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Ministério Público diz ter indícios de que morte de 17 pela PM no Amazonas foi intencional

As mortes ocorreram entre a noite do dia 29 de outubro e a madrugada do dia seguinte, no bairro Crespo, em área com casas de palafita erguidas sobre um igarapé de águas poluídas e cobertas de lixo

 O Ministério Público do Amazonas apontou fortes indícios de que a Polícia Militar tenha assassinado 17 pessoas e depois manipulado a cena dos fatos. O crime teria ocorrido durante operação contra o narcotráfico em Manaus, em outubro de 2019. Trata-se da ação policial mais violenta desde o início do governo Jair Bolsonaro (sem partido).

“Da análise dos elementos reunidos durante as investigações, é possível observar a presença de fortes indícios de que de fato houve a prática de 17 crimes de homicídio doloso por intervenção policial”, afirma o promotor João Gaspar Rodrigues, da 61ª Proceap (Promotoria Especializada no Controle Externo da Atividade Policial), em procedimento administrativo.

As mortes ocorreram entre a noite do dia 29 de outubro e a madrugada do dia seguinte, no bairro Crespo, em área com casas de palafita erguidas sobre um igarapé de águas poluídas e cobertas de lixo.

Por volta das 22h, integrantes da facção Família do Norte (FDN) chegaram armados para tomar o ponto de venda do rival Comando Vermelho (CV).

Acionada por moradores, a PM chegou em seguida ao bairro. No suposto confronto, que avançou durante a madrugada e culminou com as 17 mortes, nenhum policial se feriu e ninguém foi preso.

Todos os corpos foram retirados pela PM antes da chegada da perícia e levados a hospitais. Entre os mortos havia três adolescentes. O mais novo, Uelinton do Nascimento da Silva Junior, 14, era morador do bairro e não possuía antecedentes criminais. Morreu com um tiro, que atingiu o coração e o fígado.

O promotor cita que, na versão da PM, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram, mas que essa narrativa “carece de credibilidade quando confrontada com os demais elementos de informação”.

Uma das contradições é a precisão dos tiros: 71,88% dos mortos foram atingidos no tórax, e 18,75%, no abdômen. No momento do suposto confronto, que, segundo a PM, envolveu 50 criminosos, faltava luz na região.

Em seu procedimento, Rodrigues cita um estudo do Departamento de Polícia de Nova York no qual, mesmo atirando de uma distância de até 1,8 metro, apenas 43% dos policiais em ação acertaram o alvo.

O promotor afirma que há fortes indícios do crime de fraude processual qualificada devido à remoção indevida dos cadáveres e ao fato de eles terem chegados molhados ao IML (Instituto Médico Legal).

“Os tiros disparados foram precisos e, dada a região do corpo alvejada, capazes de provocar o óbito imediato das vítimas. Dentro desse contexto, a remoção apressada de 17 corpos evidencia interesse na alteração da cena do crime e destruição de provas”, afirma.

As conclusões da Proceap coincidem com as de uma testemunha ouvida pelo jornal Folha de S.Paulo em janeiro. Sob a condição do anonimato, ela relatou ter presenciado a morte de um integrante da FDN já dominado e viu o adolescente de 14 anos algemado e ainda vivo sendo levado a um casebre.

O inquérito da Polícia Civil, no entanto, não encontrou indícios de dolo homicida e concluiu que os policiais agiram no “estrito cumprimento do dever legal”.

Via assessoria de imprensa, a PM do Amazonas informou que não foi notificada sobre as conclusões do trabalho do Ministério Público e que, “se houver erro em qualquer atuação policial, haverá responsabilização dos envolvidos”.

“A dinâmica da ocorrência, que se estendeu por vários becos, repletos de moradores, prejudicou o isolamento do local do crime. Outros elementos probatórios foram utilizados pelo inquérito, como a perícia nas armas, a necropsia nos corpos e os testemunhos”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa.

