General diz ao STF que maioria em acampamento no QG do Exército era de moradores de rua

n0602 Em depoimento prestado nesta sexta-feira 30 à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, o general da reserva Gustavo Henrique Dutra afirmou que, na véspera dos ataques golpistas de 8 de Janeiro, a mobilização em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, era composta em sua maioria por pessoas em situação de rua.

O general relatou que esteve com o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em 6 de janeiro, dois dias antes da invasão às sedes dos Três Poderes. 

Segundo ele, o encontro teve caráter informal e foi descrito como um “cafezinho de cortesia”. Dutra declarou que, na ocasião, apresentou a situação do acampamento a Torres e levou fotos para mostrar a desmobilização.

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Ele também acionou a secretária de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Marra, para tratar do atendimento aos “indivíduos vulneráveis” que ainda permaneciam no local. “Mostrei que o acampamento estava bem esvaziado e que a maior parte das pessoas ali eram em situação de rua”, disse o general em sua oitiva.

O depoimento buscou reforçar a versão da defesa de Anderson Torres, que tenta demonstrar que não havia sinais evidentes de risco na data da viagem do ex-secretário, ocorrida ainda em 6 de janeiro.

No entanto, outros testemunhos colhidos pelo STF indicam que, além da presença de moradores de rua, havia movimentações para retomar os protestos, com ônibus chegando a Brasília na madrugada do dia 7.

A reunião entre Dutra e Torres não teve registro formal. Ainda assim, o general insistiu que a intenção foi meramente tratar de questões sociais envolvendo o acampamento. A secretária Ana Paula Marra, também ouvida no processo, confirmou que foi chamada para tratar do acolhimento das pessoas no local, mas acrescentou que houve discussão sobre possíveis mandados de prisão contra líderes do acampamento.

Fonte: https://www.cartacapital.com.br/politica/general-diz-ao-stf-que-maioria-em-acampamento-no-qg-do-exercito-era-de-moradores-de-rua/

Saiba quem é a juíza aposentada por favorecer escritório de advocacia

n0530 Juíza de processo bilionário de falência foi aposentada compulsoriamente por beneficiar escritório dos filhos de promotor do caso.

Aposentada compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), a juíza Emanuela Bianca Oliveira Porangaba estava afastada das funções desde junho de 2024. Na época da decisão da Corregedoria-Geral de Justiça, ela integrava o colegiado de magistrados responsáveis pelo processo bilionário de falência da Laginha Agroindustrial, que pertencia ao empresário João Lyra, ex-deputado federal e pai de Tereza Collor.

Emanuela Porangaba ingressou na magistratura em 2008, foi titular da 21ª Vara Cível da Capital e atuou como juíza substituta e plantonista em Maceió e no interior do estado entre 2022 e 2023. Foi nesse período que ocorreram as irregularidades apontadas pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Domingos de Araújo Lima Neto.

De acordo com o relatório da Corregedoria, a magistrada ignorou inconsistências e erros em petições iniciais, autorizou transferências de titularidade de veículos sem a devida comprovação documental e direcionou processos para comarcas onde atuava como substituta. O esquema teria causado um prejuízo de R$ 1,7 milhão a instituições financeiras.

Os casos não tinham relação direta com o processo de falência da Laginha Agroindustrial, mas as decisões beneficiavam principalmente o escritório de advocacia de Carlos Henrique Costa Mousinho e Diego Aurélio Costa Mousinho, filhos do promotor de Justiça responsável pela ação bilionária, Marcus Aurélio Gomes Mousinho. O irmão do promotor, Marcello Mousinho Júnior, também foi citado pela Corregedoria por envolvimento no esquema.

Segundo o relatório, advogados ligados ao escritório Mousinho & Mousinho Advogados Associados chegaram a inventar endereços falsos para dar entrada em ações que seriam analisadas pela magistrada. Emanuela Porangaba ignorava a ausência de comprovantes de residência e proferia decisões favoráveis aos requerentes, principalmente com a exclusão de gravames registrados na documentação de veículos adquiridos pelos clientes do escritório.

“A mera prática reiterada de falta de prudência e os fortes indícios de favorecimento consciente às partes por meio de decisão judicial já são suficientes para a consumação das infrações disciplinares, sendo irrelevante se a eventual conduta da magistrada chegou a causar efetivos prejuízos financeiros”, anotou o corregedor.

