traficante

Saiba quem é servidor preso após tentar entrar na Câmara dos Deputados, em Brasília, com munição de pistola

ac1216 Ele foi detido pela Polícia Legislativa e recebeu voz de prisão enquanto tentava entrar no prédio. Segundo apurado pelo g1, Figueira pretendia enviar a munição por meio da agência dos Correios que fica dentro do edifício, na Praça dos Três Poderes.

O Ministério da Saúde disse que Figueira ocupa o cargo de assessor técnico na pasta, "mas não exerce qualquer função de chefia". Ele é servidor estatutário efetivo do ministério desde 1991.

"O Ministério permanece no aguardo de informações detalhadas para adotar as medidas cabíveis", diz nota.

Segundo a Câmara dos Deputados, o material foi detectado pela esteira de raio X no acesso ao edifício. Por não ter porte de arma, Figueira foi preso por porte ilegal de munição de uso permitido (veja nota completa abaixo).

 

A munição que Eduardo Figueira de Sousa, servidor do Ministério da Saúde, queria despachar pela agência dos Correios no Anexo IV da Câmara dos Deputados estava embalada e dentro de uma caixa. O equipamento de raio X identificou os artefatos durante a inspeção de segurança na entrada do prédio.

?Os anexos da Câmara são prédios ligados ao edifício principal, por meio de corredores e escadas, que abrigam diversos órgãos políticos e administrativos, oferecendo a estrutura necessária para o funcionamento da instituição.

Lá estão, por exemplo, gabinetes, comissões, lideranças partidárias e áreas administrativas. O anexo IV, especificamente, abriga a maior parte dos gabinetes dos deputados federais.

Eduardo Figueira de Sousa foi levado para a Delegacia da Polícia Legislativa Federal da Câmara para a lavrar o auto do delito. Ele foi liberado ainda na terça-feira (10), após pagamento de fiança, e vai responder por porte ilegal de munição de uso permitido.

Veja nota da Câmara dos Deputados

"No início da tarde desta terça-feira (10), um homem foi preso em flagrante ao tentar entrar no Anexo IV da Câmara dos Deputados portando munições de arma de fogo. O material estava embalado em uma caixa e foi detectado pela esteira de raio X no acesso ao edifício. Por não ter porte de arma, ele foi preso por porte ilegal de munição de uso permitido e encaminhado ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol), onde está sendo ouvido e poderá ser liberado mediante o pagamento de fiança. Ao Depol, ele afirmou ser servidor do Ministério da Saúde e que veio à Câmara enviar o pacote pela agência dos Correios, localizada no Anexo IV."

Fonte:https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2024/12/11/saiba-quem-e-servidor-preso-apos-tentar-entrar-em-anexo-da-camara-com-municao-de-pistola.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-mobile&utm_campaign=materias

Brasil tem 10 mil procurados pela Justiça há mais de 10 anos

ac1202 João Ferreira dos Santos era procurado há 30 anos acusado de homicídio. Era um dos mandados de prisão mais antigos do país. — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O Brasil tem 10 mil procurados pela Justiça há mais de 10 anos, mostra um levantamento do g1 no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), que reúne ordens de prisão de todos os tribunais do país.

O número equivale a 3% dos 368 mil mandados de prisão que estavam vigentes no início de outubro, quando o g1 extraiu os dados do portal, mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Entre os mandados mais antigos, quatro foram expedidos há mais de 30 anos. Dois dos alvos desses processos foram localizados após o g1 questionar a polícia sobre o não cumprimento das ordens (saiba mais).

Segundo o CNJ, do total de mandados em vigor até o dia 19 de novembro, 77% são de natureza penal. A maioria desses mandados (58%) refere-se a cumprimento provisório. Ao todo, o país possui 108.593 pessoas procuradas para cumprir condenações definitivas e 149.728 para cumprir mandados provisórios.

Para especialistas, a existência de mandados em aberto há tanto tempo decorre, sobretudo, da falta de integração entre as forças de segurança pública.

"Isso assusta, de fato, porque é um número grande", afirma Roberta Fernandes, pesquisadora associada do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). "A segurança pública brasileira não aprendeu ainda a trabalhar de forma integrada."

Para Michel Misse, professor de pós-graduação em Justiça e Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo governo Lula (PT) em outubro, é positiva nesse sentido, ao promover a integração das polícias.

Uma das mudanças almejadas pelo governo com a PEC é padronizar boletins de ocorrência, mandados de prisão e certidões de similar ao que ocorre no Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo uma linguagem unificada entre as forças policiais.

“O que a gente tem são crimes elucidados onde o problema é que você não encontra a pessoa para ela cumprir a pena", diz Misse.

O Ministério da Justiça foi procurado, mas não se manifestou. O g1 não conseguiu contato com as defesas dos procurados citados nesta reportagem.

Procurados viviam em cidade vizinha ao crime, mas em outro estado

João Ferreira dos Santos e João Maria Ferreira eram procurados por um homicídio cometido em 1991 em Timon, cidade maranhense na divisa com o Piauí.

