Polícia mira grupo suspeito de crimes dentro de presídio da Grande Curitiba; policial penal recebia propina para inserir celulares na penitenciária, diz investigação

pc0530 Grupo é suspeito de cometer crimes dentro do Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana. Ação ocorre na manhã desta terça-feira (27).

A Polícia Civil (PC-PR) deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), uma operação contra um grupo investigado por tráfico de drogas, corrupção e inserção de celulares no Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

 Segundo as investigações, um policial penal aposentado é suspeito de facilitar a entrada celulares e drogas na unidade prisional.

De acordo com a delegada Juliana Cordeiro, responsável pelo caso, o servidor recebia dinheiro para permitir o acesso ilegal dos itens aos detentos.

“Apuramos que ele recebia valores para introduzir drogas e celulares dentro da unidade prisional”, afirmou.

A polícia cumpre sete mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Curitiba, Piraquara, ColomboCampina Grande do Sul e Quatro Barras.

Imagens divulgadas pela polícia mostram os suspeitos exibindo os celulares e drogas dentro do presídio. Assista acima.

Até a publicação desta reportagem, a polícia não divulgou um balanço sobre presos e apreendidos.

Investigação

As investigações, iniciadas em janeiro, apontam a atuação dos suspeitos envolvidos em diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e passiva, além da inserção de objetos proibidos no ambiente prisional.

A ação é coordenada pela Polícia Civil com o apoio da Polícia Penal do Paraná (PP-PR).

 

Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/05/27/operacao-suspeitos-crime-presidio-grande-curitiba.ghtml

Justiça suspende edital da Seap de fornecimento de refeição para presos; cada almoço sairia por R$ 5 e o café, a R$ 2

A licitação, de quase R$ 800 milhões, que aconteceria nesta segunda-feira (5), por um pregão eletrônico. O comunicado previa R$ 742 milhões em contratos para alimentar os 41 mil presos das 46 unidades do RJ.

Justiça suspende edital da Seap de fornecimento de refeição para presos

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) tentou pagar para uma empresa, que iria fornecer a alimentação dos presídios do Rio, R$ 5 reais por cada quentinha e R$ 2 por cada desjejum — com café e pão.

A licitação, de quase R$ 800 milhões, que aconteceria nesta segunda-feira (5), por um pregão eletrônico, foi suspensa pela Justiça do RJ.

Quem suspendeu a licitação foi o desembargador Luiz Eduardo Cavalcanti Canabarro, do Plantão Judiciário.

O edital da Seap previa R$ 742 milhões em contratos para alimentar os 41 mil presos das 46 unidades prisionais do RJ. Pode parecer muito dinheiro. No entanto, o que chamou a atenção foram os preços supostamente impraticáveis, muito abaixo do mercado.

E a suspeita de direcionamento para uma empresa, a Locasem Serviços de Limpeza, Manutenção e Alimentação Limitada. De acordo com a decisão, a impugnação à justiça foi pedida por uma das concorrentes. A empresa Soluções Serviços Terceirizados LTDA, que apontou uma série de possíveis irregularidades.

Licitação da Seap previa R$ 742 milhões em contratos para alimentar os 41 mil presos — Foto: Reprodução/TV Globo

No pedido, a empresa afirmou que a Locasem enviou cotação com preços inexequíveis.

Empresas tentaram barrar licitação via Estado

Outras 12 empresas tentaram impugnar a disputa junto ao Governo do RJ pelo mesmo motivo. Mas, nenhuma foi atendida.

A licitação previa que almoço e jantar dos presos deviam custar R$ 5,80 e o café da manhã R$ 2,12. Valores, segundo as empresas, completamente defasados em relação aos preços de mercado. Em 2022, por exemplo, os preços fixados pela Seap numa licitação foram 40% maiores que os estabelecidos agora.

Outro detalhe chamou a atenção: comida barata e embalagem cara. No orçamento de 3 anos atrás, a embalagem de alumínio foi cotada a R$ 0,25 cada. Agora, a embalagem de plástico custa R$ 1,05.

Cada embalagem de plástico custaria R$ 1,05 — Foto: Reprodução/TV Globo

A empresa que se considera prejudicada escreveu à justiça: "Como é que as futuras contratadas vão apresentar alimentação de excelência, se o valor orçado cobre os custos de compra da matéria prima para a confecção das refeições?"

Ao justificar os valores, a Seap alegou que esses são os preços praticados em unidades prisionais do Estado do Pará. E citou um contato de 2024 do município de Parauapebas, em uma unidade com 400 detentos.

Segundo a denúncia dos concorrentes, no Pará a empresa fornecedora não consegue cumprir o contrato oferecendo aos presos uma péssima refeição.

'Empresas de tentar majorar os preços', diz subsecretário

O responsável pelo processo de licitação na Seap, Alexandre Maia, afirma que os valores do edital levaram em conta uma ampla base de dados, incluindo contratos vigentes. Que a utilização do contrato de Parauapebas é apenas uma referência complementar e que o valor total dos contratos é superior ao orçamento atual para alimentação dos presos.

