Policial civil e traficante My Thor são alvo de operação da Draco e da Corregedoria que investiga tráfico de cocaína entre Rio e São Paulo

oc0823 Um policial civil é alvo de uma operação que acontece nesta quinta-feira no Recreio dos Bandeirantes, onde ele mora. O homem é suspeito de participar da comercialização de cocaína entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Além dele, outras duas pessoas também são alvo de busca e apreensão. Organizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), a ação tem também apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL), além da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil paulista.

Os agentes também realizaram buscas na cela onde está preso o traficante Marco Antonio Pereira Firmino, o My Thor, na penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, a Bangu 3. Dez celulares foram apreendidos no local, alguns chegaram a ser quebrados pelos presos, mas a polícia garante que, apesar disso, a coleta de informações será feita sem intercorrências.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que My Thor e outros sete presos que estavam na cela foram transferidos para a Penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), onde vão permanecer por tempo indeterminado. Entre os transferidos estão: Luiz Claudio Machado (Marreta), Luiz Fernando Nascimento Ferreira (Nando Bacalhau) e Breno da Silva de Souza (Breno do Guandu). A Seap vai abrir uma sindicância para apurar as circunstâncias da entrada dos aparelhos na unidade e vai submeter os presos a procedimento disciplinar.

A secretaria ressalta ainda que há um processo de licitação para a compra e instalação de bloqueadores de sinal de aparelhos celulares nas unidades prisionais que se encontra em fase de pesquisa de preço.

Ligação suspeita

As investigações apontam que o policial civil e o traficante estão ligados a um empresário paulista, que seria o responsável pela venda da cocaína. A casa onde ele mora, no Itaim Bibi, área nobre de São Paulo, também foi alvo de buscas.

Segundo o delegado João Valentim, titular da Draco, o empresário não pertence à nenhuma facção, mas vende cocaína para diversas, como o Comando Vermelho, no Rio, e o Primeiro Comando da Capital, em São Paulo.

— Durante as investigações, nós percebemos ligações do My Thor com o empresário paulista, e do empresário paulista com o policial civil. Os dois últimos estavam associados a inúmeras organizações criminosas com o intuito de abastecer o Comando Vermelho com cocaína, comercialização que era negociada com o My Thor.

O delegado explica também que o policial civil não exercia trabalho operacional ou investigativo na corporação, e sim burocrático. Ele chegou a abrir uma empresa de fachada para lavagem de dinheiro.

— Ele tinha uma empresa fictícia de assessoria, que era utilizada para lavar dinheiro e para fazer pagamentos de grandes quantidades de drogas, carregamentos de cocaína, principalmente para o Comando Vermelho.

Valentim acrescentou que um dos pedidos que será feito à Justiça é a transferência do My Thor e de outros traficantes aliados para presídios federais.

— De dentro do presídio, o My Thor e outras lideranças do Comando Vermelho vem dando ordens para roubos, tráfico de drogas e homicídios. As apreensões de celulares na cela provam que ele gerenciava tudo. Com isso, a gente vê a necessidade de enviá-los para um presídio federal, dada a gravidade dos fatos.

Em nota, a Polícia Civil informou que a operação teve o objetivo de "desarticular uma célula de narcotráfico vinculada à maior facção criminosa do estado". Os mandados de buscas e apreensões são para "obter mais evidências sobre a remessa de grandes quantidades de cocaína de São Paulo para comunidades no Rio de Janeiro, dominadas pela facção, e esclarecer os vínculos entre chefes de organizações criminosas e agentes públicos".

My Thor

O traficante Marco Antonio Pereira Firmino, um dos principais chefes do Comando Vermelho, está preso há mais de 23 anos. O primeiro período preso foi entre 1988 e 1994. Dois anos depois, voltou ao sistema, fugiu e foi recapturado em 2000. Foi novamente solto e voltou à cadeia em julho de 2006, quando foi condenado a 22 anos e seis meses de reclusão.

Durante a condenação, passou 14 anos e dois meses migrando entre o sistema penitenciário federal. Voltou ao Rio de Janeiro, em 2021, onde passou um mês na penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, e foi transferido para Bangu 3, onde está atualmente.

