Golpe: marmitas tinham 1 uva-passa no arroz e 1 calabresa na feijoada

n Investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) suspeita de aplicar uma série de golpes, entre eles a venda de franquias de marmitas congeladas, Cirlene de Souza Ferreira, 44 anos, quando entregava as encomendas, oferecia kits de péssima qualidade. Um das vítimas fez queixas relatando que “morreu de vergonha” quando resolveu divulgar a franquia.

Segundo a cliente, ela e o marido decidiram entrar no negócio e comprar a representação. “Compramos a franquia e o freezer, com muito sacrifício, pois estava desempregada e seria uma renda extra. Mas o sonho se tornou pesadelo”, disse. A mulher explicou que abriu uma das marmitas para experimentar uma feijoada e só havia “três lascas de calabresa”.

Em outro teste, a cliente identificou que uma marmita de arroz à grega tinha apenas uma uva-passa e uma lasca de cenoura. “Todas as franqueadas estavam ao mesmo tempo reclamando das marmitas. Eu me recusei a vender, pois estavam fora dos padrões. A proprietária da franquia pediu para que eu fizesse doação das marmitas ou jogasse fora, pois iria me enviar outras dentro dos padrões de qualidade”, pontuou.

Sem devolução

Em um terceira marmita, em que deveria estar uma galinhada, a cliente ressaltou ter encontrado apenas uma “carcaça” de frango. “Foi quando resolvi sair da franquia. Tudo o que foi prometido não foi cumprido, nem o cardápio atualizado recebi para trabalhar. Desde então estou solicitando meu dinheiro investido na franquia de volta, e é sempre uma enrolação, uma desculpa.”

De acordo com a cliente, a proprietária da franquia se comprometeu e fez um acordo de parcelamento em que o primeiro pagamento seria feito em 25 de setembro. Porém, mais uma vez, o trato não foi cumprido. “Fui enganada. Quero meu dinheiro de volta”, desabafou.

Cirlene figura como autora de estelionato nas delegacias do Lago Sul, do Núcleo Bandeirante (duas vezes), da Asa Norte e do Gama. As vítimas a acusam de golpes que vão desde a venda fraudulenta de franquias até estelionatos envolvendo o financiamento de veículos em nome de terceiros, e calotes em empréstimos e aluguéis de estabelecimentos comerciais.

Mais golpes

Em um dos casos, a vítima – que preferiu não se identificar – contou que, ao conhecer Cirlene, lhe foi oferecido um modelo de negócio envolvendo a franquia Ultra Sabor, supostamente de sua propriedade. Para transparecer veracidade, a golpista das marmitas costumava dizer que a empresa fornecia alimentação para hospitais e grandes construtoras do DF.

A cliente que levou o golpe de R$ 80 mil abriria a loja em um ponto no Jardim Botânico para vender as marmitas congeladas, supostamente de alta qualidade. No entanto, Cirlene teria passado 20 dias com a então vítima fazendo marmitas e vendendo por aplicativo. Depois, desapareceu.

A surpresa maior viria semanas depois, quando a cliente se lembrou de que havia emprestado cartões de crédito para Cirlene. A mulher já havia conseguido aumentar os limites e torrar cerca de R$ 80 mil.

O outro lado

Procurada, a defesa da suposta empresária afirmou que todas as denúncias são infundadas e não condizem com a verdade.

Leia a nota na íntegra:

“Em relação às recentes acusações dirigidas contra nossa cliente, Cirlene de Souza Ferreira, gostaríamos de esclarecer que as alegações são infundadas e não condizem com os fatos. Cirlene é uma cidadã íntegra, com uma reputação construída ao longo de anos de conduta ilibada e responsabilidade.

As acusações foram levantadas sem uma base concreta e têm trazido danos profundos à sua imagem pessoal e profissional. Até o momento, nenhuma evidência confiável foi apresentada para corroborar as alegações, e seguimos confiantes de que a verdade prevalecerá.

Estamos colaborando plenamente com as autoridades para que tudo seja elucidado com a maior celeridade possível. Reiteramos o compromisso da nossoma cliente com a transparência e a Justiça e agradecemos o apoio e a compreensão de todos neste momento. O escritório está tomando as devidas providências jurídicas quanto às alegações infundadas”.

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/golpe-marmitas-tinham-1-uva-passa-no-arroz-e-1-calabresa-na-feijoada

Agiotas do PCC bancaram manifestação de parentes de presos no DF, diz Gaeco

n Uma rede de agiotas ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) é investigada por suspeita de ter financiado duas manifestações de familiares de presos em Brasília para reivindicar melhorias aos detentos recolhidos em penitenciárias federais.