Falência

Avaliada em R$ 3 bilhões e com dívidas fiscais e trabalhistas de aproximadamente R$ 4 bilhões, a massa falida da Laginha Agroindustrial reúne três usinas de açúcar e etanol. O processo de falência se arrasta há 20 anos na Justiça alagoana e, em maio, 13 dos 17 desembargadores do TJAL se declararam impedidos de julgar o caso. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o processo deve ser julgado pelo próprio TJAL.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/saiba-quem-e-a-juiza-aposentada-por-favorecer-escritorio-de-advocacia

 

Estados Unidos oferecem recompensa de quase R$ 60 milhões por informações sobre o Hezbollah na fronteira do Brasil

n0522 Os Estados Unidos estão oferecendo uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 56 milhões a R$ 60 milhões, dependendo da cotação) por informações que ajudem a desarticular as redes financeiras do Hezbollah na região da Tríplice Fronteira, que abrange Argentina, Brasil e Paraguai.

A iniciativa faz parte do programa "Recompensas por Justiça" (Rewards for Justice) do Departamento de Estado norte-americano, que visa combater o financiamento do grupo libanês. As informações úteis incluem dados sobre as fontes de renda, canais de financiamento, empresas e investimentos ligados direta ou indiretamente ao Hezbollah, empresas de fachada que compram tecnologia de uso civil e militar para o grupo, e esquemas que gerem lucro para a organização envolvendo seus integrantes ou apoiadores. Denúncias podem ser feitas anonimamente por canais como Signal, Telegram e WhatsApp.

Os EUA designaram o Hezbollah como organização "terrorista" em 1997 e "terrorista global" em 2001. O programa "Recompensas por Justiça" já pagou mais de US$ 250 milhões desde 1984 por informações que ajudaram a proteger a segurança nacional norte-americana.

A presença do Hezbollah na região é investigada, com o grupo obtendo receitas de atividades comerciais aparentemente legítimas, como construção civil, importação e exportação, e vendas de imóveis. Investigações da Polícia Federal (PF) no Brasil também indicam atividades de recrutamento ligadas ao grupo, como a Operação Trapiche, deflagrada em 2023 para evitar atos terroristas. A organização é considerada terrorista por diversos países além dos EUA.

Fonte:  https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/05/19/estados-unidos-oferecem-recompensa-de-quase-r-60-milhoes-por-informacoes-sobre-o-hezbollah-na-fronteira-do-brasil.ghtml

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Deputado do Paraná ataca roupas de deputada após ela protocolar pedido para que ele perca cargo na CCJ por faltas consecutivas

n04101 Declarações do deputado estadual Ricardo Arruda (PL) sobre as roupas da deputada Ana Júlia (PT) provocaram reações da bancada feminina e de oposição da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O caso aconteceu em plenário, na primeira sessão da semana.

O comentário de Arruda veio após a deputada Ana Júlia apresentar um pedido para que ele fosse substituído na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por excesso de faltas. Entenda mais abaixo.

Segundo Ana Júlia, após o pedido, o deputado criticou as vestimentas dela e disse que ela parecia estar no diretório acadêmico de uma universidade.

Para a deputada, o caso se trata de violência política de gênero. Ela falou sobre o assunto na tribuna da Alep na segunda-feira (7).

"[Ele] veio hoje na tribuna falar, tentar me desmoralizar, tentar me humilhar dizendo que eu não sei o que estou fazendo aqui , que eu não sei ler o regimento, que eu não sei qual é o meu pedido. Porque sou uma deputada de primeiro mandato, por que sou uma deputada jovem, pela forma que eu falo, como a forma que eu me visto, dá pra ver que eu não sei o que estou fazendo aqui", disse Ana Júlia.

Ricardo Arruda rebateu e disse que a crítica teve como alvo o comportamento da deputada.

"Nesse plenário, os deputados são obrigados a vir de paletó e gravata e as mulheres não têm isso no regimento, mas nós olhamos para todas as deputadas e todas vêm com a vestimenta que condiz com o plenário [...] Mas tem pessoa que se acha acima de tudo e quando falei que ela parece que está ainda num D.A [diretório acadêmico] de universidade, é pelas atitudes que ela tem aqui", falou.

