Polícia indicia grupo suspeito de transferir empresas com R$ 8,3 milhões em dívidas tributárias para beneficiários de programas sociais

np0530 Empresa que faturava milhões teria sido "vendida" por R$ 100 mil para pessoa em situação de vulnerabilidade. De acordo com a investigação, o grupo usava empresas de fachada e ‘laranjas’ para ocultar dívidas tributárias simulando movimentações legais.

Três pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento em um esquema de sonegação fiscal que causou um prejuízo de R$ 8,3 milhões à Fazenda Pública Estadual. De acordo com a investigação, o grupo transferia empresas com dívidas tributárias para beneficiários de programas sociais, usando empresas de fachada e ‘laranjas’ para simular movimentações legais.

O caso foi investigado pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT). Foram indiciados: empresário de 35 anos, a companheira dele, de 37 anos, e um contador, de 47 anos. A polícia investigou crimes de falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Os nomes não foram divulgados e o g1 não conseguiu contato com a defesa deles. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o contador morreu em 2021 e, por isso, foi declarada extinta a punibilidade dele.

O caso começou a ser investigado em abril de 2024, depois de uma representação fiscal feita pela Superintendência de Enfrentamento e Fraudes Fiscais Estruturadas (Sefaz/TO).

A polícia apurou que o grupo transferia empresas com altos valores em débitos fiscais para pessoas sem qualquer capacidade financeira ou conhecimento técnico. Depois, alterava os endereços para municípios como Formoso do Araguaia e Natividade, onde essas empresas nunca funcionaram.

Uma das empresas acumulou mais de R$ 7,9 milhões e a outra R$ 337,9 mil em débitos fiscais, de acordo com a polícia. As duas totalizaram o prejuízo de R$ 8,3 milhões aos cofres públicos, conforme certidões de dívida ativa atualizadas até fevereiro de 2025.

Além disso, segundo a polícia, o grupo chegou a transferir bens para o nome da mulher e outras empresas vinculadas ao grupo, com o objetivo de evitar execuções fiscais.

Grupo se aproveitava de pessoas vulneráveis

A investigação aponta que o esquema se aproveitava de pessoas em vulnerabilidade e extrema pobreza.

"O grupo se aproveitava da vulnerabilidade de pessoas em situação de extrema pobreza para ocultar as verdadeiras operações. Os laranjas mal sabiam que estavam envolvidos e não tinham qualquer vínculo com a atividade empresarial", explicou o delegado Vinícius Mendes de Oliveira.

Em um dos casos, o empresário transferiu cotas da empresa investigada para um homem de 37 anos, beneficiário de programas sociais, dependente químico e sem bens. A venda teria sido por R$ 100 mil. Em depoimento, o homem afirmou que não conhecia o empresário ou a empresa.

Esse mesmo padrão foi identificado na transferência, em maio de 2024, de outra empresa para um homem de 56 anos, apontado como "laranja" e beneficiário de programas sociais.

A polícia afirma que essa empresa registrou um faturamento de milhões entre 2022 e 2023, supostamente sendo “vendida” por R$ 100 mil. Para a polícia, esse valor é incompatível com a movimentação financeira e isso levantou a suspeita de fraude.

O delegado explica que as alterações contratuais e registros contábeis foram realizados com a participação do contador e incluíam também as mudanças de endereço para locais fictícios.

"Em Formoso do Araguaia, uma sala comercial alugada pelo contador nunca foi utilizada para fins operacionais, servindo apenas para a instalação de uma placa empresarial. Situação semelhante foi constatada em Natividade, onde outra empresa também não funcionava no endereço declarado", destaca o delegado.

Empresário investigado em outros inquéritos

A Secretaria de Segurança Pública informou que o empresário responde a outros quatro inquéritos de 2024. Em dois casos, ele foi indiciado. Os outros foram extintos após o pagamento dos créditos fiscais.

Conforme a SSP, ele responde por falsidade ideológica e crimes tributários. A investigação também apontou que houve concorrência desleal, pois os investigados praticavam preços incompatíveis com a realidade do mercado e não recolheram tributos.

O empresário e sua companheira respondem em liberdade. Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado para a 1ª Vara Criminal de Gurupi, para análise do Ministério Público e do Judiciário. Os laranjas não foram responsabilizados, pois os indícios apontam que eles foram vítimas de uso indevido de seus dados pessoais.

