Homem rompe tornozeleira eletrônica, esconde em telhado da casa da mãe dele e é preso em distrito de Cabeceira Grande

Screenshot 2025 03 10 173727 Um homem foi preso, nessa quarta-feira (5), depois romper a tornozeleira eletrônica que usava e escondê-la no telhado da casa da mãe dele, em Palmital, distrito de Cabeceira Grande. Segundo a Polícia Militar, o aparelho não funcionava desde novembro do ano passado.

Ainda segundo a PM, a corporação foi informada que o suspeito, que possui mandado de prisão em aberto, estaria escondido na casa da mãe dele. No local, os militares explicaram à mãe do autor, que o filho dela havia cortado a haste da tornozeleira eletrônica e que o aparelho tinha parado de emitir sinal desde novembro de 2024.

Questionada sobre o paradeiro do homem, ela contou que ele esteve na residência, mas não sabia onde estava naquele momento. Ao realizar buscas pelo imóvel, os policiais localizaram em cima do telhado da casa, o aparelho de monitoramento prisional, com a haste rompida e sem funcionamento.

Em seguida, a mãe dele entregou o cabo e carregador do instrumento.

Enquanto faziam rastreamento nas proximidades do endereço, os militares encontraram o autor, de 30 anos, escondido nos fundos de uma residência.

Ele foi preso e conduzido para a delegacia.

Mala de dinheiro, churrascos e garotas de programa: entenda esquema de propina no Presídio de Igarassu investigado pela PF

pc03031 Conforme as investigações, policiais penais recebiam propina de detentos em troca de regalias, incluindo churrascos dentro da unidade e entrada facilitada de garotas de programa.

Segundo a PF, a ação resultou no afastamento de dois servidores. Foram expedidos, ao todo, nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão em sete cidades, além do sequestro de bens dos investigados (saiba mais abaixo).

Os nomes e as funções dos suspeitos no esquema criminoso não foram divulgados pela corporação, mas a TV Globo apurou que, entre os presos, está o ex-diretor da unidade prisional, Charles Belarmino de Queiroz Silva.

Imagens recebidas pelo g1 mostram parte do material apreendido pela PF durante a operação. Além da mala com várias notas de R$ 100, os agentes encontraram armas e pen drives.

g1 pediu à PF informações sobre o valor total apreendido e um balanço com todos os itens encontrados ao longo da investigação, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Segundo informações apuradas pela GloboNews, a apuração da PF identificou que os policiais penais investigados recebiam propina de detentos. Entre os presentes que os presos davam aos agentes, estavam joias, celulares e até refeições, conforme a investigação.

Em troca, de acordo com a PF, os detentos recebiam alguns privilégios, como permissão para a realização de festas com churrasco, bebida alcóolica e música ao vivo dentro do presídio. Além disso, de acordo com o inquérito, a presença de garotas de programa era frequente na unidade.

Também havia facilitação para a entrada de visitantes em qualquer horário e acesso indevido ao sistema interno do presídio, o que permitia aos detentos influenciar na transferência de outros presos entre as unidades do sistema prisional do estado.

Nove mandados de prisão

PF desarticula esquema em presídio de Pernambuco

Os mandados da Operação La Catedral foram cumpridos no Recife e nas cidades de PaulistaGoianaCarpinaAbreu e Lima e Itapissuma, localizadas em Pernambuco, e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (veja vídeo acima).

Além das regalias, foram constatados outros crimes dentro da unidade prisional, como o uso de drogas e até a produção de pasta base de cocaína dentro do Espaço Cultural do presídio.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo é investigado por praticar os seguintes crimes:

  • tráfico de drogas;
  • lavagem de dinheiro;
  • corrupção;
  • prevaricação (quando um servidor público pratica um delito ou deixa de cumprir suas funções legais);
  • promoção ou facilitação de ingresso de aparelho telefônico em presídio;
  • participação em organização criminosa.

A corporação informou, ainda, que as investigações começaram depois que a polícia identificou um detento que comandava diversos crimes dentro da cadeia com o apoio de servidores do sistema prisional.

Procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco disse que não compactua com atos ilícitos no sistema prisional nem com o desvio de conduta de servidores. Informou ainda que "reforça o compromisso de combater a criminalidade com medidas como a criação da ouvidoria penal e o fortalecimento da comissão de sindicância".

Também procurado, o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco disse que o departamento jurídico acompanha o caso.

g1 não conseguiu contato com a defesa de Charles Belarmino de Queiroz Silva até a última atualização desta reportagem.

