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Brasil promove genocídio nas prisões com a Covid-19, denunciam 200 entidades à ONU e OEA

Grupo lista problemas históricos, como falta de atendimento médico e superlotação, como potencializadores da pandemia nos presídios

 “Eu só queria que tivesse notícias”. O pedido da catadora de mariscos Eleine Paixão, 37 anos, moradora de Salvador, na Bahia, é para saber como está o marido, preso no Conjunto Penal de Salvador desde 2017. A última notícia foi em 8 de março. Portanto, desde o início da crise do coronavírus, a mulher não sabe como ele está.

Eleine é articuladora da Agenda Nacional pelo Desencarceramento na Bahia, uma das 200 entidades que se reuniram para denunciar o governo brasileiro à ONU (Organização das Nações Unidas) e a OEA (Organização dos Estados Americanos) por conta do combate ao coronavírus nas prisões.

Em denúncia enviada às autoridades máximas das entidades, como o secretário-executivo da CIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos) da OEA, Paulo Abrão, há cobranças para que se interrompa a política genocida aplicada junto aos presos.

Segundo as entidades, as condições dos presídios favorecem o alastramento da doença. Sem uma política efetiva de combate à Covid-19, consideram que haverá uma “produção de doenças e morte”.

O documento cita que há cinco vezes mais mortalidade nos presídios do que fora deles. Na noite desta terça-feira (23/6), o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), vinculado ao Ministério da Justiça, informa 59 mortes entre os 748.009 presos. Ao todo, o Brasil soma 52.771 mortes causadas pela doença.

A principal crítica é ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por conta da postura “negacionista” em relação à pandemia. Consideram que ele, além de se omitir “em relação à gravíssima situação no país, atua insistentemente no sentido de agravar a condição de segundo país com maior número de óbitos”.

As entidades elencam diversos pontos como prejudiciais ao combate à contaminação dos presos. A mais grave é a falta de uma política pública direcionada para o coronavírus.

Entretanto, listam problemas históricos como pontos de vulnerabilidade. Falta de atendimento médico adequado, superlotação, ambientes insalubres, ausência de itens de higiene individual ou materiais de limpeza para as celas, entre outros.

“Em uma pandemia como a que vivemos, a limpeza dos ambientes e o distanciamento social, manter pessoas privadas de liberdade amontoadas em um espaço fechado e insalubre é exercer um poder de morte”, definem.

Ainda há um agravante: a falta de comunicação, que aparece no relato de Eleine, há quase quatro meses sem nenhuma comunicação com seu esposo. Na Bahia, ela conta que não existe troca de cartas entre parentes e presos. O país adotou o isolamento, sem visitas de parentes, como forma de evitar a entrada do vírus. No entanto, o vírus entrou nas celas.

Para além da comunicação entre as famílias com os aprisionados, as entidades questionam a falta de dados confiáveis sobre as mortes e contaminações. A Bahia, por exemplo, apresenta somente um caso de contaminação detectada em todo o sistema prisional, que comporta 15.108 pessoas.

“Além de não tomar providências para conter o acirramento das violações de direito no cárcere, o Estado brasileiro tem agido sistematicamente para encobri-las”, critica o documento. “Como se vê, o Estado brasileiro está negligenciando a proporção do colapso do sistema prisional com a chegada do Covid-19”.

Para Raissa Belintani, assessora de atuação política do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), é importante cobrar não só Bolsonaro, mas também os governadores e prefeitos.

“As derrotas têm sido bem maiores e frequentes do que as vitórias, e a situação do sistema penitenciário tem se agravado mais a cada dia, e com índice de mortalidade ainda maior do que fora do cárcere”, afirma.

Outro ponto levantado como de sua importância para diminuir o risco é a liberação de presos integrantes do grupo de risco – com mais de 60 anos, portadores de doenças autoimunes, cardíacas e diabetes, gestantes, entre outros.

A libertação é listada na recomendação 62 do CJN (Conselho Nacional de Justiça), que indica ações para amenizar os danos da pandemia aos presos. Contudo, as entidades afirmam que isso não tem ocorrido.

“A despeito de tantas manifestações de apoio e do reconhecimento até
internacional de sua importância, tem sido sistemático o descumprimento das diretrizes estabelecidas pela Recomendação no 62 pelo Poder Judiciário brasileiro”, diz.

No texto, as entidades relembram que o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, citou que liberar os presos seria um suposto “solturavírus”.

“Ou a recomendação é ignorada ou é citada expressamente como ato normativo sem caráter vinculante [não há obrigatoriedade]”, explica, sobre como os juízes lidam com o texto.

Fonte: PONTE.ORG

Policial penal flagrado traficando drogas em viatura na Papuda é solto

Justiça entendeu que houve excesso de prazo da prisão provisória, gerando prejuízos pessoais ao servidor

tráfico de drogas Preso há mais de 150 dias no Complexo Penitenciário da Papuda, o policial penal Luiz Paulo Araújo Ferreira Filho teve a prisão relaxada pela juíza da 2ª Vara de Entorpecentes Léa Martins Sales Ciarlini. A magistrada entendeu que houve excesso de prazo da prisão provisória, gerando prejuízos pessoais ao servidor.