O processo tramita na Central de Inquéritos Policiais da Justiça estadual. Nesta segunda-feira (28), a 16ª Promotoria de Justiça de Manaus reiterou o pedido de encaminhamento do inquérito policial militar.

A ação da polícia no Crespo contra a FDN, facção amazonense, ocorreu em meio a uma violenta disputa com o CV pelo controle de Manaus. A guerra terminou em fevereiro, quando a facção carioca passou a controlar os presídios. A vitória foi celebrada por meio de um foguetório, ouvido em praticamente toda a capital amazonense, de pouco mais de 2,1 milhão de habitantes.

Na berlinda Nas últimas semanas, a PM do Amazonas tem sido acusada de matar ao menos cinco ribeirinhos e indígenas, na região do rio Abacaxis, sul do Amazonas, além de praticar tortura e agressão física.

A ação foi motivada por um conflito por autorização de pesca esportiva, mas a Secretaria de Segurança Pública afirma que o motivo era enfrentar traficantes. Dois PMs morreram em confronto.

A pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal determinou a intervenção do PF e da Força Nacional na região e interrompeu as operações da PM.

Na semana passada, 33 entidades não governamentais, incluindo a Arquidiocese de Manaus e Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas, exigiram a apuração dos fatos e a exoneração do secretário de Segurança Pública, o coronel da PM Louismar Bonates, “para garantir que as investigações cheguem aos reais autores das atrocidades praticadas e aos seus mandantes”.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que “não compactua com práticas ilegais” e que as denúncias estão sendo apuradas pela Corregedoria Geral.

Ex-apresentador de programa policial de TV, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi eleito com um discurso linha-dura contra o crime. Próximo do governo Bolsonaro, ele recentemente ciceroneou por Manaus o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Fonte: bandab.com.br

Traficante foragido do Paraguai é preso em Balneário Camboriú

 Operação conjunta da PF e DEIC iniciou na manhã desta quarta-feira (23) e segue em andamento

Uma operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Federal prendeu um foragido da Justiça do Paraguai, na manhã desta quarta-feira (23). O traficante estava escondido em uma casa no Centro de Balneário Camboriú.

O nome do foragido constava na difusão vermelha da lista de procurados pela Interpol. O paraguaio é suspeito de ter participação ativa em operações de tráfico de drogas, assim como na aquisição de bens móveis e imóveis. Ele também teria criado uma empresa para dissimular dinheiro do tráfico de drogas no Paraguai.

O alvo seria ligado a um cartel de drogas no Paraguai e estaria foragido há nove anos, por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Após o monitoramento do foragido em Balneário Camboriú, houve um trâmite pelas polícias Civil e Federal junto às autoridades da Justiça brasileira de solicitação de mandado judicial expedido pelo Brasil, para fins da captura e busca e apreensão no local.

Casa do traficante preso em Balneário Camboriú pela Polícia Federal e Polícia Civil – Foto: Pedro Becker

A operação contou com o apoio do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública de São Paulo), CCPI (Centro de Cooperação Policial Internacional da Polícia Federal do Rio de Janeiro), Departamento Contra el Crimen Organizado de la Policía Nacional de Assunção, no Paraguai, e do IGP (Instituto Geral de Perícias).

Fonte: ndmais.com.br

PM preso com celulares paraguaios tem habeas corpus negado e apela ao STJ

PM preso com celulares paraguaios tem habeas corpus negado e apela ao STJ Na última segunda-feira (14), o cabo da Polícia Militar Felipe José Delgado, 36 anos, teve um primeiro pedido de habeas corpus negado. Preso em flagrante no dia 10 com uma carga de celulares contrabandeados do Paraguai, agora o militar aguarda decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

No primeiro pedido, feito na 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal do Júri de Mato Grosso do Sul), a defesa destacou condições favoráveis do denunciado. Com isso, alegou que o militar é uma pessoa com bons antecedentes, que tem residência fixa e emprego lícito. Ainda menciona também o atual cenário da pandemia do coronavírus.

