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Para Janot, procurador que o acusa 'acertou dinheiro, sim'

cfocoO ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse que o procurador Ângelo Goulart Villela, que o acusou de ter fechado a delação da JBS com o objetivo de derrubar o presidente Michel Temer, "acertou dinheiro, sim", em troca de passar ao frigorífico informações internas da Procuradoria.

Villela ficou 76 dias preso, depois que veio à tona, em maio, o acordo de delação da JBS. Ele é suspeito de ter recebido dinheiro, por meio de um advogado, para dar informações sigilosas de investigações sobre a empresa. Os executivos da JBS o delataram.

Na segunda (18), em entrevista à Folha, Villela contra-atacou: "Derrubando o presidente, ele [Janot] impediria que Temer indicasse Raquel [Dodge, nova procuradora-geral]. Não tenho dúvida alguma de que houve motivação para me atingir porque, assim, ele [Janot] lança uma cortina de fumaça, para mascarar essa celeridade de como foi conduzida, celebrada e homologada uma delação tão complexa, em tempo recorde", disse.

Segundo Villela, ele teve contato com a JBS porque estava tentando encabeçar um acordo de delação com a empresa –o que seria bom para ele profissionalmente. Ele negou que tenha recebido ou acertado dinheiro, ou que tenha passado informações sigilosas ao grupo.

Em entrevista publicada nesta quarta-feira (20) no jornal "Correio Braziliense", Janot disse que se sentiu traído por Villela, que atuava na força-tarefa da Operação Greenfield (que tinha como alvo a JBS), e que há provas de que ele acertou pagamentos.

"Essa linha de defesa [de dizer que estava tentando encabeçar uma eventual delação] ele já adotou no processo administrativo disciplinar aqui dentro [na PGR]. Ele tentou se passar por herói. Como se ele tivesse se oferecido a eles para poder derrubá-los. Como se fosse o mocinho, o super-homem. Mas como faz um trabalho desses de atuação infiltrada sem falar com os russos? Ele faz isso sem falar com os colegas, com ninguém? Não falou com o Anselmo [Lopes, coordenador da Greenfield]", disse Janot sobre Villela.

"Agora vamos ver os fatos. Houve uma reunião em que o Anselmo fez um desenho à mão da estratégia da investigação. Esse papel foi aparecer com um advogado da JBS. A troco do quê? Ele [Villela] foi pilhado numa ação controlada em que conversa com desenvoltura. Depois, ele tem gravada a conversa com o advogado. Tudo isso ele bolou sem avisar ninguém? É fantasioso. E acertou dinheiro, sim, R$ 50 mil por mês", afirmou o ex-procurador-geral.

Segundo Janot, entre as provas contra Villela "tem o relato do Francisco [de Assis, advogado da JBS e delator], tem advogado acertando, dizendo que tinha dinheiro, tem o croqui do planejamento [desenhado por Anselmo], tem gravação, visitas. A expressão que a gente usa é 'batom em certo lugar'".

Janot afirmou também que, diferentemente do que disse Villela à Folha, ele não chamava sua sucessora, Raquel Dodge, de "bruxa". "É aquela coisa, como se faz para desconstruir o acusador", disse Janot.

MILLER

Sobre as suspeitas de que o ex-procurador Marcello Miller tenha ajudado a JBS a elaborar sua proposta de delação, enquanto ainda estava na Procuradoria, Janot disse que ainda não há conclusões.

"Existe uma investigação em curso, mas, se ele fez isso, foi sem o nosso conhecimento. E, se fez sem o nosso conhecimento, ele não pode contaminar um ato que é nosso. Se ele fez, não está comprovado ainda, vai ter que responder por isso", disse.

Para o ex-procurador-geral, há grandes chances de seus inimigos tentarem desqualificá-lo na CPI do BNDES usando casos como o de Villela e Miller.

"Vão tentar usar todo mundo e tudo contra mim Tudo é possível, vão tentar desconstituir a figura do investigador. Não levei dinheiro do Miller nem autorizei ninguém a receber mala de dinheiro em meu nome. Nem tenho amigo com R$ 51 milhões em apartamento", disse Janot ao "Correio", em referência ao imóvel ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) onde a Polícia Federal apreendeu esse valor em dinheiro vivo.

LAVA JATO

Questionado sobre Dodge não ter mencionado a Lava Jato no discurso de sua cerimônia de posse, na segunda-feira (18), Janot disse que a operação não é uma marca dele, mas da sociedade brasileira.

"A Lava Jato não pertence ao Ministério Público, pertence à sociedade, ao mundo. Não é uma marca minha. Eu dei as condições necessárias para que outros colegas pudessem trabalhar, em Curitiba, no Rio, em São Paulo. A Lava Jato não pertence mais ao Ministério Público. É um patrimônio da sociedade brasileira. Ela corre o mundo", respondeu.

Ele afirmou que ainda é cedo para prever os rumos que as investigações vão tomar, mas que a Lava Jato nos Estados (Paraná, Rio, São Paulo) já tem pernas próprias e independe da PGR.

Janot disse que vai tirar 20 dias de descanso com a família e, depois, voltará a atuar como subprocurador-geral no STJ (Superior Tribunal de Justiça), na área criminal.

A designação para que ele passe a oficiar perante o STJ em matéria criminal foi publicada no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (20).