"O que a gente percebe na Seap, agora, é um movimento das empresas de tentar majorar os preços para elas tentarem na briga do pregão, conseguir vencer a licitação com preços maiores. Se a gente for seguir a proposta dessas empresas, teríamos uma licitação de R$ 1,4 bilhões", disse o subsecretário de Administração da Seap, Alexander Maia.

A licitação previa que almoço e jantar dos presos deviam custar R$ 5,80 e o café da manhã R$ 2,12 — Foto: Reprodução/TV Globo

Na decisão, o desembargador Luiz Eduardo lembrou que a própria Seap negou a impugnação alegando que teve dificuldades para chegar a uma estimativa de preço exequível e que, por esse motivo, usou preços de licitações realizadas por outros entes públicos.

Isso demonstra, segundo o magistrado, que a Seap não utilizou critérios técnicos específicos para definir os preços da licitação.

A Seap disse que vai recorrer da decisão.

 
 
 

Polícia Federal prende ex-secretário executivo de Administração Penitenciária de PE em operação contra corrupção em presídio

pc04101 A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça (8) o ex-secretário executivo de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (Seap), André de Araújo Albuquerque, suspeito de participar de um esquema de corrupção no sistema prisional de Pernambuco, que atuava no presídio de Igarassu, no Grande Recife.

A prisão faz parte da segunda fase da Operação La Catedral, deflagrada no fim de fevereiro e que desvendou um esquema de propinas e troca de regalias dentro da unidade prisional, incluindo festas com churrasco, bebidas alcoólicas, música ao vivo e entrada facilitada de garotas de programa.

Na primeira fase da operação, foram cumpridos nove mandados de prisão e 12, de busca e apreensão, nos municípios de PaulistaGoianaCarpinaAbreu e Lima, e Itapissuma, em Pernambuco, e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Também foi realizado o sequestro de bens dos investigados.

Entre os itens apreendidos pela Polícia Federal na ocasião estava uma mala cheia de dinheiro (veja vídeo abaixo), com várias notas de R$ 100, além de armas e pen drives. As investigações apontaram que policiais penais recebiam propinas para facilitar a entrada de itens e de pessoas no presídio.

Segundo a Polícia Federal também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, no bairro do Prado, na Zona Oeste do Recife. Foram apreendidos arma funcional, aparelhos celulares e um veículo.

André Albuquerque era assessor direto do atual secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes. Ele já havia sido superintendente de segurança prisional da secretaria.

Segundo o governo do Estado, André de Araújo Albuquerque foi afastado da função de secretário-executivo de Administração Penitenciária no dia 2 de dezembro de 2024, antes da deflagração da Operação da Polícia Federal (veja mais abaixo). O g1 tenta contato com a defesa do ex-secretário.

Também de acordo com a PF, estão sendo investigadas a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, facilitação de entrada de objetos ilícitos no cárcere, tráfico de drogas e organização criminosa.

Entre os presos em fevereiro estava o ex-diretor do presídio de Igarassu, no Grande Recife, Charles Belarmino de Queiroz Silva. Ele foi apontado como um dos principais articuladores do esquema de corrupção, chamado de "resort do crime".

Segundo o o delegado da Polícia Federal, Otávio Bueno, em entrevista ao Fantástico, "os agentes penais eram, praticamente, sócios dos presos na empreitada criminosa".

As investigações foram iniciadas depois que a polícia identificou que um detento comandava diversos crimes de dentro da cadeia, com o apoio de servidores do sistema prisional.

A PF também apontou que os detentos do presídio de Igarassu, através do pagamento de propina a policiais, podiam receber visitas em qualquer horário e conseguiam influenciar a transferência de outros presos entre as unidades do sistema prisional de Pernambuco.

Além das regalias, foram constatados outros crimes dentro do presídio, como o uso de drogas e também a produção de pasta base de cocaína dentro do Espaço Cultural da unidade.

Segundo a Polícia Federal, estão sendo investigados os seguintes crimes:

  • tráfico de drogas;
  • lavagem de dinheiro;
  • corrupção;
  • prevaricação (quando um servidor público pratica um delito ou deixa de cumprir suas funções legais);
  • promoção ou facilitação de ingresso de aparelho telefônico em presídio;
  • participação em organização criminosa.

O que diz o governo de Pernambuco

Procurado pelo g1, o governo de Pernambuco se pronunciou através de nota. Segundo a Seap:

  • o ex-gestor André de Araújo Albuquerque foi afastado da função de secretário-executivo de Administração Penitenciária no dia 2 de dezembro de 2024, antes da deflagração da Operação da Polícia Federal;
  • a exoneração de André Albuquerque, Charles Belarmino e mais quatro policiais penais "resultou das ações estratégicas conduzidas pela pasta em estreita cooperação com órgãos de controle e segurança pública para identificar e coibir práticas ilícitas dentro das unidades prisionais";
  • também foi realizada a transferência de presos "tidos como alvos prioritários" para outros presídios;
  • desde 2023, quando ocorreram as transferências, "não foram registrados inquéritos policiais acerca desses alvos;
  • "não compactua com quaisquer atos ilícitos dentro do sistema prisional de Pernambuco, nem com desvios de conduta por parte de seus servidores".

