São Paulo – Em depoimento à Polícia Civil de São Paulo, estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro acusados de simular uma masturbação coletiva durante um jogo de vôlei feminino, em maio deste ano, disseram que o episódio, apelidado de “punhetaço”, foi uma “brincadeira”.
Até o momento 12 pessoas foram ouvidas. Segundo o delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos, os depoimentos foram semelhantes.
“Não posso divulgar maiores detalhes. Mas, a grosso modo, eles disseram que foi uma brincadeira. Os depoimentos continuam”, diz o delegado ao Metrópoles.
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Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças Reprodução
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Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças Reprodução
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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino Reprodução
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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino Reprodução
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Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças Reprodução
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Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças Reprodução
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A equipe de investigação trabalha com duas principais possibilidades para pedir o indiciamento dos suspeitos. Segundo o delegado João Fernando Baptista, a tipificação depende de “para quem” os alunos de medicina mostraram o pênis.
“Essa questão é muito importante pois poderá definir se o crime foi de ato obsceno (manifestação de ato sexual em público e sem uma vítima específica) ou de importunação sexual, visto que este é muito mais grave”, diz o delegado.
Assista:
Justiça determina que estudantes sejam reintegrados até conclusão de investigação
A Universidade Santo Amaro decidiu expulsar, no último dia 22, 15 alunos acusados de envolvimento no incidente. Dias depois, no dia 26, determinou que a instituição reintegrar os estudantes até que a investigação fosse concluída.
Na decisão liminar (provisória), a juíza Denise Aparecida Avelar, 6ª Vara Federal de São Paulo, afirma que os alunos expulsos não tiveram direito ao contraditório e à ampla defesa.
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A medida atendeu a um pedido da defesa de um aluno do segundo semestre, mas suspende os efeitos da resolução da reitoria da Unisa que expulsou os 15 estudantes que suspostamente aparecem nas imagens em que alunos ficam nus e simulam masturbação coletiva durante um jogo de vôlei feminino.