Fonte: Folha de São Paulo

Raquel Dodge toma posse no cargo de procuradora-geral da República

No discurso de posse, ela destacou que MP deve 'garantir que ninguém esteja acima da lei'. Ao discursar na cerimônia, o presidente Michel Temer falou, sem citar Janot, em 'abuso de autoridade'.

cf1809Há mais de três décadas no Ministério Público Federal (MPF), Raquel Dodge tomou posse na manhã desta segunda-feira (18) no cargo de procuradora-geral da República, na cadeira que foi ocupada nos últimos quatro anos por Rodrigo Janot.

Em sua fala de oito minutos na cerimônia de posse, a nova chefe do Ministério Público prometeu defender a democracia, zelar pelo bem comum e meio ambiente e garantir que ninguém esteja "acima da lei".

Leia a matéria completa

Ricardo chama PEC de Cássio de 'esquizofrenia' e diz que não vai 'sufocar' PMDB

"Vai chegar um momento, pois temos mais convergência que divergência", disse o governador sobre a aliança

wscomO governador Ricardo Coutinho (PMDB) afirmou, nesta quinta-feira (14), que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que cria as polícias penitenciárias federal, estaduais e distrital , é resultado de uma 'esquizofrenia política', pois cria mais despesas para os Estados. O Senado aprovou por unanimidade a proposta, nesta quarta-feira (13).

“Você tem agentes penitenciários que já fazem esse papel. O legislativo cria aparatos que não são para a União, mas para os Estados, é uma esquizofrenia política, joga nas costas pois acham que os Estados são um saco sem fundo. Criam tudo sem prover a fonte de financiamento, quando lá em cima só se cria despesas, sem indicar de onde vem o dinheiro, ninguém pode fazer pauta bomba desse jeito”, disse o governador.

Ricardo comentou também o convite que recebeu do senador José Maranhão (PMDB) para a comemoração do seu aniversário, nesta sexta-feira (15), na Capital paraibana. Coutinho revelou que teria agenda no interior nesta sexta, mas pode comparecer caso ela não seja efetivada.

“Na verdade fui convidado, agora tenho agenda fora, se eu não cumprir irei. Mas não vamos sufocar o PMDB nem eles o PSB, é preciso ter tranquilidade, aniversário é aniversário, vai chegar um momento, pois temos mais convergência que divergência e não ultrapassamos o limite ético da discordância. Existe reconhecimento mútuo que nós fizemos, já por outro lado tem outra parte que sofre de inanição administrativa”, declarou.

Coutinho ainda defendeu novamente o direito de Maranhão pleitear a candidatura própria do PMDB em 2018, mas cravou que o PSB é protagonista e pensa no seu projeto para o Estado.

“É um direito de Maranhão, que goste ou não, sempre respeitei, quem sou eu para opinar se ele pode ir ou não. Agora é nosso direito pensar macro, pensar esse projeto de gestão, não podemos voltar para um governo patrimonial, atrasado. Garanto que o PSB deve ser candidato, pois é partido preponente, comandante, isso não impede que outras forças politica se coloquem”, concluiu.

 

Fonte: wscom

Quer que eu desenhe?

                                   Quer que eu desenhe?

À la Power Point de Deltan Dallagnol, a Polícia Federal incluiu em seu relatório sobre a atuação do PMDB dois organogramas para ilustrar a atuação de Michel Temer no “quadrilhão” do partido. A diferença desta vez, é que em vez de Lula, as flechas apontam Temer.
Em outro gráfico, a PF tenta ilustrar o papel das empresas no “quadrilhão” do PMDB.

A conclusão da investigação sugere que Temer tenha recebido vantagens de R$ 31,5 milhões — o que ele nega. O relatório da PF servirá para embasar nova denúncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, contra o presidente.
Além de Temer, o inquérito mira os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ), Geddel Vieira Lima (BA) e Henrique Alves (AL).

Fonte: fabiocampana

Joesley e Saud dizem que mentiram sobre Janot e ministros do STF em gravação

'Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade', afirmaram dono e executivo da empresa JBS.

jjbsOs delatores Joesley Batista, um dos donos da JBS, e Ricardo Saud, executivo da empresa, divulgaram nota nesta terça-feira (5) para afirmar que não são verdadeiras as referências que fizeram em conversa gravada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a ministros do Supremo Tribunal Federal – a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, determinou investigação a respeito das citações de ministros do STF.

A gravação foi divulgada no início da tarde desta terça-feira (5) pelo jornal "O Globo"; no fim da tarde, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo e autorizou a liberação do conteúdo da gravação.

Nesta segunda (4), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou que mandou investigar se os executivos da JBS omitiram informações no acordo de delação premiada que firmaram com a Procuradoria Geral da República. Segundo ele, a apuração poderá levar à eventual rescisão do acordo de colaboração, hipótese em que apenas os benefícios obtidos pelos delatores são anulados, mas não as provas entregues por eles.

Na nota, Joesley e Saud afirmam que as referências a Janot e a ministros do Supremo "não guardam conexão com a verdade".

"Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso", afirmam no texto da nota.

Íntegra da nota

Leia abaixo a íntegra da nota de Joesley Batista e Ricardo Saud:

A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público. 

Fonte: G1

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