Fonte: https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2025/05/27/policia-indicia-grupo-suspeito-de-transferir-empresas-com-r-83-milhoes-em-dividas-tributarias-para-beneficiarios-de-programas-sociais.ghtml

PMs suspeitos de integrar grupo criminoso se entregam

np0522Conforme a notícia, dois policiais militares do Rio de Janeiro, Cabo Diogo Briggs Climaco e Tenente Alessander Ribeiro Estrella Rosa, se entregaram por suspeita de integrar o grupo criminoso 'Novo Escritório do Crime'. Este grupo é investigado por envolvimento na venda de armas apreendidas em operações policiais e por diversos assassinatos. A investigação revelou o envolvimento dos policiais em negociações ilegais dentro de seus batalhões. A organização criminosa é comandada pelo ex-policial militar Thiago Soares Andrade Silva.

 

 

Fonte: https://correiodobrasil.com.br/a/pms-suspeitos-integrar-grupo-criminoso-entregam

Funcionário preso com mais de 2 mil celulares de origem paraguaia em caminhão da Copel trabalha há 13 anos na companhia

np04101 Homem de 36 anos foi suspenso pela companhia até conclusão da investigação. Copel informou que além da suspensão, também iniciou procedimentos internos para apurar caso.

"A Copel informa que, assim que tomou conhecimento do fato, suspendeu o empregado do quadro da companhia, bem como iniciou os procedimentos internos para apurar esse grave desvio de conduta", disse a companhia.

A prisão em flagrante ocorreu na sexta-feira (4) quando o caminhão foi abordado na BR-277, em Santa Tereza do Oeste, no oeste do Paraná, durante uma operação integrada entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PR) da Polícia Militar, a Receita Federal e a Polícia Federal. Leia mais abaixo.

A empresa informou que o funcionário, que era concursado desde 2012, trabalhou em Matelândia na data da prisão e deveria retornar a Foz do Iguaçu, onde finalizaria sua jornada de trabalho.

"A companhia possui rastreamento da frota, que conta com veículos de configuração padronizada para o trabalho de operação e manutenção de redes de energia elétrica, e a mudança de rota não estava autorizada", diz o texto.

A empresa garantiu que vai colaborar com a polícia e disse que tomará as medidas cabíveis para que uma situação como essa não se repita.

"A Copel tem uma reputação a zelar e um código de conduta rigoroso, que é de conhecimento de todos os colaboradores, que por sua vez são treinados periodicamente nesse conteúdo, e lamenta pelo ocorrido", manifestou a companhia.

Durante a vistoria no veículo, os policiais encontraram um compartimento adaptado que não era compatível com o modelo do caminhão. Dentro dele, estavam os celulares avaliados em mais de R$ 1,7 milhão.

O motorista, de 36 anos, disse aos policiais que pegou a mercadoria em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná e levaria até Curitiba. Ele contou que receberia R$ 5 mil para realizar a entrega dos celulares.

O homem foi preso pelo crime de descaminho e levado até a sede da Polícia Federal de Cascavel. As mercadorias e o caminhão foram apreendidos e levados para a Receita Federal.

Fonte: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2025/04/07/funcionario-preso-mais-2-mil-celulares-paraguaia-caminhao-copel-trabalha-ha-13-anos-na-companhia.ghtml

 

Flagrado com fuzis e pistolas, funcionário público é preso pela Polícia Federal na Grande Belém

np0331 Um funcionário público foi preso nesta terça-feira (25) durante a operação "Inóspito", da Polícia Federal, deflagrada na Região Metropolitana de Belém. Ele foi detido em flagrante pelo crime de posse ilegal de armas de fogo de uso restrito. Diversos fuzis e pistolas foram encontrados com o suspeito. Carros de luxo também foram apreendidos.

A investigação aponta possível participação de servidores públicos em uma organização criminosa voltada para o contrabando de cigarros no Pará, com suspeita de envolvimento em atividades relacionadas à atuação de milícia.

Polícia Federal apreende armas em operação na Grande Belém

Durante a ação policial, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal; sendo um na casa de um servidor público, no distrito de Benfica; e outro em um depósito na cidade de Benevides.

Na residência do preso, foi apreendido um verdadeiro arsenal:

  • cinco fuzis,
  • três pistolas,
  • uma espingarda calibre 12,
  • além de uma grande quantidade de carregadores e  munições;
  • e equipamentos utilizados para bloquear sinais de celular.

Durante as buscas, foram apreendidos uma moto e quatro veículos de luxo, um dos quais com marcas de perfuração possivelmente provocadas por disparos de arma de fogo.

Os investigados poderão responder pelos crimes de contrabando, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, dentre outros que poderão ser identificados no decorrer das investigações.

As investigações continuam visando identificar outros envolvidos e esclarecer os fatos apurados.