Segundo a polícia, ele é suspeito de chefiar o tráfico no Morro da Mina, em Nilópolis, na favela da Galinha, em Inhaúma, Zona Norte do Rio, no Morro Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio e do Buraco Quente, em São João de Meriti. Tudo de dentro da prisão.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/08/15/policial-civil-e-alvo-de-operacao-contra-o-trafico-de-drogas-no-rio.ghtml

 

Policial penal é investigado por ameaçar e importunar colega na Papuda

O caso está sendo investigado sob sigilo pela polícia -  (crédito: Ed Alves/CB/DA Press) Um policial penal entrou na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por importunar sexualmente uma colega de trabalho na Papuda, que não tinha interesse em um relacionamento amoroso com ele. O episódio ocorreu dentro da Penitenciária do Distrito Federal (PDF II), onde são mantidos presos em regime fechado.

O caso está sendo investigado sob sigilo pela polícia. De acordo com as apurações, o policial investigado enviava mensagens em um grupo de trabalho no WhatsApp, do qual a vítima também fazia parte, manifestando o desejo de namorar a colega. Inicialmente, a vítima encarou a situação como uma "brincadeira", mas o comportamento do policial começou a se intensificar. Diante disso, a vítima deixou claro que não tinha qualquer interesse em um relacionamento e chegou a sugerir que ele procurasse outra pessoa para namorar.

No plantão do dia 13 de março deste ano, a vítima e o agressor foram escalados para trabalhar no PDF II, mas em horários e equipes diferentes. Mesmo após várias recusas, o policial foi até o presídio à noite, fora do horário de serviço, pedindo para que abrissem o portão, alegando que "queria um abraço" e desejava dormir no alojamento da vítima.

Conforme apurado pelo Correio, o homem entrou no presídio, mas teve o pedido do "abraço" negado pela vítima, que estava responsável pela portaria naquele dia. O homem, visivelmente embriagado, só deixou o local após a vítima ameaçar chamar a Polícia Penal para contê-lo.

Alguns dias depois, em 18 de março, o policial retornou ao PDF II, novamente alterado e armado com um revólver, em busca da vítima. Na ocasião, outro policial estava na portaria e, mais uma vez, o homem pediu para entrar, afirmando que queria "dormir" no alojamento com a colega. Após o episódio rodar nos corredores da Papuda, o diretor da penitenciária decidiu proibir o policial de retornar ao presídio fora de seu horário de trabalho, tendo o porte de arma suspenso.

Aos policiais civis, a vítima relatou temer pela própria vida, pois se recusou a manter um relacionamento amoroso com um policial, que atualmente cumpre prisão preventiva por outro caso em que é investigado pela PCDF.

Ameaças

De acordo com a vítima, após rejeitar a possibilidade de um relacionamento com o policial, começou a receber mensagens ameaçadoras. Ela ingressou na Justiça solicitando medidas protetivas, que foram deferidas. Mesmo assim, dividia o mesmo “ambiente de trabalho” com o agressor, o que a levou a pedir transferência de presídio. Atualmente, ela desempenha suas funções em outra penitenciária.

O sindicato da categoria entrou com um pedido para que a prisão preventiva do acusado fosse substituída por internação, mas o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) ainda não deliberou sobre o assunto.

O caso também está sendo investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Em nota, a Seape informou que foi notificada sobre os acontecimentos e tomou todas as providências necessárias para resguardar a integridade da policial.

"Imediatamente, instauramos um procedimento administrativo para apurar a situação e transferimos a policial para outra unidade, em cumprimento à decisão judicial que determinava o afastamento compulsório entre os servidores. Desde então, ela não exerce suas atividades na mesma unidade em que o servidor está lotado", explicou a secretaria.

A pasta acrescentou que as ocorrências administrativas relacionadas ao caso indicam que o policial acusado não utilizou arma de fogo dentro da unidade prisional. "A servidora está sendo acompanhada pelo Comitê Permanente de Planejamento e Desenvolvimento de Políticas Direcionadas às Mulheres da Seape-DF", concluiu a Seape.

As investigações estão sendo conduzidas pela 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião).

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2024/08/6919895-policial-penal-e-investigado-por-ameacar-e-importunar-colega-na-papuda.html

Após denúncia no TikTok, policiais civis são presos por corrupção no RJ

Dois policiais civis são presos por falsidade ideológica e corrupção passiva por suspeita de extorquir vítima de roubo durante o registro da ocorrência no RJ Dois policiais civis foram presos preventivamente hoje de manhã por corrupção passiva e falsidade ideológica. Eles são investigados por suspeita de terem exigido R$ 1 mil a uma vítima de roubo para registrar a ocorrência em uma delegacia em São Pedro da Aldeia (RJ).