Também afirma o risco de contaminação por parte do policial e também que a decretação da custódia cautelar representa constrangimento ilegal. Assim, é feito o pedido de liberdade, mesmo que com medidas cautelares diversas da prisão.

No entanto, ao entendimento do desembargador Emerson Cafure, não coube ceder ao pedido. Com isso, foi negada a liberdade ao policial e, ainda no mesmo dia, o pedido de habeas corpus foi feito junto ao STF. Já na tarde desta quarta-feira (16), a petição foi distribuída e aguarda decisão.

Prisão em flagrante

O policial foi detido na região de Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. Conforme as informações do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), equipe fazia fiscalização na BR-463 quando abordou o ônibus em que o militar viajava.

Então, logo que foi abordado ele contou que levava celulares nas mochilas e se apresentou como policial militar, com a funcional. Mesmo assim, revelou que os aparelhos não tinham nota fiscal e seriam revendidos através da internet.

Com isso, foi feita a prisão em flagrante por descaminho e os 16 celulares foram apreendidos e levados para a Receita Federal. Já o policial foi encaminhado para a Corregedoria em Campo Grande e teve a prisão preventiva decretada na manhã de sexta-feira (11).

Fonte: midiamax.com.br

Parados em blitz, policiais bêbados chamam grupo e geram confusão, diz PM

PM registrou ocorrência com motoristas embriagados afirmando serem policiais civis em SP - Imagem cedida ao UOL Uma blitz de rotina numa das vias mais movimentadas de São Paulo na madrugada deste domingo (13) virou confusão e troca de insultos e ameaças entre integrantes da Polícia Militar, que fazia a operação, e membros da Polícia Civil, que voltavam de um churrasco, alguns embriagados, segundo a PM, e sem documentos. A ocorrência envolveu dezenas de veículos, policiais, delegados e até a corregedoria.

Tudo começou quando um policial do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) foi parado numa blitz da Polícia Militar sob a Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê, pouco depois da meia-noite, voltando de um churrasco. Embriagado, segundo o Boletim de Ocorrência, o condutor se recusou a entregar documentação. Vinte minutos depois, dezenas de veículos — alguns identificados com placa oficial, e outros não, chegaram ao mesmo local. A PM teve que chamar reforço para conter a confusão que só terminou pouco antes da 5h, após a intervenção da Corregedoria da Polícia e da apreensão de carros.

O veículo parado na blitz da PM foi um HB20 branco, sob a ponte das Bandeiras, sentido bairro, uma importante via na capital paulista que liga as regiões norte e sul da cidade. Segundo o boletim da polícia, o condutor estava "visivelmente embriagado, com diversos sinais notórios", não quis apresentar documentos, e afirmou que era policial civil do Denarc.

Comboio do churrasco

O condutor, depois identificado como policial civil do Denarc, Afonso Ariovaldo Beviani Junior, disse que estava voltando de um churrasco em uma delegacia, sem dizer qual DP era essa, nem entregar documentos. Ele avisou que iria chamar outros policiais que também estavam na confraternização.

Pouco depois, chegou mais um carro, dessa vez, Cobalt cinza, cujo motorista também se apresentou como policial civil do Denarc. Segundo o BO, ele "também estava visivelmente embriagado", não apresentou funcional, nem a CNH, apenas um cartão de autorização informando tratar-se de um carro da Polícia Civil.

CNH era do pai falecido

Quando finalmente o primeiro condutor parado entregou documentação, a PM checou que a HB20 estava em um depósito e que a CNH não só era vencida, desde 2009, como se tratava na verdade de um documento do pai do policial civil, já falecido.

Os dois policiais da Civil se recusaram a fazer o teste do etilômetro, e foram avisados que seriam autuados por dirigir sob influência de álcool e que a ocorrência seria apresentada no 13º DP.

Foi quando chegaram mais de 20 veículos dirigidos por policiais civis. Segundo o BO, o comboio chegou "de forma a intimidar os policiais militares que estavam no bloqueio e começaram e fazer diversas ofensas e xingamentos, ameaçando até partir para agressão física.