Fonte: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2025/03/25/pf-prende-funcionario-publico-suspeito-de-atuar-em-milicia-na-grande-belem.ghtml

PF investiga transporte de cocaína dentro de cargas de congelados que partiam de SC para o exterior

np03241 Operação Iceberg cumpre 14 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão em três estados. Grupo movimentou R$ 450 milhões em três anos.

Polícia Federal cumpre 14 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão, nesta quinta-feira (20), em uma operação que busca desarticular um grupo de traficantes investigado por ocultar cocaína em cargas de alimentos congelados exportadas a partir de portos de Santa Catarina.

Segundo a PF, os suspeitos usavam a estrutura de empresas de logística para esconder a droga. Em três anos, conforme a investigação, o grupo que financiava as atividades dos traficantes movimentaram cerca de R$ 450 milhões em contas bancárias.

As investigações começaram após apreensão de três cargas de cocaína em países africanos, em dezembro de 2022, que estavam escondidas em meio a remessas de frango congelado exportadas do porto de Itapoá, no Litoral Norte (veja mais abaixo).

Entre os investigados estão cooptadores, operadores financeiros e financiadores das atividades ilegais, segundo a PF.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal e estão sendo cumpridos em Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

A Justiça também autorizou o sequestro de veículos, seis imóveis e o bloqueio e congelamento de contas bancárias vinculadas a 17 pessoas físicas e jurídicas. Até as 8h55, não havia balanço dos bens sequestrados.

Investigação

As investigações começaram em dezembro de 2022 após a apreensão de três cargas de cocaína na Líbia, Libéria e Serra Leoa. Nos três casos, a droga estava escondida em meio a cargas de frango congelado exportadas do porto de Itapoá, no Litoral Norte de Santa Catarina.

"Além disso, todas essas caragas haviam sido manipuladas em uma empresa de logística, o que levou a Polícia Federal a suspeitar dos trabalhadores dessa empresa", informou o delegado Alessandro Netto Vieira, coordenador da operação.

?A investigação chegou a um grupo de trabalhadores da área de logística e exportação de alimentos congelados, com acesso a informações sobre destino de cargas e dados de embarcações, que aproveitava a logística do local para ocultar o entorpecente.

"Nessa condição, eles tinham acesso a informações privilegiadas, número de contêineres, dados de embarcações. Tudo sem conhecimento das empresas envolvidas", completa.

O grupo também atraia funcionários de outras empresas de logística de alimentos congelados para viabilizar o tráfico a partir de outros portos, como o de Paranaguá, no Paraná.

O núcleo financeiro do grupo realizava os pagamentos dos envolvidos nos serviços ilícitos por meio de empresas de fachada. A movimentação bancária identificada, incluindo todos os grupos, entre 2022 e 2024, chegou a aproximadamente R$ 450 milhões.

Empresas desconheciam, diz PF

Conforme a Polícia Federal, a atividade criminosa ocorria sem o conhecimento das empresas exportadoras e importadoras legítimas, e causaram prejuízos milionários, que inclui a interrupção de negócios com países africanos.

Sem saber que a carga estava contaminada com droga, segundo a PF, dois representantes de uma importadora da Líbia haviam sido presos suspeitos de tráfico internacional, enfrentando o risco de prisão perpétua. Eles foram libertos após a Polícia Federal esclarecer os fatos à Justiça local.

Os investigados responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, financiamento ao tráfico e lavagem de dinheiro, segundo a PF. As penas variam de 3 a 20 anos de reclusão.

Fonte: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/03/20/pf-transporte-cocaina-cargas-congelados-operacao-iceberg.ghtml
 
 
 
 

Foragido da Justiça de Divinópolis é preso nos Estados Unidos após ação conjunta com a Interpol

np0322 Foragido da Justiça de Divinópolis há quase um ano é preso nos Estados Unidos

Um homem procurado pela Justiça de Divinópolis foi preso nos Estados Unidos após quase um ano foragido. Ele tinha um mandado de prisão expedido desde 24 de abril de 2024, e tem envolvimento em crimes como tráfico de drogas, furto, clonagem de veículos, receptação e homicídio.

A prisão ocorreu após uma operação conjunta entre a 7ª Região da Polícia Militar (7ª RPM), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), agentes de inteligência do 23º BPM, com apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e autoridades policiais norte-americanas.

A ação faz parte da operação "Venator". No vídeo acima, o capitão Tafuri, chefe da Seção de Emprego Operacional da 7ª RPM, comenta a prisão.

Fonte: https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2025/03/19/foragido-da-justica-de-divinopolis-e-preso-nos-estados-unidos-apos-acao-conjunta-com-a-interpol.ghtml

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