Sete agiotas foram presos em junho deste ano, durante a Operação Khalifa, deflagrada pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) e pela Polícia Militar no Alto Tietê, região metropolitana de São Paulo. Todos tiveram a prisão preventiva decretada.

Os celulares dos suspeitos foram apreendidos e, segundo o MP-SP, no aparelho de Luiz Carlos Rodrigues Garcia, 40, conhecido como Paraíba, havia várias trocas de mensagens comprovando a participação dos agiotas na organização e financiamento das manifestações.

As manifestações de familiares de presos em Brasília ocorreram em 3 de dezembro de 2022 e 13 de dezembro de 2023. As investigações do Gaeco apontaram que Paraíba esteve presente nos dois eventos e coordenou toda a logística.

Os dados analisados - diz o Gaeco - indicaram que "o PCC convocou as manifestações e bancou as despesas de transporte, alimentação e hospedagem dos simpatizantes e familiares de presos, impedindo ainda que pessoas com antecedentes criminais participassem dos atos".

No telefone celular de Paraíba, aparece a imagem da reserva de sete diárias no Hotel Plaza Manhattan, em Brasília, no período de 7 a 14 de dezembro de 2023. Foram pagos R$ 5.879,50 pelas despesas. Houve negociações também para reserva de uma suíte no Kubitschek Plaza Hotel.

Em uma mensagem de WhatsApp no dia 2 de dezembro de 2023, Paraíba conversa com uma mulher sobre o evento e diz que encontrou um local para até 790 pessoas. E avisa que pediu orçamento. No dia 8 de dezembro, ele fala sobre a locação de um espaço com 70 camas e mesas.

Na mesma mensagem, Paraíba afirma que as pessoas iriam chegar na madrugada do dia 13 para o evento e iriam tomar café antes de seguirem para a manifestação, e depois retornariam, tomariam banho e iriam embora para suas cidades.

Advogado e cliente tentam enganar juiz e homem se esconde embaixo de mesa em audiência

Um homem e o seu advogado tentaram enganar um juiz durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região. Durante a sessão, é possível ver o momento em que o cliente se esconde embaixo de uma mesa para fingir que não estava na mesma sala que o advogado durante o depoimento de uma testemunha.

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Negociata eleitoral: cidade brasileira tem eleitor que vendeu voto e foi para as urnas usando óculos-espião

n Em uma cidade do Pará, Ourilândia do Norte, eleitores venderam o seu voto e foram para as urnas com um óculos-espião, a fim de que comprovassem que o voto vendido fosse realmente confirmado no vereador Edivaldo Borges Gomes, o Irmão Edivaldo (MDB).

Os óculos, com uma microcâmera embutida, chamaram a atenção de uma mesária. Mais de uma pessoa na mesma seção eleitoral entrou com o objeto.

A mesária disse à polícia que, “em determinado momento, observou um eleitor portando óculos com espessura extensa. E, depois de alguns instantes, uma adolescente estava com o mesmo objeto no bolso”.

A mulher contou que abordou a eleitora e acionou os funcionários da Justiça Eleitoral, que descobriram que os óculos possuíam uma câmera acoplada.

A adolescente abordada declarou que uma pessoa desconhecida ofereceu R$ 200 para que ela votasse no candidato a vereador Irmão Edivaldo. E ela só receberia o valor caso comprovasse por meio das filmagens que votou no candidato.

Irmão Edivaldo foi preso em flagrante e solto mediante pagamento de fiança. Ele pode responder pelo crime de compra de votos e associação criminosa. Cinco dias após ser reeleito, o político se defendeu das acusações em uma sessão da Câmara de Vereadores.

Em Nova Olinda do Maranhão, os mais de 14 mil habitantes viveram a disputa pela prefeitura mais acirrada em todo o país. Ary Menezes (PP) foi eleito no primeiro turno com 50,01% dos votos válidos, e Thaymara Amorim (PL) ficou em segundo lugar, com 49,99%. E a diferença entre os dois candidatos foi de apenas dois votos.

Thaymara chegou a comemorar a vitória antes do fim da apuração, que com 97% das urnas apuradas dava uma diferença de 100 votos a favor dela. No entanto, o resultado final deu a vitória a Ary.

Depois da vitória, porém, alguns eleitores confessaram ter vendido o voto em favor de Ary Menezes. E denunciaram que passaram a receber ameaças e represálias.

Danilo Santos é um deles. Ele admitiu que foi procurado antes da votação e aceitou vender o seu voto.

“Ary Menezes, com Ronildo, Cleo Barros, foram na minha casa, entendeu? Pra gente fechar um compromisso”, revelou, citando Ronildo da Farmácia (MDB), o vice, e Clecia Barros (Republicanos), aliada de Ary. Ele revelou que o trio perguntou o que ele queria em troca do voto.