Fonte: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/04/08/policia-federal-prisao-seap.ghtml

PM salva sobrinho do “tribunal do crime” e é expulso de casa pelo CV

pc0331 Comando Vermelho (CV) no bairro de Cosme de Farias, em Salvador (BA), após intervir para proteger um sobrinho ameaçado pelo chamado “tribunal do crime”. A ação criminosa ocorreu no último sábado (22/3), na Rua Araçatuba, no Alto do Cruzeiro, e mobilizou viaturas da Polícia Militar.

De acordo com relatos de moradores e informações iniciais da Polícia Militar da Bahia (PMBA), o PM reformado foi ameaçado por cerca de 12 homens armados, que cercaram sua residência. O motivo seria a defesa que o militar fez de um familiar envolvido com o tráfico, que estaria sendo pressionado por integrantes do CV a devolver um celular que ele havia pegado para consertar e, segundo denúncias, vendido.

A 58ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) atendeu à ocorrência e informou que, ao chegar ao local, os suspeitos já haviam fugido. Apesar das buscas realizadas na região, ninguém foi preso. A PM reforçou o patrulhamento em Cosme de Farias.

O soldado reformado, que não teve o nome divulgado por segurança, não retornou à sua residência após o ataque e ainda não havia registrado boletim de ocorrência em nenhuma delegacia até a publicação desta matéria. A Polícia Civil da Bahia também não confirmou se o caso foi oficialmente formalizado.

O bairro Cosme de Farias é dominado pela facção Comando Vermelho, que mantém pontos de tráfico de drogas em todas as ruas. O líder local seria um traficante conhecido como “Zói de Gato”, atualmente residindo no Rio de Janeiro. Outro integrante da facção, “Cógido”, que atuava como chefe na área do Alto do Cruzeiro, está preso.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mirelle-pinheiro/pm-salva-sobrinho-do-tribunal-do-crime-e-e-expulso-de-casa-pelo-cv

A foto que fez o Comando Vermelho cortar orelhas e dedo de brasiliense

pc03152 O brasiliense Fabrício Alves Monteiro (foto em destaque), de 28 anos, que está desaparecido desde 4 de março, teria sido sequestrado, torturado e executado por faccionados do Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro, após algumas fotos dele circularem por grupos de WhatsApp.

A vítima posou para fotos segurando um fuzil. Em uma das imagens divulgadas, a bandoleira da arma exibe a inscrição “Bonde do Coronel – TCP – MQÇ”, uma referência ao Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival do Comando Vermelho. A sigla MQÇ remete à comunidade do Muquiço, controlada pelo TCP.

Fabrício foi sequestrado por traficantes do CV na região de Honório Gurgel, na zona norte do Rio, durante o Carnaval. A vítima teria passado por longa sessão de tortura, com coronhadas e dedos de uma das mãos decepados. Depois, os criminosos teriam obrigado o jovem a comer a própria orelha cortada pelos faccionados.

Os relatos foram feitos por um primo e um amigo de Fabrício. Os três ficaram sob domínio dos traficantes e passaram por momentos de terror.

Os dois saíram de Brasília parar curtir o Carnaval com Fabrício no Rio. O trio ficou hospedado na casa de parentes, no bairro de Anchieta, na zona norte carioca. Eles acabaram rendidos por criminosos na Avenida Brasil, após seguirem o GPS para uma festa que iam, na terça-feira (4/3).

Tribunal do Crime

Ainda de acordo com o depoimento das testemunhas, os traficantes assumiram a direção do veículo e levaram o trio para dentro da comunidade da Palmeirinha, dominada pelo CV, na mesma região.

Durante a abordagem, os criminosos tomaram o celular de Fabrício e, ao acessarem suas mensagens, encontraram conversas e fotos que supostamente faziam apologia ao Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival do CV. Isso teria levado Monteiro a ser submetido ao chamado “tribunal do crime”. Os outros dois jovens foram liberados, mas Fabrício desapareceu.

O caso foi inicialmente registrado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e depois encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

O carro em que os rapazes estavam foi encontrado pela polícia no dia 4, na Avenida Brasil, próximo à comunidade do Muquiçu, dominada pela facção TCP, rival do CV.

Dentro do veículo havia um corpo carbonizado, que a polícia acredita ser de Fabrício. Um exame de DNA foi realizado, mas o resultado ainda não ficou pronto. Com a aparição do corpo, o caso está sendo tratado como homicídio e ficou a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

 Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/a-foto-que-fez-o-comando-vermelho-cortar-orelhas-e-matar-brasiliense

 

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