Os ânimos só acalmaram depois que um delegado, identificado no BO como Alexandre Inavolli, do 72º DP, passou a intermediar a situação e tentar controlar os policiais civis.

O delegado do 13º DP, Julio Siqueira Gomes, acionou a Corregedoria da Polícia Civil, que conduziu os policiais e veículos envolvidos para a sede do órgão. Segundo a PM, em nenhum momento as armas dos policiais civis foram requisitadas pelos policiais militares.

Corregedoria acionada

O Boletim de Ocorrência narra ainda que entre o acionamento da Corregedoria e sua chegada ao local dos fatos, os policiais civis que encostaram no local abriram o HB20 e retiraram vários pertences, como aparelhos de som e outros objetos.

Segundo a PM, foi requisitado IML para os policiais civis por suspeita de dirigir sob influência de álcool. O delegado corregedor fez outro Boletim de Ocorrência (BOPC nº 137/20) de averiguação de embriaguez ao volante (Art. 306, do CTB). E os veículos permaneceram apreendidos para Corregedoria.

Nota da Secretaria de Segurança Pública

Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública informou que o caso foi registrado na Corregedoria da Polícia Civil. Segundo a nota enviada, os dois policiais civis realizaram exame para constatação alcoólica e ambos deram negativo. Os agentes foram liberados.

"O órgão corregedor apura todas as circunstâncias relativas à ocorrência e a conduta dos policiais relacionados na ação. As imagens em que policiais aparecem bebendo cerveja e cantando em uma delegacia, que estão circulando pelas redes sociais, também são analisadas para identificar os policiais e, assim, as medidas cabíveis a serem adotadas", disse a Secretaria de Segurança Pública do governo do estado de São Paulo em nota enviada ao UOL.

Fonte: noticias.uol.com.br

Operação mira PMs suspeitos de integrar milícia que iria sequestrar MC Poze, no Rio

 Uma operação da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira, mira cinco policiais militares que foram indiciados e denunciados por fazerem parte de uma milícia. O chefe do bando, segundo as investigações, é o PM Igor Ramalho Martins, que já está preso. Ele teria ligação com Wellington da Silva Braga, o Ecko — miliciano mais procurado do Rio —, e também com Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como um dos chefes da maior facção criminosa do estado. Além dos PMs, os agentes visam a cumprir outros dois mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão. A ação foi batizada de Total Flex.

Além de Igor, foi preso também o policial militar Rodrigo Dias Renovato Alonso. Houve apreensão de telefones celulares e armas. São procurados os PMs Maurício da Silva Santos, Leandro Santos Macedo e Bruno Cardoso da Silva Oliveira. A operação é da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o apoio da Delegacia de Repressão Às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e outras unidades da Polícia Civil.

— O que nos espanta é que não é comum a maior facção do estado ter ligação com a milícia. E o Igor é miliciano e tem envolvimento com a facção que domina o tráfico na maioria das comunidades do estado — disse o delegado Moyses Sant'Ana, titular da DHBF.

De acordo com as investigações, Ecko teria oferecido R$ 300 mil a Igor para que o PM sequestrasse o funkeiro Marlon Brandon Coelho, o MC Poze - investigado por ligação com o tráfico, ele teve a prisão preventiva decretada, mas ela foi revogada pelo Tribunal de Justiça do Rio. O cantor seria executado. Igor teria esperado o funkeiro próximo à Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, com uma viatura da PM, mas não conseguiu concretizar o crime.

— As investigações mostraram que Ecko encomendou a morte do Poze para Igor. Acreditamos que seja em decorrência de o Poze ter ligação com a maior facção criminosa do estado, que é rival da milícia. O Poze é nascido no Rola, em Antares, e antigamente aquela região era dominada pelo tráfico de drogas. Hoje quem comanda é a milícia. Como ele canta músicas de apologia ao tráfico e contra o Ecko, acreditamos que essa foi a causa da encomenda de sua morte — revelou Moyses.