“Falei que era 1.500 telhas, 20 sacos de cimento e a madeira da minha casa. Eles falaram para mim que, se fosse só isso, já estava tudo comprado. Que no outro dia era para eu ir buscar lá no galpão”, contou.

Danilo disse que não recebeu tudo o que foi prometido e, por isso, mudou de ideia. Dois dias depois da eleição, um caminhão da prefeitura retirou as telhas da casa dele.

Outra eleitora, a pescadora Luciane Souza Costa, também foi ameaçada. Ela decidiu não votar em Ary nem na vereadora indicada por ele depois que o marido dela recebeu dinheiro pela compra do voto. Imagens gravadas por Luciane mostram um homem, que tem o número do candidato a prefeito na camisa, ameaçando-a.

“Como eu não peguei o dinheiro, foi o meu marido que pegou, e eu postei nos meus ‘Status’ [em rede social] dando apoio para a minha vereadora, me ameaçaram de morte. [Ameaçaram] eu, meu marido e minhas filhas. Que se a gente não votasse neles, eles iam matar a gente”.

O que disseram os citados

Por nota, o prefeito eleito Ary Menezes disse que “a compra e venda de votos compromete a democracia do pleito e deve ser apurada pela Justiça Eleitoral", e se colocou à disposição para esclarecimentos.

Ronildo da Farmácia, o vice-prefeito eleito, negou as acusações. “Eu dou a garantia que da minha parte e da parte do Ary, 100% de certeza que não oferecemos dinheiro em troca de votos para ninguém. Fizemos uma campanha limpa, está entendendo?”

A defesa de Clélia Barros disse em nota que “Clélia não tem conhecimento sobre a captação ilícita de votos apontada na reportagem” e que “a cliente tem a vida pública pautada por honestidade, sempre respeitando os pilares da democracia”.

Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/10/20/negociata-eleitoral-cidade-brasileira-tem-eleitor-que-vendeu-voto-e-foi-para-as-urnas-usando-oculos-espiao.ghtml

Assistente social furta benefício de morador de rua e faz dívida

n Nessa quinta-feira (17), a Polícia Civil de Goianápolis cumpriu apreendeu smartphone e documentos comprobatórios em posse de uma assistente social que deu golpe num idoso de 65 anos, morador de rua, sob alegação de ser "viciada em apostas".

Durante a investigação de crime patrimonial contra pessoa idosa, a polícia constatou que o homem foi abordado por uma assistente social, em Goianápolis, que se ofereceu para ajudá-lo com seu requerimento de aposentadoria.

 O benefício foi concedido, mas como o homem não tinha celular, ficou combinado que a assistente social instalaria o aplicativo do banco no aparelho dela, e todo mês faria o saque e o repassaria pessoalmente ao aposentado.

Ela cumpriu o acordo verbal nos dois primeiros meses, mas, partir de então, inventou para a vítima que o benefício havia dado problema, justificando o fim dos repasse.

Ao procurar o banco, o idoso descobriu que não que havia problema nenhum com o benefício e que o dinheiro estava sendo sacado e transferido para a conta bancária de terceiros e também da assistente social.

Interrogada, ela investigada confessou a prática do crime, tendo em vista "seu vício em apostas online".

A investigação continua com objetivo de estabelecer se a investigada fez outras vítimas na região. Até agora, há elementos que comprovam crime de furto mediante fraude e falsidade ideológica, que podem levar à pena de 13 anos de reclusão.

Fonte:  https://sampi.net.br/nacional/noticias/2862940/brasil-e-mundo/2024/10/assistente-social-furta-beneficio-de-morador-de-rua-e-faz-divida

Suspeitos exibiram bode em vídeos antes de matá-lo para provocar adversários políticos no Paraná; assista

n Os suspeitos apontados pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) como responsáveis por maltratar e matar um bode para provocar adversários políticos exibiram o animal em vídeos antes e depois do crime.

Dois homens foram denunciados por maus-tratos e abuso devido ao envolvimento no caso, que aconteceu em Anahy, no oeste do Paraná, no último dia 7 — um dia após o 1º turno das eleições municipais.

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), a dupla matou o bode de cor preta em uma rua da cidade e marcaram, com tinha vermelha, o número 13 no couro do animal. No vídeo, pelo menos quatro homens aparece posando ao lado do bode. Em seguida, novas imagens mostram ele já morto e um dos suspeitos escrevendo sobre o couro dele.

Assista

n

Fonte: https://gmconline.com.br/noticias/parana/suspeitos-exibiram-bode-em-videos-antes-de-mata-lo-para-provocar-adversarios-politicos-no-parana-assista/

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