Luiz Filho é suspeito de traficar drogas dentro do complexo prisional. Ele foi flagrado e filmado por investigadores da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil do DF (PCDF).

O policial foi detido em 18 de janeiro. A ação contou com apoio da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe). Na decisão assinada na última sexta-feira (19/06), a magistrada afirma que não mais se sustenta a manutenção da cautela.

“Convém destacar ainda que o acusado se encontra preso há mais de 150, de modo que já foram ultrapassados os 148 dias sugeridos pela instrução da Corregedoria do TJDFT. Verifica-se que o prolongamento da instrução probatória ocorre por razões que não podem ser atribuídas ao denunciado ou à ilustre defesa”, afirmou a juíza.

“Assim, diante da excepcionalidade da situação, constata-se o evidente excesso de prazo da prisão provisória do acusado, de maneira que a manutenção do acautelamento geraria prejuízos pessoais para além da razoabilidade”, justificou.

Léa Ciarlini impôs medidas cautelares. O policial é obrigado a comparecer mensalmente em juízo; proibido de frequentar praças e outros lugares nos quais possa correr o risco de se envolver com entorpecentes; proibido de manter contato com usuários e traficantes de drogas; de se ausentar do Distrito Federal sem comunicação prévia; manter-se recolhido em seu domicílio no período noturno, entre outras determinações.

O descumprimento injustificado de qualquer das medidas cautelares impostas, especialmente o não comparecimento em juízo quando intimado, faz com que seja decretada imediatamente a prisão preventiva dele. Além do processo penal, o servidor também responde na esfera administrativa. Ele está suspenso das funções, mas permanece recebendo a remuneração.

Prisão

O servidor foi preso na madrugada do dia 18 de janeiro, em um lava a jato de sua propriedade em Ceilândia. Segundo os investigadores, ele traficava usando a própria viatura da Sesipe. Luiz Paulo trabalhava havia 11 anos no complexo. Era responsável pela escolta de presos e incumbido de fiscalizar ações de tráfico de drogas dentro da unidade.

O servidor foi flagrado em filmagens realizadas em 17 de janeiro deste ano, enquanto fazia ronda na Papuda, colocando para o interior de um dos blocos do Centro de Detenção Provisória (CDP) grande quantidade de maconha (600g), para que fosse “pescada” por um detento. As câmeras estavam instaladas em pontos estratégicos para flagrar a ação do policial.

A maconha apreendida pela polícia é avaliada em R$ 100 mil, segundo a Sesipe. O valor aumenta devido à alta demanda e ao difícil acesso à droga no presídio.

Papuda

Coordenador da Cord, delegado Rogério de Oliveira

“Não há dúvidas de que ele estava traficando. As imagens são claras. O mostram tirando o entorpecente das vestimentas e deixando em uma cela. Instalamos câmeras em locais estratégicos. Uma delas flagrou a ação”, disse o delegado-chefe da Cord, Rogério de Oliveira.

De acordo com o policial, se trata de “um crime repugnante”. “Exatamente porque ele possui a função de servidor público de custódia. Haverá um aumento de pena devido a isso”, acrescentou o delegado.

A PCDF monitora o policial desde setembro do ano passado, quando passou a investigar o tráfico de drogas dentro do complexo. Ao ser preso, o servidor admitiu que a ronda no local, mas negou a acusação de tráfico.

“Audácia e destemor”

A juíza Flávia Pinheiro Brandão ressaltou, durante a audiência de custódia, que policial penal “demonstrou extrema audácia e destemor, praticando, ao menos em tese, ilícito em local sob a administração exclusiva do Poder Público”. “Essa circunstância se mostra apta a revelar a periculosidade social do conduzido, não havendo dúvida de que, em liberdade, a ordem pública restará abalada”, assinalou.

Decidiu ainda mantê-lo preso preventivamente porque o relaxamento da prisão causaria, segundo a magistrada, “uma falsa sensação de impunidade”. “Mormente pelo grau maior de reprovabilidade da conduta do agente público que se vale dessa condição para a prática de delitos”, pontuou a juíza.

Fonte: METROPOLES.COM

Justiça suspende nomeação de agente secreto para coordenação de ONGs

Liminar impede ainda que governo Bolsonaro indique outro agente para o cargo

Justiça suspende nomeação de agente secreto para coordenação de ... A Justiça Federal de São Paulo suspendeu liminarmente a nomeação de um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para chefiar a coordenação com organizações da sociedade civil.

Em março, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou um agente do serviço de inteligência, que não foi identificado, para ocupar o cargo de “coordenador-geral de articulação com organizações da sociedade civil”, dentro da Secretaria de Governo.