Fonte: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/02/25/mala-de-dinheiro-churrascos-e-garotas-de-programa-entenda-esquema-de-propina-dentro-do-presidio-de-igarassu-segundo-a-pf.ghtml

Monitorados por tornozeleira estão impedidos de frequentar o Carnaval, decide Justiça

pc02282 Durante o período de carnaval, que começa nesta sexta-feira (28) e encerra na próxima terça-feira (4), pessoas que cumprem pena no regime semiaberto e monitorado por tornozeleira eletrônica não podem frequentar a Praça da Revolução, nem as proximidades no horário da festa.

A ordem está expressa na Portaria n.°845/2025, emitida pela Vara Execuções de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Rio Branco. A medida é assinada pela juíza de Direito titular da unidade, Andréa Brito.

Além disso, a vedação é estendida a bares, boates, botequins, locais e eventos com aglomeração de pessoas. Dessa forma, a pessoa monitorada está impedida de frequentar ou se aproximar desses locais, contudo, pode haver exceções, para os ressocializandos que estiverem trabalhando.

Essas pessoas devem pedir autorização para trabalhar nesses espaços diretamente a Unidade de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Umep), o pedido será avaliado e aprovado ou não pela Central de Monitoramento.

Faz sentido manter um cadeirante preso?

pc02242 Márcio Izaías de Almeida estava preso, tinha 35 anos, era cadeirante e diabético. Ele nunca mais fará aniversário, nem verá sua mãe. O detento que, como conta sua mãe, “entrou andando e saiu no caixão”, não pôde contar com a presença dela em seus últimos momentos. A dona de casa Maria Cristina de Almeida, 62, sequer foi informada do óbito do filho com dignidade: ela recebeu um e-mail com a notícia, no dia seguinte à sua morte. 

Sim, leitor, um e-mail. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) apresentou desculpas pelo erro e disse que orientou a servidora que o protocolo é telefonar nesses casos. Mas o governo estadual se calou sobre a própria decisão de restringir a comunicação entre pessoas presas e suas famílias, implementada pelo governo Tarcísio de Freitas. 

Esta não é uma história normal, um erro ou um lapso. Márcio precisava de cuidados por conta de sua saúde e, tendo sido condenado, estava sob custódia do Estado que, por vezes, mal oferecia suas doses diárias de insulina. Com uma das pernas atrofiadas, teve três pedidos de prisão domiciliar negados pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que em outras ocasiões concedeu o benefício e tem sua parcela de responsabilidade na tragédia. Afinal, qual é a necessidade de se manter uma pessoa cadeirante em regime fechado?

Prisões têm seu lado navio negreiro e a sociedade, em geral, torce para que quem entra lá nunca mais saia, independentemente se é culpado ou inocente. E, uma vez neste lugar, toda e qualquer dignidade e cuidado com o preso são negados. Da limpeza precária durante a pandemia, à comida estragada ou com pedras, passando pela falta de medicamentos e tratamento de saúde adequado, encarcerados são relegados à própria sorte. A máxima nos comentários das redes sociais é a lei: “Tem que morrer lá”.

Márcio não terá seu caso analisado e discutido na imprensa nacional, como o dos golpistas do 8/1, aqueles “pobres inocentes” que ainda recebem atenção pelos seus feitos. Sua mãe, assim como muitas outras mães do cárcere, não terá o apoio da opinião pública para entender o que aconteceu com seu filho e por quê não pôde se despedir dele. 

Márcio morreu na condição de não-humano. Contar sua história, dizer seu nome, é registrar sua humanidade — seu direito à vida e ao acesso à saúde, mesmo preso. Trazer o relato de sua mãe sobre a doença e a morte de seu filho é um processo interno coletivamente dolorido para a equipe da Ponte. Ninguém escolhe fazer jornalismo sério para falar de mortes. Nós o fazemos para defender o direito à vida digna e precisamos de você para visibilizar as histórias que ninguém conta.

Fonte: https://ponte.org/prisoes-signo-da-morte/

Familiares de presos denunciam supostos advogados que estariam cobrando propina em frente a PCE

pc02173 Familiares de detentos na Penitenciária Central do Estado (PCE) denunciam que supostos advogados estariam exigindo propina para entregar kits de higiene e roupas aos presos. As imagens recebidas pela redação do VGN foram borradas para resguardar as imagens dos cidadãos que estavam no local, inclusive os indivíduos apontados como supostos advogados. 

Segundo uma mulher que preferiu não se identificar com medo de represália, relatou ao VGN na tarde desta sexta-feira (14.02), que mais de 500 pessoas aguardavam na fila desde as 6 horas da manhã. Segundo ela, cerca de 90% dos atendimentos são destinados exclusivamente a advogados.

Indignada, a mulher afirmou que o prazo para a entrega dos kits estava se esgotando e muitos não conseguiriam realizar a entrega, ressaltando que essa situação já havia ocorrido outras vezes na mesma semana.

