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Comando Vermelho aplicava golpes no agro de dentro de presídio em MS, diz PF

 Celas da Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti, em Mato Grosso do Sul, eram usadas como “escritório” para a prática de falsas vendas de implementos agrícolas, como tratores e colheitadeiras.

O grupo, segundo informações obtidas pelo Correio do Estado, é formado por detentos da facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV) e tinha a ajuda de agentes do presídio. Os golpes eram aplicados por meio de sites.

De acordo com investigação da Polícia, Federal, que ontem deflagrou uma operação para barrar a prática, os agentes do presídio facilitavam a entrada de celulares, equipamentos eletrônicos e também de entorpecentes para os detentos, que se infiltravam em sites de compra e venda e prometiam a entrega de equipamentos agrícolas usados. 

Os interessados, porém, não recebiam o produto adquirido, segundo investigações da PF.

“Durante a investigação, ficou evidenciada a existência de um ‘escritório’, dentro do estabelecimento penal, para a prática de diversos golpes, por meio de sites de vendas e marketplaces, tendo como principal foco a venda de maquinários agrícolas”, diz nota da PF.

Conforme o delegado Leonardo Caetano Machado, coordenador da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul (Ficco-MS), ainda está sob investigação quantas pessoas participavam do esquema dentro e fora da penitenciária.

“Ainda não temos esta informação, uma infinidade de pessoas, pois é grande a movimentação de dinheiro”, respondeu Caetano ao ser questionado pelo Correio do Estado.

Além da Polícia Federal, a Ficco-MS também tem a participação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, da Polícia Militar de MS, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Secretaria Nacional de Políticas Penais e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). 

Na operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo estadual em celas do presídio de Dois Irmãos do Buriti e em quatro residências, sendo três delas de agentes penitenciários.

Segundo o órgão estadual responsável pelo presídio de Dois Irmãos do Buriti, depois do cumprimento dos mandados de busca e apreensão nas celas, 15 detentos foram transferidos da penitenciária para outras instituições penais do Estado.

“A Agepen integra a Ficco-MS e, dessa forma, as ações realizadas já estão integradas com as providências adotadas pela agência penitenciária no combate a práticas ilícitas. Após a operação, foram transferidos 15 internos da PDIB [Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti]”, diz nota da Agepen.

De acordo com a Polícia Federal, a Operação Sola Carcerem investiga os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas.

Com as apreensões desta segunda-feira, a PF pretende descobrir as ramificações desse grupo, desde quando estava funcionando esse “escritório do crime” dentro da Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti e quantas pessoas foram lesadas com essa prática, assim como o valor recebido pela facção por meio das vendas falsas.

Há também a possibilidade de mais agentes estarem envolvidos no esquema, segundo a PF.

“Até o momento em que finalizamos as investigações, somente estes três [servidores públicos] foram identificados. O seguimento das investigações é que vai esclarecer [se há mais agentes envolvidos]”, afirmou o delegado.

Ainda conforme a PF, o nome da operação, Sola Carcerem, significa presídio dominado. “Seu nome decorre da atuação das forças policiais para coibir e fazer cessar a prática de crimes”, completa nota sobre a ação.

Ao todo, foi empregado um efetivo de cerca de 100 policiais das forças de segurança federais e estaduais na operação.

COMANDO VERMELHO

Em Mato Grosso do Sul, o Comando Vermelho ainda tem uma atuação menor do que outras facções, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem no Estado um importante caminho para o tráfico de drogas.

Porém, em maio de 2023, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou operação para cumprimento de mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e outros cinco estados contra integrantes do CV.

Segundo o Gaeco, braco do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, entre os presos, estavam advogados e policiais penais cooptados pela facção, na tentativa de expandir sua atuação no controle das rotas de tráfico na fronteira de MS com o Paraguai e a Bolívia.

Os alvos moravam em Campo Grande, Ponta Porã, Coxim, Dourados, Rio Brilhante, Sonora, São Gabriel do Oeste, Rio Verde e Dois Irmãos do Buriti.

Fonte:https://correiodoestado.com.br/cidades/comando-vermelho-aplicava-golpes-no-agro-de-dentro-de-presidio-em-ms/425826/

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