O que aconteceu

Investigação começou após vídeo no TikTok em maio deste ano. A vítima relatou na plataforma que dois policiais civis haviam exigido o pagamento para registrar uma ocorrência do roubo de uma moto, após o veículo ter sido recuperado.

Vítima disse ainda que chegou a pagar metade do valor cobrado indevidamente pelos agentes. Episódio ocorreu na 125ª DP (São Pedro da Aldeia).

Após repercussão do caso, dono de moto recuperada após roubo foi intimado por um dos agentes suspeitos. Já na delegacia, foi coagido a negar o pagamento de propina em depoimento, segundo a investigação da Corregedoria da Polícia Civil.

Suspeitos foram presos hoje de manhã em ação em conjunto com o MP. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça no Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia, Búzios e Saquarema.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/08/07/apos-denuncia-no-tiktok-policiais-civis-sao-presos-por-corrupcao-no-rj.htm

Advogada deixa profissão após ganhar coroa de flores de cliente do PCC

oc03081 Uma advogada decidiu se afastar da profissão após receber um “presente” de um de seus clientes, importante líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Após a Justiça de São Paulo negar pedido para que o criminoso fosse removido do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), o mais duro do sistema penitenciário paulista, a criminalista recebeu uma coroa de flores em sua casa, o que foi entendido como uma ameaça de morte.

O episódio, relembrado pelo colunista Josmar Jozin do UOL nesta quinta-feira, 1º, ocorreu em 2002. Na época, o preso, que não teve a identidade mencionada, cumpria pena no Centro de Readaptação Penitenciária (RCP) de Presidente Bernardes. Por cometer falta grave no sistema prisional, ele foi transferido para o RDD.

A advogada entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo pedindo para que ele voltasse a cumprir pena fora do regime. Os desembargadores, no entanto, indeferiram o pedido.

A advogada agendou uma audiência com o cliente no CRP. Viajou quase 600 km da capital até o presídio para dar pessoalmente a péssima notícia ao detento, condenado a uma longa pena por diversos roubos, homicídios e formação de quadrilha. No parlatório, o preso ficou revoltado com a notícia, culpou a advogada pelo indeferimento do habeas corpus, proferiu diversos xingamentos contra ela e a ameaçou de morte.

O chefão do PCC descobriu o endereço da criminalista e mandou os parceiros de rua comprarem uma coroa de flores fúnebre e providenciarem a entrega na casa dela.

Fonte: https://gmconline.com.br/noticias/policial/advogada-deixa-profissao-apos-ganhar-coroa-de-flores-de-cliente-do-pcc/

GO: mulheres são baleadas após uma delas rejeitar PM em boate

oc0730 Goiânia – Duas mulheres foram baleadas por um policial militar na porta de uma boate, na capital goiana. Segundo as vítimas, o homem ficou agressivo após uma delas se negar a ficar com ele. Um vídeo mostra o momento da discussão. 

O caso aconteceu na madrugada desse sábado (27/7), no Setor Marista. De acordo com a PM, a corporação foi acionada para atender a ocorrência quando as vítimas já estavam hospitalizadas no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo).

 Conforme o relato das vítimas, ao qual o portal g1 teve acesso, uma delas foi baleada na perna direita e a outra na perna esquerda. Os policiais que atenderam a ocorrência encontraram as vítimas ao chegarem na unidade de saúde.

Ainda segundo a PM, após a discussão, as mulheres e o policial saíram e foram embora. Em seguida, os carros dos envolvidos se cruzaram em um semáforo próximo do local, momento em que o PM disparou contra as vítimas.

 Segundo a Polícia Civil, o autor dos disparos, que não teve o nome divulgado, se apresentou espontaneamente na delegacia e, por ter lesões no rosto por conta da briga, foi encaminhado para fazer um relatório médico. Os envolvidos no caso prestaram depoimentos para a apuração dos fatos.

Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que instaurou procedimento para apurar todas as circunstâncias em que se deram os fatos. A instituição disse ainda que “em razão da própria natureza investigativa, o caso é mantido sob sigilo”.

Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/go-mulheres-sao-baleadas-apos-uma-delas-rejeitar-pm-em-boate

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