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Aqui não há guerra: 1 Russo e 3 ucranianos convivem em penitenciária de Itaí, no interior de SP

https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiyrHSgdGs8wW9Vx-Kt3UHG-knnNu4t8VXeJQpkjG9eRHTp7sMcTrgQhttteRPU6FmephPyZdUmTjthyWX3jeAHnd7seb2CujyvnGkYwbPE7owfqjQjhfONQsMnm8m2j1GcuoZh7AXKFR-oFZHdyV_EaWsPpJGHGgeDrdJL5Rs6XCIxurHmtNurAjBQ=s900 Hoje, ele não pode lutar pela liberdade de seu país na guerra contra a Rússia. O ucraniano está preso na Penitenciária de Itaí (SP), onde cumpre pena por tráfico de drogas. 

Longe do conflito na Europa, um prisioneiro russo e três ucranianos convivem lado a lado no pavilhão dos europeus no presídio paulista, apurou a reportagem com fontes do sistema penitenciário. Não há registro de conflito entre eles. A unidade, destinada a estrangeiros, é conhecida no sistema carcerário como "Torre de Babel" por abrigar presidiários de dezenas de nacionalidades.

A coluna encaminhou às 17h51 de ontem pedido à SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) indagando sobre o número oficial de presos dos dois países. O secretário Nivaldo Restivo não deu resposta até as 13h de hoje, mesmo tendo os dados em mãos desde a manhã.

Inaugurada em 29 de agosto de 2000, no ano de 2006 a Unidade Prisional passou por
reformas e foi preparada para ser a primeira U.P no país para presos estrangeiros

Na Penitenciária Estadual de Itaí, os presos têm aparelhos de TV na cela. Desde o começo do conflito entre Rússia e Ucrânia, os prisioneiros, apreensivos, acompanham com atenção os noticiários envolvendo os dois países.

O ucraniano Anastasov nasceu em 18 de abril de 1992 na Crimeia. A região foi anexada pela Rússia em 2014. Ele prestou serviço militar de 2011 a 2014, como soldado. No período de 2014 a 2017 atuou como sargento, até chegar à patente de tenente. Em novembro de 2017 passou para a reserva.

Anastasov foi preso em São Paulo em 25 de março de 2021. Segundo a Polícia Civil, ele desembarcou no Terminal Rodoviário da Barra Funda, zona oeste, em um ônibus procedente de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.

Diferente das Penitenciárias do Sistema Espinha de Peixe, a Penitenciária de Itaí, é uma
Unidade construída no Sistema X, como a de Getulina, Lucélia e outras inauguradas no final dos anos 90 e início dos anos 2000

Investigadores disseram à época que chegaram até o ucraniano graças a denúncia anônima. Os policiais civis também afirmaram ter encontrado 466,8 gramas de cocaína na bagagem dele. Anastasov negou envolvimento com o tráfico e alegou que a droga não era dele.

A defesa do ucraniano diz que ele vivia em Kiev, é casado, graduado em finanças e crédito desde 2012, é empresário e organizador de eventos de artes marciais e viajou para o Brasil a convite de colegas justamente para participar de lutas.

Em 14 de julho de 2021, o juiz Fabrizio Sena Fusari, da 3ª Vara Criminal da Capital, condenou Anastasov a 5 anos e 10 meses. O advogado Paulo Silas da Silva, defensor do ucraniano, recorreu da decisão, pedindo a absolvição ou então a redução da pena, já que o cliente é réu primário.

Segundo fontes do sistema prisional, os outros dois ucranianos presos na Penitenciária de Itaí também foram condenados pela acusação de tráfico de drogas.

Um dos principais biopiratas do mundo, russo é condenado a 11 anos de prisão no Brasil

Maior traficante de animais

O biólogo Kirill Sergeevich Kravchenko, 36, é o único russo preso em Itaí. Ele é apontado como o maior traficante de animais silvestres do mundo e em 3 de dezembro do ano passado foi condenado a 11 anos por esse crime, pela juíza Ana Emília Rodrigues Aires, da 1ª Vara Federal de Guarulhos (SP).

Em janeiro de 2021, Kravchenko foi detido no aeroporto internacional de Guarulhos, onde tentou embarcar para São Petersburgo, na Rússia, levando nas malas 294 animais silvestres. Ele pagou multa, teve o passaporte apreendido, foi liberado, mas continuou monitorado.

Animais apreendidos na mochila de Kravchenko no ônibus que seguia para Foz do Iguaçu (PR) 

Imagens: Polícia Rodoviária Federal

Agentes federais seguiram todos os passos do russo. Em 18 de junho do ano passado, Kravchenko estava hospedado em um hotel no Rio de Janeiro. Ele foi até a rodoviária Novo Rio e ao meio-dia embarcou em um ônibus. 

O objetivo do biólogo era deixar o Brasil cruzando a fronteira com o Paraguai.No km 78 da rodovia Presidente Dutra, no município de Seropédica, os federais interceptaram o ônibus. Com Kravchenko foram encontrados 320 animais silvestres. Eram sapos, pererecas, aranhas, lagartos, barbeiros, escorpiões e besouros, entre outros.

Kirill Sergeevich Kravchenko foi flagrado em São Paulo e no Rio de Janeiro com animais - Imagem: Reprodução

Segundo a Interpol (Polícia Internacional), o biólogo russo agia em vários países dos cinco continentes, como Espanha, Alemanha, República Tcheca, Egito, África do Sul, Namíbia, Equador, Argentina, Panamá, México, Japão, Vietnã, Indonésia, Austrália e Nova Zelândia. 

A defesa do russo recorreu da sentença e alega que ele não integra organização criminosa e não é contrabandista. De acordo com os defensores, em nenhum momento foi provado que o biólogo vendeu ou expôs os animais silvestres e também que não há provas suficientes para a condenação dele.

Fonte: UOL

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