A ação, movida pela ONG Conectas Direitos Humanos, questionou a nomeação de pessoa não identificada para um cargo com natureza de articulação e comunicação com as entidades.

Em seu despacho, o juiz alega que o sigilo da identidade do servidor, imposta pelo seu cargo como agente do serviço de inteligência, inviabiliza o exercício do cargo para o qual foi nomeado e proíbe ainda a nomeação de qualquer outro agente da Abin para o cargo.

“Se afigura temerosa a interação do servidor em questão, o qual não pode ser identificado em razão do sigilo da sua identidade, com as sociedades civis ou demais organizações internacionais, o que a princípio inviabiliza o próprio exercício do cargo para o qual foi nomeado, desviando, assim, a sua finalidade pública”, disse o juiz em seu despacho.

Procurada, a Secretaria de Governo não respondeu.

Para Gabriel Sampaio, coordenador do Conectas, a nomeação demonstrava indicação perigosa sobre o exercício do cargo. “Como uma pessoa que não pode ser identificada faria a articulação, dialogaria com as entidades? Uma nomeação desse tipo nos leva a acreditar que havia uma tentativa de alterar a função do cargo. Ao invés de articulação faria supervisão, monitoramento, investigação”, diz.

Sampaio lembra que Bolsonaro, desde o início do governo, atacou ONGs e prometeu que tomaria ações para impedir o seu trabalho. Em abril do ano passado, por exemplo, o presidente criticou a atuação de ongs indigenistas. No ano passado, o presidente também criticou o Greenpeace pela atuação na crise das manchas de óleo no litoral brasileiro.

A atuação combativa contra as ONGs tem sido prioridade do presidente, no dia 2 de janeiro do ano passado, em uma de suas primeiras ações, Bolsonaro publicou Medida Provisória que incluiu entre as atribuições da Secretaria de Governo o monitoramento e a coordenação dessas entidades.

"Supervisionar, coordenar, monitorar e acompanhar as atividades e as ações dos organismos internacionais e das organizações não governamentais no território nacional”, dizia a MP sobre as atribuições da secretaria.

No mesmo dia em que publicou a MP, Bolsonaro acusou ONGs de explorar e manipular indígenas e quilombolas, mas sem apresentar evidências. O presidente disse essa população vivia "explorada e manipulada por ONGs".

A medida foi alvo de diversas críticas das entidades e juristas, que entendiam ser inconstitucional a interferência estatal no funcionamento das organizações.

“Houve muita pressão e o governo recuou, retirando desse órgão a atribuição de monitoramento e deixou apenas a responsabilidade de articular e dialogar com as ONGs. No entanto, a nomeação de um agente de inteligência, que não pode ser identificado, indica que houve uma tentativa de recuperar aquela primeira ideia”, disse Camila Asano, coordenadora da Conectas.

 Fonte: FOLHA.UOL.COM.BR

 
 

Policial é investigado por gravar vídeo exibindo maço de dinheiro dentro de viatura no Pará; assista

Militar foi afastado, segundo a PM

 A Promotoria de Justiça Militar, do Ministério Público do Pará (MPPA), abriu um inquérito para apurar a conduta de um sargento do 27º Batalhão da Polícia Militar. O inquérito tem 40 dias para ser concluído e ser enviado à Justiça Militar.

O policial aparece em um vídeo que circulou nas redes sociais. Nas imagens, ele aparece dentro de uma viatura e mostra um maço de cédulas, mas não explica a origem do dinheiro.

"Eu tô preocupado, tô sem dinheiro, olha", diz o policial no vídeo.

As regras da corporação determinam que policiais são proibidos de exibir qualquer tipo de imagem em tom de brincadeira ou enquanto estiverem em serviço.

A PM disse, em nota, que já identificou o militar que aparece no vídeo e que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso.

De acordo com a nota, a corporação informa que afastou o policial do serviço operacional até o final do procedimento e diz que não compactua com qualquer desvio de conduta por parte de agentes e que preza pela conduta ética.

Exames confirmam que homem abusou das três filhas; uma delas teve um filho dele

 Na noite desta quinta-feira (11) um criminoso foi preso após exames confirmarem que ele abusou das três filhas, no interior do Acre.
Segundo informações, as meninas de 11, 12 e 18 anos foram resgatadas pela polícia da casa onde moravam com o pai. Além de abusar sexualmente ele também batia nas garotas. A mais velha, de 18 anos, chegou a ter um filho do estuprador.
Para o delegado o homem chegou a dizer que cometeu o estupro da mais velha e que era ela quem provocava ele. Ele admitiu ser o pai da criança.
A polícia chegou até a residência após denúncias anônimas. Na chegada da equipe policial o homem estava nu dentro de uma rede.
As meninas moravam sozinhas com o pai. Segundo informações, a mãe estava trabalhando em uma cidade vizinha para conseguir dinheiro para alimentar a família. E ele ficava na zona rural com as meninas.
Após a prisão do pai, as meninas foram morar com a mãe.

Fonte: PLANTAO190.COM.BR

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