Uma interceptação telefônica autorizada pels Justiça mostra Igor, segundo a Polícia Civil, falando sobre o sequestro de MC Poze: "Tô de serviço hoje, vou pegar a viatura e vou ficar em volta da Nova Holanda. O que estiver saindo aí de bom, inclusive o Poze, tu me dá e vê por onde ele vai sair, como ele vai sair. Ou então as coisas: o que vai sair e como vai sair. O que pegar tu vai entrar na divisão, pra gente colocar uma prata no bolso. O que tu acha? Só o Poze ele vale 300 mil no Ecko".

Procurada, a defesa de Poze, representada por Sílvia Martins, afirmou que desconhecia o fato e afirmou que só tem a dizer "que a polícia continue fazendo o trabalho dela, no sentido de identificar os personagens e tomar as devidas providências". Por fim, reitrou que "Poze é um artista e cantor".

Total Flex

De acordo com a delegado-titular da DHBF, além dos PMs, um guarda municipal - identificado como Júlio César, que segundo a polícia, é lotado na Prefeitura do Rio - e um outro homem. O bando, apontam as investigações, praticava diversos tipos de crime: homicídios, roubos, extorsões, associação para o tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

— Identificamos não só os homicídios, por isso o nome da operação “Total Flex” (flexibilidade total, em tradução livre): eles praticavam todo o tipo de modalidade de crime. Roubos, assaltos, extorsões, execuções. Eles passeavam pelo código penal — destacou.

Ao longo das investigações, os agentes identificaram Igor como o chefe da quadrilha e o PM Maurício da Silva como número 2 na hirarquia do bando. E o guarda municipal ocupava o terceiro posto no organograma da organização criminosa.

— O guarda municipal, que já havia sido indiciado, entrou de licença na Prefeitura do Rio, e desde então está foragido — revalou Moyses Sant'Ana.

Roubo de dinheiro de seguro

As investigações mostraram que Igor tinha a ajuda de outros investigados para receber informações sobre pessoas que recebiam altas quantias. A partir daí, ele planejava o roubo das quantias, revelou o inquérito. Um desses roubos seria o de R$ 150 mil de um seguro de vida recebidos por uma mulher.

Uma interceptação telefônica mostra ainda que o bando planejava roubar uma senhora que havia acabado de receber R$ 900 mil de um seguro de vida do marido, de acordo com os investigadores.

— É uma mulher já de idade. A gente não sabe se eles levaram esse dinheiro da vítima. As investigações prosseguem para saber se de fato eles roubaram essa quantia — destacou o delegado.

Polícia começou a investigar bando após vítima ser carbonizada

A apuração da polícia sobre a quadrilha formada pelos PMs começou em novembro de 2019, após um assassinato ocorrido em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A vítima foi carbonizada em meio a pneus. Na época do crime, os policias eram lotados no 3º BPM (Méier) e no 4º BPM (São Cristóvão). No decorrer das investigações, eles foram trocados de batalhão.

— A partir desse homicídio e a partir de outras buscas e apreensões, identificamos os outros chefes da quadrilha. São PMs, um guarda municipal e um miliciano. Hoje apreendemos armas e anotações que nos auxiliaram no desdobramento dessa investigação. É um grupo criminoso violento que aterroriza a Baixada, inclusive com diversos outros assassinatos — destacou Moyses Sant'Ana.

As principais atividades lucrativas da milícia são, segundo a polícia, exploração de sinal clandestino de TV e internet, suposto serviço de segurança — que na realidade não passam de extorsões, apontam os investigadores — e também roubos.

Além da Polícia Civil, participam da operação equipes da Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), da Polícia Militar.

PM diz apoiar ação

Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que a Corregedoria da corporação apoia as ações, que são conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

A PM destacou ainda que a corporação, "como tem demonstrado ao longo de sua história, não compactua e pune com o máximo rigor os desvios de conduta, quando constatados, cometidos por seus membros".

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