Conforme o relatório policial, após beberem, os dois — à época, com 23 e 34 anos, respectivamente – começaram a xingar a vítima que, ao questioná-los, foi agarrada e esfaqueada 17 vezes, na frente da mulher e da filha.

Os autores fugiram, a polícia concluiu as investigações e o Ministério Público denunciou ambos os irmãos pelo assassinato. Em 1993, a Justiça do Maranhão determinou que fossem presos preventivamente para serem julgados. Os réus, entretanto, nunca foram encontrados.

Na quarta-feira (13), após o g1 questionar a Polícia Civil do Maranhão sobre o porquê de os mandados de prisão ainda estarem abertos, João e João Maria foram localizados em Teresina, cidade vizinha de Timon. João, que trabalha como estivador, foi preso. João Maria não foi detido por estar internado em razão de um acidente vascular cerebral, segundo as autoridades maranhenses.

O delegado-geral do Maranhão, Almeida Neto atribui a demora no cumprimento de mandados judiciais a falta de estrutura das polícias.

"Atualmente, temos 300 mil mandados de prisão para cumprir no Brasil e, quando alguém está foragido, o dever da prisão não é só da polícia, mas de todo o sistema de Justiça. Mas a estrutura disponível pela polícia [para cumprir os mandados] também pode contribuir", afirmou.

A falta de integração é mais evidente em casos nos quais os procurados vivem em estados diferentes de onde são investigados, apontam especialistas. Como o g1 mostrou, 10 procurados da Justiça em investigações criminais de um estado lançaram-se candidatos em outro estado nas eleições 2024.

Misse aponta que, por falta de integração, mesmo pessoas que eventualmente já estão detidas podem constar, ainda, como procuradas.

"O que acontece é que, às vezes, você tem um mandado de prisão aberto no Rio de Janeiro, mas a pessoa que você quer prender está presa no Paraná. E essa informação não está disponível porque não há um sistema nacional integrado de informações", explica o especialista.

Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), Rodolfo Laterza, explica que, sem um banco de dados integrado, quando a Justiça de um estado expede um mandado de prisão contra alguém que reside em outro, a ordem não é enviada diretamente para todas as delegacias. Em vez disso, ela segue para um departamento específico dentro das polícias civis, conhecido como Polinter.

Prisão é difícil mesmo em caso de condenação, diz delegado

João e João Maria ainda não foram julgados. O mandado de prisão contra eles é preventivo, ou seja, não se destina ao cumprimento de uma sentença.

No entanto, mesmo em casos de condenação, há dificuldades para efetuar a prisão, afirma Rodolfo Laterza, presidente da Adepol.

“Infelizmente, não há rastreamento adequado de determinados criminosos. Quando eles são submetidos a uma sentença penal condenatória e é decretada a prisão, isso é registrado no sistema [judiciário] e, muitas vezes, fica por isso mesmo”, afirma Laterza.

Antônio Afonso Coelho é alvo de um mandado expedido em 1990 por matar um homem a tiros de espingarda no ano anterior em Baião (PA).

Embora a ordem seja preventiva, Coelho já foi condenado e a sentença — 22 anos em regime fechado — se tornou definitiva em novembro de 2012.

Para Laterza, os casos mais graves são os que trazem mais dificuldades para localização do suspeito — os quatro mandados de prisão com mais de 30 anos são de homicídio.

"Criminosos normalmente envolvidos em condutas violentas, como homicídio e latrocínio, são os mais complexos. Geralmente, são indivíduos com comportamento reiterado e habitual de delinquência, não possuem endereço fixo e muito menos uma profissão estável", afirma o presidente da Adepol.

Natural de Uruburetama (CE), José de Ribamar Moreira é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido há 31 anos, suspeito de um homicídio ocorrido em 1991 em Medicilândia. À época, ele tinha 54 anos e agora, tem 87. Até a publicação desta reportagem, a ordem seguia vigente.

Um estudo recente do Instituto do Paz mostrou que 6 a cada 10 homicídios ficam sem solução no Brasil. De 22.880 assassinatos que aconteceram no ano de 2022, apenas 8.919 geraram denúncias criminais até o fim de 2023.

Especialista alerta para elevada população carcerária: 'Um milhão de presos'

Michel Misse chama a atenção para o impacto que o cumprimento de todos os mandados teria sobre a superlotação dos presídios brasileiros.

Segundo dados do Ministério da Justiça, no primeiro semestre de 2024, o Brasil enfrentava um déficit de 174 mil vagas em presídios, com 763 mil detentos para 488 mil vagas disponíveis.

"Em termos quantitativos, nós já estamos com 800 mil pessoas presas ou em prisão provisória. O Brasil é a terceira população prisional do mundo, com estes outros, nós teríamos mais de um milhão de presos", completa o professor.
Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/11/24/brasil-tem-10-mil-procurados-pela-justica-ha-mais-de-10-anos.ghtml
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