A líder da bancada feminina, deputada Mabel Canto (PSDB), também se manifestou. Disse que a colega de bancada se veste adequadamente e que Arruda não tem propriedade para falar sobre a vestimenta de uma deputada estadual.

"E mesmo que não estivesse apropriada, ela é uma mulher que pode vestir aquilo que ela deseja", falou.

Em entrevista à RPC, Ricardo Arruda disse que a fala foi por questão de formalidade e que foi "bobeira". Ele também pediu desculpas e, ao ser questionado se mantém a opinião, disse que "não acha mais nada".

"Não vale a pena porque vai ter choro de novo de vitimismo, eu não quero isso, não muda meu trabalho e nem o dela", completou.

Faltas consecutivas na CCJ

O atrito entre os deputados teve origem em um requerimento apresentado por Ana Júlia à Mesa Diretora, no qual aponta que Ricardo Arruda faltou a três sessões consecutivas da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sem justificativa.

De acordo com o regimento interno da Alep, essa conduta pode acarretar a perda da vaga na comissão.

Arruda alegou que justificou as ausências verbalmente ao presidente da CCJ. Contudo, o presidente da CCJ, o deputado Ademar Traiano (PSD), disse que não recebeu as justificativas.

"Oficialmente não recebi. Houve, realmente, a ausência do deputado por mais de três sessões. Ela apresentou um requerimento e, imediatamente encaminhei à presidência da casa e cabe ao presidente dar as providências", comentou Traiano.

O presidente da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), abriu prazo de cinco dias para que Ricardo Arruda apresente a defesa.

OAB Garanhuns diz que acompanha prisão de advogado após suspeita de sequestro e organização criminosa

 

Mulher que extorquiu cerca de R$ 50 mil de amigo ameaçou criar grupo com familiares dele para revelar traição, diz polícia

n03241 Mulher que extorquiu cerca de R$ 50 mil de amigo ameaçou criar grupo com familiares dele para revelar traição, diz polícia

A mulher de 22 anos, que foi presa em Goiânia suspeita de extorquir cerca de R$ 50 mil de um amigo para não contar à esposa dele sobre uma traição, também ameaçou criar um grupo com familiares da vítima para expor o caso, disse a Polícia Civil. Prints de mensagens divulgadas pela polícia mostram que a suspeita pretendia envolver até a filha do amigo no grupo (veja acima).

g1 não conseguiu contato com a defesa da suspeita até a última atualização desta reportagem.

"Se realmente quer que conte tudo, vou fazer um grupo às 9h45 com todos eles, se não me mandar o dinheiro", afirmou.

Em outra conversa, a suspeita declarou ter "muitos números", e que mandaria as provas para eles "aos poucos". Ela foi presa em flagrante por extorsão enquanto ameaçava a vítima novamente, na quinta-feira (14).

"Estou te dando a oportunidade de eu apagar tudo. Mas se não tiver, vou enviando aos poucos. Tenho muitos números", escreveu.
De acordo com a polícia, mesmo após a vítima enviar o dinheiro, as extorsões continuaram por meses. As ameaças começaram em setembro de 2024 e seguiram até a data da prisão, acumulando um prejuízo aproximado de R$ 50 mil.

Investigações

Segundo o delegado Daniel Oliveira, responsável pelo caso, para continuar com as extorsões, a suspeita trocou de linhas telefônicas diversas vezes, conforme era bloqueada pela vítima.

Percebendo que as extorsões não paravam, a vítima procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Mesmo assim, a suspeita tentou cometer o crime novamente, mas o homem acionou a polícia, e ela acabou presa em flagrante.

Ainda segundo a corporação, ela confessou o crime no momento da abordagem, mas ficou em silêncio durante seu depoimento. Além da suspeita, o irmão, o pai e um amigo dela também tiveram as prisões preventivas decretadas por receberem parte dos valores enviados.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, o g1 não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos.

De acordo com o delegado, a suspeita e o irmão continuavam presos na tarde da última quarta-feira (19), enquanto o amigo recebeu liberdade provisória e o pai estava foragido da Justiça.

Fonte: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/03/21/mulher-que-extorquiu-cerca-de-r-50-mil-de-amigo-ameacou-criar-grupo-com-familiares-dele-para-revelar-traicao-diz-policia.ghtml

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