"Só advogado na boca, só advogado colocando as coisas para dentro. Todo mundo passando sufoco, um monte de mulher grávida, mãe de família, e a fila não anda. Nem a fila de preferencial está andando. Queremos que eles deem uma atenção para nós aqui fora. Precisamos de uma atenção", desabafou a mulher.

Ainda de acordo com a denunciante, idosos aguardavam na fila em condições precárias, chegando a dormir sentados e em pé devido ao cansaço. Ela destacou que todos ali merecem respeito e um tratamento digno.

Ao ser questionada pelo VGN sobre a acusação de que supostos advogados estariam extorquindo familiares para agilizar a entrega dos kits, a mulher afirmou que vários desses indivíduos estariam misturados à multidão, aproveitando-se da situação. Segundo ela, alguns estariam cobrando até R$ 1,5 mil para antecipar a entrega dos produtos aos detentos.

Em um dos vídeos encaminhados à redação do VGN, a mulher aponta um dos supostos advogados e diz que ele está no meio do povo caçando. “Eles ficam andando, ficam caçando para ver quem vai pagar mais rápido. Isso é desumano com que está aqui nessa, eles ficam ali na janelinha fazendo com a mão gesto de quantos que cobram e ninguém faz nada", disse ela. 

Outro lado - A reportagem do VGN entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Justiça (Sejus) e foi informada para procurar o chefe de gabinete, Emanuel, contudo, o mesmo não atende a ligação e não responde às mensagens. 

O VGN também conversou com a assessora da Ordem dos Advogados de Mato Grosso (OAB-MT), que informou que o grupo de Acompanhamento e Fiscalização do Sistema Prisional de Mato Grosso, instituído pela OAB-MT para acompanhar os últimos acontecimentos envolvendo o sistema prisional, e em especial a PCE, não recebeu denúncias nessa sexta-feira (14) sobre o envolvimento de advogados em atividades incompatíveis com a advocacia junto à Penitenciária Central.

Fonte: https://www.vgnoticias.com.br/policia/familiares-de-presos-denunciam-supostos-advogados-que-estariam-cobrando-propina-em-frente-a-pce/126974 

Juiz ordena "batida" na cela de Sandro Louco para verificar o uso de celulares e nega carteira de visita à sua mãe e esposa

imagem 2025 02 14 132759945 O juiz Geraldo Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que a Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária (SAAP) verifique se Sandro da Silva Rabelo, número 1 na hierarquia do Comando Vermelho em Mato Grosso, conhecido como “Sandro Louco”, responde a processo administrativo por, supostamente, ter diversos celulares apreendidos na sua cela, situada na Penitenciária Central do Estado (PCE). Na mesma ordem, Fidelis negou que a mãe e esposa dele confeccionem a carteira de visitantes, permitindo que elas façam somente visitas extraordinárias a ele.

Fidelis atendeu parcialmente a um pedido da defesa de Sandro Louco, que questionou a veracidade de notícias sobre a suposta apreensão de celulares na sua cela. Em 2023 e 24, policiais penais apreenderam diversos aparelhos que, supostamente, seriam usados por Sandro e o núcleo que ele comanda dentro da PCE. Em novembro, foram apreendidos 6 celulares na cela dele.

Diante da potencialização do crime organizado de dentro das cadeias, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) sancionou a Lei de “Tolerância Zero”, promulgada em janeiro deste ano com objetivo de combater as facções, sobretudo as respectivas atuações no sistema prisional.

Com a norma sancionada, diversas operações foram realizadas nos presídios do estado, culminando na apreensão de diversos aparelhos eletrônicos, na maioria celulares, usados pelas organizações. A SAAP, então, promoverá a verificação neste contexto de zero tolerância.

No mesmo despacho, o magistrado rejeitou a solicitação para reavaliar a decisão que negou a confecção de carteiras de visitantes para a mãe e a esposa do detento, Irene Pinto Rabelo Holanda e Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo.

A defesa alegou mudança no entendimento do desembargador Orlando Perri sobre o tema, com base em entrevista concedida à imprensa. No entanto, o Ministério Público não se opôs ao pedido de apuração da falta disciplinar, mas manifestou-se contra a autorização das visitas regulares.

O juiz reforçou que não houve alteração no quadro fático que justifique a reanálise da matéria. Sandro da Silva Rabelo segue respondendo a processo por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, juntamente com sua mãe e sua esposa, circunstância que impede a concessão das carteiras.

Dessa forma, o juiz determinou apenas a apuração sobre eventual falta disciplinar e manteve a decisão que impede visitas regulares. No entanto, segue vigente o entendimento do Tribunal que permite visitas extraordinárias da esposa do detento.

Fonte: https://www.olharjuridico.com.br/noticias/exibir.asp?id=57868&noticia=juiz-ordena-batida-na-cela-de-sandro-louco-para-verificar-o-uso-de-celulares-e-nega-carteira-de-visita-a-sua-mae-e-esposa

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